Depois de o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, criar polêmica ao defender a legalização da maconha, ontem foi a vez de o ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, tocar no assunto. Durante o lançamento do Plano Emergencial para Combate ao Uso Nocivo de Álcool e Drogas, ele defendeu “o debate sem preconceito” sobre a legalidade e ilegalidade de drogas. E falou do tratamento diferenciado que hoje é dado a determinadas substâncias.
“Há drogas no borderline: o THC (sigla de Tetra hidro carbinol, nome científico da maconha) é proibido, enquanto outras como o ayahuasca, usada no Santo Daime, são permitidas”, comparou. Para Vannuchi, o jovem é a principal vítima da política de combate às drogas. Ele argumentou que esta fase da vida é marcada pela experimentação em todas as áreas. “Muitas vezes o jovem está nesta fase, acaba sendo surpreendido e estigmatizado”, completou.
Para Vannuchi, o fato de a nova lei acabar com a pena restritiva de liberdade é um avanço. Mesmo assim, julga ser necessário continuar o debate. “A estratégia de combate à droga associada à repressão foi um fracasso.” O lançamento do programa também foi transformado em um ato de defesa da política de saúde mental do governo. Vannuchi e o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, procuraram rebater as críticas feitas por médicos que defendem a retomada do modelo anterior à luta antimanicomial. “Não vamos tolerar retrocesso. Cuidar sim, excluir, jamais”, disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
Fonte: Último Segundo