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(Sobre)Vivendo com a Cannabis Câncer, AIDS, esclerose múltipla, glaucoma, TPM, mal de Alzheimer, doenças crônicas, entre outros males podem encontrar na maconha uma fonte de tratamento “Tô vendendo ervas, que curam e acalmam, tô vendendo ervas, que aliviam e temperam… Porque os remédios normais nem sempre amenizam a pressão.” A música do Rappa, intitulada Feira, já foi ouvida e interpretada por milhares de pessoas, mesmo aquelas que não veem com bons olhos o consumo da maconha, ação que vem sendo discutida nas rodas políticas e outros segmentos da sociedade. A música faz menção à planta, sua comercialização e consumo. Para se ter uma ideia, o cultivo da Cannabis sativa ultrapassa milênios. Segundo estudos, os primeiros indícios foram encontrados na Ásia Central, no Norte do Himalaia ou na China e datam de 4.000 a.C. Maconha é uma palavra de origem angolana e significa “erva santa”. A planta arbustiva possui folhas em forma de serrilha que recebem o nome de marihuana ou marijuana, diamba ou liamba e bangue. A discussão sobre o consumo da erva virou um tabu e está impregnada na cultura dos povos, na maioria das vezes de maneira negativa. De acordo com o Relatório Mundial sobre Drogas, da ONU, a maconha é a droga mais consumida no mundo, sendo que seus usuários variam entre 2,6% e 5% da população. Já no Brasil, segundo o Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 1,5 milhão de pessoas, entre adultos e adolescentes, usam a planta diariamente – os dados não apontam a quantidade de pessoas que utilizam a erva de forma medicinal. A repressão ao uso da maconha começou na década de 1930, de acordo com o Ph.D em neurociências, professor adjunto do Departamento de Fisiologia da Universidade de Brasília e um dos autores do livro Maconha, Cérebro e Saúde, Renato Malcher: “Isso aconteceu por causa da indústria de fibras e de combustíveis – a maconha pode ser usada para a produção das melhores fibras para a indústria têxtil de papel e de construção civil, e pode ser usada para a produção de biodiesel e álcool. Industriais preocupados em manter a matriz energética baseada no petróleo, a produção de papel baseada em celulose de madeira e a indústria têxtil baseada no algodão fizeram lobby com políticos preocupados em manter o poder por meio de agências de controle de drogas, e juntos elegeram a maconha como um bode expiatório para substituir o álcool como vilão da sociedade, após o fim da lei seca. Esses são os fundamentos práticos, mas, do ponto de vista político, o argumento mais popular foi a xenofobia associada ao fato de ela ser relacionada à cultura de imigrantes mexicanos nos EUA”. Legislação A Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad) e destaca: “Art. 2o – Ficam proibidas, em todo o território nacional, as drogas, bem como o plantio, a cultura, a colheita e a exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas drogas, ressalvada a hipótese de autorização legal ou regulamentar, bem como o que estabelece a Convenção de Viena, das Nações Unidas, sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a respeito de plantas de uso estritamente ritualístico-religioso. Parágrafo único – Pode a União autorizar o plantio, a cultura e a colheita dos vegetais referidos no caput deste artigo, exclusivamente para fins medicinais ou científicos, em local e prazo predeterminados, mediante fiscalização, respeitadas as ressalvas supramencionadas.” A legislação ampara as pessoas que buscam utilizar a maconha como remédio, porém a Anvisa não autoriza essa utilização, tendo em vista que a Cannabis sativa está na lista de substâncias proscritas, ou seja, proibidas no Brasil. Para Malcher: “A proibição não tem fundamentação técnica, portanto contradiz a própria função da Anvisa, ou seja, nem a Anvisa sabe dizer por que maconha é ilegal e álcool não é. Então, ela não tem critério para regulamentar. É apenas uma obediência cega a acordos políticos internacionais. Tanto assim que um juiz do Distrito Federal considerou ilegais prisões relacionadas ao uso de maconha porque, a rigor, não há em nenhuma lei nada que defina qual critério diferencia a maconha de outras drogas recreativas e de outros remédios. Cria-se um ciclo vicioso, porque, como o critério é político, a lei sabota todos os níveis de difusão e formação de informações técnicas a respeito tanto entre pesquisadores quanto entre médicos. E acaba criando a situação em que inexiste um sistema de produção de plantas e derivados, porque a burocracia emperra toda a cadeia”. 