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  1. Olha.. Eu não quero polemizar, tampouco fazer papel de advogado do diabo.. Mas eu acho que algumas coisas tem que ser melhor explicadas, os pingos de alguns is tem que ser colocados e eu vou usar a minha vivência na situação como exemplo para clarear a mente de muitos e, talvez, fazer alguns pensarem melhor antes de escreverem determinadas "certezas" em um fórum de internet. Como a maioria dos Growers iniciantes, eu resolvi pagar pra ver e encomendar sementes gringas para começar o meu plantio. Vi comodidade no fato das mesmas chegarem em minha casa pelo correio, em poder pagá-las com cartão de crédito ou VPI (vale postal internacional), sem contar que fiquei maravilhado ao ver as variedades e ao perceber que poderia comprar diretamente sementes feminizadas (o que pouparia bastante meu trabalho como Grower). Logicamente, sabia dos riscos envolvidos, sabia que poderia ter as seeds apreendidas, ser intimado pela polícia e quiça, rodar. Como deslumbrei geral, efetuei a encomenda das seeds assim mesmo. Fiz o pedido no sementemaconha e as seeds chegaram, até rápido. A intenção era a de plantar e sendo meu primeiro plantio, sabia que ia me confundir com algumas coisas, mas lendo as infos aqui com os camaradas, vendo os diários de cultivo da galera e estudando mais sobre o assunto a idéia era conseguir ter belas plantas e alguma coisinha para fumar sem ter que ir em boca de fumo, em biqueira, sem ter que me envolver com traficante algum. Até aí, lindo. Confiante como estava e vendo que as seeds que tinha comigo eram poucas (5 apenas), efetuei um novo pedido, no mesmo site, próximo do final do ano passado. As seeds não chegaram. Entrei em contato com o site, reclamei e eles se comprometeram a enviar o pedido novamente. As seeds não chegaram again. Noiei, paranoiei, fiquei assim até meados do ano atual e depois relaxei, já que não chegou intimação nenhuma, pensei "Foi pra cacete, se perdeu, extraviou". Ledo engano. No início do mês passado, tive o desprazer de receber do carteiro uma carta que tinha em seu conteúdo uma intimação da DRE da PF aqui do RJ para que eu comparecesse para prestar "esclarecimentos do interesse da justiça", 15 dias depois. Irmãos.. Como diz aquela música do Djavan "Só eu sei, as esquinas por que passei" depois de receber a intimação. Primeiro, fui surpreendido, tomei um "shock and now" já que eu nem esperava mais que aquelas seeds chegassem, assim como não esperava que ela estivesse em poder da PF, já que passados praticamente 1 ano após a compra em questão eu pressumi que, se estivesse com eles, eles já teriam me intimado antes. Ledo engano 2. Não só estava com eles como sim, eles me intimaram apenas 1 ano após a compra. A casa caiu, literalmente. Minha esposa, com a qual eu já sou casado a 10 anos pirou, chorou, ficou numa pior. Ela é aquela mulher toda certinha, que tem as contas em dia, que nunca teve ninguém da família envolvida com parada errada, que dirá ter um marido sendo intimado pela DRE da PF para prestar esclarecimentos. Nunca a vi tão triste. Como consequência, meus pneus arriaram junto. O TAG (transtorno de ansiedade generalizada) do qual eu sou portador e estava devidamente controlado se descontrolou em um tiro, como consequência, entrei em depressão aguda. Uma colite ulcerativa que tive a 5 anos atrás que estava igualmente controlada voltou com força total, emagreci 5 kilos. Foi a destruição mental e material de um ser humano mais rápida que eu já vi. Sofri, sangrei e chorei, literalmente. No meio dessa densa névoa, perdido e sem saber a quem recorrer, mandei um email para o SOS aqui do Growroom, pedindo ajuda. Juro, não achei que teria um décimo do que me foi oferecido. Quando muito, passariam algumas informações para algum advogado maluco que quisesse pegar minha causa, pensei eu. Ledo engano 3. Minutos depois de ter mandado o email, fui respondido pelo camarada Bigcunha que de bate pronto me deu as primeiras informações e me tranquilizou. Expliquei todo o ocorrido para ele e novamente, minutos depois, ele me respondeu dizendo que se eu quisesse, meu caso seria acompanhando diretamente pela Consultoria Jurídica do Growroom. Fiquei estupefato. Como podia em coisa de minutos eu, um fudido, ter arrumado consultoria jurídica para o meu caso? As coisas não estavam batendo para mim. De toda forma, trocamos telefones e marcamos de nos encontrar em um restaurante aqui do centro da cidade, alguns dias depois. Imaginei que seria eu e o camarada Bigcunha, achei que ele seria o responsável pela minha defesa e eu já estava achando isso o máximo. Ledo engano 4. Imaginem o tamanho da minha satisfação ao encontrar o camarada Bigcunha e em seguida, ser surpreendido pelos camaradas Sano, BraveHeart, Forrester e Agroo, chegando com uma enorme energia positiva, me abraçando, afagando minha cabeça e me dizendo para ficar tranquilo que eu seria assessorado por eles, que estavamos todos juntos nessa e que eu não podia abaixar a minha cabeça já que eu não era bandido. Nossa galera.. Pra um cara que estava no estado mental e psicológico que eu estava, ter tido esse tipo de recepção, de apoio, de ajuda e de carinho não tem preço, é algo que fica difícil mensurar ou tentar quantificar em valores reais. No meio disso tudo eu resolvi fazer a pergunta mais importante : Quanto me custaria a ajuda que eles estavam me oferecendo? Sim, até porque, estamos no Brasil, uma merda de um país fudido de terceiro mundo. Ninguém (ou pelo menos não a maioria das pessoas) arrota dinheiro. Estava começando a preparar meu psicológico para ouvir os valores. Incrivelmente eu obtive como resposta em uníssono que não me custaria nada. Nada. Absolutamente nada. Me disseram que estavam ali para me defender gratuitamente, já que eu era usuário, estava sem pai nem mãe na pista e que a minha causa era a causa deles. Fiquei muito emocionado. Não acreditava no que estava ouvindo. Sei bem que os honorários cobrados pelos poucos advogados capazes de lidar com esse tipo de assunto (querendo ou não querendo, o assunto pra PF é tráfico internacional de entorpecentes) estão bem acima das minhas possibilidades financeiras. E no entanto, eu teria uma assessoria jurídica de primeira, triple A, gratuitamente. Achei incrível no momento e continuo achando até agora. Dito isso, sentamos, almoçamos, conversamos, alinhamos parte das coisas e o Bigcunha marcou um outro dia, para que eu fosse a residência dele, para que conversassemos melhor, definíssimos uma linha de defesa e nos preparassemos para o dia da ida a PF. No dia acordado, estava me preparando para ir a residência do Bigcunha quando sou mais uma vez surpreendido pela notícia de que ele viria me buscar em minha casa, eu não precisaria ir até a casa dele de buzão, o cara viria até mim, me pegaria e me levaria para a casa dele. Além de não pagar porra nenhuma para os caras ele ainda viria me pegar em casa. E veio. Chegando a residência dele entreguei os documentos que ele me pediu, a intimação, alguns laudos médicos que possuo e começamos a conversar. Eu contei toda a minha história, expliquei os motivos que me levaram a querer importar minhas próprias