Nada mais, nada menos que o Dalai Lama declarou seu apoio à canábis medicinal. O líder espiritual do Tibet esteve no México e participou de um debate sobre a legalização da erva, e afirmou que acredita que pacientes devem ter o direito de utilizar o remédio.
O evento foi organizado pelo ex-presidente Vicente Fox, que tem lutado abertamente para a mudança da lei em seu país, um dos que sofrem mais com as consequências da proibição. Dalai alegou que acredita que a exceção para o consumo legal de maconha deve ser a de fins terapêuticos, mas recriminou o uso recreativo, argumentando que o individuo que fuma para ficar chapado deve sofrer com a falta de paz em seu espírito.
Foz acredita que as leis proibicionistas só vêm beneficiando os cartéis de drogas, cujas disputas e enfrentamentos com as forças de segurança já deixaram mais de 77 mil mortos desde o fim de seu mandato, em 2006. Por isso, diante do comentário de Dalai, levantou o dedo polegam em sinal de aprovação.
O México é a principal rota de drogas que rumam aos Estados Unidos e o segundo maior produtor mundial de maconha. Sua lei atual permite a posse de até cinco gramas para consumo próprio e estabelece sanções penais para qualquer quantidade superior. A venda e cultivo da erva são terminantemente proibidas.
O Congresso da Cidade do México, a capital mais povoada da América Latina, prepara uma discussão sobre a legalização da canábis proposta por políticos do Partido da Revolução Democrática.