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Em 2011, logo após um acalorado debate da Folha de São Paulo sobre a política fracassada de drogas, o Growroom começou a discutir os argumentos paranoicos e desconexos com a realidade do psiquiatra Ronaldo Laranjeiras.Foi então criado o “Dossiê Laranjeira”. Naquela oportunidade o Dr. Laranjeira abusava de táticas de retórica que visavam assustar e desviar o rumo do debate. Usando de falácias, dados manipulados e do diploma de psiquiatra, metralhava autoritariamente qualquer argumento científico que ia de encontro com sua linha retrógrada de pensamento. Suas verdades vem de estudos incompletos e principalmente do terrorismo retórico. Princípios que vão de encontro com o que qualquer entidade democrática e científica apoia em uma discussão. No raciocínio do Dr Laranjeira, qualquer pessoa que defenda uma política mais humana e liberal é um defensor do tráfico e do fim da sociedade como conhecemos. Um apoiador de um mundo onde drogados perambulam pelas ruas em um senário pós-apocalíptico nos moldes de filmes de ficção como Mad Max. O exagero no ataque a maconha salta aos olhos e ouvidos, principalmente se observarmos os rumos das principais políticas mundiais quando o assunto é canábis. Inúmeras vezes o psiquiatra em questão salientou que jovens usuários tinham 10% de chances de terem surtos psicóticos nos próximos anos. Um dado que não reflete a conclusão do estudo, já que o mesmo não aponta a canábis como causadora dos referidos surtos. Só que na boca de um psiquiatra essa argumentação vira uma arma retórica que impossibilita o debate sério. Por esse e outros motivos, o Growroom apoia e incentiva qualquer iniciativa que vise esclarecer possíveis distorções que o psiquiatra em questão ventila na mídia. Além de desestimular qualquer veículo sério a incluir esse senhor em seus debates sobre o tema drogas.
Depois do polêmico Roda Viva com Ronaldo Laranjeira na semana passada, o pessoal da Rede Pense Livre redigiu um documento importantíssimo: “Respondendo aos Mitos II – Programa Roda Viva”. Na ocasião, Laranjeira utilizou argumentos sem base para defender os tópicos assinados recentemente no Projeto de Lei 7663, como a internação compulsória e o aumento de pena para pequenos traficantes.
Inconformados com tamanho desserviço à sociedade, o grupo de especialistas em políticas de drogas responde um a um os mitos propagados por Laranjeira, fazendo do documento uma referência para os que quiserem se informar sobre o assunto. A apresentação do documento deixa claro o propósito de sua publicação: “responder às principais afirmações e questões debatidas durante o programa do Roda Viva com o Dr. Ronaldo Laranjeira, exibido pela TV Cultura no dia 20/05 (…)” promovendo “(…) um debate amplo e qualificado baseado em pesquisas científicas nacionais e internacionais, relatórios de organizações internacionais e em experiências de outros países”.
É válido ressaltar que as fontes e informações contidas no documento são reconhecidas e amplamente utilizadas nos principais fóruns internacionais sobre drogas, incluindo o congresso que rolou em maio, em Brasília. Diferentemente do que fazem muitos veículos da mídia, o relatório conta com fonte de cada um das notícias, estudos ou pesquisas que indicam as referidas informações.
O documento trás dados e relatórios da fracassada política da Suécia, tão defendida pelo psiquiatra, e dos resultados positivos obtidos com programas de redução de danos, como a utilizada pela Suíça nos anos oitenta. Conta também com dados concretos sobre as novas políticas de drogas de muitos estados americanos, ainda que a lei federal do país esteja entre as mais ultrapassadas. O caso de Portugal também é usado como exemplo de como a descriminalização não tem impacto no aumento do consumo, como Laranjeiras insiste em afirmar.
O relatório é sucinto e até didático, cheio de gráficos para que até os que não querem ver possam enxergar que a guerra às drogas é um fracasso e que o Dr. Laranjeira, visando lucrar milhões com sua comunidade terapêutica, não para de falar baboseira.
Leia o documento completo aqui!
Leia o Dossiê Laranjeira aqui!
Arme-se com argumentos contra a ignorância!
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