seeds, falei tudo. Ele ouviu atentamente, leu tudo com a maior atenção e varamos noite adentro conversando a respeito do caso e montando a linha de defesa a ser seguida. Tarde da noite, na hora de ir embora, o camarada Bigcunha me levou novamente até minha residência. Eu disse que não precisava, que eu pegaria um ônibus e para casa voltaria no entanto, o camarada contra argumentou dizendo que estava tarde, que o ônibus demoraria e que de carro eu chegaria em casa em um instante. E assim foi feito e nessa noite digo a todos vocês que foi a primeira noite que eu consegui dormir mais tranquilo, já que estava me sentindo defeso, protegido pelo CJGR. Na despedida, marcamos um novo dia para rebatermos novamente tudo que haviamos conversado, para que chegassemos na PF preparados para o que desse e viesse. O dia chegou e o esquema foi o mesmo. O camarada Bigcunha me buscou e me trouxe em casa novamente, mesmo após estar cansado do seu dia de trabalho e por estar cuidando de sua pequena filha. Nesse dia ele fez uma procuração para que eu assinasse, procuração essa que daria a ele o direito de me defender na PF. Eu achei que seria ele somente. Ledo engano 5. Constavam na procuração como meus advogados o camarada Bigcunha, o camarada Sano e o camarada Braveheart. Pirei quando li aquilo. Vejam : Eu não teria grana para pagar nem 1, que diria 3 advogados. Mas sim, era exatamente isso que me estava sendo ofertado, gratuitamente : 3 advogados compentes e experientes no assunto, prontos para me defender contra os leões. Em casa, após esse dia, antes de dormir, fiquei pensando em tudo que estava ocorrendo. Não me achava merecedor de tanto apoio, nem imaginava que teria um décimo dele. No entanto, eu estava tendo e graças a ele, estava me sentindo mais seguro, mais confiante e foi com esse espírito que fomos a PF, no dia que a intimação ordenava. Ao adentrar no prédio da PF, nem precisa dizer que gelei. Tremia, suava, estava entrando em um processo de paranóia que eu não desejo nem para o meu pior inimigo. Enquanto isso o Bigcunha estava ali, impávido, do meu lado, me passando força, me pedindo tranquilidade e me garantindo que tudo daria certo, que no final, tudo acabaria bem. Entendam o pavor que um ser humano normal sente ao entrar pela primeira vez em uma delegacia de polícia e ao chegar lá ser surpreendido por um cheiro de maconha dos mais fortes que eu senti em minha vida. Olhei assustado para o Bigcunha e ele com um sorriso tranquilo me disse que naquele andar era onde eles guardavam as apreensões. Não sei dizer se fiquei feliz ou triste com isso, mas garanto que bem eu não estava. Quando fomos chamados para entrar, me vi com um réu andando sobre o patíbulo, prestes a ser enforcado. Juro, esse foi o sentimento que me cobriu. Deu um vazio imenso, cheguei a entrar em um estado que no kendo chamamos de "mente da não mente", onde a pessoa esta no lugar, mas ao mesmo tempo, não esta. Onde parece pensar no que esta acontecendo mas ela na verdade é parte integrante do que esta acontecendo. Difícil de explicar, complicado de sentir, mas era assim que eu estava. Não sentia mais medo. Simplesmente não sentia mais nada. Sentei na mesa e tinham pilhas, repito, pilhas de processos encima dela. Um escrivão mal humorado pegava meus dados enquanto aguardávamos o delegado. O mesmo chegou minutos depois, se apresentou e nesse momento, o Bigcunha pediu que eu tomasse a frente e começasse a falar tudo que havíamos conversado nos dias anteriores. E assim o fiz. Falei, falei, falei até não poder mais. E o silêncio na sala do delegado era profundo nesse momento. Terminado o depoimento, fiz a entrega expontânea de algumas outras seeds que estavam comigo. Isso deixou o delegado surpreso. E pelo olhar vi que foi uma supresa positiva, tipo "o cara entregou tudo numa boa, na maior, por conta dele mesmo". Após isso ele cantou o depoimento para o escrivão que digitou tudo exatamente da forma que o delegado cantava. E eu, apesar de leigo, comecei a ver que a linha de defesa criada pelo CJGR era realmente eficaz, já que quando entrei ali o olhar pra mim era tipo "lá vem mais um enrolão" e ao sair recebi tapas nas costas e desejos sinceros de boa sorte da parte do delegado. Quando saímos do prédio, quando nos afastamos tive a sensação que um Titã teria ao tirar o mundo que estava carregando em suas costas. Me senti leve, tranquilo e pela primeira vez em quase 1 mês, me senti feliz. Estamos agora no aguardo da decisão do MPF a respeito da situação mas pelo que vi até então, o desfecho final tem tudo para ser o arquivamento do inquérito policial. Eu vou ser sincero.. Li acima gente dizendo que é besteira levar advogado por conta de seeds apreendidas pela PF. Eu já penso o contrário. Besteira, besteira mesmo é se expor ao risco de entrar em uma delegacia de polícia federal, local onde só existem leões, sozinho, despreparado e sem a companhia de um advogado de confiança e compentente no direito canábico. A chance de tremer nas bases, falar mesbla e se complicar é gigante, colossal. Lembremos sempre que por mais malandros que possamos nos achar, os policiais lá dentro são 10, 20 vezes mais malandros do que nós todos juntos. Lidam com gente da pior estirpe diariamente, estão acostumados a ouvir mentiras e a desmontá-las a todo momento. Então, achar que por ser minimamente hábil com as palavras e por conhecer um tico de direito vai entrar e sair de uma delegacia da polícia federal incólume após ter seeds interceptadas é contar demais com o ovo no três da galinha.. EU não o faria e EU não recomendo ninguém que proceda dessa forma.. No entanto.. Cada cabeça, uma sentença. Todos somos grandinhos para sabermos quem devemos ouvir, para sabermos o que é prudente e o que é idiota fazer. Eu fico com a prudência. Se conselho fosse bom, ninguém dava, vendia. Mas eu vou deixar um aqui : Nunca, jamais, encomendem sementes de ganja antes da legislação mudar. Os motivos são óbvios. Se querem mesmo plantar, peguem mudas com algum amigo, juntem uma graninha, comprem um pedaço de prensado bom, catem as seeds e plantem, enfim, existem mil maneiras de preparar Neston. O que não pode é querer fazer o Neston de uma forma e terminar tomando Nescau de outra.. Eu não vou entrar no mérito da questão da minha vida pessoal, das minhas experiências.. Mas posso dizer para vcs que eu conheço nessa vida 3 tipos de pessoas : As boas, as ruins e as extremamente ruins. Após conhecer a galera do CJGR eu percebi que falta uma categoria.. A das pessoas extremamente boas.. Sim, apesar de não acreditar que elas existiam, elas existem e eu tive a honra de conhecer algumas dessas pessoas. Na verdade, analisando melhor, é quase como se os CJGR não fossem pessoas e sim, anjos vestidos de pessoas, infiltrados no meio delas para protegerem as mesmas das covardias e atrocidades que estamos expostos diante da Lei atual, da forma que ela é. De antemão peço desculpas por um post tão extenso, mas é que achei importante contar a coisa como ela realmente aconteceu, nos mínimos detalhes. No mais, é isso. Um salve para os amigos do CJGR e energias positivas para os amigos que se encontram na mesma situação que eu. Paz, sempre.
