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Ethan Nadelmann, liderança dos EUA pelo fim da guerra às drogas, faz palestra e participa de debate com membros da Rede Pense Livre em São Paulo Em evento promovido pela Rede Pense Livre, norte-americano vai apresentar avanços políticos de seu país e da América Latina e discutir as ameaças de retrocesso no Brasil São Paulo, abril de 2013 - No dia 06 de maio, em São Paulo, a Rede Pense Livre – Por uma política de drogas que funcione, convida Ethan Nadelmann, diretor-executivo da ONG norte-americana Drug Policy Alliance e um dos líderes do movimento pelo fim da guerra às drogas nos EUA para um diálogo aberto ao público. Realizado no Itaú Cultural e transmitido pela internet, o evento abordará o panorama das políticas de drogas na América Latina e nos Estados Unidos em contraste com o atual debate sobre a política de drogas brasileira. Apontado pela imprensa americana como “pivô” dos esforços pela reforma das políticas de drogas, Ethan Nadelmann é reconhecido, tanto nos EUA quanto internacionalmente, como uma das principais lideranças do movimento pelo fim da guerra às drogas (veja bio abaixo). Em palestra seguida de debate, Ethan Nadelmann, que esteve diretamente envolvido nos recentes plebiscitos que legalizaram a maconha em estados americanos, vai analisar erros do passado superados em outros países e as iminentes ameaças de retrocesso na área de drogas que estão sendo discutidas em Brasília, além de debater com o público presente e online. Nos EUA, país onde nasceu a chamada guerra às drogas, 19 estados já regulamentaram o uso da cannabis medicinal e os estados de Washington e Colorado começam a implementar a legalização do uso recreativo da maconha aprovado em novembro. Em outro forte indício de mudança, pesquisas de opinião divulgadas em março indicaram que 52% dos norte-americanos apoiam a regulação da maconha como é feito com álcool e tabaco. Já na América Latina, países como Colômbia, Guatemala e Uruguai reconheceram que a repressão às drogas falhou pois não reduziu o consumo e ainda acarretou graves efeitos colaterais como o fortalecimento do crime organizado e o aumento da violência. Esses países têm avançado na descriminalização do uso de drogas e em políticas de redução de danos, ensaiado modelos de regulação e pressionado por um debate global mais profundo sobre novas políticas para lidar com o problema. No Brasil, enquanto o Supremo Tribunal Federal promete julgar a constitucionalidade da criminalização do consumo de drogas ainda no primeiro semestre deste ano, tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados o PL 7663/2010, do deputado Osmar Terra. Para a co-fundadora da Rede Pense Livre, Ilona Szabó de Carvalho, “O PL tem graves falhas que aprofundam os danos sociais das atuais políticas de drogas ao manter a criminalização do usuário, aumentar as penas mínimas relacionadas à drogas e priorizar a internação compulsória e as comunidades terapêuticas como eixos principais no tratamento de dependentes.” Setores da sociedade civil, movimentos de direitos humanos e saúde mental e o os Ministérios da Saúde e da Justiça têm manifestado oposição e resistido à ameaça de retrocesso. O PL deve ser votado pela Câmara no início de maio, mas sua votação vem sendo adiada por pressão da sociedade, pois não houve debate sobre suas propostas. O debate com Ethan Nadelmann é uma iniciativa da Pense Livre – por uma política de drogas que funcione, em parceria com a Comissão Global sobre Políticas de Drogas e a Plataforma Latino-americana sobre Políticas de Drogas. Lançada em setembro de 2012, a Pense Livre promove encontros e debates sobre o tema, distribui e publica conteúdo e faz articulações de políticas públicas, além de manter um blog. Em fevereiro, a Pense Livre iniciou petição pública no site de ativismo online Avaaz contra o PL 7663/2010, que ganhou o apoio de diversos movimentos da sociedade civil e já chegou a 32 mil assinaturas http://www.avaaz.org/po/petition/DIGA_NAO_AO_PROJETO_DE_LEI_QUE_VAI_MANDAR_USUARIOS_DE_DROGAS_PARA_A_CADEIA/?kocQmdb __________________ Ethan Nadelmann é fundador e diretor-executivo da Drug Policy Alliance, organização líder nos Estados Unidos na promoção de alternativas para a guerra às drogas. Nadelmann é graduado e tem PhD em Ciência Política pela Universidade de Harvard e mestrado em relações internacionais pela London School of Economics. Ele foi professor na Universidade de Princeton por sete anos. O Instituto Igarapé é um think-tank dedicado à integração das agendas de segurança e desenvolvimento. Seu objetivo é propor soluções alternativas a desafios sociais complexos, por meio de pesquisas, formulação de políticas públicas e articulação. A Rede Pense Livre é uma rede formada por mais de 70 jovens lideranças de diversos setores da sociedade brasileira com a missão de promover um debate amplo e qualificado por uma política sobre drogas que funcione. De natureza independente e apartidária, a rede nasce da premissa que a política sobre drogas é uma questão central para o desenvolvimento humano, social e econômico do Brasil. Ao informar a sociedade sobre melhores práticas, a Rede Pense Livre ajuda a construir uma agenda positiva sobre o tema. A Comissão Global sobre Políticas de Drogas é um grupo formado por lideranças internacionais de alto nível com o objetivo de promover uma discussão internacional bem informada e com base científica sobre formas efetivas de reduzir os danos causados pelas drogas e pelas políticas de drogas às pessoas e sociedades. A Plataforma Latino-americana sobre Políticas de Drogas reúne lideranças empresariais e empreendedores sociais engajados na promoção de politicas de drogas eficazes, humanas e comprometidas com a redução de riscos e danos às pessoas, à sociedade e às instituições democráticas na região. SERVIÇO Local: Itaú Cultural – Av. Paulista, 149 - São Paulo Horário: 19h às 22h Capacidade: 219 lugares (sujeito à lotação do espaço) Realização: Rede Pense Livre – Por uma politica de drogas que funcione Apoios: Global Commission on Drug Policy e Plataforma Latino-americana Streaming: PosTV pelo blog da PenseLivre - www.penselivre.org.br Inscrição: As inscrições serão abertas uma hora antes do evento, por meio de lista na recepção do Itaú Cultural. Agência Lema Leandro Matulja/ Leticia Zioni/ Larissa Marques AgenciaLema.com Informações para a imprensa: Mauricio Sacramento +55 11 3872-0022 ramal 228 mauricio@agencialema.com.br9 points
