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Entrevista - Paulo Cesar Fraga http://www.cartacapital.com.br/sociedade/brasil-produz-40-da-maconha-que-consome-3589.html "Maconha brasileira abastece 40% do mercado nacional" por Marcelo Pellegrini — publicado 21/07/2015 04h44 Pesquisador relata funcionamento do chamado "Polígono da Maconha", onde agricultores pobres do sertão nordestino fornecem matéria-prima para organizações criminosas Polícia Federal faz a queima de um plantio de maconha escondido entre a caatinga O Brasil não é mais somente uma rota do tráfico internacional de narcóticos. Hoje, o País é o maior consumidor de drogas da América do Sul e também um dos maiores produtores, em parte graças às plantações no chamado "Polígono da Maconha", na região sertaneja do Nordeste. "Há um mito de que a maconha consumida no Brasil venha do Paraguai, de que não é um problema nosso", afirma o sociólogo Paulo Cesar Fraga, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). "Na verdade, a agricultura familiar e tradicional do sertão nordestino já produz 40% da maconha consumida no País", diz. Formado por 13 cidades (Salgueiro, Floresta, Belém de São Francisco, Cabrobó, Orocó, Santa Maria da Boa Vista, Petrolina, Carnaubeira da Penha e Betânia, todas em Pernambuco, e Juazeiro, Curaçá, Glória e Paulo Afonso, na Bahia), o Polígono da Maconha surgiu graças a uma confluência de fatores, no topo das quais está o baixo investimento dos governos no desenvolvimento da região. Para Fraga, o governo deveria rever sua política de repressão ao plantio, o que poderia ajudar no desenvolvimento dos municípios afetados pela produção e também os pequenos agricultores, que acabam submetidos às regras do crime organizado. Dados da Polícia Federal mostram que 1kg de maconha rende para um agricultor da erva cerca de 150 a 200 reais, enquanto que a maconha é vendida nas capitais entre 600 e mil reais. Leia a entrevista: CartaCapital: A maconha cultivada no Polígono da Maconha é responsável pelo abastecimento de qual fatia do mercado nacional? Paulo Fraga: Há um mito de que a maconha consumida no Brasil venha do Paraguai, de que não é um problema nosso. No entanto, estima-se que a maconha do Vale do São Francisco abasteça cerca de 40% do mercado nacional, ficando restrita às capitais, às regiões metropolitanas e ao interior do Nordeste. A maior parte da maconha consumida no Brasil vem do Paraguai e abastece os principais mercados como Rio, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e as regiões metropolitanas e as cidades de médio e pequeno porte dos estados do Sul e Sudeste. O Brasil é considerado o quinto maior produtor de maconha das Américas, mas sua produção não consegue abastecer todo o mercado nacional. Somos grandes consumidores. CC: É possível estimar os valores envolvidos nesta cadeia produtiva? PF: Não arriscaria valores, pois não há fontes ou projeções muito seguras. O que se pode dizer é que houve época em que os recursos do plantio tinham muito impacto nas cidades locais. Isso mudou e hoje o impacto é menor. Apesar de não se ter uma política agrária consistente para a região, os programas sociais e ações de desenvolvimento nos últimos anos tiveram impactos mais relevantes. A crise que se avizinha pode significar um quadro como o que víamos o final do anos 1990, em que a pobreza extrema era muito presente na região, a violência era alarmante e a migração da violência do tráfico migrava para outras criminalidades mais facilmente. No final dos anos 1990, das 10 cidades com maior taxa de homicídios no país, três ficavam na região do Polígono da Maconha. CC: O que explica o plantio de maconha na região do Nordeste denominada Polígono da Maconha? PF: A presença da maconha na região vem de longa data, mas o cultivo se intensifica com o surgimento de um mercado no País. Esse surgimento estava atrelado à contracultura nos anos 1970 e teve produção recorde a partir da década de 90. No entanto, a explicação para o plantio de maconha na região do Vale do São Francisco não está apenas relacionada a um fator histórico ou de um mercado consumidor. O deslocamento de agricultores para a construção de hidrelétricas no rio e o crescimento do agronegócio também têm uma parcela significativa na explicação deste fenômeno. O agronegócio, ao mesmo tempo que criou rotas de escoamento, não foi uma alternativa viável de emprego para os trabalhadores rurais. Se somarmos a isso as péssimas condições para o desenvolvimento dos produtos