60 convulsões por semana Anny Bartoli Fischer tem 5 anos, vive com a família em Brasília (DF) e possui uma doença rara, a síndrome de Rett CDKL5 – uma desordem genética que provoca convulsões frequentes, problemas no desenvolvimento, perda de habilidades linguísticas, entre outros sintomas que acometem a criança. Ela foi diagnosticada com a doença nos primeiros meses de vida, quando os pais iniciaram uma luta em busca de tratamentos que oferecessem bem-estar à pequena. Chegando a ter 60 convulsões por semana, a procura por alternativas e medicamentos que controlassem o problema os levou até um medicamento produzido com o CBD, uma substância da maconha. “Descobrimos o medicamento através de um site americano, pois vi a postagem de um pai que utilizava o CBD para tratar a filha”, conta Katiele Bartoli Fischer, mãe de Anny. Num primeiro momento, ela não sabia que a substância era extraída da maconha. Após pesquisar, e como diz “engolir tudo sobre o assunto”, decidiu agarrar esse fio de esperança e em novembro, de forma ilegal, trouxe a substância dos Estados Unidos para o Brasil. “A embalagem é uma seringa com uma pasta escura”, explica. O produto durou nove semanas e zerou as convulsões de Anny, que chegou a usar cinco anticonvulsivos de uma vez, porém nenhum conseguiu evitar as crises, além de causar efeitos colaterais. “Ela ficava prostrada”, conta a mãe. Em contrapartida, com o CBC, “não vi nenhum efeito negativo, só benefícios”. Quando começou a utilizar o novo medicamento, a menina usava dois anticonvulsivos, e agora está com apenas um. “Ainda não tiramos o outro, pois a criança pode entrar em surto e existe o risco de morte.” Família Fischer reunida Como o médico não tem como passar a receita, ela utiliza a mesma dose que o pai americano e afirma: “Hoje, ela tem uma outra vida, consegue dormir a noite toda, antes ela passava o dia dormindo, convulsionava, dormia e às vezes convulsionava dormindo. Praticamente não se mexia. Hoje, ela recuperou o controle cervical, voltou a sugar mamadeira, faz barulho e fisioterapia. É preciso dizer que a Anny ainda é uma criança comprometida, o CBD não é a cura da síndrome, que na verdade não tem cura, o que ele faz é dar qualidade de vida, ele trata a epilepsia refratária, que é uma consequência da síndrome”. Uma seringa com três gramas do medicamento dura um mês, e o investimento é de, mais ou menos, US$ 100. Tratando na ilegalidade O tratamento em Anny era feito de forma ilegal, e em abril um lote do produto que vinha dos Estados Unidos foi retido pela alfândega em Curitiba (PR) e enviado para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A família Fischer entrou na Justiça e conseguiu, pela primeira vez no Brasil, a autorização da importação de um medicamento à base da Cannabis sativa. Porém, no dia da entrevista, Katiele ainda sentia a frustração. “Até hoje [30 de abril] não consegui trazer de forma legal o medicamento. Existe muita burocracia e falta de protocolo. Para que dê certo é preciso que todos os órgãos – como Receita Federal, Polícia Federal, Conselho de Medicina – andem no mesmo passo, ou seja, não adianta apenas a boa vontade de um único órgão, é preciso a boa vontade de todos.” De acordo com um dos advogados da família Fischer, Diogo Busse, “na reunião em Brasília com o presidente da Anvisa, ficou acordado que seria encaminhado um ofício ao Conselho Federal de Medicina (CFM) e à Receita Federal, informando do novo protocolo para a importação do CBD, nestes casos específicos. Estamos acompanhando, e até agora o protocolo não foi divulgado, e os ofícios não foram encaminhados. O procedimento na Anvisa é muito demorado e burocrático. Sem esta publicação da Anvisa, os médicos ficam com receio de receitar, já que a Cannabis sativa está na lista de substâncias proscritas pela Anvisa”. Apesar da demora e da burocracia, naquele mesmo dia, os pais de Anny, Katiele e Norberto Fischer, foram buscar, pela primeira vez, de forma legal, o medicamento da pequena guerreira. A lista da Anvisa, para a mãe, ainda levanta a discussão. “A morfina, por exemplo, vem do ópio e é autorizada. Por que o CBD não está na mesma lista que ela? Afinal de contas, a morfina está para o ópio assim como o CBD está para a maconha.” Afora os efeitos positivos, Katiele esclarece: “Não necessariamente porque funciona para Anny vai funcionar para outras pessoas, é uma substância como outra qualquer, assim como uns medicamentos não funcionaram para ela e foram eficientes com outras pessoas”. Atualmente, com o tratamento, uma nova fase passa a ser vivida pela família, e de maneira direta a mãe responde: “Hoje, conseguimos dormir”. Remédio Para compreender a opinião do brasileiro, a empresa Expertise realizou um levantamento que apontou que 57% dos brasileiros são a favor do uso da erva para fins medicinais. Para alguns, vem a pergunta: “Por quê”? O psiquiatra, professor de Psiquiatria da Unicamp e estudioso de políticas públicas sobre drogas Luís Tófoli tem a resposta: “Já está bastante comprovado o potencial do THC no auxílio do tratamento do câncer e da AIDS, por controlar náuseas e ativar o apetite. O CBD parece ser eficiente no tratamento de epilepsias, o que está sendo demonstrado em estudos de casos graves. Canabinoides em geral – que parecem ter mais efeito quando usados em combinação, o que é conhecido como ‘efeito comitiva’ – podem auxiliar no tratamento de esclerose múltipla e dores neuropáticas como relaxantes musculares e analgésicos. Há outros potenciais ainda não explorados suficientemente, como o efeito que alguns destes compostos parecem ter, em laboratório, em combater células de alguns tipos de câncer. Outros usos sugeridos são em doença de Parkinson, mal de Alzheimer e autismo, mas mais estudos ainda são necessários para comprovar que existe eficiência clínica. De uma forma geral, é importante saber que ainda temos muito o que pesquisar a partir das respostas promissoras que já surgiram”. A utilização da erva para fins medicinais pode ocorrer de diversas maneiras, conforme explica Malcher: “O óleo pode ser ingerido de diversas formas por via oral – em biscoitos, manteigas, cremes, doces – e também pode ser colocado em cápsulas ou até mesmo supositórios. A planta in natura pode ser fumada, mas o ideal é usar um aparelho vaporizador, que aquece a planta sem causar combustão, mas levando à liberação de um extrato gasoso que pode ser inalado de modo a produzir efeitos imediatos”. Psiquiatra e estudioso de políticas públicas sobre drogas, Luís Fernando Tófoli Para entender a diferença entre algumas substâncias, Tófoli explica: CBD – Sigla para canabidiol, um composto canabinoide. Ele não produz “barato”, mas usado isoladamente ou em extrato de maconha rico em canabidiol é capaz de ter efeitos terapêuticos. Canabinoides – Existem dois tipos básicos de canabinoides: os endocanabinoides, produzidos pelo corpo humano, e os que são produzidos pela planta da maconha e se ligam nos receptores dos endocanabinoides do cérebro e sistema imune, causando diversos efeitos farmacológicos. THC – É o principal composto que dá o “barato” ou a “brisa” da maconha. Ele ativa receptores de endocanabinoides chamados CB1, que estão espalhados em diversas áreas do cérebro humano e modulam efeitos importantes na manutenção da homeostase, na consolidação da memória e na tradução da dor, entre outros efeitos. Há ainda outro receptor, o CB2, presente no sistema imune. O conhecimento das funções do sistema endocanabinoide está em plena expansão. O que se pode dizer no momento é que há evidências de que ele modula funções muito importantes, como apetite, resposta ao estresse, memória, metabolismo, imunidade a doenças e controle da dor, entre outras. No Canadá é possível cultivar a erva e consumi-la mediante receita médica e autorização do governo. Em Israel, o pedido deve ser feito pelo médico especializado na doença do paciente ao Ministério da Saúde. Em ambos os países, a utilização da erva de forma recreativa é proibida. Além desses, outros 20 estados norte-americanos e o distrito de Columbia também têm a autorização para a utilização da substância de forma terapêutica. Holanda, Portugal, Espanha e alguns estados dos Estados Unidos liberam o consumo, também, para fins recreativos. Já o Uruguai foi o primeiro país do mundo a liberar a produção e comercialização da maconha em todo o seu território. Ph.D em neurociências, Renato Malcher Desvendando a cannabis medicinal com o neurocientista Malcher - A maconha vicia? De modo geral, a dependência psicológica depende muito mais da pessoa, sua história de vida, sua rede de apoio efetivo e social, sua saúde psíquica e neurológica do que do tipo de droga ou do hábito ligado à adição. Estima-se