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ToggleMesmo na pandemia, os trabalhadores canábicos do mercado da planta estão em alta. O investimento no ramo canábico já era previsto há alguns anos, pois já em 2019 um relatório do Banco de Montreal afirmava que o mercado da maconha poderia movimentar até US$ 194 bilhões até o fim de 2026.
Porém, recentemente, uma análise de especialistas do Marijuana Business Daily, um portal de notícias sobre o ramo dos negócios canábicos, identificou que até o fim de 2020 existirão mais trabalhadores canábicos na indústria da maconha do que programadores de computação. A previsão é que o mercado da erva possa empregar 295 mil pessoas até o fim do ano e gerar 575 mil empregos até 2024, dobrando a quantidade de funcionários.
Os trabalhadores canábicos estão em vários setores
Ou seja, o sonho de trabalhar com maconha está mais perto e vai muito além dos growers. Atualmente, as empresas do ramo são responsáveis por mais de 200 mil empregos de trabalhadores canábicos nos Estados Unidos e essa cadeia envolve não apenas o cultivo da planta, embora a maioria saiba cultivar a própria maconha antes mesmo de procurar um emprego. Isso envolve motoristas de entrega, técnicos para extração, licitantes, entre outros profissionais.
Além disso, outras profissões envolvidas no processo são: fabricantes de equipamentos, jornalistas, analistas, consultores, ou seja, a indústria legal da maconha também é capaz de gerar empregos para pessoas que nem sequer atuam no cultivo direto da planta.
Ainda de acordo com um estudo do Marijuana Business, a indústria legal da planta nos Estados Unidos gerava entre 165 mil a 210 mil empregos, só em 2019. Portanto, em 2020 a expectativa é que os números cheguem a quase 300 mil, uma quantidade maior de funcionários cannábicos do que no ramo da computação e programação no país americano.
A maior parte desse aumento nos empregos é impulsionada principalmente pelos estados de Illiniois e Michigan que legalizaram a venda da cannabis no inverno do ano passado.
O mercado cannábico na pandemia do Covid-19
Vale pontuar que esses números ainda são baixos, pois, com a chegada da pandemia do Covid-19, a indústria cannábica diminuiu suas expectativas de crescimento para 2020. Na verdade, especialistas projetavam que até o fim de 2021 o mercado da marijuana geraria cerca de 400 mil empregos e o surgimento do vírus acabou atrasando esses planos.
No setor financeiro, há a previsão que o mercado cannábico valha até US$ 73 bilhões ao fim do ano de 2027.
Felizmente, o crescimento cannábico nos EUA não foi tão impactado negativamente durante a pandemia, pois a maioria dos estados decretou a erva como um produto essencial para consumo, garantindo com que as lojas licenciadas se mantivessem abertas para vendas normais durante o período de isolamento social.
Inclusive em alguns estados, como no Oregon, o consumo da planta aumentou mais de 10% nos meses da quarentena, servindo para uso recreativo, estimulante, desestressante ou de outras utilidades para as pessoas que precisam se manter isoladas por muito tempo.
Com o crescimento das operações e com mais estados americanos legalizando o uso da maconha, a previsão é que haja um aumento de até 50% dos empregos no ramo canábico ainda em 2020.
Mesmo com a rígida regulamentação na indústria legal da maconha nos Estados Unidos que incomoda algumas startups, essas restrições são necessárias para garantir a geração de empregos. Assim, em todos os estados onde há legalização da planta, ela só pode ser vendida por pontos de venda licenciados que possuam funcionários dedicados.
Por esse motivo, atualmente, o setor de varejo de maconha é responsável pela maior parte dos empregos na indústria canábica.
Porém, o oferecimento do auxílio emergencial de US $ 600 para os cidadãos americanos qualificados ainda é uma grande discussão no governo estadunidense. Com apoiadores e detratores, ainda não há certeza por quanto tempo o auxílio será entregue e caso o subsídio seja cortado em breve, isso também pode impactar na projeção das vendas da cannabis no país.