    26 points
  2. Obrigado pelas palavras, irmão! Tudo o que temos é o que merecemos! Repito minhas palavras no nosso primeiro encontro: "se nós não nos protegermos, ninguém protegerá a nós!" Vai ficar tudo bem!
    11 points
  3. Olha.. Eu não quero polemizar, tampouco fazer papel de advogado do diabo.. Mas eu acho que algumas coisas tem que ser melhor explicadas, os pingos de alguns is tem que ser colocados e eu vou usar a minha vivência na situação como exemplo para clarear a mente de muitos e, talvez, fazer alguns pensarem melhor antes de escreverem determinadas "certezas" em um fórum de internet. Como a maioria dos Growers iniciantes, eu resolvi pagar pra ver e encomendar sementes gringas para começar o meu plantio. Vi comodidade no fato das mesmas chegarem em minha casa pelo correio, em poder pagá-las com cartão de crédito ou VPI (vale postal internacional), sem contar que fiquei maravilhado ao ver as variedades e ao perceber que poderia comprar diretamente sementes feminizadas (o que pouparia bastante meu trabalho como Grower). Logicamente, sabia dos riscos envolvidos, sabia que poderia ter as seeds apreendidas, ser intimado pela polícia e quiça, rodar. Como deslumbrei geral, efetuei a encomenda das seeds assim mesmo. Fiz o pedido no sementemaconha e as seeds chegaram, até rápido. A intenção era a de plantar e sendo meu primeiro plantio, sabia que ia me confundir com algumas coisas, mas lendo as infos aqui com os camaradas, vendo os diários de cultivo da galera e estudando mais sobre o assunto a idéia era conseguir ter belas plantas e alguma coisinha para fumar sem ter que ir em boca de fumo, em biqueira, sem ter que me envolver com traficante algum. Até aí, lindo. Confiante como estava e vendo que as seeds que tinha comigo eram poucas (5 apenas), efetuei um novo pedido, no mesmo site, próximo do final do ano passado. As seeds não chegaram. Entrei em contato com o site, reclamei e eles se comprometeram a enviar o pedido novamente. As seeds não chegaram again. Noiei, paranoiei, fiquei assim até meados do ano atual e depois relaxei, já que não chegou intimação nenhuma, pensei "Foi pra cacete, se perdeu, extraviou". Ledo engano. No início do mês passado, tive o desprazer de receber do carteiro uma carta que tinha em seu conteúdo uma intimação da DRE da PF aqui do RJ para que eu comparecesse para prestar "esclarecimentos do interesse da justiça", 15 dias depois. Irmãos.. Como diz aquela música do Djavan "Só eu sei, as esquinas por que passei" depois de receber a intimação. Primeiro, fui surpreendido, tomei um "shock and now" já que eu nem esperava mais que aquelas seeds chegassem, assim como não esperava que ela estivesse em poder da PF, já que passados praticamente 1 ano após a compra em questão eu pressumi que, se estivesse com eles, eles já teriam me intimado antes. Ledo engano 2. Não só estava com eles como sim, eles me intimaram apenas 1 ano após a compra. A casa caiu, literalmente. Minha esposa, com a qual eu já sou casado a 10 anos pirou, chorou, ficou numa pior. Ela é aquela mulher toda certinha, que tem as contas em dia, que nunca teve ninguém da família envolvida com parada errada, que dirá ter um marido sendo intimado pela DRE da PF para prestar esclarecimentos. Nunca a vi tão triste. Como consequência, meus pneus arriaram junto. O TAG (transtorno de ansiedade generalizada) do qual eu sou portador e estava devidamente controlado se descontrolou em um tiro, como consequência, entrei em depressão aguda. Uma colite ulcerativa que tive a 5 anos atrás que estava igualmente controlada voltou com força total, emagreci 5 kilos. Foi a destruição mental e material de um ser humano mais rápida que eu já vi. Sofri, sangrei e chorei, literalmente. No meio dessa densa névoa, perdido e sem saber a quem recorrer, mandei um email para o SOS aqui do Growroom, pedindo ajuda. Juro, não achei que teria um décimo do que me foi oferecido. Quando muito, passariam algumas informações para algum advogado maluco que quisesse pegar minha causa, pensei eu. Ledo engano 3. Minutos depois de ter mandado o email, fui respondido pelo camarada Bigcunha que de bate pronto me deu as primeiras informações e me tranquilizou. Expliquei todo o ocorrido para ele e novamente, minutos depois, ele me respondeu dizendo que se eu quisesse, meu caso seria acompanhando diretamente pela Consultoria Jurídica do Growroom. Fiquei estupefato. Como podia em coisa de minutos eu, um fudido, ter arrumado consultoria jurídica para o meu caso? As coisas não estavam batendo para mim. De toda forma, trocamos telefones e marcamos de nos encontrar em um restaurante aqui do centro da cidade, alguns dias depois. Imaginei que seria eu e o camarada Bigcunha, achei que ele seria o responsável pela minha defesa e eu já estava achando isso o máximo. Ledo engano 4. Imaginem o tamanho da minha satisfação ao encontrar o camarada Bigcunha e em seguida, ser surpreendido pelos camaradas Sano, BraveHeart, Forrester e Agroo, chegando com uma enorme energia positiva, me abraçando, afagando minha cabeça e me dizendo para ficar tranquilo que eu seria assessorado por eles, que estavamos todos juntos nessa e que eu não podia abaixar a minha cabeça já que eu não era bandido. Nossa galera.. Pra um cara que estava no estado mental e psicológico que eu estava, ter tido esse tipo de recepção, de apoio, de ajuda e de carinho não tem preço, é algo que fica difícil mensurar ou tentar quantificar em valores reais. No meio disso tudo eu resolvi fazer a pergunta mais importante : Quanto me custaria a ajuda que eles estavam me oferecendo? Sim, até porque, estamos no Brasil, uma merda de um país fudido de terceiro mundo. Ninguém (ou pelo menos não a maioria das pessoas) arrota dinheiro. Estava começando a preparar meu psicológico para ouvir os valores. Incrivelmente eu obtive como resposta em uníssono que não me custaria nada. Nada. Absolutamente nada. Me disseram que estavam ali para me defender gratuitamente, já que eu era usuário, estava sem pai nem mãe na pista e que a minha causa era a causa deles. Fiquei muito emocionado. Não acreditava no que estava ouvindo. Sei bem que os honorários cobrados pelos poucos advogados capazes de lidar com esse tipo de assunto (querendo ou não querendo, o assunto pra PF é tráfico internacional de entorpecentes) estão bem acima das minhas possibilidades financeiras. E no entanto, eu teria uma assessoria jurídica de primeira, triple A, gratuitamente. Achei incrível no momento e continuo achando até agora. Dito isso, sentamos, almoçamos, conversamos, alinhamos parte das coisas e o Bigcunha marcou um outro dia, para que eu fosse a residência