agrícolas tradicionais, em uma região de seca e de baixíssimo investimento governamental, temos os elementos propícios para o crescimento dos plantios ilícitos de cannabis. CC: O senhor disse que, além dos elementos econômicos e sociais, historicamente o cultivo de maconha sempre esteve presente nesta região. É isso mesmo? PF: Há registros da presença de cannabis na região desde a segunda metade do Século XIX. O inglês Richard Burton, navegando pelo Rio São Francisco, identificou a planta e chamou a atenção para o fato de o clima e da vegetação serem propícios ao desenvolvimento de seu cultivo para ser usado comercialmente, na indústria têxtil. Já nos anos 1930, Jarbas Pernambucano, estudioso de questões sociais envolvendo o uso da maconha, revela a presença de plantios para fins de abastecimento dos incipientes mercados de Salvador e Recife. Nos anos 1950, em seu livro O Homem do Vale do São Francisco, Donald Pierson descreve situações de uso coletivo da maconha e de plantio em, pelo menos, cinco localidades. Nesta mesma época, já há preocupação das autoridades brasileiras com a repressão do plantio nessa região. O Polígono da Maconha compreende 13 cidades do sertão pernambucano e baiano. Mais ao norte, desponta outro polo produtor no Maranhão e Pará CC: A repressão ao plantio de maconha ocorre desde os anos 80. Por que ela não foi capaz de acabar com essa prática? PF: Não adianta reprimir sem dar maiores alternativas ao plantio ilícito. É preciso ações como um maior financiamento do pequeno produtor, apoio ao escoamento da produção, integrar as áreas produtivas com os mercados consumidores, amenizar o convívio com a seca e mudar a nossa política de repressão às drogas. Estamos no século XXI e não podemos mais utilizar a desculpa de que a seca é um flagelo. Nessa mesma região, o agronegócio prospera. O problema, com certeza, não é a falta de água. CC: Há interesse de grupos familiares ou de políticos regionais em manter essa atividade, que é altamente lucrativa? PF: Enquanto houver esses problemas de infraestrutura para a agricultura local, haverá o plantio de cannabis. Mas é lamentável que o Brasil não reveja suas leis sobre a produção de cannabis e essa região não possa se transformar em um polo legal para fins medicinais do uso de cannabis, por exemplo, ou de produção têxtil e, mesmo, para fins recreativos. Sei que a questão não é simples, mas precisamos enfrentá-la. Em um possível cenário em que a maconha seja liberada, esta região poderia ser aquela que teria o monopólio da produção, notadamente, no sistema de agricultura familiar. A maconha, então, traria melhores condições de vida para o sertanejo. Porque vamos ainda colocar trabalhadores rurais na cadeia ou na vida do crime? Quem ganha com isso? Com certeza, não é o pequeno agricultor. Quem mais se beneficia não é o pequeno agricultor, mas o atravessador e o "patrão", como na agricultura tradicional. CC: Qual é o perfil do trabalhador envolvido neste plantio? PF: O trabalhador envolvido no plantio da cannabis não se diferencia do agricultor tradicional. São agricultores pobres, que não têm muitas condições de uma vida mais digna de consumo e bem estar fora do plantio ilícito. Muitos deles em uma época do ano plantam o produto tradicional como o algodão, o pimentão, o tomate e, em outra parte do ano, se envolvem no plantio de cannabis. Ou seja, utilizam o plantio de cannabis como forma de complementar sua renda. Outros se dedicam mais intensificadamente e estão mais atrelados à rede criminosa. Mas é importante frisar que a grande maioria dos agricultores locais não têm qualquer relação com o plantio de cannabis. CC: O plantio envolve a família toda? PF: Nos anos 1990 era mais comum ver jovens, adolescente e até criança no plantio. Os programas governamentais implementados nas últimas décadas tiveram um impacto positivo de expor menos esse público às condições de trabalho, na maioria das vezes, penosas. Hoje, quando se utiliza força de trabalho infanto-juvenil é mais na hora da colheita, pois ela precisa ser rápida para evitar roubos de outros grupos ou não ser apanhados pela polícia, que prefere agir na repressão no momento da colheita para aumentar o prejuízo. Muitos jovens, filhos e netos de agricultores atingidos pelas barragens do Rio São Francisco tiveram sua primeira experiência agrícola no plantio de cannabis. CC: É um plantio organizado em grandes propriedades ou em agricultura familiar? PF: Não há latifúndio ou plantios em áreas muito extensas porque