BRASÍLIA – Enquanto a discussão sobre políticas de drogas está fazendo bastante fumaça na opinião pública brasileira, lugares onde a Canábis Medicinal é regulamentada passam já por outro tipo de debate. Uma das questões é se realmente os dispensários e os coletivos de cultivadores estimulam o crime nas regiões onde são situados.
Não precisa pensar muito pra sacar que isso é cascata, mas o ‘The Journal of Studies on Alcohol and Drugs’, fundado em 1940 pelo diretor da Universidade de Yale, publicou resultado de estudo que demonstra o equívoco. Em 2009, os pesquisadores deram um rolê por 95 comunidades em Sacramento, na Califórnia, e ficou provado que nenhuma têm índice semelhante de violência aos locais onde não há dispensários.
Na Califórnia, os proibicionistas pregam que quanto maior o número de dispensários autorizados pelo governo, maior o crime nas regiões. Eles dizem que os traficantes e bandidos irão dominar o mercado de qualquer forma por meio da violência. O estudo desmente a teoria falida.
Quem liderou a pesquisa foi a cientista Nancy Kepple, da UCLA. Ela falou sobre o trabalho, que ainda precisa ser aprofundado. “Esse estudo é um bom primeiro passo. Mas ainda não é possível criar uma visão geral de como esses dispensários afetam as comunidades”, falou.
Mais um passo foi dado para acabar com mais uma das mentiras proibicionistas. O Brasil precisa acompanhar os bons passos dados pelas nações mais avançadas no debate sobre as drogas. Que os nossos passos continuem firmes e em direção à liberdade.