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Minha mãe me disse q quando eu tinha uns 3 anos de idade agente tava passando pela praça e estava mó marola de erva Ai eu respirei fundo e falei 'humm q cheirinho bom' ela disse q desde então ja viu q tava ferrada kkkkkkkkk8 points
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8 abril 2013 Liberdade provisória Vedação da Lei de Drogas não justifica preventiva Por Livia Scocuglia Somente a vedação de liberdade provisória prevista na Lei 11.343/2006, que disciplina o tratamento ao crime de tráfico de drogas, não pode justificar a conversão de prisão em flagrante em prisão preventiva, sem que os elementos previstos no artigo 312 do Código de Processo Penal — garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria — estejam presentes. Esse foi o entendimento do STF ao deferir, na última quarta-feira (3/4), liminar para conceder liberdade provisória a três homens presos em flagrante por tráfico de drogas, derrubando decisão anterior que havia negado liminarmente outro pedido de HC, no Superior Tribunal de Justiça, decisão esta proferida pela ministra Assusete Magalhães. Para o ministro Dias Toffoli, relator do pedido de HC substitutivo no Supremo, ficou clara a ilegalidade da manutenção da prisão — condição que justifica a aceitação de HC substitutivo pelo STF. Na prática, teve de ser superada a súmula 691 da corte, que proíbe recurso contra decisão liminar de tribunal superior sem que o mérito tenha sido analisado. “Nada impede que esta Suprema Corte, quando do manejo inadequado do Habeas Corpus como substitutivo (artigo 102, inciso II, alínea 'a' da Constituição Federal), analise a questão de ofício nas hipóteses de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia", disse o ministro em sua decisão. Segundo Dias Toffoli, “extraindo-se do ato constritivo a vedação prevista no artigo 44 da Lei 11.343/2006”, não há justificativa para respaldar a segregação cautelar dos réus, uma vez que “não há base empírica que a legitime.” Para Toffoli, o caso configura constrangimento ilegal flagrante, “perfeitamente sanável pela via do Habeas Corpus.” A defesa, feita pelos criminalistas Alberto Zacharias Toron, Marcelo Feller e Michel Kusminski, alegou que o flagrante foi convertido em prisão preventiva não pela possível ameaça à instrução do processo penal, mas “exclusivamente em razão da vedação legal à liberdade provisória em casos de tráfico”, prevista no artigo 44 da Lei 11.343/2011. O Habeas Corpus, com pedido de liminar, buscava a revogação da prisão preventiva, uma vez que “não se falou absolutamente nada sobre a necessidade da custódia cautelar, nos termos do artigo 312 do Código de Processo Penal.” Decisões anteriores O juízo de Itapecerica da Serra (SP) converteu em preventiva a prisão em flagrante dos acusados afirmando que a liberdade provisória é absolutamente vedada pela Lei Antitóxicos. Ao analisar pedido de liberdade provisória, outro juízo, esse de Cotia (SP), manteve a custódia cautelar pelo mesmo fundamento. Para o ministro Dias Toffoli, “está claro que a decisão do Juízo da Comarca de Itapecerica da Serra (SP), que converteu a prisão em flagrante dos pacientes, ateve-se à vedação prevista no artigo 44 da Lei 11.343/2006 para manter a segregação cautelar do paciente, assim como a decisão do juiz de Cotia que as mantiveram, não indicou elementos concretos e individualizados, aptos a demonstrar a sua necessidade.” Por fim, decidiu que “extraindo-se do ato constritivo a vedação prevista no artigo 44 da Lei 11.343/2006, não vislumbro justificativa concreta a respaldar a segregação cautelar dos pacientes, uma vez que, à primeira vista, não há base empírica que a legitime.” Clique aqui para ler a decisão. HC 117.105 Livia Scocuglia é repórter da revista Consultor Jurídico. Revista Consultor Jurídico, 8 de abril de 20134 points
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Foi aprovado na Comissão que os Condenados da AP 470 fazem parte, ainda ta longe de passar a valer!4 points
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DESCRIMINALIZAÇÃO DAS DROGAS Dos 15 aos 20 e poucos anos, fumei maconha pelo menos uma vez por semana. Confesso que nem achava muito bom, era o típico cara que fuma só porque está todo mundo fumando; ficava mais confuso do que relaxado, sem saber se punha as mãos nos bolsos ou cruzava os braços, se ia ouvir Pink Floyd no escuro ou comer melancia com ketchup. Finda a adolescência, percebi que a cannabis não era mesmo a minha e parei. Não tive que tomar nenhuma atitude drástica, reunir força de vontade, buscar ajuda: simplesmente deixei de usar e não senti a menor falta. Não estou dizendo que maconha não vicia. Entre os vários amigos meus que a consomem regularmente um é viciado. É advogado tributarista, casado, pai carinhoso e fuma umas duas vezes por dia. Compare-o a um alcoólatra e fica claro que, mesmo no pior cenário, os males da maconha são menos graves do que os de uma droga lícita. Não estou afirmando, tampouco, que a maconha não faz mal. Certamente esse amigo que fuma diariamente tem mais chances do que eu de, no futuro, desenvolver um câncer de pulmão --e mais dificuldade para, de manhã, se lembrar de onde colocou as chaves--, mas a escolha é dele. O pulmão e as chaves, também. A vida é muitas vezes chata, é quase sempre dura, é definitivamente curta. Por isso uns bebem, outros fumam, ingerem mais gordura saturada do que recomenda a Organização Mundial da Saúde e há até quem salte de asa-delta, sem que o Estado se meta em suas vidas. Tudo isso posto, fiquei muito contente, semana passada, ao encontrar nos