dele, para que conversassemos melhor, definíssimos uma linha de defesa e nos preparassemos para o dia da ida a PF. No dia acordado, estava me preparando para ir a residência do Bigcunha quando sou mais uma vez surpreendido pela notícia de que ele viria me buscar em minha casa, eu não precisaria ir até a casa dele de buzão, o cara viria até mim, me pegaria e me levaria para a casa dele. Além de não pagar porra nenhuma para os caras ele ainda viria me pegar em casa. E veio. Chegando a residência dele entreguei os documentos que ele me pediu, a intimação, alguns laudos médicos que possuo e começamos a conversar. Eu contei toda a minha história, expliquei os motivos que me levaram a querer importar minhas próprias seeds, falei tudo. Ele ouviu atentamente, leu tudo com a maior atenção e varamos noite adentro conversando a respeito do caso e montando a linha de defesa a ser seguida. Tarde da noite, na hora de ir embora, o camarada Bigcunha me levou novamente até minha residência. Eu disse que não precisava, que eu pegaria um ônibus e para casa voltaria no entanto, o camarada contra argumentou dizendo que estava tarde, que o ônibus demoraria e que de carro eu chegaria em casa em um instante. E assim foi feito e nessa noite digo a todos vocês que foi a primeira noite que eu consegui dormir mais tranquilo, já que estava me sentindo defeso, protegido pelo CJGR. Na despedida, marcamos um novo dia para rebatermos novamente tudo que haviamos conversado, para que chegassemos na PF preparados para o que desse e viesse. O dia chegou e o esquema foi o mesmo. O camarada Bigcunha me buscou e me trouxe em casa novamente, mesmo após estar cansado do seu dia de trabalho e por estar cuidando de sua pequena filha. Nesse dia ele fez uma procuração para que eu assinasse, procuração essa que daria a ele o direito de me defender na PF. Eu achei que seria ele somente. Ledo engano 5. Constavam na procuração como meus advogados o camarada Bigcunha, o camarada Sano e o camarada Braveheart. Pirei quando li aquilo. Vejam : Eu não teria grana para pagar nem 1, que diria 3 advogados. Mas sim, era exatamente isso que me estava sendo ofertado, gratuitamente : 3 advogados compentes e experientes no assunto, prontos para me defender contra os leões. Em casa, após esse dia, antes de dormir, fiquei pensando em tudo que estava ocorrendo. Não me achava merecedor de tanto apoio, nem imaginava que teria um décimo dele. No entanto, eu estava tendo e graças a ele, estava me sentindo mais seguro, mais confiante e foi com esse espírito que fomos a PF, no dia que a intimação ordenava. Ao adentrar no prédio da PF, nem precisa dizer que gelei. Tremia, suava, estava entrando em um processo de paranóia que eu não desejo nem para o meu pior inimigo. Enquanto isso o Bigcunha estava ali, impávido, do meu lado, me passando força, me pedindo tranquilidade e me garantindo que tudo daria certo, que no final, tudo acabaria bem. Entendam o pavor que um ser humano normal sente ao entrar pela primeira vez em uma delegacia de polícia e ao chegar lá ser surpreendido por um cheiro de maconha dos mais fortes que eu senti em minha vida. Olhei assustado para o Bigcunha e ele com um sorriso tranquilo me disse que naquele andar era onde eles guardavam as apreensões. Não sei dizer se fiquei feliz ou triste com isso, mas garanto que bem eu não estava. Quando fomos chamados para entrar, me vi com um réu andando sobre o patíbulo, prestes a ser enforcado. Juro, esse foi o sentimento que me cobriu. Deu um vazio imenso, cheguei a entrar em um estado que no kendo chamamos de "mente da não mente", onde a pessoa esta no lugar, mas ao mesmo tempo, não esta. Onde parece pensar no que esta acontecendo mas ela na verdade é parte integrante do que esta acontecendo. Difícil de explicar, complicado de sentir, mas era assim que eu estava. Não sentia mais medo. Simplesmente não sentia mais nada. Sentei na mesa e tinham pilhas, repito, pilhas de processos encima dela. Um escrivão mal humorado pegava meus dados enquanto aguardávamos o delegado. O mesmo chegou minutos depois, se apresentou e nesse momento, o Bigcunha pediu que eu tomasse a frente e começasse a falar tudo que havíamos conversado nos dias anteriores. E assim o fiz. Falei, falei, falei até não poder mais. E o silêncio na sala do delegado era profundo nesse momento. Terminado o depoimento, fiz a entrega expontânea de algumas outras seeds que estavam comigo. Isso deixou o delegado surpreso. E pelo olhar vi que foi uma supresa positiva, tipo "o cara entregou tudo numa boa, na maior, por conta dele mesmo". Após isso ele cantou o depoimento para o escrivão que digitou tudo exatamente da forma que o delegado cantava. E eu, apesar de leigo, comecei a ver que a linha de defesa criada pelo CJGR era realmente eficaz, já que quando entrei ali o olhar pra mim era tipo "lá vem mais um enrolão" e ao sair recebi tapas nas costas e desejos sinceros de boa sorte da parte do delegado. Quando saímos do prédio, quando nos afastamos tive a sensação que um Titã teria ao tirar o mundo que estava carregando em suas costas. Me senti leve, tranquilo e pela primeira vez em quase 1 mês, me senti feliz. Estamos agora no aguardo da decisão do MPF a respeito da situação mas pelo que vi até então, o desfecho final tem tudo para ser o arquivamento do inquérito policial. Eu vou ser sincero.. Li acima gente dizendo que é besteira levar advogado por conta de seeds apreendidas pela PF. Eu já penso o contrário. Besteira, besteira mesmo é se expor ao risco de entrar em uma delegacia de polícia federal, local onde só existem leões, sozinho, despreparado e sem a companhia de um advogado de confiança e compentente no direito canábico. A chance de tremer nas bases, falar mesbla e se complicar é gigante, colossal. Lembremos sempre que por mais malandros que possamos nos achar, os policiais lá dentro são 10, 20 vezes mais malandros do que nós todos juntos. Lidam com gente da pior estirpe diariamente, estão acostumados a ouvir mentiras e a desmontá-las a todo momento. Então, achar que por ser minimamente hábil com as palavras e por conhecer um tico de direito vai entrar e sair de uma delegacia da polícia federal incólume após ter seeds interceptadas é contar demais com o ovo no três da galinha.. EU não o faria e EU não recomendo ninguém que proceda dessa forma.. No entanto.. Cada cabeça, uma sentença. Todos somos grandinhos para sabermos quem devemos ouvir, para sabermos o que é prudente e o que é idiota fazer. Eu fico com a prudência. Se conselho fosse bom, ninguém dava, vendia. Mas eu vou deixar um aqui : Nunca, jamais, encomendem sementes de ganja antes da legislação