que cerca de 9% dos usuários se tornam usuários crônicos. Mas o número de pessoas que buscam ajuda por dependência em maconha parece ser muito menor do que isso. Dependência Maconha 9% Anfetaminas 11% Álcool 15% Cocaína 17% Heroína 23% Nicotina 32% Dados: Cannabis Policy - E a pessoa que utiliza a maconha para tratamento pode viciar-se? Vício é um termo abstrato de conotação moral, não um parâmetro biológico. Se a pessoa sofre de diabetes, provavelmente ela se tornará psicologicamente dependente de insulina, assim como quem sofre de dores crônicas se torna operacionalmente e afetivamente dependente de seus analgésicos. - Por que crianças e jovens não devem usar a planta? Isso vale mesmo para casos medicinais? O uso assistido e regrado dentro de um protocolo médico com dosagens conhecidas é completamente diferente do abuso de drogas de composição desconhecida. A maconha do mercado negro tem excesso de THC e outros componentes que, se abusados na fase de desenvolvimento, podem modificar algumas funções do cérebro ainda não amadurecidas. Não há relatos de alterações graves, mas a relação de causalidade com futuros distúrbios emocionais, como ansiedade e depressão, não pode ser descartada se houver abuso nesta fase. - Por que dizer que a maconha é um remédio seguro? Porque não é tóxica, não é teratogênica, não causa morte ou danos celulares, não causa distúrbios metabólicos, não afeta as funções hepáticas, não causa overdose, não tira a consciência do usuário e tem um baixo índice de dependência psicológica, sem síndrome de abstinência severa. - Como a erva é capaz de controlar dores e tremores? Componentes diferentes da maconha atuam sobre mecanismos diferentes no controle das informações neuronais que geram a sensação de dor. Desta forma, ela tem grande eficácia no tratamento de diversas formas severas de dor. Os tremores são causados por defeitos nos mecanismos inibitórios que modulam os comandos motores. No caso de Parkinson, esses mecanismos perdem função por defeitos em células dopaminérgicas em circuitos que podem ser modulados pela ação de canabinoides, de modo que estes assumem a função que deveria ser exercida por neurônios dopaminérgicos. No caso de esclerose múltipla também há uma perda progressiva de várias vias neuronais motoras envolvidas no controle voluntario e reflexo dos movimentos. A perda de mielina causa desajustes no fluxo de comando neuronal por vias motoras que acabam gerando os espasmos. A atividade descontrolada destas vias pode ser reduzida pela ação inibitórias dos componentes da maconha. - Existem diferentes propriedades na erva, como escolher a correta para um tratamento? Existem cerca de 20 atividades farmacológicas na maconha, dependendo da planta, então algumas atividades podem ser mais pronunciadas do que outras por causa da composição relativa de seus diversos componentes. - A maconha é considerada uma droga ilícita; o álcool não, porém ele traz grandes prejuízos à população, não é mesmo? Gostaria que comparasse a ação das duas substâncias. Álcool Maconha Pode tirar a consciência Sim Não Pode tornar a pessoa violenta Sim Não Pode levar ao coma por overdose Sim Não Pode levar à morte por overdose Sim Não Causa distúrbios metabólicos sérios Sim Não Causa doenças hepáticas graves Sim Não - Em contrapartida, em entrevista, o senhor comentou que ela pode ser a porta de saída, por quê? Porque ela reduz os sintomas de abstinência de drogas mais danosas, como o crack, por exemplo. - Muitos dizem que a erva é a porta de entrada para as outras drogas. O que o senhor pensa a respeito disso? Não ela ou seus efeitos, mas, sim, o contexto em que o usuário tenha contato com o mercado ilegal que lhe oferece outras drogas. Regulamentação do uso As discussões sobre a legalização do uso da maconha no Brasil passam tanto pelo Senado quanto pela Câmara de Deputados. Por exemplo, o deputado federal Eurico Júnior (PV-RJ) criou o Projeto de Lei 7.187/14, que libera a plantação em residências, além do cultivo para uso medicinal e recreativo. Já Jean Wyllys (PSOL-RJ) protocolou o Projeto de Lei 7.270/2014, que altera a atual Lei 11.343/2006 e regulamenta a comercialização, a produção, o cultivo caseiro e o consumo medicinal e recreativo da maconha. Enquanto isso, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) anunciou que será o relator de um projeto de lei de iniciativa popular que tem como objetivo a legalização do