jornais, entre Felicianos e Malufs, vans e panelas de pressão, a notícia de que sete ex-ministros da Justiça encaminharam ao STF uma carta recomendando a descriminalização do uso de drogas. Que a maconha deveria ser legalizada já, plantada e fumada por quem quisesse, não tenho a menor dúvida. Quanto às outras drogas, é preciso analisar bem como proceder, para que não se resolva apenas o lado do consumidor do asfalto, mantendo a tragédia do tráfico nos morros e periferias. Felizmente, além dos ex-ministros, há muita gente gabaritada pensando em como desatar esse nó. Ano passado, foi criada a Rede Pense Livre (migre.me/efd02), um grupo apartidário, com membros de diversas áreas --da antropologia ao mercado financeiro, da direita e da esquerda; gente de terno, de piercing, de terno E de piercing--, cujo objetivo é rediscutir a atual política brasileira referente às drogas --e mudá-la. Parte da premissa de que a estratégia atual, a guerra, não funcionou e propõe a descriminalização. O mal que a "guerra às drogas" causa à sociedade é infinitamente superior aos danos que as substâncias causam a seus indivíduos. Hoje, mais de 130 mil pessoas (1/4 da população carcerária brasileira) estão na cadeia por alguma relação com entorpecentes; são jovens, em grande parte, cujos futuros o contribuinte paga caro para arruinar, mantendo-os atrás das grades. Deixemos os presídios para quem mata, quem estupra, quem desvia dinheiro público e deposita nas ilhas Jersey: não para quem precisa de tratamento médico ou nem isso, quem só quer esquecer um pouco dos problemas, ouvir Pink Floyd e --por que não?-- comer melancia com ketchup. Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/1267717-descriminalizacao-das-drogas.shtml3 points
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http://www.liveleak.com/view?i=186_13667417712 points
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23/04/2013 11h44 - Atualizado em 23/04/2013 11h44 Canadense ganhou prêmio de US$ 25 milhões em 2012. Bob Erb milita pela legalização da droga no país. Robert "Bob" Erb, conhecido ativista canadense que luta pela legalização da maconha no país, foi sorteado no ano passado e levou um prêmio de US$ 25 milhões (cerca de R$ 50 milhões) na loteria. Alguns meses depois, o homem afirmou que boa parte da bolada já foi gasta para defender sua causa no país. Em uma entrevista ao jornal “National Post”, Erb contou que mais de US$ 1 milhão do montante foi destinado para promover sua campanha pela legalização da droga no Canadá, além de gastar mais de US$ 100 mil em eventos para celebrar o “Dia da Maconha”, comemorado em 20/4. Membro do “Partido da Maconha” de British Columbia, Bob continua sua luta política afirmando que “a proibição é a maior injustiça social” de sua vida. O canadense, no entanto, também destinou mais de US$ 7 milhões do prêmio para diversas outras causas sociais, principalmente para instituições de caridade na região em que mora.2 points
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9 de abril de 2013 às 13h59 Pensem nas crianças, legalizem a maconha Entrevista com Amanda Reiman Por Shelley de Botton “Por favor, pensem nas crianças, legalizem a maconha”. Esse é o título do artigo escrito pela psicóloga Amanda Reiman, em que contesta a justificativa usada pelos governos de que as drogas são proibidas para proteger crianças e adolescentes. “Como isso pode ser verdade quando as sanções associadas com a droga ilícita mais consumida, a maconha, estão criando mais danos aos jovens do que o consumo da droga em si?”. No artigo publicado no jornal Huffington Post, Reiman cita exemplos desta prática como o caso de um jovem de 22 anos que fazia uso de maconha medicinal por conta de problemas de ansiedade. O jovem foi preso e morreu na cadeia. Ele tinha intolerância a derivados de leite e teve que se alimentar com a comida servida na instituição, apesar de ter avisado aos agentes sobre a sua alergia fatal. Para evitar que injustiças como essa aconteçam, a organização norte-americana Drug Policy Alliance (DPA) promove estratégias alternativas para a atual política de drogas que sejam baseadas na ciência, na saúde e nos direitos humanos. Como gerente de políticas para a Califórnia da DPA, Amanda Reiman lidera o trabalho de reforma da política relativa à cannabis no estado norte-americano. Reiman foi diretora de pesquisa e serviços ao paciente do dispensário de maconha medicinal Berkeley Patients Group e conduziu diversos estudos sobre dispensários de maconha medicinal e sobre o uso da cannabis como tratamento para o vício em drogas mais pesadas. “Trazer as ‘drogas leves’ como a maconha para o mercado legal reduz a probabilidade de que alguém compre maconha da mesma pessoa que vende drogas mais pesadas”, defende. Reiman é professora da Escola de Bem-Estar Social da Universidade da Califórnia-Berkeley, onde ensina Política de Drogas e Álcool, Tratamento de Abuso de Substâncias e Sexualidade e Trabalho Social. Sua tese de doutorado “Cuidados com cannabis (Cannabis Care)”, foi o primeiro estudo com foco em como dispensários de maconha medicinal podem operar como prestadores de serviços de saúde. A senhora afirma, no artigo “Por favor, pensem nas crianças, legalizem a maconha”, em que defende a legalização da maconha, que a repressão às drogas está causando mais males do que o uso das drogas em si. Poderia explicar? Sim. As penalidades para o uso de maconha criam circunstâncias que podem representar mais prejuízos para o usuário que os efeitos reais da droga. Ter uma acusação de posse de drogas no seu registro policial pode ter impactos negativos na vida da pessoa para conseguir emprego, financiamentos para habitação, faculdade, e na guarda dos filhos. Mas o uso de maconha não causa prejuízos à saúde dos jovens? Sabemos que o impacto da maconha sobre o corpo humano não é algo que apresenta um risco para toda a vida. Ao passo que ser acusado de posse de drogas pode ser algo que deixa marcas marcas para a vida toda. Alguns estudos afirmam que o uso de maconha estaria ligado a episódios