mudar. Os motivos são óbvios. Se querem mesmo plantar, peguem mudas com algum amigo, juntem uma graninha, comprem um pedaço de prensado bom, catem as seeds e plantem, enfim, existem mil maneiras de preparar Neston. O que não pode é querer fazer o Neston de uma forma e terminar tomando Nescau de outra.. Eu não vou entrar no mérito da questão da minha vida pessoal, das minhas experiências.. Mas posso dizer para vcs que eu conheço nessa vida 3 tipos de pessoas : As boas, as ruins e as extremamente ruins. Após conhecer a galera do CJGR eu percebi que falta uma categoria.. A das pessoas extremamente boas.. Sim, apesar de não acreditar que elas existiam, elas existem e eu tive a honra de conhecer algumas dessas pessoas. Na verdade, analisando melhor, é quase como se os CJGR não fossem pessoas e sim, anjos vestidos de pessoas, infiltrados no meio delas para protegerem as mesmas das covardias e atrocidades que estamos expostos diante da Lei atual, da forma que ela é. De antemão peço desculpas por um post tão extenso, mas é que achei importante contar a coisa como ela realmente aconteceu, nos mínimos detalhes. No mais, é isso. Um salve para os amigos do CJGR e energias positivas para os amigos que se encontram na mesma situação que eu. Paz, sempre.
    8 points
  4. https://www.youtube.com/watch?v=Zn-A_prlhEs
    6 points
  5. Maconha: Colorado, muito obrigado pelo exemplo A Medical Marijuana Enforcement Division, do governo de Colorado, disciplina a produção legal de quatro toneladas da erva por mês. Pedro Abramovay esteve lá e conta aqui a experiência. De Denver Não é todo dia que a gente se sente no futuro. Nem é todo dia que fica tão claro que o futuro pode ser tão melhor do que o presente. Foi na periferia de Denver, no estado do Colorado, nos EUA. Uma fábrica de 300 funcionários envolvida em processo de produção absolutamente lícita que, no Brasil existe, mas não gera empregos, gera cadáveres. O Colorado decidiu em 2012, por plebiscito, legalizar a produção e venda de maconha para fins recreativos. A maconha já tinha mais de 100.000 usuários medicinais no Estado. Mas a população do Colorado resolveu dar um passo além e aceitar o desafio do pioneirismo de questionar que a única forma possível de abordar o problema das drogas é por meio de prisões, armas, guerra. Alias, é curioso perceber como essa trajetória –da maconha medicinal para a regulamentação do uso recreativo - parece ser uma tendência nos EUA. Há pelo menos mais uma dezena de Estados que já aceitam o uso da maconha medicinal e que, segundo as pesquisas, devem, nos próximos 3 anos, aprovar o uso recreativo. Para mim a explicação para esse fenômeno parece óbvia. Como a maconha pode ter diversos tipos de uso medicinais, o número de pacientes pode ser muito alto. No caso da Califórnia fala-se em mais de um milhao de pacientes . No caso do Colorado, a média de idade dos usuários de maconha medicinal era de 41 anos. Assim, o fenômeno da maconha medicinal faz com que a imagem do usuário deixe de ser associada preconceituosamente ao jovem problemático. Ao se ver o uso por senhoras de idade ou por executivos de sucesso, os preconceitos vão se dissolvendo e o debate pode se dar em torno dos riscos e benefícios reais e não daqueles inventados pela ideologia da Guerra às drogas. A retirada dos preconceitos, portanto, parece ter gerado um debate na sociedade norte-americana que mudou completamente a visão que a opinião pública tinha sobre o tema. O Instituto Gallup aponta que, se em 1997, 73% dos Americanos eram contra a legalização da maconha, em 2013, após a maioria da população do pais viver estados onde a maconha medicinal é regulamentada, 58% dos americanos apoiam a legalização e apenas 39% são contrários. Revólveres e sangue Este processo tornou possível o que eu vi aqui em Denver. Era parte de um evento que reuniu funcionários do estado do Colorado e do Uruguai – que está prestes a regulamentar o uso recreativo- para a troca de experiências e ideias sobre a implementação do modelo. As apresentações dos funcionários do governo do estado do Colorado, mostrando uma tecnologia avançada para calcular o número de plantas, controlar a produção e cobrar impostos foi impressionante. Mas, para mim, o mais curioso era entrar por aqueles corredores, escaninhos, máquina de Xerox e ver a placa do setor daquela repartição: “Medical Marijuana Enforcement Division”. Isso mesmo. A telefonista atendia o telefone assim: “Marijuana Enforcement Division, good morning”. A maconha não era um problema de polícia. Era uma questão de política pública. Isso ficou ainda mais claro na apresentação da responsável pela área de prevenção. A funcionária nos explicou que eles tinham dados de que as campanhas feitas na base do medo não funcionam com jovens (aqui nos EUA tinha uma famosa na qual mostravam um ovo fritando e dizia: “este é o seu cérebro quando você usa drogas”). Mas aquelas que mostram dados reais, que valorizam e informam a escolha do jovem sobre o tema, têm um efeito muito maior. Ela nos disse que, com o fim da proibição – mesmo que a proibição se mantenha para menores de idade-- eles vão poder fazer campanhas de prevenção mais eficientes e tem a expectativa de que caia o consumo entre adolescentes. Se isso tudo já apontava que um caminho mais inteligente para lidar com esse tema parece ser possível. O grande choque veio com a visita que fizemos à Live Well. Uma enorme fábrica de produção de maconha. Um galpão de 11.000 m2. Com 80.000 plantas adultas e uma produção de 1 tonelada por mês --um quarto da produção autorizada no estado. 300 funcionários trabalhando. Em janeiro serão 430. Por mais que eu já tenha lido e estudado muito sobre o assunto, é muito diferente quando você vê aquilo materializado na sua frente. A primeira coisa que me veio à cabeça foi a ideia de que, no Brasil, este mesmo processo produtivo utiliza as mesmas centenas de pessoas (talvez até mais) – algumas no Paraguai- mas elas não tem carteira assinada. Têm revólveres. Têm uma expectativa de vida de menos de 25 anos. Alimentam uma história de violência que mancha de sangue a história recente do Brasil. Fiquei me imaginando um jovem vindo do Brasil escravagista. Chegando a um pais que tinha a capacidade de se desenvolver economicamente sem a escravidão e pensando: “nossa, é possível um mundo sem escravidão”. Tenho poucas dúvidas de que no future se olhará para a guerra às drogas como hoje olha para a escravidão. Com uma vergonha dos antepassados. “Como foi possível terem aceitado isso?” A regulamentação do uso recreativo apresenta desafios enormes. Evitar os erros que nossa sociedade comete com o álcool é o maior deles (nenhum dos modelo que estão sendo colocados em pratica aceita o consumo público ou a propaganda de maconha). Mas já sabemos que o modelo criminalizador que vigora atualmente não consegue reduzir o consumo, cuidar da saúde das pessoas e produz mortes em séries e cárceres superlotados. Sou e serei sempre grato a esses pioneiros do Colorado, de Washington e, em breve do Uruguai, por abrirem o caminho para que possamos saber se há alternativas melhores para o nosso futuro. Aqui eu vi apenas a primeira página deste livro. E ela me pareceu ser muito melhor do que a tragédia na qual temos vivido no último meio século. http://www.cartacapital.com.br/sociedade/maconha-colorado-muito-obrigado-pelo-exemplo-9846.html