plantio doméstico de maconha e do comércio em locais licenciados. Para isso, o senador irá analisar e avaliar as questões que envolvem o assunto. Nenhum projeto foi elaborado com o objetivo de utilizar a erva para uso exclusivamente medicinal. Busse, o advogado da família Fischer, também é membro do Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas, e ao levantar as questões sobre a regulamentação do uso da planta é enfático: “Não é possível que o ser humano, em pleno século XXI, não seja capaz de pensar em políticas e soluções para melhorar o quadro de pessoas que passam por problemas com drogas, que não seja baseado em estratégias militares, presídios, armamentos, guerra e morte”. Membro do Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas, Diogo Busse A utilização da maconha ainda será amplamente debatida pela sociedade, seja tanto para o uso medicinal quanto recreativo, mas para isso, segundo Tófoli, “é necessário que a sociedade, incluindo os médicos, ampliem suas agendas e olhem para além do óbvio: as pessoas que fazem uso recreativo, os portadores de doenças que apresentam alívio com a erva e, fundamentalmente, o sinistro saldo de morte e sofrimento que é causado pela política proibicionista da guerra às drogas”. FONTE9 points
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Evento marcante! Muito emocionante ver os pacientes falando sobre sua realidade! Agora veremos as mudanças acontecerem a passos largos!3 points
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Quem precisa de títulos para dar fundamentação é porque falta o "suposto" fundamento...3 points
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Weed legal in 5 years: Kash Heed's take on marijuana Former B.C. Solicitor General and police chief now works as a consultant for growers CBC News Posted: May 17, 2014 5:49 PM PT Last Updated: May 17, 2014 7:21 PM PT New federal rules banning home-grown medical marijuana are creating what some call a "green rush" for grow-startups looking to fill prescriptions in Canada. Some of those businesses are looking to consultants, such as former B.C. Solicitor Kash Heed, to help navigate the rules and regulations. (Justin Tang/Canadian Press) A former B.C. solicitor general predicts Canada will legalize marijuana in the next five years — no matter who is in charge in Ottawa. Kash Heed, a retired politician and a former chief of the West Vancouver Police Department, is now working as a consultant for medical marijuana companies. Heed argues it's only a matter of time before marijuana becomes legal for recreational use among adults in this country. "Within five years," he told CBC Radio's Stephen Quinn on On The Coast. "And that is a positive thing, because we can now take [those] taxation dollars and put it back into programs such as prevention, education and health care that is so sadly needed here in Canada." How one Colorado county is using its marijuana profits Marijuana reform: 5 things to know about possible changes to the law Heed says he is using his 30 years of experience in government and law enforcement to consult with medical marijuana growers on matters of policy and security. Medical marijuana: New rules and a 'ton of confusion' He says a "green rush" has been underway in Colorado and Washington ever since recreational use of marijuana was legalized in those states. That green rush will affect the market here, whether pot is legal or not, he says. Heed says if the Canadian government regulates the sale of marijuana it could spawn a different kind of "green" economy. (CBC) Heed believes putting the drug under the control of government will destroy the profit margins that attract criminal elements. "Sixty per cent of all illicit profits goes to organized crime. We are not even getting the benefit of taxation out of this particular industry here in Canada." He says following a model similar to what has been done in Uruguay, charging $1 per gram of marijuana, could make profits from the illegal trade so low that it would drive out organized crime elements. The federal Liberals have come out in favour of decriminalizing marijuana, but the Conservative government says it has no interestin seeing pot legalized.3 points
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Ingestão do Hemp Oil diariamente por alguns meses acaba com a doença, doença pro resto da vida?... já acreditei nisso, mais são apenas as que agente trata nesse modelo pilantra a base de medicamentos... Monte um grow e aprenda a fazer o óleo na área medicinal do fórum.2 points
