Uma das variedades de maconha mais conhecida em todo o planeta, é a White Widow. Quem já foi a um lugar legalizado como Holanda, Canada, Barcelona ou aos estados americanos sabe que em qualquer dispensário será possível encontrar White Widow. Isso se ela não estiver em falta é claro.
Trata-se de uma genética híbrida criada nos anos 90 por Scott Blakey, conhecido também como Shantibaba, quando ele era co-proprietário da holandesa Green House Seed Company, na ativa até hoje. E olha que pode ter participação brasileira nessa história e nessa fama.
E o objetivo desse texto é justamente desvendar isso e contar um pouco mais sobre os efeitos da White Widow, sua potência, linhagem e claro, dicas de como cultivar a sua própria strain híbrida e de origem brasileira em casa também.
História da White Widow e o Brasil
Bom, tudo começa com uma afirmação que enche os brasileiros de orgulho: a White Widow é o resultado do cruzamento de uma Sativa de linhagem brasileira com uma Indica do sul da Índia, muito resinada. Diz a lenda que a White Widow foi o resultado de anos de seleção e procriação nas montanhas de Kerala para a produção de plantas de Cannabis ricas em resina.
Na época, o mercado underground de cannabis era composto principalmente de primeiras gerações de híbridas, como Northern Lights e Haze, mas a White Widow, por suas características marcantes, juntou-se a essas variedades lendárias, ganhando uma High Times Cannabis Cup antecipada em 1995 e vários prêmios desde então.

Efeitos dessa strain híbrida
Criada especificamente para uma alta contagem de tricomas, a White Widow é especialmente valorizada na produção de haxixe. Esta strain tem uma composição média de THC de 20%, com alguns fenótipos excedendo essa quantidade.
Entre seus efeitos, a strain proporciona uma explosão de euforia e energia imediatas, estimulando a interação e a criatividade, induzindo a associação rápida de pensamento que pode abrir algum território até então inexplorado. Efeitos psicodélicos como distorção visual e percepção aumentada podem amplificar o impacto da música ou da arte, enquanto um zumbido muito suave suaviza os usuários.
A flor super pegajosa fornece uma euforia cerebral que, embora às vezes intimidante em grandes doses, permite que os usuários se mantenham funcionais e atentos ao ambiente. Uma escolha excelente para uso social, esta variedade é uma das favoritas para todos os fins.
Dicas para cultivar a sua White Widow
Se você quer plantar a sua própria strain de White Widow então se liga nessas dicas. Ela pode ser cultivada a partir de sementes ou clones e é uma cepa resistente a mofo, o que torna possível o cultivo ao ar livre, embora um clima quase mediterrâneo com temperaturas constantes entre 21 e 26 º C funcione melhor.
Apesar de um alto teor de Sativa, a White Widow parece muito mais Indica durante o estágio vegetativo: as plantas são grossas e largas, e raramente excedem 6 pés de altura.
As plantas florescem em 9 semanas quando cultivadas em ambiente fechado. Seu rendimento varia de 37 a 55 gramas (ou cerca de 1,3 a 2 onças) por pé quadrado de planta. Seus buds são consistentes e cônicos, de cor branca (daí o nome, “Viúva Branca”), cintilados de cristais brilhantes, e com uma textura solta e fofa que pode ser quebrada com certa facilidade apesar de sua pegajosidade.
As folhas são verdes com poucos pistilos visíveis e é relativamente fácil encontrar essa genética em bancos de sementes de maconha.

Uso medicinal dessa genética
A White Widow é uma strain de que maconha que também pode ser uma boa alternativa para uso medicinal. Por causa de seus efeitos cerebrais profundos, essa linhagem costuma ser mais útil psicologicamente do que fisicamente.
- Pode ajudar aqueles com transtornos de déficit de atenção a manter o foc.
- Também pode aumentar a energia em casos de fadiga ou depressão.
- Alguns usuários até descreveram ela como eficiente no alívio de enxaquecas.
- Por causa de sua potência cerebral, usuários podem querer planejar a dosagem certa para não ter problemas.
Linhagem
Como falamos no inicio do texto, a essa genética pode ser encontrada em todos os cardápios das coffe shops holandesas desde que foi criada. Suas sementes foram espalhadas pelo mundo nos anos 90, e sua genética deu origem a muitas outras lendas, como White Russian, White Rhino e Blue Widow. Ainda assim, muitos cultivadores preferem o cultivo da original, que floresce em cerca de 60 dias em cultivo indoor.
Como se a reputação holandesa de cultivo de Cannabis de qualidade ainda não tivesse sido estabelecida com cepas de grande sucesso como a Big Bud, a White Widow mostra os excelentes resultados do cultivo estudado e deliberado na Holanda. Sua forte base genética fez dela uma planta valiosa para experimentação em cruzamentos.
Conhecida por ter um cheiro pungente de amônia, com algumas notas de pinho e terra, a White Widow exala um odor mais de haxixe quando seus buds são quebrados, semelhante ao de incenso. Seu perfil terpênico apresenta altos níveis de mirceno, pineno e cariofileno, moléculas aromáticas que convergem para criar um perfil de sabor definido por notas de especiarias, terrosas e pimenta.
A fumaça suave tem um gosto similar a terra – os usuários acostumados a cruzamentos frutados ou saborosos podem ficar desapontados com a relativa falta de sabor dessa strain, mas que é compensada na potência.

Texto por Renata Lopes – @renatalooop