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  6. Belo relato buckwheat, e parabéns aos membros do CJGR, defendendo quem realmente precisa, de forma altruísta e sincera. Agora sobre esse esquema de importar sementes estar complicado, mostra como é vital p/ o grower aprender a perpetuar suas espécies ao invés de brincar de roleta-russa encomendando sementes após todo ciclo, é comprar uma vez as strains desejadas, selecionar as madres e sair clonando suas strains e fenos favoritos à vontade. Paz a todos.
    3 points
  7. Agora e menos de 1 mês ... não esqueçam de comprar um grinder para coletar e fumar os cristais de Dam ...
    3 points
  8. Belíssimo depoimento Buckwheat! Realmente emocionante. Toda sorte do mundo pra você, tenho certeza que tudo vai correr bem nesse processo, afinal, você não é bandido e não deve nada. Muito pelo contrário, você é o mocinho que tá fazendo o seu papel não dando dinheiro para a bandidagem. E tenho certeza que seu depoimento da forma franca que foi feito vai ajudar muitos outros em situação parecida, além de mudar muitas cabeças dos que se acham "malandrões". E to com você, só volto a pedir seeds o dia que a legislação mudar.
    2 points
  9. http://www.youtube.com/watch?v=sjSy4AaAtBI
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  10. Hehehehe... Vou fazer a mala! Home & Garden que prepare o estoque! Já já tamo lá!!! UHU!!
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  11. Realmente o cara é muito bom :emoticon-0137-clapping:
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  12. Manda muito bem o André! E esse jornal canábico tá representando também, parabéns para todos envolvidos, tão botando a cara com consciência.
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  13. Estou dando esse relato com a intenção de que outras pessoas tenham informações pra alternativas ao tratamento convencional ao tdah. Procure um médico pra tratar do seu tdah ou qualquer outro transtorno, meu relato é baseado na minha experiência, ele não é recomendado pra ninguém. Boa noite pessoal! Tenho um relato que creio ser relevante para a comunidade. Tenho 31 anos, casado há 5 e diagnosticado com tdah há 3. Eu tinha uma carreira onde a tentativa e erro era parte vital do processo e depois de pesquisar tudo o que tinha de relevante na internet sobre tdah, processo que levou por volta de um ano, decidi tentar uma abordagem com cannabis. Eu comecei a fumar cannabis com alguma regularidade (tipo uma vez por mes pelo menos) em 2012 quando comprei o vaporizador, e a partir dai comecei a prestar mais atenção nos efeitos, já que passei a fumar em casa e geralmente sozinho. A primeira grande surpresa que eu tive é que ao contrário do alcool, as ideias que eu tinha durante a trip faziam sentido fora dela. Eu bebo regularmente desde 2007 e não tenho uma boa relação com ela, por muitas vezes eu fico muito bebado, fico completamente compulsivo, não chego a perder o controle, mas não fico numa vibe ok, tenho umas bads de começar a chorar compulsivamente. No final do ano passado descobri que a maconha controlava completamente minha compulsividade. Eu consegui ficar na virada do ano com uma garrafa de whisk a tira colo e não sentir vontade de dar um gole. Isso seria completamente impensável de acontecer em uma situação em que eu não fumasse, eu ia querer tomar toda aquela garrafa, ficar pilhado, procurando o que fazer, acelerado. Isso foi um momento bem importante, porque controlar minha compulsividade era a chave pra melhorar drasticamente meu transtorno de atenção e ter uma melhora significativa na qualidade de vida. Depois de mais alguns testes há 4 meses eu comecei a usar cannabis com o objetivo de diminuir meu consumo de alcool, fumava um pouco antes de ir pra balada, ou levava o vaporizador pra noite, fiz finais de semanas alternados, em que eu só fumava, só bebia e os dois. Como resultado final, passei a beber moderadamente usando bem pouca cannabis, pra quem tem o vaporizador sabe a diferença brutal de erva, a economia chega a 90% do que fumando ela na combustão. Isso foi uma grande mudança na minha vida, pq as ressacas estavam chegando até terça, eu estava produzindo nada, tinha largado minha carreira e a perspectiva agora é outra. Minha criatividade aumentou notadamente, eu sempre fui criativo, mas a velocidade com que boas ideias aprecem é muito maior, as vezes chego a ter 3 ideias no mesmo dia, ando com um bloco de notas a tira colo pra não perder nada. Não só ideias que podem gerar dinheiro, como ideias pra minha vida mesmo, desde como melhorar meu comportamento em relação ao tdah até meu relacionamento com amigos, familiares, minha percepção como um todo aumentou muito. Um problema meio sério que decorreu disso é que eu comecei a ficar muito distante da minha mulher, minha cabeça estava sempre em outras ideias, sem o problema do alcool e com outras perspectivas comecei a ir em outra direção e passou a ficar muito dificil a gente se comunicar, eu falava a, ela entendia b e por ai vai. A solução foi pedir que ela fumasse algumas vezes comigo pra ver se a gente conseguia ficar na mesma sintonia. Isso deu bastante certo e a gente está se entendendo de uma maneira que não tinha acontecido antes no nosso casamento. Em 4 meses em que intensifiquei o uso da cannabis com o intuito de diminuir minha compulsão com álcool, minha vida mudou bastante, estou com alguns projetos em andamento, ideias que eu tinha há mtos anos e que não saiam do papel por nada, fumando junto com minha mulher, nossa vida mudou muito, ela passou a entender meus problemas com o transtorno de atenção e no que eu sou um pouco mais limitado. O único problema é que estou com um consumo que eu acho exagerado, que é uma vez por dia, então a intenção é diminuir esse uso, pra que eu consiga produzir mais, já que sob o efeito da cannabis eu não consigo fazer nada direito.
