A Cannabis está prestes a se tornar legal em mais uma região dos Estados Unidos. Falta apenas o governador sancionar e, neste caso, inclui a cidade mais populosa e centro financeiro do país. Os legisladores de Nova York entraram em um acordo e aprovaram a proposta para legalizar a maconha para uso recreativo nesta semana em uma lei que tem dois anos para ser implementada por completo.
Isso significa que além do consumo medicinal, os moradores de Nova York maiores de 21 anos vão poder comprar e cultivar Cannabis em breve. A proposta visa ainda uma reparação dos danos às comunidades negras e latinas de Nova York, que foram as mais atingidas pela guerras às drogas nas últimas décadas. Além disso, Nova York se junta à outros 14 estados que também permitem a venda e o consumo recreativo da planta e aumenta a pressão por uma lei federal no país.
Segundo o NY Times, quase 60% dos eleitores de Nova York são a favor da legalização da maconha recreativa, de acordo com uma pesquisa do Siena College.
Cultivo de até seis plantas e espaços de consumo
Segundo a proposta, Nova York vai legalizar o cultivo de até seis plantas por pessoa. O projeto ainda não está totalmente pronto, mas o NY Times o autocultivo é um dos pontos que será contemplado na proposta. Além disso, usuários vão ter os clubes sociais específicos para consumo, onde o álcool será proibido.
Já as venda da Cannabis em dispensários acontecerá, mas ainda será debatida por conta das legislações impostas às empresas que serão taxadas e reguladas. A lei, prevê um imposto estadual de 9% à venda de cannabis e um tributo local de 4%.
Reparação social com legalização da maconha em Nova York
Milhões de dólares em receitas fiscais das vendas de Cannabis devem ser reinvestidos em comunidades minoritárias a cada ano, e uma parte considerável das licenças de negócios seria reservada para proprietários de empresas que fazem parte das miniorias, como negros e latinos que foram as principais vítimas da proibição. “Quando este projeto for finalmente votado e assinado, Nova York poderá dizer que finalmente desfizemos as leis de justiça criminal prejudiciais que não fizeram nada além de arruinar a vida das pessoas”, disse a senadora estadual Liz Krueger, democrata que liderou as negociações na alta câmara.