isso facilitaria bem mais as tarefas de identificação das polícias, principalmente a Polícia Federal, que hoje já faz um trabalho mais eficiente de identificação de plantios por imagem de satélites. Ademais, plantios muito extensos são de mais difícil organização, planejamento e controle. CC: Então, como os trabalhadores se envolvem neste plantio? PF: Os trabalhadores se envolvem, geralmente, de três formas. A primeira é como assalariado. Sendo contratado por um período, para plantar, cuidar e colher. Pode ser, também, no sistema de meeiro, quando cuida de uma porção de terra e depois divide o produto com quem chamam de "patrão", uma pessoa que geralmente nem conhecem. A terceira forma é como agricultura familiar. Em qualquer um dos três modos, o pequeno agricultor envolvido não tem controle do preço final do produto e se insere de maneira subalterna, em um elo de produção e venda em que há mais atores. O agricultor é o elo mais frágil da cadeia e é quem mais sofre com a repressão porque está na ponta do processo e mais desprotegido. CC: Em quais terras ocorre a produção de maconha? PF: Devido ao fato da legislação brasileira prever terras para desapropriação para fins de reforma agrária em áreas onde forem encontrados plantios ilícitos, as plantações se fazem, geralmente. em terras abandonadas, de propretário desconhecido ou em áreas públicas, inclusive de preservação, como a caatinga. No entanto, com a intensificação das ações de erradicação dos plantios nos últimos anos, volta-se a utlizar plantios em pequenas proriedades, em quantidades de covas reduzidas, para evitar a identificação, e nas ilhas do Rio São Francisco. CC: O plantio acontece o ano todo? PF: Sim, é possível plantar o ano todo, pois não há muita variação e a cannabis é uma planta bem adaptada. O que se busca é variar o período para se evitar as ações de erradicação de plantio. CC: Existe relação entre o uso de agrotóxicos nessas plantações e uma maior frequência das incursões da polícia nesta região? PF: Agrotóxico, no sentido do defensor agrícola para evitar pragas, não. Mas, em relação a uso de produtos para acelerar a produção, sim. Historicamente o plantio de cannabis na região era feito sem a utilização de adubos químicos para evitar o aumento do preço de custo da produção. No entanto, o aumento da eficiência das ações de erradicação das polícias, prevendo ações em períodos de colheitas de quatro meses, levou à utilização de adubos químicos para acelerar o tempo da colheita. Hoje é possível ter ciclos de dois meses.1 point
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Acho que esses dados são furados, se fosse a 10 anos atrás, e mais em cidades do nordeste ate podia ser, mais de uns anos pra cá é raro achar maconha nacional, e quando aparece a qualidade é pessíma. Tenho passado por varios estados nos ultimos anos, e gostaria muito de reencontrar os fumos que rolavam a 10 anos, como manga rosa e cabeça de nego, porém é mais facil remendar pneu de trem andando, alias, ate prensado de qualidade ta cada vez mais dificil de achar em muitas regioes do Brasil, fumo top atualmente só o home made, (feito em casa!!!).1 point
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VIOLAÇÃO DE PRERROGATIVAS Representação policial não pode impedir advogado de atuar em processo 22 de julho de 2015, 8h31 http://www.conjur.com.br/2015-jul-22/representacao-policial-nao-impedir-advogado-atuar Por Jomar Martins Juiz não pode afastar o advogado do processo por conta de representação da polícia, ainda mais se o Ministério Público não vê risco no exercício da profissão. Com este argumento, a desembargadora Rosaura Marques Borba, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, concedeu liminar em Mandado de Segurança impetrado em favor de um advogado. Ele havia sido impedido de advogar para uma família acusada de tráfico por ordem do juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca de Gravataí. O advogado foi acusado de fraude processual, ao providenciar endereço falso para deslocar o processo de execução penal de um dos seus cientes. A acusação, na prática, o tornou suspeito de ligação com o crime de tráfico de drogas, já que advoga para os principais acusados presos numa megaoperação policial. Além de considerar a medida do juiz ‘‘excessiva e desproporcional’’, a desembargadora lembrou, na decisão monocrática, que o advogado possui prerrogativas profissionais. Apesar de a denúncia ser grave, apontou, a suposta fraude deve ser apurada segundo ‘‘as normas de competência’’, não sendo possível a aplicação de pena antecipada por parte do juízo de origem. A relatora do recurso citou trecho do parecer da promotora de Justiça Raquel Marchiori Dias: ‘‘O Ministério Público entende descabida a aplicação da medida, já que não se encontra consentânea com os pressupostos indicados no artigo 282 do Código de Processo Penal. Entretanto, deverá o fato ser comunicado à Ordem dos Advogados do Brasil, encaminhando-se cópia da presente representação policial, a fim de que adote as medidas disciplinares cabíveis’’. Deferida a liminar, a relatora mandou notificar o juiz da vara, para que preste informações em 10 dias. Após, o Mandado de Segurança estará apto para o julgamento de mérito na 2ª Câmara Criminal do TJ-RS. A decisão monocrática foi lavrada na sessão do dia 15 de julho. O caso Em 25 de junho, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou a operação clivium, que cumpriu 107 mandados de prisão temporária e 86 mandados de busca e apreensão nos municípios de Gravataí, Cachoeirinha, Sapucaia do Sul e Porto Alegre. No final, a investigação comandada pela 1ª Delegacia Regional Metropolitana, de Gravataí, com o apoio de 619 agente, culminou com 60 prisões, além da apreensão de drogas, armas, munição e veículos. Conforme a inicial do Mandado de Segurança, o principal alvo desta operação era atingir uma família de Gravataí, tida como núcleo da liderança da organização criminosa voltada para a prática de diversos delitos, especialmente o tráfico de drogas. O líder do grupo já havia sido preso há mais de dois meses. No curso de todo este imbróglio, segundo a defesa, o advogado foi pego nas escutas da Polícia Civil em conversas com o cunhado de do líder do grupo, condenado e já cumprindo pena. Advogado da família há mais de oito anos, para as mais diversas causas jurídicas, ele tratava da transferência do seu Processo de Execução Penal de Gravataí para Porto Alegre, informando endereço fictício. Por essa razão, a autoridade policial pediu a suspensão do exercício da advocacia. A aplicação da medida cautelar é prevista no artigo 319, inciso VI, do Código de Processo Penal (CPP). O juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca de Gravataí, aceitando a representação, decretou o “impedimento” do advogado nos casos em que os investigados na operação clivium figurem como parte. Constrangimento ilegal A defesa do profissional alegou que a sanção não encontra amparo legal, uma vez que as causas de impedimento de advogado vêm expressas no artigo 30 do Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/94). Logo, somente a OAB detém competência para tanto. Assim, a medida constituiu-se em flagrante constrangimento ilegal, ‘‘decorrente de intolerável criminalização da advocacia, que violou direito líquido e certo’’. Segundo o pedido, o impedimento também feriu o devido processo legal. É que a medida cautelar, além de não prevista em lei, não diz respeito ao objeto da investigação policial, não havendo qualquer conexão ou continência apta a justificá-la. Porque, afinal, não é possível acautelar um processo dentro de outro. ‘‘E afora o fato de que o apenado daquele Processo de Execução Criminal também seja investigado na Operação Clivium, não há qualquer outro fato que vincule aquele imputado ao impetrante à referida operação – a não ser o fato de a interceptação telefônica ter se dado nestes autos, o que não torna tal crime conexo aos demais investigados’’, arrematou a peça de defesa. Clique aqui para ler a inicial do Mandado de Segurança. Clique aqui para ler a decisão liminar.1 point
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desenvolva suas críticas pra não parecer algum grower que ficou em último em todas as categorias1 point
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https://www.youtube.com/watch?v=e-RpydD0vFk Publicado em 15 de jul de 2015 Sala de Convidados - Maconha: Usos, Políticas, Saúde e Direitos: esta edição do Sala de Convidados debate o tema "Maconha: usos, políticas, saúde e direitos". O programa ampliou para os telespectadores as discussões que aconteceram no seminário internacional "Maconha: usos, políticas e interfaces com a saúde e direitos", realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Escola de Magistratura do Rio de Janeiro (Emerj), entre os dias 1 e 3 de julho, com o objetivo de promover um amplo debate sobre o tema. Os convidados desta edição são o vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, Valcler