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  14. https://vimeo.com/74427461 Salve! Salve galera!! Em Abril do ano que vem a revista Tarja Preta completa dez anos, e as comemorações começam neste mês de novembro, no Festival Internacional de Quadrinhos que rola a cada dois anos em Belo Horizonte. Será lançado um album de 220 páginas (20 coloridas) reunindo todo o material publicado nas três primeiras edições da Tarja Preta, mais "bonus tracks" com material inédito e colorido. Vale lembrar também que a Tarja Preta é parceira do Growroom desde sempre e foi um dos primeiros veículos impressos no Brasil (se não o primeiro) a publicar um guia de cultivo, sendo este o "Guia de Cultivo do Preza" publicado ainda na edição#1. Enfim, para tornar esse projeto possível contamos com a ajuda de nossos leitores e fãs, e estamos lançando uma campanha de financiamento coletivo (crowdfunding) para realizá-la. As recompensas vão desde a pré-venda do livro com seu nome (ou nickname) nos agradecimentos até originais dos artistas da Tarja Preta. Para colaborar, basta acessar o link no Catarse: http://catarse.me/pt/tarjapreta2013
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  15. Parabéns a assessoria jurídica do GR. Deus abençoe vocês sempre. Ae Buck tranquilidade pra você cara curti com sua família, deixa eu te falar uma coisa simples, você se preocupou muito com isso dai porque tenho certeza que você é um cara honesto e que pensa sempre em fazer o certo. Se fosse um bandidão nem tava preocupado, afinal de contas muitos crimes horríveis ficam impunes, e o seu crime é querer a paz e não financiar criminosos. Parabéns para você também pela sua honestidade e decência. paz e Sucesso...
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  16. E tem gente que fala mal dos CJGR e/ou tem preguiça de ler os posts desse tópico! Tsc tsc... Sempre quando posso dou uma lida pq aqui a informação constrói a inteligência. Os caras do CJ são foda mesmo e não tem conversa. Mas ae.. não levem a mal não, mas espero NUNCA precisar de voces... se é que me entendem.
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  17. Sei que não tem a ver com as fotos das gostosas em cima, mas eu tinha que postar isso, to rachando de dar risada aqui:
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  18. Salve Jornal canábico! Parabéns, tá um primor! Belo trabalho! E André Barros, muito obrigado pela defesa da ideia....Não saberia expor melhor Aquela força meus nobres Paz
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  19. André Barros como sempre mandando bem... galera do JC está de parabéns
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  20. Pessoal, convém comprar Bong ou outro "apetrecho" na C.C? ou preferir loja, o João colou uma massa aqui nesse tópico.... é nóix galera , vamos tirar nossas mais que merecidas férias , regadas a cerveja e maconha, mulher não porque sou um cara casado e certíssimo...háá tem coisa melhor ??? OOOO Vidão
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  21. Obrigado ao Colorado, Uruguai e é claro!! Ao Pedro Abramovay!!
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  22. Que gosto dá o jornalismo bem feito, apesar do estilo da escrita ser incomum. O primeiro parágrafo da matéria é maravilhoso.
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  23. Policia de merda e reportagem de merda.... fuzil de pressao de brinquedo.... VSF
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  24. Salve Darth! Não sou médico, nem autoridade no assunto, mas tenho alguma experiência direta nesse ponto, então vou tentar contribuir com meu pitaco sincero, Ok? O papo vai ser longo por que acho que o contexto nesse caso contém boa parte da resposta. De antemão me desculpe a verborragia. Se quiser ir direto pros finalmentes pode pular pra O REMÉDIO lá embaixo, mas acho que perde umas considerações que acho importantes. Fui diagnosticado "Hipercinético" quando criança, nome arcaico do TDAH. por sorte meu pediatra era natureba e ficou por isso mesmo, meu tio teve um diagnostico ainda mais arcaico uns 30 anos antes entupiram ele de remédio e ele ficou em marcha lenta pro resto da vida, um cara incrível e super do bem, mas em marcha lenta, saca? Esse meu diagnóstico fico perdido no tempo até que aos 27 anos as características do que chamam de TDAH estavam atravancando minha vida, como o DDA ficou na moda acabei conseguindo alguma informação e fui me tratar com a medicina tradicional. Tomei Ritalina por um ano até começar a dar merda. Depois disso Medicina Biomolecular, até começar a dar merda. OK, agora que dei meu background vamos ao que interessa: Tratamentos que funcionam e tem efeitos colaterais positivos: 1. Meditação 2. Exercício físico intenso - não precisa ter uma duração longa, intensidade é a chave, o cuidado pra não deixar aquela nossa empolgação característica criar um exagero é fundamental. A Maconha: Prensado não é solução. Pode apresentar um avanço inicial, mas como os outros remédios que tomei depois de um tempo é prejudicial. Pessoas com características de personalidade TDAH (pra mim não é patologia, é um conjunto de tendências) precisam de clareza, não dá pra esperar isso do prensado. Fumar maconha do Paraguai esperando resultado medicinal pra mim é a mesma coisa que comprar Ritalina do Paraguai, Simplesmente não dá pra confiar. Acredito que em geral a maconha comercial provavelmente vai ser vegetada até o último momento esperando a maior produção possível. Isso levaria à transformação do THC em outros Canabinóides, um deles (não lembro qual, não é o CBD) traz essa onda de confusão mental, não é em si ruim, mas não acho que combine com o que você quer do seu remédio, mas isso nem é grave. Pesticidas, fertilizantes agressivos, químicas sei lá do que, esse tipo de coisa você não pode confiar que vão te trazer saúde mental. Essa é a minha percepção, pelo menos. Agora o lado bom da estória: Num certo momento da vida, num estresse grande e constante levado por excesso de trabalho precisei recorrer ao remédio, Eu tinha parado de fumar há 6 anos mas tentei de qualquer forma, prensado não ajudava. Mas aí a virada, um cliente deixou um camarão do cultivo dele de presente e AHHH!!! era isso!! Comprei sementes, meti a cara nos livros e foruns gringos - não conhecia o Growroom. Fui abeçoado na escolha das sementes- G13 Haze, Barney's Farm. Errei muito e demorei a colher, mas o processo em si foi muito terapêutico, tem uma galera boa aqui que acredita que a relação que você desenvolve com a planta e grande parte do que você colhe, e talvez você colha os frutos dessa cois toda muito antes da colheita das flores, mas chega de digressões, sobre isso você