Há quem acredite que a maconha só será regulamentada quando as grandes empresas e investidores, os verdadeiros donos do mundo, não se verem ameaçados por essa medida, senão beneficiados e com possibilidades reais de lucro. Se for assim mesmo, parece que estamos no caminho certo. Empreendedores começam a ver oportunidade na canábis e já procuram investidores potenciais.
É o caso de Ken VandeVrede, diretor de operações da Terra Tech, uma empresa fabricante de equipamentos hidropônicos e produtora de diversas ervas cultivadas em estufa. VandeVrede pretende duplicar o espaço dessa estufa já esperando a iminente explosão da produção e comércio de ganja no país. Para isso, precisa arrecadar cerca de US$ 2 milhões, ou na cifra dos R$ 4 milhões, e busca investidores em Wall Street.
A bolsa de valores de Nova Iorque tem boas razões para farejar altos lucros. São 18 Estados que tem a canábis regulamentada, entre eles Washington, Ohio e Colorado, que vão mais além e permitem o uso recreacional da erva. Ainda que a lei federal a mantenha ilegal, alguns empresários veem na maconha o mesmo caminho que o da Lei Seca, que proibiu a produção, distribuição e venda do álcool de 1920 a 1933.
Empresas de diversos segmentos têm criado produtos e serviços para se colocarem no alvo dos investidores nessa nova onda de start-ups. Fabricantes de equipamento para cultivo de ervas e verduras estão adaptando seus produtos para plantas mais altas. Uma companhia busca investidores para construir dispensários automáticos, tipo as maquinas de Coca-Cola. Uma empresa de capital privado comprou um site do tipo Kekanto, que compara diversos dispensários e permite que os usuários deixem recomendações.
São dezenas de possibilidades e empresários e investidores concordam que o momento está mudando e o mundo financeiro terá que abrir espaço para esse novo nicho e, consequentemente, injetará dinheiro na economia, sendo prova de que a legalização é vantajosa para todas as classes da sociedade e por diversas razões. É o mundo business dançando conforme a música. Nessa caso, um bom reggae!
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