de esquizofrenia e até de derrames cerebrais. Pesquisas ligando uso de maconha a doenças mentais e derrames cerebrais são muitas vezes mal interpretadas. Uma maior incidência de doença mental ou AVC entre aqueles que usam maconha não demonstra causalidade, mas sim correlação. Isto significa que é provável que uma terceira variável afete tanto a saúde mental quanto a ocorrência de AVCs e o uso de maconha, como histórico familiar ou o meio ambiente. Recentes afirmações sobre o impacto da maconha sobre o QI têm sido questionadas depois que um novo estudo sugeriu que as diferenças de QI eram consequência mais provavelmente de fatores socioeconômicos. No caso da legalização da maconha, como evitar os danos? Os riscos associados ao uso da maconha poderiam ser melhor controlados em um ambiente de legalização. Gastamos muito tempo para educar as pessoas sobre as formas mais seguras de usar álcool e tabaco. Poderíamos ter essa mesma conduta em relação à maconha. No entanto, ainda estamos recomendando às pessoas “dizer não” sem lhes dar conselhos úteis, como, “antes de dizer sim, pense sobre o seu humor e sua saúde mental”. A senhora concorda com a afirmação de que a maconha é porta de entrada para drogas mais pesadas? Não, de jeito nenhum. Primeiro, isso leva à discussão causa versus correlação. Só porque muitas pessoas que experimentam heroína também usaram maconha não significa que o uso de maconha leva ao consumo de heroína. A maioria dos jovens começa com a cafeína, depois nicotina, álcool, maconha e então talvez LSD ou cogumelos. A maioria para depois da maconha e deixa de usá-la à medida que envelhecem sem qualquer intervenção formal para ajudá-los a parar. A senhora realizou estudos em que a cannabis é usada como tratamento para o vício em drogas mais pesadas. Isso funciona? Com certeza! Vemos a maconha agindo mais como uma droga de saída, ajudando as pessoas a deixar o uso problemático de outras substâncias, incluindo álcool e medicamentos prescritos. A legalização ajuda a separar os mercados de drogas, como acontece na Holanda. Trazer as ‘drogas leves’ como a maconha para o mercado legal reduz a probabilidade de que alguém compre maconha da mesma pessoa que vende drogas mais pesadas. A senhora defende a legalização de outras drogas? Eu defendo a legalização total da maconha e a descriminalização de outras drogas. Eu acho que ninguém deveria ter que entrar em contato com o sistema de justiça criminal por fazer uso de drogas, a menos que viole os direitos de terceiros (por exemplo, roubar para conseguir dinheiro para comprar drogas). Nesse caso, como controlar o uso abusivo dessas drogas? Outras nações têm sido bem-sucedidas ao adotar outras abordagens para o uso de drogas para além da proibição. Programas de redução de danos como instalações de injeção segura, tratamento assistido de heroína, troca de seringas e utilização de nalaxona podem ajudar a reduzir os danos associados ao uso de drogas, tais como a transmissão do HIV, da hepatite C e casos de overdose. Reduzir o estigma em torno do uso de todas as drogas pode encorajar os usuários que estão desenvolvendo dependência a procurar ajuda, sem se sentirem constrangidos. Além disso, os prestadores de cuidados de saúde precisam ter um melhor treinamento sobre uso de drogas e de como trabalhar com os usuários de forma a construir uma relação de confiança e permitir que o usuário se sinta empoderado. Nada disso acontece quando o uso de drogas é regulado pelo sistema de justiça criminal. A descriminalização do uso seria um bom caminho? Nesse caso, como tratar a venda? Uma das diferenças entre a descriminalização e a legalização é a regulamentação da venda. Sob a descriminalização, a posse e o uso são permitidos, mas a venda ainda é crime. Esta é uma razão pela qual a descriminalização da maconha não é suficiente, pois não aborda o aspecto de venda. E com relação às outras drogas como a cocaína e a heroína? Para outras drogas, temos de ir mais longe no desenvolvimento de um bom sistema de distribuição, de modo que a descriminalização pode ser um bom começo. No entanto, eu consigo ver drogas ilícitas como a cocaína e heroína sendo administradas pelas farmácias através de uma receita médica, como era antes de serem consideradas ilegais nos EUA. A punição com suspensão ou expulsão da escola sempre foi usada como estratégia para lidar com estudantes que têm comportamento considerado “desviante”. A senhora considera esse tipo de tratamento inadequado em todas as situações ou só em relação ás drogas? Eu acho que há uma necessidade de equilibrar o que é certo para o aluno com o que é melhor para a escola e para a população de estudantes e professores. Expulsar um aluno simplesmente por posse de drogas pode ser muito prejudicial, porque provavelmente há razões para o uso dessas drogas que precisam ser avaliadas. Assim, desligar o aluno do sistema de apoio escolar não é uma boa ideia. O aluno precisa de mais cuidados, não de menos. Se um aluno representa uma ameaça para um professor ou para outros alunos, é necessário tomar outras precauções. Que tipo de tratamento deveria ser dado a um estudante que fosse pego de forma recorrente com drogas na escola, uma vez que isso é proibido? Eu recomendaria aconselhamento familiar. O uso recorrente de drogas na escola poderia indicar um problema na vida do aluno que precisa ser tratado. Eu não iria chutar o aluno para fora, ou enviá-lo para um centro de correção juvenil. Drug Policy Alliance Fonte: http://oesquema.com.br/penselivre/2 points
