A maconha medicinal é usada no tratamento de diversas dores crônicas, inclusive enxaquecas. Antes da erva ser proibida ao redor do mundo no início do século XX, médicos britânicos relatavam a eficácia do tratamento de diversas doenças e estados de saúde com maconha.
Em 1890, o então médico da rainha Victoria, Dr. J. R. Reynolds, escreveu relatos de como a cannabis ajudava pacientes com enxaquecas e que a erva era útil para outras doenças. Na mesma década, o médico americano J. B. Mattison escreveu como a cannabis foi o medicamento mais importante no tratamento de enxaqueca. Revendo experiências próprias e relatos anteriores de médicos, ele descobriu que a cannabis não só interrompia a dor, mas as prevenia.
Em 1913, o médico canadense William Osler publicou um livro concluindo que J.B. Mattison estava certo e alegou que a cannabis indica é provavelmente o remédio mais satisfatório para a enxaqueca.
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A maconha como alívio da dor
Um estudo realizado pela faculdade de Farmácia da Universidade do Colorado, confirmou as descobertas feitas pelos médicos há décadas atrás; e provou que quem fuma maconha regularmente, tem menos chances de sentir dor de cabeça.
Segundo o estudo, 40% dos pacientes que receberam a cannabis medicinal para tratarem suas enxaquecas admitiram terem sentido os benefícios do uso da planta e relataram uma redução na freqüência das dores. 19% dos pacientes estudados assumiram terem percebido uma diminuição no número de enxaquecas e mais de 10% afirmaram que as dores de cabeça haviam sumido por completo.
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Para se medicarem, a prática mais comum entre os pacientes foi fumando ou vaporizando a erva e deste modo foi frequentemente reportado um alívio imediato.
Este estudo comprova o real benefício da cannabis medicinal e como ela pode ajudar milhares de pessoas ao redor do mundo. Além disso, mostra que fumar maconha pode sim ser uma forma de se medicar, algo que ainda é pouco aceito na sociedade.
Nós esperamos que no futuro, o Conselho Federal de Medicina (CFM) do Brasil reconheça a cannabis como uma planta terapêutica, assim como vários países, e dê a opção para os pacientes brasileiros escolherem entre a aspirina ou o bong.