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ToggleJá faz algum tempo que o termo “dab” ganhou atenção entre os maconheiros e se popularizou no universo cannábico. Mas você sabe o que é dab, quais as peculiaridades desta prática fumeta e porque é preciso experimentar com cuidado?
A palavra dab tem alguns sentidos como “alisar”, “encostar” e “coisa mínima”. Todos combinam, realmente, com a prática de dar um dab, que quer dizer fumar óleos, haxixes e concentrados de maconha, atualmente disponíveis em diferentes tipos nos países em que a maconha é legalizada.
Mais que isso, o dabbing é como um ritual cannábico, que precisa de apetrechos próprios, de um tempo de preparo e de uma dedicação mental, até por conta de seus efeitos, que podem ser mais intensos que os da Cannabis fumada justamente por ser o ato de fumar concentrados.
Como dar um dab?
Os concentrados são consumidos usualmente em bongs ou pipes de vidro com bowls (a peça onde normalmente é colocada a erva) de titânio ou de vidro. Com um maçarico, esquenta-se o bowl (nestes bongs, chamados de nails) até que ele fique incandescente. Depois, é só encostar uma pinça de aço no nail, com pouca quantidade de óleo na ponta. A pinça é chamada de dabber.
O calor derrete o extrato, a água faz a combustão e você puxa a fumaça do bong pela boca. Como a palavra diz, são necessárias “quantidades mínimas” de óleo ricos em THC, que são “tocados levemente” pelo dabber no nail. A mecânica dos bongs ainda favorece a potência.
Há ainda um outro tipo de bong de vidro específico chamado rigs em que, no lugar do nail, há uma peça de vidro um pouco maior, conhecida como banger. Existem também bongs para dab feitos de cerâmica.
Dab faz mal à saúde?
De fato, é bom ficar ligado na somatória entre altas concentrações de THC (alguns extratos chegam a 90%) e muita fumaça. Se em uma bongada comum já é preciso ficar atento, na hora de dar um dab o cuidado deve ser redobrado. A porrada pode ser forte!
Como sabemos, não existe overdose de maconha, e com os óleos concentrados, haxixes e extratos a história não é diferente. Mas podem acontecer apagões, dormidas repentinas e bad vibes de diferentes tipos. Já que ninguém quer fumar para passar mal, o melhor caminho é a redução de danos: começar se precavendo, por exemplo, quanto ao ritmo de uso e à quantidade de fumaça ao puxar.
Também é importante usar utensílios de boa qualidade e mantê-los limpos. Outra grande sacada é usar vaporizadores. Hoje, existem vaporizadores no mercado exclusivos para o consumo de dabs, como o Puff Co, que além de mais saudáveis, são práticos e portáteis. Outro lance importante é ficar ligado ao escolher o tipo de extração e a potência do dab que você vai consumir.
Quais os tipos de dab?
O que antes limitava-se apenas aos haxixes e os kiefs hoje tornou-se um cardápio imenso de cores, consistências, texturas e potências. Devido ao modo de extração, todos os concentrados estão divididos em dois cortes: com e sem solvente.
Os solventes mais comuns são o álcool, o CO2, o BHO (gás butano) e o PHO (gás propano). Por meio do álcool de cereais, é possível fazer o Rick Simpson Oil, também conhecido como RSO, um dos primeiros tipos de óleos popularizados, criados pelo ativista pró-Cannabis dos EUA. Já com o BHO é possível conseguir algumas extrações de diferentes consistências, que ganham nomes variados, como shatter, wax, budder, live resin, sugar e diamond. O nível de THC pode chegar a 90%.
Entre as extrações sem solvente, existem aquelas feitas através do gelo, como bubble hash, ice-o-lator, icehash e outras consistências. A concentração de THC varia entre 60 e 80%. A mais natural de todas é a ancestral charas, tradicional maneira indiana de fazer haxixe com a palmas das mãos, que também pode servir como dab. Existe também a extração a seco (dry sift), que gera o chamado kief (extração a seco), também conhecido como o haxixe em pó, por sua consistência quebradiça.
Há ainda o rosin, técnica natural que consiste em extrair o óleo concentrado por meio de alta temperatura. A técnica, que surgiu como alternativa à extração por BHO, consiste em envolver flores de Cannabis em uma folha de papel-toalha dobrada e depois apertá-las com uma prensa de calor (como as “chapinhas” de alisamento de cabelo). A temperatura extrai o óleo, que fica retido no papel.
Tipos de dabs extraídos sem solvente:
Tipos de dabs extraídos com solvente:
- RSO;
- Shatter;
- Wax;
- Budder;
- Sugar;
- Diamond