Um grupo que promove o consumo da maconha com fins médicos abriu um processo contra o governo dos Estados Unidos, que acusa de mentir para proibir o uso da droga. O grupo Americans for Safe Access (“Americanos pelo acesso seguro”) baseia a sua queixa, apresentada na Califórnia, num estudo que afirma que a maconha alivia as dores dos doentes de aids.
Em seu site, Joe Elford, diretor do grupo, diz que a posição da Administração de Alimentos e Drogas (FDA) “é incorreta, desonesta e uma violação flagrante das leis que exigem que o governo baseie as suas decisões em estudos científicos sérios”.
A FDA é o órgão regulador do governo federal encarregado de determinar o consumo no país de remédios e alimentos.
A queixa acusa o governo de impedir de maneira arbitrária que “os doentes e os agonizantes usem um remédio que pode proporcionar um alívio salvador”.
Há uma semana, a Universidade da Califórnia apresentou um estudo afirmando que a maconha pode ser utilizada para aliviar a dor dos doentes de aids. No estudo, publicado na revista Neurology, 50 pacientes disseram ter experimentado muito menos dor após fumar cigarros de maconha. Os dados científicos que apóiam o uso médico da maconha são inegáveis, “mas o governo faz política com a vida de pacientes que precisam aliviar a sua dor”, disse Steph Sherer, diretor-executivo do grupo.
A Califórnia é um de 11 estados do país que aceitou o consumo de maconha sob receita médica. No entanto, como o governo federal não aceita seus possíveis efeitos médicos, os agentes federais podem prender quem consumir maconha, com fins médicos ou não
Fonte: Tecnocientista