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Tenho uma amiga que tem, ela fumou ontem pela primeira vez na vida, não gostou muito do gosto, até pq a erva não era de boa procedencia, mas disse que a dor que ela estava sentindo que era muito forte amenizou Já estou convencendo ela a cultivar, falta pouco! Vamos em frente!2 points
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Senado vai convidar Pepe Mujica e FHC para discutir consumo de maconha Senador Cristovam Buarque (PDT-DF) montou uma série de audiências públicas para debater a regulamentação sobre o uso recreativo e medicinal da substância no Brasil iG http://odia.ig.com.br/noticia/brasil/2014-05-13/senado-vai-convidar-pepe-mujica-e-fhc-para-discutir-consumo-de-maconha.html 13/05/2014 08:38:36 Brasília - O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) já montou a série de audiências públicas para debater a regulamentação sobre o uso recreativo e medicinal da maconha no Brasil. Entre os convidados para participar das discussões estão o presidente do Uruguai, Pepe Mujica - primeira autoridade na região a aprovar uma lei que regulamenta o consumo da substância fora da esfera criminal -, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que participa da Comissão Latino-Americana de Drogas e Democracia, entidade contrária à “guerra às drogas”. A proposta, de iniciativa popular, foi apresentada à Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado. Cristovam se comprometeu a avaliar o que pensam diversos setores da sociedade sobre o assunto para formular projeto. Senador criou uma audiência para ouvir atores sociais contrários a qualquer tipo de liberação da maconha Foto: Reuters A primeira delas deve ser realizada no próximo dia 2, para debater as experiências internacionais de descriminalização. Foram convidados o secretário Nacional de Drogas do Uruguai, Julio Calzada; o representante no Brasil do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, Rafael Fanzini Batle; a diretora do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior, Maria Luísa Lopes da Silva; e o secretário Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça, Vitore Maximiano. Outras sete reuniões também estão programadas, para tratar das políticas públicas e a legislação brasileira, as visões a partir da ciência e da saúde pública, as políticas de redução de danos e o debate social em torno delas, os possíveis impactos no judiciário e no sistema penal, a expectativa de resultados na redução da violência, além da análise das experiências internacionais. Modelo uruguaio O senador pedetista criou uma audiência para ouvir atores sociais contrários a qualquer tipo de liberação. Recentemente, os deputados Eurico Júnior (PV-RJ) e Jean Wyllis (Psol-RJ) apresentaram projetos para regulamentar a produção e o consumo de maconha no País. O Uruguai tem servido de inspiração aos defensores da ideia. De olho também no financiamento legal Um vídeo se tornou trunfo do Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração para afastar o deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG) da relatoria do novo Código de Mineração. Nele, o parlamentar afirma ser "legalmente financiado" pelo setor. O argumento é que um deputado não pode relatar projetos de interesses de seus financiadores, mesmo com a legalidade das doações. A restrição está no Código de Ética e Decoro da Câmara. A representação foi enviada para a Mesa Diretora. Na tribuna, o parlamentar afirmou que as mineradoras representam 20% da arrecadação para sua campanha. Ele não vê conflito de interesses. Marco regulatório da sociedade civil Entidades da sociedade civil promovem hoje um twitaço pela aprovação na CCJ da Câmara do PL-7168, marco regulatório do setor. A proposta, relatada pelo deputado Décio Lima (PT-SC), foi um compromisso de campanha de Dilma com o setor. Apesar da simpatia da presidente, o marco teve algumas resistências dentro do governo. A comissão é a última antes da análise do tema pelo plenário. A votação está prevista para hoje ou amanhã. Para Abong, projeto combate a corrupção Para a presidente da Abong, Vera Masagão, o marco regulatório vai homogeneizar as parcerias entre as entidades e os três níveis da administração pública. A nova lei prevê a colaboração em políticas públicas e a possibilidade fomento para o controle social. Outro ponto importante é o aumento da transparência, com a obrigatoriedade de chamamentos públicos e a exigência de idoneidade e experiência da contratada. “Estamos vigilantes. Não vamos admitir que coloquem o nosso partido em um pacote com nosso adversário histórico apenas para alcançar o poder” - Mauro Mariani, deputado federal (PMDB-SC), contra a possibilidade de seu partido ao lado do PP na chapa pela reeleição do governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD).1 point
