Que dê a primeira bongada quem nunca pensou em viajar pra Jamaica e viver um dia de Bob Marley. Qual turista que vai pra Jamaica e não pensa em fumar a maconha local? O país do reggae é também sinônimo de ganja e o governo parece que enfim, reconheceu isso.
Se você não sabia, a maconha era proibida até o começo do ano passado, inclusive para os rastafáris que usam a ganja de forma religiosa. Mas essa realidade mudou, hoje o consumo é descriminalizado e é possível cultivar até cinco pés de cannabis e portar até 56 gramas da erva.
Agora a Jamaica quer criar quiosques de maconha dentro dos aeroportos para os turistas, e assim, controlar o consumo da erva e gerar mais receita para o país. Seguindo o exemplo do estado do Colorado nos Estados Unidos, que legalizou a maconha e hoje gera bilhões em receita com o mercado da cannabis.
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Esses quiosques funcionarão como dispensários medicinais, onde o turista pode adquirir até 56 gramas de maconha e tirar uma licença para fumar ganja durante sua visita.
“Será inicialmente para pessoas que possuem prescrição médica, e na realidade, você está fazendo isso para propósitos medicinais com uma permissão do Ministério da Saúde. Se eles não possuirem uma receita, então eles podem se ‘autodeclarar’, e isto permitirá que eles tenham as 56 gramas enquanto estiverem aqui”, disse Hyacinth Lightbourne, presidente da agência reguladora CLA (Cannabis Licensing Authority), para o Jamaica Gleaner.
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É uma manobra que a agência acredita que vai gerar uma renda significativa para o governo, tendo em vista os números divulgados por outros lugares do mundo que legalizaram a maconha.
“No Colorado ano passado, embora seja recreativo e medicinal, eles venderam cerca de 1 bilhão de dólares em maconha e arrecadaram 135 milhões de dólares em taxas para o Estado com uma população de cerca de cinco milhões”, disse o membro do CLA, Delano Severight.
Assim, a Jamaica entra no hall dos países que descriminalizaram a maconha e estão surfando nos benefícios que isso pode causar. Enquanto isso, o Brasil vai se mostrando um país cada vez mais retrógrado com relação à sua política de drogas, que se revela cada vez mais ineficaz.