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COMENTE Dan Frosch 25/04/201300h01 Comunicar erroImprimir Nick Adams/Reuters 10.dez.2012 - Um usuário prepara cigarro com maconha e tabaco para fumar dentro de bar localizado na cidade de Olympia, nos Estados Unidos Se a maconha fosse legalizada e regulamentada adequadamente, como afirmam seus defensores há muito tempo, poderia gerar milhões de dólares em receita fiscal estadual. Mas de que forma a droga deve ser taxada revelou-se uma questão espinhosa. No Colorado, onde os eleitores aprovaram uma medida em novembro que legaliza pequenas quantidades de maconha para uso recreativo, as autoridades vêm lidando com essa questão há meses, enquanto o Estado trabalha para criar um código regulatório coeso. Esta semana os legisladores vão considerar impostos e taxas sobre a venda de maconha de até 30% combinados. A proposta foi o resultado de uma força-tarefa de autoridades de saúde, representantes da indústria estadual da maconha - em rápido desenvolvimento - e outros que foram incumbidos no ano passado de ajudar a elaborar regras para a maconha. O objetivo, segundo membros da força-tarefa e legisladores, é definir impostos altos o suficiente para financiar a administração de novas leis, mas não tão altos que os consumidores sejam empurrados de volta para o mercado negro. "Devemos ver um benefício financeiro como um Estado que pode ajudar a pagar pela aplicação da lei e outras questões fundamentais", disse Christian Sederberg, um advogado de Denver membro do painel, cuja firma ajudou a esboçar a Emenda 64, medida que legalizou a maconha recreativa. "O outro lado é que, se você taxar alguma coisa alto demais, simplesmente esvazia o mercado regulamentado. Estamos confiantes de que encontraremos o equilíbrio certo." Segundo a proposta, os primeiros US$ 40 milhões coletados de uma taxa estadual de 15% seriam usados para construir escolas públicas. A receita de um imposto sobre as vendas de 15%, além do imposto de vendas estadual de 2,9% e qualquer imposto local de vendas, seria distribuída para os governos locais e para a justiça. A primeira audiência legislativa sobre a proposta, que dá aos legisladores flexibilidade para reduzir a alíquota do imposto, está marcada para esta quinta-feira (25). O deputado estadual democrata Jonathan Singer, o promotor do projeto, disse que encontrar o índice de imposto certo também é uma questão de segurança pública. "A grande coisa é que queremos garantir que sejamos capazes de adotar as salvaguardas adequadas para que a maconha não acabe nas mãos de crianças, criminosos ou cartéis", disse ele. Nem todo mundo tem certeza se aprova a ideia do imposto. Michael Elliott, diretor-executivo do Grupo da Indústria Medicinal da Maconha, disse que teme que um imposto muito alto possa dificultar a sobrevivência de qualquer empresa de maconha, porque o mercado negro no Colorado é muito forte. Ampliar Veja mitos e verdades sobre drogas24 fotos 23 / 24 Maconha queima neurônio? PARCIALMENTE VERDADE: estudos comprovam que fumar maconha antes dos 15 anos de idade diminui o QI, mas essas mesmas pesquisas mostram que, após os 20 anos, a maconha não traz problemas cognitivos. "Essa diferença tem a ver com a maturação do cérebro, porque na adolescência ele ainda está terminando de se formar. Entre os 15 e os 20 anos é uma faixa nebulosa, onde não foi possível comprovar qual o impacto. Ainda assim, consideramos uma idade de risco", explica Thiago Marques Fidalgo, psiquiatra do Hospital A.C.Camargo Leia maisGetty Images Virtualmente todas as empresas do Estado que vendem a erva medicinal, que seria isenta de impostos, eventualmente mudarão para também vender a droga para fins recreativos. Se os impostos forem altos demais, advertiu Elliott, essas empresas poderão ter dificuldades e eventualmente fechar. "Impostos mais altos no modelo legal e comercial evitarão a transição para um mercado legítimo, e as pessoas continuarão comprando ilegalmente", disse. Além disso, se os legisladores aprovarem a proposta fiscal, ela ainda precisará ser aprovada pelos eleitores. Segundo uma emenda constitucional estadual, os aumentos de impostos são submetidos a voto popular. Enquanto isso, as projeções sobre quanta receita os impostos poderão levantar variam amplamente. No Estado de Washington, onde os eleitores aprovaram em novembro uma medida semelhante legalizando pequenas quantidades de maconha para uso pessoal, os impostos serão aplicados em três faixas de 25% cada sobre produtores, processadores e comerciantes. Esses impostos foram declarados na iniciativa que os eleitores aprovaram, e transferir os custos vai resultar em um índice efetivo para consumidores de 44%, segundo o Conselho de Controle de Bebidas Alcoólicas do estado, que vai administrar os regulamentos da maconha. Um estudo estadual descobriu que a receita dos impostos da maconha poderá variar de zero, se as leis da maconha de Washington forem afinal superadas pela lei criminal federal, a US$ 2 bilhões em cinco anos, caso se desenvolva um mercado totalmente formado. "Ninguém sabe com certeza como vai funcionar, mas algumas pessoas dizem que poderão plantar e processar maconha por um preço mais baixo do que é praticado ilegalmente hoje", disse Brian Smith, porta-voz do conselho. Jeffrey Miron, um professor de economia na Universidade Harvard e associado sênior no Instituto Cato, um grupo libertário, afirmou que embora as duas abordagens do Estado pareçam razoáveis ele duvida que os impostos gerem uma grande receita. Miron, que apoia a legalização, disse que enquanto as leis federais da maconha continuarem indefinidas coletar impostos será um desafio. Além disso, declarou, não há como prever quantos clientes continuarão comprando no mercado paralelo. Depois do fim da Lei Seca em 1933, os Estados estabeleceram impostos sobre bebidas alcoólicas, em parte porque estavam desesperados por receitas depois da Grande Depressão. Mas essa mudança, comentou Miron, foi realizada com total apoio do governo federal. Ampliar Marcha da Maconha pelo Brasil16 fotos 12 / 16 2.abr.2013 - Depois de ter anunciado que distribuiria drogas durante o protesto, o grupo entregou cigarros, bebidas com cafeína e alcoólicas, além de produtos com açúcar às pessoas que passavam pelo viaduto do Chá, no centro de São Paulo. Os itens são considerados nocivos pelos manifestantes, que protestaram na tarde desta terça-feira (2) no viaduto do Chá, no centro de São Paulo Leandro Moraes/UOL Tradutor: Luiz Roberto Mendes Gonçalves2 points