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E seu tópico realmente é um dos que eu estou acompanhando mesmo que só visitando, sem assinar o livro de visitas1 point
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Vai nessa que é arrogância você se precaver e ir acompanhado do profissional instrumento da justiça que é o advogado...1 point
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Digo foda-se as leis e todas regras Eu não me agrego a nenhuma delas Me chamam de marginal só por fumar minha erva Porque isso tanto os interessa Já está provado cientificamente O verdadeiro poder que ela age sobre a mente Querem nos limitar de ir mais além É muito fácil criticar sem se informar Se informe antes de falar e legalize ganja Legalize já, legalize já Porque uma erva natural não pode te prejudicar O álcool mata bancado pelo código penal Onde quem fuma maconha é que é o marginal E por que não legalizar? E por que não legalizar? Estão ganhando dinheiro e vendo o povo se matar Tendo que viver escondido no submundo Tratado como pilantra, safado, vagabundo Por fumar uma erva fumada em todo mundo É mais que seguro proibir que é um absurdo Aí provoca um tráfico que te mata em um segundo A polícia de um lado e o usuário do outro Eles vivem numa boa e o povo no esgoto E se diga não às drogas, mas saiba o que está dizendo Eles põe campanha na tevê e por trás vão te fudendo Este é o Planet Hemp alertando pro chegado Pra você tomar cuidado com os porcos fardados Não falo por falar eu procuro me informar É por isso que eu digo legalize ganja Legalize já, legalize já Porque uma erva natural não pode te prejudicar1 point
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Pelo visto poderão prescrever em receita branca controlada, a mesma utilizadas para antidepressivos. Uma vez no mercado, vc pode solicitar que seu MD lhe prescreva. Mas é claro que a palavra final sempre será dele. Acredito que o grande problema seja o preço... Temos que esperar para ver como será a resolução da Anvisa. SSó para dar um exemplo: o preço médio de 10ml de CBD Hemp oil à 22‰ na América é de $700. Frascos com 500mg de CBD em glicerina são encontrados por $160 no ebay.1 point
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Admiro mto o canadá pelo jeito que a sociedade encara o uso.. passei um tempo estudando em vancouver e parecia que estava vivendo em um mundo utópico. onde fumar seu baseadinho não era motivo de espanto pra ning e vc tem liberdade para fazer suas escolhas. por ser um pais em desenvolvimento, talvez o uruguai encontre alguns problemas na implementação dessa política, mas tenho ctz que o canadá tiraria de letra! Este sim, seria um país que seria exemplo no mundo..1 point
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Já foi loki... Kkk Abs1 point
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muito bom te conhecer tb irmão.... e sua caneta magica..... rsrsr soltei estrelinhas o dia todo..... rsrs1 point
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este pré-conceito que a guerra as drogas impos é uma merda....... sei o que vc diz, minha mãe é assim, me ve, ta do meu lado e acompanha minha luta, mas não quer ouvir a palavra maconha. se ela precisasse nao usaria com certeza, prefere se matar com uma tonelada de remedio, tipo over dóse mesmo, ela toma até passar a dor... as vezes vai meia cartela de remédios...... eu vejo aqui...... da até arrepio qd vejo ela fazer isso.....1 point
