Na última semana, o Escritório Antidroga dos EUA (DEA) declarou que a maconha deve permanecer na lista das substâncias controladas, designada para drogas perigosas e viciantes que não possuem valor medicinal.
Mas por que o DEA continua dizendo que a maconha não possui utilidades medicinais, se uma patente de 1999 do governo americano, concluiu que a cannabis possui diversos benefícios terapêuticos?
Como forma de protesto e para enfatizar tamanha contradição, defensores da maconha medicinal estão compartilhando fotos de suas mãos com o número da patente:6.630.507 na campanha ‘Talk to the Hand’ (fale com a mão).
We know about the plant, We know about the patent. Talk to the 6630507 hand. #Patent6630507 #CannabisCommunity #Hand pic.twitter.com/1821p74iaG
— Melinda Says (@oatmealislove) 15 de agosto de 2016
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A patente reivindica direitos exclusivos sobre a utilização de canabinóides para o tratamento de doenças neurológicas, tais como Alzheimer, Parkinson, acidente vascular cerebral; doenças provocadas pelo stress oxidativo, tais como ataque cardíaco, doença de Crohn, diabetes e artrite.
Vários especialistas e médicos notaram a contradição entre a lei federal da maconha e a patente do governo. O Dr. Sanjay Gupta escreveu um artigo para a CNN indagando o governo americano sobre isso.
“Como o governo pode negar os benefícios da maconha medicinal, ao mesmo tempo em que detém uma patente para esses mesmos benefícios?” ele perguntou em um editorial de 2014.
Essa é a grande pergunta que paira nos EUA. O que motiva a proibição? Por que o governo ainda mantêm a maconha na mesma lista que a heroína, cocaína, crack e outras drogas pesadas? O DEA justificou a decisão de manter a cannabis na lista de drogas perigosas, com o argumento de que a planta não tem uso medicinal aceito.
Será mesmo esse o motivo mesmo DEA?