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Esses dias passou uma reportagem de uma festa em volta de um lago, onde havia uma crianca de 6 anos com a bolsa da mae andando pra la e pra ca preocupado, pois estava vendo sua ela alcoolizada que entrou no lago e se afogou, ser resgatada pelos bombeiros.... os reporteres adivinhem, estavam urubuzando a crianca com perguntas e ele dizia: "ja falei pra ela nao beber, eu ja pedi pra ela parar mas ela nao para, ela ja fez isso antes..." Deu um aperto muito forte. Ver essa desgraça do alcool liberado e o nosso brau tao bom ser proibido. E o alcool sendo oferecido pela televisao com lindas propagandas e o camarada repetindo: "filtra de novo"2 points
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Ney mato grosso dando a letra, há muito tempo atrás Não aumente a voz, melhore seus argumentos.2 points
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http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=WXkqHIfZ_782 points
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Fico imaginando uma pessoa anti-maconha faz em um fórum sobre maconha ¬2 points
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preciso diminuir no cafe...ando muito viciado, estou bebendo cafe agora nesse momento, nao consigo cagar sem tomar um cafezim antes! Acho que vou me internar la na clinica do Laranjeiras!2 points
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O que acho mais legal, mora no fato de que a cada dia, mais pessoas tomam partido, principalmente formadores de opinião.2 points
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Brasília é o centro institucional do Brasil, a capital da República. É aqui que podem acontecer as coisas que mudarão as leis e políticas sobre drogas no Brasil. Por isso, em 2013 precisamos fazer uma grande Marcha, para dar um recado bem claro aos três poderes federais: queremos a regulamentação da cannabis e o direito de cultivo para consumo próprio! Tem havido no DF uma perseguição a vários growers, precisamos da sua ajuda para protestar contra isso e reverter esta situação. E aí, quem tá dentro?1 point
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como o irmão falou, polemica sempre vai ter, mesmo regulamentando, cabeças pensantes da década de 40 ainda resistem as infomações, aos fatos e a verdade. Lamentável esse povin que vive no seu mundinho alienado. LEGALIZA DILMAVEZ!1 point
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Normal.... em qualquer seguimento de mercado existe a taxação, porém os Americanos sempre na vanguarda são coerente e se chegaram a 30% de taxa é o que se faz necessário no momento.... Quem me dera pagar 30% sobre o verdinho mas tendo algo de qualidade e tranquilidade para se fazer o meu uso recreativo.... Espero um dia estar pagando esse imposto aqui no Brasil!!!1 point
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mas vai ter streaming ... penselivre.org.br vale a pena assistir1 point
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Já vi muita gente fazendo merda por causa de álcool. Tenho um amigo, o cara é gente finissima, inteligente pacas, formado em advocacia e alcolatra. Senta no buteco e toma 10 garrafas de cerva fácil. O pior é que depois bate nele uma vontade usar pó e pedra. A galera da nossa turma já sabe, nada de emprestar dinheiro pra ele depois que ele fica tonto. Uma vez escrachei o FDP do dono deu m bar aqui, passei e meu amigo estava bodado na cadeira e o cara perguntando se ele queria mais uma. Meu amigo fuma um comigo as vezes, já falei com ele pra ficar só no baseado mas ele diz que a ansia de beber álcool é muita.1 point
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HUAUHAUHAUHAAUHAUHUHAHUAHUAUHAUHAUHAUHAUHAUA Sou bem desses tbm. Meu tio fuma a 40 anos, sempre fumou na frente dos filhos e tudo mais diz o que é, pq fuma e q é proibido e tal... e desde sempre fui curiosasso hauhauha1 point
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A melhor onda pra se fumar um do bom com certeza: Pink Floyd - comfortably numb Pink Floyd - Time Pink Floyd - hey you super indico!1 point
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Valeu Dr Sano pela notícia. Ethan Nadelmann é o cara!! No começo de abril, dia 05 mais precisamente, ele participou na CNN de uma discussão sobre a legalização da maconha. Aonde mais de 52% da população é a favor. Abaixo você pode conferir o vídeo. Vale a pena conferir! Como aqui no Brasil, a repórter americana se mostrou uma perfeita idiota. http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=9ePmsC-V-KA1 point
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seria bom se gravassem videos das palestras e disponibilizar para educar o publcio!1 point
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É engraçado como as pessoas ainda se surpreendem com o fato de o café ser uma droga. Desde ao ano passado, quando lancei o Almanaque das Drogas, eu me divirto vendo as pessoas virarem uma, duas páginas e tomarem um susto quando veem a primeira foto. Com esse título, elas ficam esperando ver uma seringa, uma carreira de pó, um cigarro de maconha, mas aí vem… uma xícara de café quente? “Ué, mas cafezinho é droga?”. Pois é. Cafeína e cocaína, por exemplo, são muito parecidas. A principal diferença entre a “onda” das duas é a potência. Claro que isso é uma diferença muito importante, mas não é o suficiente para guardá-las em categorias diferentes. A duas moléculas são pequeninas, capazes de atravessar uma sofisticada barreira de proteção que nosso cérebro tem, e de se encaixar em “fechaduras” nos nossos neurônios. Cada uma abre uma porta diferente, mas no final as duas chaves deixam você em alerta. São drogas estimulantes. A gente chama de “psicoativas” ou “psicotrópicas” as essas substâncias que são capazes de abrir essas “portas” no nosso cérebro. O café faz isso – e você que toma um cafezinho para despertar de manhã, para não ter sono depois do almoço ou para estudar até mais tarde sabe muito bem disso. As pessoas usam café para ficarem “ligadas”, porque reconhecem o poder psicoativo da bebida e tiram