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ToggleUma das mais famosas e consagradas strains de maconha da atualidade, apesar de ser relativamente jovem, é a Girl Scout Cookies (GSC). Encontrada com facilidade nos mercados canábicos legalizados, tanto na América do Norte quanto na Europa, a Girl Scout Cookies já foi vencedora de diversas Cannabis Cups e se tornou uma genética de maconha popular na cultura hip-hop.
A GSC é conhecida como uma strain de Cannabis digestiva, ideal para ser consumida após o jantar. Sua reputação foi construída em cima do seu aroma doce que lembra cookies e Menta, combinados a um efeito energético e, ao mesmo tempo, sedativo e relaxante. Ou seja, a Girl Scout Cookies traz o melhor que uma híbrida pode oferecer, seus efeitos combinam o melhor da Cannabis Sativa e Cannabis Indica em uma experiência com alto grau de euforia mental misturado a um relaxamento do corpo. Mas é bom estar pronto para a porrada, pois essa strain também é famosa pelo seu alto teor de THC, que pode chegar até 28%.
O mais curioso é que a indústria legal da Cannabis não pode mais usar esse nome: Girl Scouts Cookies, mas apenas pela abreviação – GSC – após um pedido da Girl Scouts of America, associação das escoteiras (“scouts”, em inglês), pois é marca registrada e refere-se aos biscoitos vendidos pelas escoteiras no começo do ano letivo, parte da cultura das crianças e adolescentes americanos. Mas isso é só um detalhe perto da fama que essa strain já tem.
Cultivo da Girl Scout Cookies
A Girl Scout Cookies é considerada uma variedade com grau de dificuldade de cultivo médio. Ou seja, é ideal para growers mais experientes que podem atingir bons resultados com ela, tanto para consumo medicinal como vamos ver a seguir, quanto para uso medicinal por pacientes, já que ela pode ajudar em diferentes dores. O período de floração da GSC costuma ser de 9 a 10 semanas quando cultivada indoor.
Existem diversos fenótipos diferentes de GSC, incluindo Thin Mint e Platinum GSC, que apresentam diferença na aparência e efeitos. Em geral, a Girl Scout Cookies costuma ter uma estrutura alta, ramificada, com cálices verdes retorcidos, folhas roxas e tricomas alaranjados. Seus buds exalam um aroma doce, picante e terroso e sabor que lembra hortelã-pimenta, cookies e raspas de limão.
Uso medicinal
Para pacientes que fazem uso de Cannabis medicinal, a Girl Scout Cookies apresenta alta concentração de THC (acima de 20%, podendo chegar a até 28%) e pode contribuir com o tratamento de dor crônica, inflamação, tensão muscular e cãibras. Também pode ser usada como auxiliar no tratamento de náusea, depressão e falta de apetite.
Linhagem
Essa é uma resposta incerta. Possivelmente ela é um cruzamento de OG Kush x Durban Poison ou OG Kush x Cherry Pie (PIB x Durban Poison). Lançada entre 2011 e 2012 em São Francisco, Califórnia, por Jigga e Berner, responsáveis pela criação de algumas das mais importantes strains que apareceram nos últimos anos.
A dupla, que integrava o coletivo Bay Area Cookie Family, distribuiu diferentes fenótipos pelos Estados Unidos e chegou a uma das variedades mais notáveis de GSC, que é a “Forum Cut”, que eles disponibilizam hoje na internet em países onde a cannabis é legalizada.
História da strain Girl Scout Cookies
Criada em 2012 em São Francisco, CA, a GSC gerou uma empolgação no mercado e se espalhou rapidamente, e hoje pode ser hoje encontrada na Europa e Canadá, além dos EUA. Dizem que atualmente a linhagem Girl Scout Cookies é a mais vendida na costa oeste dos EUA e a mais popular da América do Norte. Mas a indústria ainda não tem estes dados tão acurados. O que sabemos é que o nome Cookies se transformou em uma das marcas de cannabis mais valiosas do mercado norte-americano atual.
Desenvolvida por um dos criadores da strain GSC, o empresário e rapper com 16 álbuns lançados, Berner, que também é mestre em branding e o cabeça da Cookies Fam Genetics, que tem em seu portfólio diversas strains com nomes de sobremesa: Cherry Pie, Honey Bun e Banana Cream Pie. Berner lançou a marca em 2016 como uma butique de roupas vendendo bonés, camisetas e moletons com o logotipo.
Em 2018, colocou seus Cookies nas mãos do rapper Wiz Khalifa e hoje vende cannabis em pelo menos três estados americanos (CA, CO e MI) com apelo social e a preços que desbancam o do ouro: um baseado de um grama custa incríveis 20 dólares – o preço normal em um mercado legalizado e maduro como o do Colorado é de 5 a 10 dólares (depende se você vai no dispensário certo e no dia certo!) -, já uma onça, o equivalente a 28 gramas, sai por $540, enquanto qualquer outra “marca” vai custar de $99 a $250.
Em 2020, a Cookies fez uma parceria com a Veritas Fine Cannabis, que já cultiva cruzamentos de Cookies para distribuição no Colorado e além da GSC, são cultivadas também Gary Payton (um fenótipo de GSC bastante popular) e Georgia Pie. E por que custa tão caro? O marketing da marca alega que a cannabis vendida comercialmente testa em torno de 5 a 8 miligramas de terpenos por grama de flor, enquanto a cultivada pela Cookies apresenta de 11 a 17 miligramas de terpenos por grama de flor. Outros dizem que é apenas marketing. Quem puder pagar pra ver, saberá. Mas sem dúvidas dá vontade de experimentar essa sobremesa depois do jantar…
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