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Já pararam pra pensar que maconha tb é um remédio? E talvez ele tenha usado esse remédio por tanto tempo que o remédio tenha curado ele do problema que tenha levado ele a usar... Pensem nisso. As vezes nós maconheiros acabamos tendo preconceito com a nossa planta. Ela n é só um fumo, uma droga, uma coisa legal pra ficar chapadão.. Ela é um monde de coisas e remédio é uma dessas coisas que ela é, serve até pra alimentar porco, tratar quem tem cancer, serve pra fazer roupa, fazer papél, cara ela é poibida por isso pq serve pra tanta coisa que os FDP da industria junto com o governo proibiram pra não terem um concorrente invencível. Ela é o melhor remédio do mundo manow!! E o cara aí se tratou e foi curado... isso n significa q ele n pode de repente uma vez ou outra usar pra se divertir, só significa que ele se curou de alguma coisa que ele tinha e que nem ele sabe oque era... Muitos aqui devem estar pensando que estão usando só porque gostam, mas na verdade estão é se tratando de algum problema sem nem saber... e a hora que a Cannabis curar você, vc vai perder a graça nela e vai usar raramente... Não é atoa que ela é a era santa, ela cura doenças que a medicina ainda nem conhece... são os mistérios na GANJA meu filho . ops: Eu não sou rasta kkkkk1 point
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Tem um livro que é bem interessante sobre nutrição funcional e cura de algumas doenças. Um dos casos apresentados no livro é sobre fibromialgia. Deixo aqui o link para leitura do livro O que seu medico não sabe sobre medicinal nutricional pode estar matando você http://www.projetobrasil.net.br/arquivos/MEDICINA%20NUTRICIONAL.pdf1 point
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Senhores, entrei neste fórum só para contribuir com esse post. Tenho 33 anos de idade e comecei a fumar maconha a pouco tempo (1 ano ou menos). Trabalho com atividades acadêmicas onde preciso estar super concentrado. Já tentei trabalhar sob o efeito da cannabis e não consegui me concentrar pois estava MEGA chapado. Após isso não tentei mais (porém seria interessante testar com uma dose menor). Mas ocorre um fenômeno interessante quando eu fumo e estou muito chapado: Eu tenho uma vontade incrível de arrumar minha casa! Minha casa sempre foi desorganizada, sempre acumulei muito papel inútil, pia com louça suja, e etc. Quando fumo maconha eu lavo a louça perfeitamente em 10 min (ja me gravei fazendo isso só para calcular o tempo que levo). Também lavo o chão da casa, varro tudo, jogo o lixo fora, e arrumo todos os objetos da casa jogando os papeis inúteis fora. Quando acordo no outro dia minha casa está perfeita, nem parece que moro lá !!! Teve uma noite que estava MUITO CHAPADO ao ponto de ter dificuldade para me equilibrar porém arrumei a casa toda, abri todas as gavetas procurando papeis inúteis pra jogar fora, selecionei tudo o que era lixo inútil (caixas de papelão, canetas sem tinta, etc) para jogar fora. Organizei todas as minhas gavetas de roupas, retirei a poeira da casa toda, e fiz tudo isso gostando de fazer. Me sentia bem em arrumar minha casa!! Logo após tomei um mega banho, escovei os dentes, passei fio dental e ainda me perfumei! kkkkkk Durante algumas de minhas viagens costumo ter alguns Insight's sobre aspectos de minha vida que preciso melhorar. Tomei consciência de que preciso cuidar mais de mim, investir no meu conforto, tornar minha casa confortável, tornar meu dia-dia mais confortável também. Ainda está muito cedo para dizer se a maconha atrapalha minha vida. Só sei que eu não quero parar de estudar nunca! Pretendo entrar no doutorado assim que possível, e faço musculação. Minha vida é ótima com ou sem maconha, mas confesso que gosto pra caralho dessa cannabis viu? PQP, ouvir música, apreciar artes visuais, comer, namorar, tudo é mais legal chapado! kkkkkkk Eu só não chapo o tempo todo pois preciso estudar, preciso trabalhar, e tenho medo da tolerância. Só chapo nos fins de semana.1 point
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Esse tijolo "sumido" é espólio da guerra imunda que esses 11 babacas sorridentes da foto vão oferecer pro traficante parceiro deles "monetizar" a apreensão.1 point
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Sei que a intenção é ajudar, mas faltou a regra numero 1, passarinho que come pedra sabe a cloaca q tem! Traduzindo, quem importa sementes esta assumindo o risco de ser investigado pela PF. E não pense que irá enganar a fiscalização pedindo camisa (vide os casos do Atitude), ou a PF usando nome falso. A dica para quem for importar semente é esteja preparado para encarar a PF e falar a verdade, que é usuario, possivelmente medicinal, e que não quer participar do mercado ilicito de drogas.1 point
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