proveito dele. Do mesmo jeito que algumas pessoas bebem álcool para lidar com sua timidez numa festa, como os caminhoneiros usam anfetaminas para aguentar mais quilômetros na estrada e os estressados que tomam rivotril para dormir. O café é uma droga. E isso não é necessariamente mal, porque droga não é só aquilo que é perigoso para nossa saúde. Nosso próprio cafezinho serve de exemplo. Veja só: - Homens que bebem 3 a 4 doses de café por dia têm até 5 vezes menos chances de ter doença de Parkinson. Em mulheres esse efeito é menor, mas também existe, desde que elas não façam tratamento hormonal. - A cafeína e antioxidantes do café protegem o cérebro dos sintomas do Mal de Alzheimer, embora ainda não se saiba ao certo o porque nem o quanto. - Beber 240 ml de café por dia diminui o risco de pedras nos rins em cerca de 10%. - Quem bebe 6 xícaras por dia tem menos chance de desenvolver diabetes do tipo II, mas o efeito protetor parece valer mesmo com doses menores. - Café protege o fígado e reduz a incidência de cirrose, inclusive alcoólica. Esses benefícios não são papo de vendedor de café, mas observações de dezenas de pesquisas, reunidas nesse artigo de revisão de 2009. Em geral, se você não beber mais de 500 mg de cafeína por dia – ou cinco xícaras de café expresso – a chance de ter problemas de saúde é irrisória. E o café não é uma exceção, porque ele não é a única droga capaz de fazer algum tipo de bem ou que possa até mesmo ser usada como remédio. Se você conseguir beber apenas uma taça de vinho ou um copo de cerveja todo dia durante as refeições, a saúde do seu coração pode melhorar, sem efeitos colaterais negativos. A morfina é uma das drogas mais fatais que existem, quando usada do modo errado, mas uma droga indispensável em qualquer pronto socorro, para o alívio de dores fortes. Outro exemplo importante é o da maconha: ela tem uma série de propriedades terapêuticas reconhecidas há séculos e comprovadas pela medicinal ocidental nas últimas décadas. Ela ajuda a aliviar dores crônicas, sintomas de esclerose múltipla, além de ser um remédio melhor que os sintéticos no tratamento de náuseas, enjoo e falta de apetite em pacientes de quimioterapia (veja no final). Muita gente acha isso estranho porque “maconha e morfina são proibidas. E são proibidas porque fazem mal”. Mentira, não se deixe enganar. O que define se uma substância é droga ou não tem a ver com o fato de ela ser ilegal ou não. A lista de substâncias proibidas que se usa hoje nasceu em 1961, com uma convenção da ONU. Naquela época, já se sabia que o álcool é uma importante causa de doença mentais, câncer e doenças mentais, além de provocar comportamento violento em muitas pessoas. Também já se sabia que o cigarro causava câncer de pulmão. E nunca nem se cogitou que essas duas drogas entrassem na lista. E alguém duvida que álcool e nicotina sejam drogas? Veja como o critério “é proibido” é tão inútil para definir o que é droga quanto o “faz mal”. Aliás, voltando ao cafezinho, lembra que até ele pode fazer mal, se você passar daquelas cinco xícaras por dia. A azia é o sintoma mais comum, porque o café aumenta acidez e refluxo gástrico – e descafeinado não resolve. O exagero também aumenta a chance de enfarto e outros problemas cardíacos, especialmente em pessoas obesas, hipertensas ou fumantes. E se você comprar cafeína em pó, purificada a partir do café como o pó de cocaína é extraído da folha de coca, pode até morrer de overdose. Foi o que aconteceu com um adolescente britânico desinformado, que tomou duas colheradas do “energético” e teve uma parada cardíaca. Esse caso bizarro deixa bem claro como o mal não está na droga em si, mas no uso que se faz dela. “Todas as cosias são veneno e não há nada sem veneno. A dose é que o faz o veneno”, escreveu o suíço Paracelso, pai da toxicologia, no longínquo século 16. Não é exagero. Até a insípida, incolor e inodora água pura pode matar se você exagerar. A gente está acostumado a chamar de droga aquilo que faz mal e/ou é proibido. Mas esses exemplos mostram como essa visão é, na verdade, consequência de anos de desconhecimento, preconceito e doutrina moral e religiosa. É uma lavagem cerebral longa e muito eficiente, embora falha. O tom pejorativo que se usa ao falar em “droga” é tão presente e tradicional que o termo já virou até sinônimo de “coisa ruim ou sem valor” no dicionário. Poxa, o cafezinho do boteco aqui na esquina é mesmo uma coisa ruim, mas tem o seu valor! A brincadeira necessária não é tanto dizer o que é droga ou não, e muito menos qual é proibida ou não – como os governos estão sempre fazendo, sempre em vão. O importante é ficar atento ao modo como a gente usa e abusa do termo fazendo associações preconceituosas, construindo lógicas furadas e raciocínios contraditórios quando falamos de café ou crack, de álcool ou de cocaína. Fazemos tudo isso sem perceber. Uma vez entrevistei um defensor público que defendia penas criminais para usuários de drogas, porque elas são um “grande problema social”. Então fiz uma pergunta e ele respondeu. “Eu não uso drogas, mas gosto de beber uísque.” Álcool não é droga, doutor? Álcool não é um grande problema social? Aquele mendigo que me pede um troco para o pão, que perdeu família, emprego e teto por causa da bebida é uma exceção? Bem, é claro que o defensor não queria proibir o álcool ou punir quem bebe álcool e fica na sua. Dois pesos, duas medidas. Falar e pensar sobre drogas assim, diferenciá-las pelo fato de serem lícitas ou não, socialmente aceitas ou não, é uma tremenda fábrica de injustiças. Sugiro um exercício. Da próxima vez que você beber aquele seu cafezinho sagrado da manhã ou de depois do almoço lembre que você está usando droga. Talvez isso o ajude a ver todo o mundo de outro modo. Vai ser uma viagem, e você não vai nem precisar tomar uma droga para isso. * * * Aqui vão os links de algumas histórias em que você talvez não tenha acreditado: - A história do cara que morreu de overdose de cafeína em 2010. Já tinha acontecido em 2002, também. Quantas vezes aconteceram sem a gente saber? Esse aqui quase se deu male nem precisou de cafeína em pó – oito latinhas de Red Bull já foi um exagero. - Uma parte dos que morrem depois de usar ecstasy morrem, na verdade, de overdose de água, achando que precisam de litros d’água para evitar a desidratação. Lea Beth bebeu sete litros em 90 minutos e entrou em coma. Mas isso acontece até com quem faz dieta. Tem até um verbete na Wikipedia em inglês para a intoxicação por água. - E você pode ver informações mais detalhadas sobre a eficácia da maconha medicinal na página 316 do Almanaque das Drogas ou na página 12 da monografia sobre maconha publicada em 2008 pelo Observatório Europeu de Drogas, disponível aqui. Fonte: http://colunas.revistagalileu.globo.com/colunistas/2013/03/22/o-cafezinho-nosso-de-cada-dia/1 point