Rangel; a ex-coordenadora de Saúde Mental do município do Rio de Janeiro e professora pesquisadora do Grupo de Trabalho do Laboratório de Educação Profissional em Atenção à Saúde pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), Pilar Belmonte; e a pesquisadora do Instituto Igarapé e mestre em Relações Internacionais, Ana Paula Pellegrino. Programa Exibido em 14 de julho de 2015. Apresentadora: Renato Farias O Sala de Convidados é um programa idealizado para a participação do espectador. Perguntas e comentários podem ser enviados a qualquer momento durante o programa ao vivo, que vai ao ar às terças-feiras, às 11h, no Canal Saúde. Não deixe de se inscrever aqui em nosso canal no YouTube. Curta o vídeo e ajude o Canal Saúde a divulgá-lo compartilhando com os amigos. E não se esqueça de: Conhecer nosso site: http://www.canalsaude.fiocruz.br Curtir nossas páginas no Facebook: http://www.facebook.com/canalsaudeofi... E nos seguir no Twitter: http://twitter.com/canalsaude Para sugestões, dicas, críticas ou para enviar perguntas para o Sala de Convidados, envie e-mail para: canal@fiocruz.br ou entre em contato gratuitamente pelo telefone: 0800-701-81221 point
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No Uruguay não é proibido consumir, CONSUMIR, Maconha já há 40 anos!!! Faz 20 anos que frequento a zona de fronteira com o RS e sempre vi a rapaziada fumando, a polícia passando, tudo em paz... O que era proibido e ainda é, é o tráfico, o comércio ilegal, contrabando, essas coisas... Mas pode fumar de boa lá sim, já faz tempo...1 point
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Galera, eu tenho feito o óleo já tem algum tempo e os resultados com alcool isopropílico são ótimos, compro em farmácia de manipulação a R$ 36,00/l. Panela elétrica, essas de arroz, é o que há. Uso mais ou menos 20ml/g de cannabis em duas lavagens. Dichavo bem, coloco em um pote plastico com alcool (metade do alcool, no caso), misturo bem por uns 5 - 10 minutos, passo pelo filtro de café, coloco novamente a erva no pote e faço a segunda lavagem, misturando por outros 5 - 10 minutos, novamente no filtro de café. Isso vai te dar um alcool com cor verde forte. Esse alcool vai pra panela elétrica e ferve até evaporar quase por completo. Quando estiver no finalzinho, adicione um pouco de água (uma colher de sopa) e continue fervendo. Pra finalizar tem que descarboxilar ele (pra deixar mais biodisponível - ou seja, mais fácil pro corpo absorver). Eu coloco num pote de conserva de vidro e coloco na cafeteira ligada por uns 45 minutos a uma hora (foi o tempo ideal que vi em vários artigos científicos), depois recolho o óleo com seringa e guardo na geladeira (se for fazer um monte, guarde no congelador as seringas que levarem mais tempo pra serem usadas). Agora as dicas master de quem já se fodeu: Mais é mais nesse caso. O óleo é extremamente grudento e difícil de manusear, você acaba perdendo um pouco pois ele gruda no recipiente de uma forma absurda, e nos talheres / instrumentos que vc usar pra manusear. O ideal é você fazer bastante óleo, cada 15g de fumo faz 1g de óleo mais ou menos, mas isso depende muito do fumo que vc tem à disposição (já fiz com fumo TOP colhido e com prensado e dá bastante diferença). Então aconselho a fazer sempre com boas quantidades de fumo, pelo menos umas 100g, pois você minimiza a perda (se vc fizer 3g de óleo e perder 1, vc perdeu 30%, se vc fizer 30g de óleo e perder 1, vc perdeu 3%, a perda é a mesma normalmente pra qualquer quantidade, é o tanto que gruda no fundo e não sai mesmo) O óleo quente é mais fácil manusear. Então não tente coletar ele frio, vc não vai conseguir direito e vai perder muito óleo. Se já estiver na seringa, deixe ela tapada (algumas seringas vem com uma tampinha, isso é fundamental pois enquanto o óleo aquece ele expande e se estiver sem tampa e vai sair pela seringa e vai cair na água, e o óleo é precioso demais pra ser desperdiçado) e coloque em um copo de água quente por alguns minutos que ele vai sair fácil. Se estiver em um vidro ou algo do gênero vc pode aquecer em banho maria ou no fogo mesmo, mas tome cuidado pra não aquecer demais. O importante é que ele quente tem uma viscosidade melhor, fica mais liquido e fácil de manusear / misturar. Se você for ingerir ele oralmente, saibam que o método mais eficiente de absorção é sub-lingual, isso já está amplamente documentado em artigos científicos, porém o gosto não é agradável, tende a ser picante um pouco e gruda