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ToggleCom um nome assustador que sugere sua poderosa psicoatividade, a Durban Poison, que em português significa Veneno de Durban, é uma strain de Cannabis Sativa pura originária da cidade portuária de Durban, na África do Sul. É uma das cepas mais poderosas do mundo e conhecida também como o café expresso da maconha por causa dos seus efeitos energéticos e estimulantes tradicionais de uma verdadeira Sativa.
Famosa no mundo inteiro, a Durban Poison é uma genética perfeita para quem precisa ser produtivo durante o dia, com aquela pontada de criatividade. Quando cultivada corretamente, vai testar entre 15% e 25% em teor de THC. Embora seus buds tenham uma estrutura densa e compacta, típica das variedades de Cananbis Indica, apresentam formato longo e cônico, característico das Sativas.
Suas flores são desajeitadas e as folhas verdes escuras são coloridas por pistilos laranja brilhantes. Com aroma doce e picante com notas de alcaçuz e um cheiro úmido clássico, quando inalada, o alcaçuz fica evidente na expiração, junto a um sabor de seiva de pinheiro doce que é quase enjoativo.
Efeitos da Durban Poison
Os efeitos dessa strain são perceptíveis pelos usuários imediatamente. Quase inteiramente cerebral, sem indícios daquela chapação que você fica pesado ou preso pra sempre no sofá, é uma genética especialmente útil para empreendimentos criativos e também pode ser um forte lubrificante social, ajudando nas conversas e a ficar mais à vontade naquela roda de amigos ou evento. Resumidamente, ela dá aquela energia boa.
Dicas para cultivar essa strain
Por causa de sua genética resistente e testada pelo tempo, a Durban Poison é uma boa opção para os recém-chegados ao cultivo. Pode atingir 3 metros e meio de altura e pode ser cultivada ao ar livre em climas quentes e semi-úmidos, com temperaturas diárias consistentes entre 22 e 26 graus.
No cultivo indoor a galera tenta domar a altura da Durban Poison dobrando e podando os galhos finos logo no início do estágio vegetativo. Graças ao seu cultivo testado pelo tempo e genética de engenharia internacional, essa variedade floresce bem rápido para uma sativa, chegando à maturidade entre 8 e 9 semanas quando cultivada indoor e no final de setembro quando cultivada em ambiente externo (para quem plantou em abril, na Califórnia). As plantas também recompensam os produtores com um rendimento acima da média.
Uso medicinal dessa Sativa
Medicinalmente, Durban Poison é recomendada para uso durante o dia e proporciona efeitos funcionais que estimulam a criatividade, sociabilidade e melhoram o humor em geral, algo ótimo para pacientes. É também usada para alívio da enxaqueca, supressão do apetite e controle de náuseas matinais, além de ser um auxiliar no combate à depressão e outras condições que minam a energia do paciente.
Seus efeitos duram de 2 a 3 horas e quaisquer benefícios médicos promovidos por esta strain de cannabis são mais mentais do que físicos, o que pode contribuir para a atenção plena e ajudar pessoas que sofrem de depressão, déficit de atenção ou transtornos pós-traumáticos.
Por ser tão potente e cerebral, as variedades africanas de Durban Poison ficaram conhecidas por serem muito arrojadas e perigosas, chegando a serem limítrofes de psicoses e causarem paranóia, mas os cruzamentos holandeses que circulam nos Estados Unidos e na Europa foram suavizados e perderam parte dessa característica para o benefício do consumidor médio.
História e genética da Durban Poison
A cannabis é cultivada no continente africano desde pelo menos o século 14, na época da colonização holandesa, no sul pelos povos Khoikhoi, San e Bantu, nativos da África do Sul, que tinham seu cultivo estabelecido e uma aceitação cultural da cannabis que eles chamavam de dagga.
Segundo a lenda do cultivo, o criador americano Ed Rosenthal estava na África do Sul em busca de novas genéticas e se deparou com uma variedade de floração rápida em Durban. Votou pra casa e conduziu seu próprio processo seletivo de reprodução das sementes recentemente trazidas de lá e começou a compartilhar.
Deu ao seu amigo Frank, autor do “Marijuana Grower’s Insider’s Guide” de 1978, que modificou a genética para aumentar o conteúdo de resina e diminuir o tempo de floração. Eles buscavam uma variedade que florescesse rápido e pudesse atingir a maturação completa na costa leste dos EUA, e os esforços de Frank resultaram em dois fenótipos distintos, a linha “A” e a linha “B”. A planta da linha “A” de Frank se tornou o Durban Poison de hoje, enquanto a linha “B” foi entregue ao criador de Amsterdã David Watson, também conhecido como “Sam the Skunkman”.
História contada pelo criador
Sam aperfeiçoou a genética e reduziu ainda mais o tempo de floração e gosta de clamar pela criação da strain quando diz “a sul-africana Durban Poison foi introduzida por mim. Eu consegui talvez 100 sementes da África do Sul e as cresci na Califórnia no final dos anos 70. A maioria era hermafrodita, pequenos cálices, além de botões não muito bons. Mas eu vi o potencial de uma sativa precoce, então trabalhei com ela por alguns anos para limpá-la. Finalmente, eliminei a maioria das características ruins e a introduzi no início dos anos 80. Quando a levei para Amsterdã, foi um sucesso imediato, uma das poucas cepas de sativa que podem ser cultivadas ao ar livre na Holanda na maioria dos anos, se o tempo estiver bom na época da colheita. Todos os comerciantes de sementes da Holanda compraram alguns e fizeram cópias, além de híbridos; toda a genética de Durban Poison que estava sendo divulgada era originalmente do meu trabalho até que o Afro-Seeds apareceu alguns anos atrás.”, conta.
Palmas para Frank e para Sam, porque hoje os buds da Durban Poison são de tamanho médio a grande, grudam no dedo que é uma beleza e colocam qualquer um em movimento pra ir cuidar da vida!
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