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Engraçado e o brasileiro tomando café industrializado de baixa qualidade, enquanto gringo toma café moído produzido aqui...1 point
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Infelizmente sano tem as duas realidades.1 point
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Eu desconfiava disso....pois desde que entrei na faculdade meu consumo de café aumentou MUUUUUUUUUITO. Antes eu tomava so nos finais de semana, com leite. Hoje em dia eu tomo diariamente. Pra começar o dia, eu ja tomo logo uma caneca de ca´fe bem forte (boto 2 colheres de chá para uma caneca), fica realmente forte. Durante o dia no trabalho, ai que fudeu msm...dificilmente passo um dia sem tomar café... Acordar, tomar um bom café e fumar um beck (nos fds) é quase que sagrado. Tenho um familiar (o cara trabalho em banco, no setor de T.I, imagina o stress) que se o bixo nao tomar café, ele fica com enchaqueca das pesadas, vomita e tudo mais. Ele esta se policiando para diminuir isso. E olhe que, apesar do Brasil ser o maior produtor mundial de café (porem a Alemanha é o maior refinador, movimenta bilhoes com isso) a qualidade do café que nós tomamos é baixa. Os melhores sao importados. Assim como o café, o camarão (o de verdade), algumas frutas, alguns cortes de carnes e jogadores de futebol que sao os melhores do mundo feitos por nós, os de qualidade superior sao exportados. Isso me deixa indignado...mas fazer oq né, se nao temos culhoes ou a sagacidade para melhorar nossos processos...nos fudemos! Ate a nossa maconha, que é mt boa, so o pessoal do NE que tem o privilegio de fuma-las diariamente...FODA.1 point
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isso ai é coisa da crentaiada que ficou com raivinha do STF no final do ano passado com a questão do aborto de anencefalos e o casamento gay... podem ver que o joao campos ta metido na tramoia...1 point
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E ainda tem gente que diz que ativismo é ganhar dinheiro pregando a legalização...1 point
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Quem curte, repare na abertura um chinook, 2 f-15, 1 b1 e uma renca de apache, ai começa a música. ôÔÔôÔ regaça!!!1 point
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Curto muito começar o dia logo com duas drogas: Café e um belo baseado.1 point
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Precisa de mais o q pra legalizar??? Pq falta de argumento e de exemplo não é...1 point
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"A vida é muitas vezes chata, é quase sempre dura, é definitivamente curta. Por isso uns bebem, outros fumam, ingerem mais gordura saturada do que recomenda a Organização Mundial da Saúde e há até quem salte de asa-delta, sem que o Estado se meta em suas vidas."1 point
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"Concluso"significa que está no gabinete do Ministro Relator.1 point
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Sou de SP e vou pro rio fortalecer no dia 11...como que faço pra descolar uma camiseta também?? Gostaria de uma camiseta do GR = /1 point
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é bom não esquecer dos lobistas pagos pelas novas sócias do governo no sistema penal, elas também tem que garantir uma longa estadia em suas instalaçoes pra receber o total já investido.1 point
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parecia estrategia mesmo o importante é mandar grana e moral pra clinicas particulares e as de cunho religiozo o importante é criminalizar usuario, ouvi que a privação de liberdade pode chegar a 8 anos, mais que homicidio, ta certo isso? alguem pode me corrigir?1 point
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Achei cagada essa divisão em blocos mas enfim...Não fui nas reuniões não posso apitar. Só espero que a marcha seja nota 10 no quesito harmonia...1 point
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Em muitos casos, a maconha potencializa o sentimento que estava antes de usá-la. Se vc está felizão com seus amigos e fuma um, fica mais feliz ainda. Mas, muitas vezes, se vc já está bolado com uma situação, e fuma um, pode ficar mais boladão. A dica é: se conheça bem, e tente distinguir o que é maconha e o que é seu próprio pensamento. Maconha não leva bad trip para sua cabeça, mas, se vc já vive uma, com certeza ela te mostrará novos prismas do seu drama. Não é difícil identificar bad trip de maconha, e curá-la é mais fácil ainda. Coma bastante, beba líquidos e coloque algo UP, como um Bob Marley ou um sitcom da vida (rir sempre foi o melhor remédio). And keep high!1 point
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Isso mesmo! O Demostenes foi defenestrado do Senado, mas deixou o ovo da serpente lá! E outros Senadores cairam no papo dele, e tocaram o projeto de lei. Isso mesmo, estamos nas mãos do STF, pois o Parlamento só quer voto, joga para a maioria, e depois o STF tem que limpar a merda!1 point
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Ele leva a sério aquela música 'Two Joints' principalmente a parte 'I smoke two joints before I smoke two joints, then I smoke two more'.1 point
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