O governador do Colorado, John Hickenlooper, assinou a Senate Bill 241 (SB 241- que corresponde ao nosso projeto de lei) que aprova a criação de um novo programa do Departamento de Agricultura para supervisionar a regulamentação da produção e comércio do cânhamo comercial. Para quem não sabe a diferença, o cânhamo é uma variação da canábis que contém menos de 1% de THC e pode ser usado na confecção de diversos materiais.
O projeto entra como commodity agrícola e estabelece um comitê de nove membros Secretaria Estadual de Agricultura para supervisionar a criação de regras e distribuição de licenças que irão permitir o cultivo legal do cânhamo para fins comerciais e de pesquisa . O Departamento da Agricultura deve regulamentar o projeto até 1 de Março de 2014.
Diferente de leis similares em outros estados americanos, a SB 241 não requer que os agricultores tirem licenças para ter o apoio do governo federal, apesar de o Ato de Substâncias controladas do país não diferenciar o cânhamo da canábis. O Ato pelo Cultivo do Cânhamo Industrial está no Senado e no Congresso ainda pendente de ser votado teve apoio de diversos políticos proeminentes, mas o projeto ainda encontra uma irracional resistência.
O principal uso do cânhamo é sua fibra, que pode ser utilizada para confecção de tecidos, papeis, cordas, materiais de construção e até plástico. Da semente, pode-se extrair um óleo muito usado na indústrias de cosméticos como base para cremes e xampus, na indústria mecânica para vernizes, lubrificantes, combustíveis e tintas e até mesmo na alimentação e nutrição humana e animal, sendo matéria prima de óleos, margarina e flocos de cereais.
Apesar de todas as propriedades da planta, seu cultivo é ilegal em muitos países, incluindo o Brasil, somente por fazer parte da família canábis. Até as plantas sofrem preconceito.