Para o alívio do ativismo canábico mundial, a justiça de Vizcaya, no País Basco, absolveu os cinco sócios da Associação Canábica Pannagh que respondiam acusações por associação ao tráfico de drogas e formação de quadrilha. O anúncio foi feito na última segunda-feira (30).
O caso
Em novembro de 2011, agentes da Unidade de Drogas à mando do Ministério Público invadiram o escritório do Pannagh. Na época, o clube já tinha mais de 300 sócios, 120 deles eram pacientes que faziam uso medicinal da cannabis. A promotoria acusou Martin Barriuso, presidente da associação e Igor Gaminde, tesoureiro e secretário, de um “crime de tráfico de droga com notável importância”.
O julgamento começou há três anos e meio depois de a Polícia Municipal Bilbao, por determinação legal, fechar a associação. O Ministério Público pediu uma pena de prisão dos réus que, somada, chegava aos 22 anos e multas de quase € 2,5 milhões. A mais recente sentença considerou que o clube, fundado legalmente em 2003, “não tem vocação para o tráfico e seus membros não demonstram nenhuma intenção de promover, favorecer ou facilitar o uso ilegal de drogas e sua distribuição a terceiros”.
A decisão é um marco na história dos clubes sociais da maconha, embora o clube tenha esclarecido via comunicado oficial, o que a sentença ainda pode ser revogada pela Suprema Corte em até cinco dias .
O Growroom parabeniza os membros do Pannagh e manifesta seu apoio a todos que se dedicam à luta pela legalização da cannabis.