2018 começou com o pé direito na Califórnia. A venda de cannabis para uso recreativo foi liberada legalmente no estado americano.
Certamente o ano de 2018 começou com uma vitória para a Califórnia. A venda de cannabis para uso recreativo começou às 6h da manhã do dia 1º de janeiro em alguns municípios do estado (San Diego, San Jose, Santa Cruz, Berkeley e Oakland), onde pessoas se organizaram em filas nos dispensários autorizados. Embora a planta ainda não esteja à disposição em todo o estado, a previsão é de que ainda este mês a erva seja comercializada em Los Angeles, São Francisco e outras cidades.
Desde que a decisão de liberar o comércio da cannabis começou, algumas mudanças já foram notadas, como alguns restaurantes e bares permitindo o consumo indoor.
Nas eleições de 2016 a Califórnia votou pela legalização recreativa e posse de maconha. Todo cidadão maior de 21 anos pode comprar até 28,34 gramas (1 onça) de cannabis e cultivar até 6 plantas em casa. É importante destacar que a maconha medicinal é legalizada no estado desde 1990 e com isso, um número maior de pessoas puderam ter acesso aos benefícios da maconha. Pacientes trocaram a medicina tradicional por prescrições de cannabis e viram seus efeitos surpreendentes e pessoas que sofrem de epilepsia, dores crônicas, artrite reumatóide e esclerose múltipla obtiveram melhores resultados com o uso da cannabis do que qualquer outro medicamento.
Agora é a vez da indústria voltar os seus olhos para uma nova era, a do bem-estar. Fumar maconha agora também é sinônimo de saúde. A diversidade de flores, catalogadas cientificamente e os seus derivados (óleos, tinturas, comestíveis, adesivos) atendem as demandas de pessoas que não necessariamente passam pelo consultório médico. Existem pesquisas que indicam que nos estados onde já se compra a erva recreativa (Colorado, Washington, Oregon, Alaska, Massachussets, Maine, Nevada e Distrito de Columbia) houve uma redução na ingestão de bebidas alcóolicas. Talvez seja a hora de levar este mercado a sério, com seus milhões de consumidores que querem sair da ilegalidade, a alta probabilidade de geração de empregos e arrecadação recorde de impostos.
Por: Solange Ribeiro