O líder do Centro de Pesquisas de Políticas do Álcool da Austrália, o Prof. Robin Room, declarou seu apoio à legalização da maconha como medida para diminuir o consumo de álcool entre os adolescentes. Room acredita que a ameaça social criada pela erva é menos danosa que o consumo de álcool e por isso ela deveria ser legalizada, ainda que sob controle estrito.
“Estamos em um momento em que devemos olhar para frente. Eu acho que devemos abrir o debate e isso faz sentindo em termo de, por exemplo, baixar os custos do governo colocando a canábis em um mercado legal altamente controlado e, enquanto isso, diminuir o mercado do álcool da mesma maneira que diminuímos o mercado do tabaco”.
Em um mundo perfeito, Prof. Room diz, adolescentes não fumariam maconha nem beberiam álcool, mas se eles vão inevitavelmente usar, é melhor que eles façam menos mal a suas saúdes que façam menos mal fumando um banza ao invés de abusar do álcool. “A canábis oferece sim alguns males, mas é significantemente menos maléfica do que o álcool e o tabaco, em termos sociais”. Segundo o professor, nenhuma droga se comprara ao álcool quando se trata da clara associação que ele tem com a violência.
Além da canábis legalizada sob controle altamente estrito, Room acredita que o álcool também deveria estar classificado em um mercado mais controlado, sendo proibido qualquer tipo de publicidade ou incentivo a qualquer uma dessas substâncias. Nem um, nem outro deveriam ser vendidos em mercados comuns, mas somente em lojas especializadas.
Uma pesquisa realizada por órgãos oficiais revelaram que, das pessoas que afirmaram consumir álcool, 39,5% bebem semanalmente.A pesquisa também mostrou de 35% dos australianos com mais de 14 anos já fumaram um baseado ao menos uma vez.
Apesar da posição do líder, muitas autoridades e agentes da lei acreditam que a legalização da maconha não é aceitável e que a mensagem de Room pode ser interpretada erroneamente, como incentivo ao consumo da erva.