Seguindo a lógica do que se decidiu no surf, onde a maconha é tolerada desde o ano passado, o UFC pode retirar a erva da lista de substâncias proibidas. Representantes da entidade pediram que se diminua a severidade das penas para quem usa drogas recreativas – principalmente a maconha – e que se diferencie estas punições em relação a quem usa substâncias que melhorem o desempenho ilegalmente, como esteroides anabolizantes
O tema foi levantado em uma reunião da Comissão Atlética de Nevada, o mais importante órgão regulamentador esportivo dos Estados Unidos, junto com a Califórnia. Segundo o vice-presidente de assuntos regulatórios do Ultimate, Marc Ratner, “a sociedade está mudando, vivemos em um mundo diferente de quando eu estava nesta comissão. Os estados estão legalizando o uso de maconha e isso está se tornando mais e mais um problema com lutadores testando positivo.” O dirigente prometeu que o assunto será debatido este ano. “Eu acho que isso precisa ser discutido. (…) Não faz senso no mundo de hoje e é algo que precisa ser trazido a discussão”, completou.
Os organizadores do UFC já haviam demonstrado uma certa tolerância ao uso de canábis, mas só agora pediu oficialmente que o caso seja analisado. Uma decisão favorável poderia abrir precedentes e ser seguida por todo o país. Em outubro passado, no UFC Rio 3, aqui no Brasil, Stephan Bonnar foi pego com anabolizante e Dave Herman, flagrado por maconha. Os dois tiveram suspensões diferentes, com menos severidade para o segundo.