pode ler no tópico "Horta do cajurah", é um assunto que aparece por lá. O REMÉDIO: O cultivo foi orgânico, afinal eu estava plantando meu remédio! Fumei folhas de poda durante o cultivo que já davam uma brisa, afinal era G13 Haze! Essas podas foram ficando mais fortes com o crescimento da criança. Fiz a colheita em duas etapas, uma colheita precoce 2/3 das flores assim que apareceram os tricomas âmbar, daí tentei revegetar, mas não deu. De qualquer forma tive o terço restante com uma outra qualidade de produto. Isso foi importante pra ver o que é desejável pro que eu quero pro tal fim medicinal. A primeira colheita dava uma onda muito "clara", atenção e foco muito facilitados. A segunda colheita era o que é considerado mais "forte", não é essa minha percepção, mas era de uma qualidade diferente, mai "loucão" que a onda fina, criativa e funcional que a colhita precoce. Vou falar da primeira colhita que acho que foi mais álida pra mim como medicamento, apesar da segunda também ajudar. O primeiro efeito que a gente sentia ao fumar era como se tivesse uma cordinha puxando pelo topo da cabeça esticando a coluna desde a base. O olho abria, em vez de fechar e a sensação de um sorriso satisfeito aparecia na cara. Meu trabalho também inclui criatividade, mas é muito técnico ao mesmo tempo, então apertava um fino, colocava um mantra e enfiava a cara no trabalho durante as madrugadas. Produtividade até então nunca vista. Minha meditação se intensificou, mais relaxado e confiante meu relacionamento com as pessoas melhorou muito, seja no trabalho, seja em nível pessoal. Não que tenha sido milagre, o esforço consciente é necessário, mas acredito muito na planta como um facilitador. Em resumo, pra mim os três pilares de uma vida saudável e funcional passa por exercício, mediação e canabis de qualidades específicas (genética - predominantemente sativa, método de cultivo - orgânico e colheita precoce) - pode chamar de "Tratamento", se quiser, mas repito a resalva que fiz no início do post, não sou especialista, no máximo um nerd bem intencionado. Espero que essa reflexão te seja útil de alguma forma. Grande abraço e muita luz na sua busca!
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  25. Terceira vez que postam isso, eu postei uma também...pela terceira vez vou falar que isso não é um fuzil, é uma réplica air-soft (arma de pressão) de uma sub-metralhadora da Heckler&Koch modelo Mp5 9mm. Fuzil é uma arma de guerra de longo alcance, não tem nada a ver com isso. Quiseram conectar o cidadão aí com os traficantes do Rio de Janeiro que realmente portam fuzis, só que de verdade, não de pressão.
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  26. Se você assumiu os risco o problema é seu! Não coloque os demais em risco! Se você não é advogado, não fale do que não conhece!
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  27. Happybud, uma mensagem por vez, se surgiu algo novo, edita a ultima mensagem! Mensagens repetidas do mesmo usuário é contra as regras! Mano, você falou uma merda sem tamanho! Fala isso porque não foi intimado por agentes da PF na sua casa, porque não sentou na frente do delegado para esclarecer se você é um traficante internacional. Se você não é advogado, não fale sobre o que não conhece! Ir com um advogado é garantia que abusos contra o depoente serão coibidos!
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  28. “Nota de esclarecimento da CJGR É com muita alegria que recebemos a notícia veiculada no site Consultor Jurídico, onde houve o deferimento de uma liminar para paralisar o curso de ação penal em que se discute o enquadramento legal da importação de sementes, especialmente por ter sido a medida favorável ao acusado. No entanto, é medida de coerência e prudência informar que o título da aludida matéria tem um grande quê de sensacionalismo, já que nenhum dispositivo legal foi alterado em virtude da liminar, permanecendo ilícita a importação de sementes de cânabis sem a devida autorização. E, além disto, uma decisão concedida em caráter liminar é precária, pois pode ser revogada ou reformada a qualquer tempo, fora que só produz efeito entre as partes do processo em que ela ocorreu, isto é, MPF e Réu. Por fim, cremos que a matéria, embora tenha sido estampada num veículo tradicional do universo jurídico, contém diversas impropriedades técnicas, o que causará confusão aos que não dominam o assunto.”
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  29. http://www.youtube.com/watch?v=Qsgj0rFUOC4
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  30. Se o pai e o filho são os traficantes que venderam pedra ao rapaz de 21 anos, por que raios a polícia não encontrou nada além de 4 pés e 15g de maconha e eles só vão responder por lesão corporal? Me parece é papinho de puliça pra justificar a invasão.
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  31. Fala Sandino!!! Estamos aqui na torcida para que sua vó melhore! Cara, devido ao seu relato me passou um vídeo pela cabeça... Tudo o que vc descreveu aconteceu em casa com a minha vó, a diferença é que ela quebrou os fêmures e vivia na cadeira de rodas, mas esse lance do amarelamento foi idêntico. Infelizmente quando foi notado pelos médicos e abriram para desobstruir o duto biliar descobriram que ela estava tomada por câncer. Essa doença é foda, mas os cuidados e carinho dos familiares aliado ao hemp oil vão fazer a diferença! Saúde aí pra toda família!!!
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  32. Acredito que sob a influência de certas substâncias conseguimos abrir os chacras, atingindo uma "sintonia fina". Tive algumas experiências em que me encontrei com uma galera numa espécie de transe coletivo, ou dependendo do que você acredita, todos na mesma vibe. Lí aqui no GR um post antigo do Avalo em que ele comentava um lance assim, sobre os chacras se abrirem nos tornando, dependendo da pessoa, vulneráveis a energias negativas. Aliás, o Avalo é o cara para esses assuntos, totalmente admirável.
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  33. acho que ja experimentei desse VI circuito, uma vez na onda do LSD. Era tudo muito real, e REALMENTE eu conseguia entender o que as pessoas pensavam, PERFEITAMENTE, sem ter que falar com elas. E realmente dava impressão de ser alguma coisa como um circuito elétrico. A pessoa me olhava e, dependendo de sua reação, eu me sentia "atraído" a olhá-la, sem mesmo saber de sua presença. E quando eu olhava? BATATA, ela tava pensando ou falando de mim, e e eu conseguia ler tudo perfeitamente. Muito doida essa parada, depois dessa onda eu fiquei com medo nunca mais tomei LSD
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