BERLIM – Dezenas de plantas de maconha brotaram em jardins, floreiras e canteiros da cidade alemã de Goettingen, depois de junho passado, quando um grupo ativista, que reivindica a legalização de seu consumo semeou vários quilos de sementes desta planta.
A imprensa alemã está noticiando o fato irônicamente como a “praga do cânhamo”, enquanto as autoridades orientam a população a cortar as plantas pela raiz.
De acordo com o noticiado nos jornais, um grupo chamado “Autonome Blumenkinder Einige” se responsabilizou através de um comunicado à imprensa em Junho, assumindo a responsabilidade pela semeadura de vários quilos de sementes que não tinha sido percebido até o crescimento das plantas.
Como eles explicam, a ação é um protesto contra a política de drogas “restritiva” da região, que em sua opinião, “é uma merda.”
“É incompreensível porque a cannabis não pode ser comprada legalmente como o álcool”, disse o grupo, que explicou que a maioria das sementes dispersas contém apenas uma pequena quantidade de THC, um dos princípios ativos da maconha.
Fontes policiais disseram que vão investigar o que aconteceu, pois a ação poderia ser considerada uma infração às leis sobre drogas do país.
Para dar fim a situação, a ordem das autoridades foi muito clara: Temos que cortar todas as plantas, cuja a aparência indique ser uma planta de cannábis.
Em seguida em uma entrevista ao jornal Süddeutsche Zeitung o responsável pelo planejamento da cidade de Göttingen, Gerrit Lebensierk, explicou que as plantas se tornarão adubo, como a maioria são do sexo masculino e não contém o principio ativo da planta se ingeridos.
A ação contou com o apoio dos Verdes jovens de Göttingen, que alegou ter realizado uma ação similar, embora menor, no ano passado.
Como demonstração de apoio, essa parceria acaba de lançar um concurso de fotografia, em que incentiva as pessoas a fotografarem a “beleza” de suas plantas e compartilharem na web.
A polícia está estudando estas fotografias, a fim de reconhecer os lugares onde as plantas estão cultivadas, por exemplo, nos jardins em frente à estação, para que possam eliminá-las em seguida.
A ação do “Autonome Blumenkinder Einige” colocou sobre a mesa a discussão sobre a legalização da maconha, proibida na Alemanha. E quem sabe, em breve, uma ação dessas aqui em terras tupiniquins.