Um grupo de pesquisadores de diversas áreas do conhecimento está preparando um manifesto para confrontar um documento publicado pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) sobre a maconha. Esse documento tenta “demonizar” o uso da erva, ignorando estudos relevantes sobre sua ação no cérebro e omitindo evidências legítimas da eficácia do uso medicinal da Cannabis.
O manifesto deverá ser lançado em um evento na Faculdade de Saúde Pública da USP no dia 10 de agosto e carregará as assinaturas de Xavier, do farmacologista Elisaldo Carlini, da psicóloga Lídia Aratangy, do jurista Miguel Reale Júnior, do sociólogo Rubens Adorno e do antropólogo Edward McRae. Outros pesquisadores já manifestaram interesse em apoiar a iniciativa.
O conteúdo do manifesto foi divulgado ontem, em uma palestra na reunião anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), na qual o prof. Elisaldo Carlini apresentou argumentos para defender a legalização do uso médico da maconha e de seu princípio ativo (THC), aproveitando para criticar a omissão do Ministério da Saúde no debate público em relação ao tema.