muito nos dentes ou contenção. Leva tempo até aprender a aplicar sublingual sem incomodar muito o paciente (apanhei e MUITO até aprender a dar). Porém eu obtive o melhor resultado misturando ele em mel de abelha. Aqueça o mel levemente e o óleo também (seringa na água quente), misture os dois em uma colher de sopa (proporção de 3g mel / 1g óleo, mas isso depende do gosto do paciente, pode ter mais mel, mas só tome cuidado com o tamanho da dose, a quantidade de óleo deve ser controlada) e dê pro paciente ingerir. Importante os dois estarem aquecidos pra facilitar a mistura e o óleo não grudar na colher. No caso, pra minha mãe depois de um certo tempo foi a única maneira de administrar o óleo e deu bastante certo pra disfarçar o gosto ruim. Também pode ser aplicado na pele, ingerido junto com alimentos, diluído em alcool e administrado como homeopatia, mas depende muito de cada doença, cada uma tem um método ideal de administração, importante pesquisar isso antes. O óleo é extremamente potente, ele é concentrado e CHAPA ANIMAL!!!!!!!! Se o paciente não for habituado a usar cannabis o ideal é ir progressivamente aumentando a dose e administrando ela mais próximo do horário de dormir (caso a chapaceira passe do ponto, a pessoa dorme e no outro dia tá zero bala). Eu comecei com metade de um grão de arroz, dobrando a cada 4 - 5 dias até chegar em 1g/dia (1g é aproximadamente 1ml). Pra não dar 1g de uma vez (cara, CHAPA MESMO!!!) eu divido em doses menores, sempre um pouco antes dos horários de soneca / sono noturno, pra diminuir o efeito colateral da chapaceira, alguns pacientes (principalmente quem nunca usou ou mais idosos) não gostam muito do borrão mental que nós amamos hahahaha E o mais importante: o local onde você vai fazer o óleo deve ser MUITO ventilado. O alcool evapora muito rápido, tem um cheiro forte (pode dar dor de cabeça) e é extremamente inflamável. POR FAVOR NÃO FAÇAM O ÓLEO PRÓXIMO DE CHAMAS ACESAS, EM LOCAIS FECHADOS E NÃO FUME UM DURANTE O PROCESSO!!!!!!!!!´Isso é serio, pode causar graves acidentes. Se você não tem panela elétrica, faça em banho maria, trocando a água sempre que esfriar, mas de maneira alguma use chama pra aquecer a mistura, sério mesmo!!!!! Se você for dar pra um paciente criança ou que esteja tomando medicamentos que interferem na atividade cerebral (antidepressivos, calmantes, indutores de sono) o médico deve ser avisado!!!!!!!!! Por mais que muitos médicos não sejam a favor do uso, eles não vão te proibir de dar e a informação de que o paciente está com o sistema endocanabinoide sendo solicitado pelo óleo pode ser fundamental na administração de medicamentos! As vezes você pode se surpreender com teu medico e ele pode se tornar um aliado importante. Não negligencie isso, a cannabis é um medicamento potente e seu uso PODE SIM trazer riscos dependendo da condição geral do paciente! Bom pessoal, o texto já está imenso mas isso é o que eu posso disponibilizar com base na minha experiencia. Se tiverem dúvidas pode perguntar! Se eu puder ajudar outra família a reduzir o sofrimento que uma doença grave traz todo o nosso esforço de pesquisa já terá valido a pena! grande abraço e parabens pros moderadores pelo trabalho no GR, vocês são a linha de frente máxima contra essa guerra imbecil! Respect!!!!1 point
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Então Zoinho... Quem tem interesse em ter CBN no óleo, tendo em vista que nem todo mundo tem uma genética rica em CBD, e o CBN tem propriedades medicinais semelhantes a do CBD, que é indicada pra quem tem convulsões ou insônia por exemplo. A cura pobre nesse caso é visando essa rápida degradação dos cannabinóides, como geralmente a galera tem planta rica em THC, essa cura irá resultar em CBN, e isso ocorre com a erva pegando a claridade do sol e ar. A cura comum guardando a ganja no pote fechado e em local escuro como fazemos, faz com que essa degradação seja mais lenta, e geralmente quem está doente tem pressa né... Vídeo sobre o CBN...1 point
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Pelo que andei lendo ao aquecer o CBGA descarboxila e converte em CBG, e como os cannabinóides tem propriedades sedativas inclusive o CBG, se nota alguma interação/alteração psicoativa.1 point
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Vai sim, Mais o ideal é isso msm... só ficar o óleo da maconha1 point
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Cervantes é Cervantes né [media=] 250 ml de Peróxido de Hidrogênio (Água Oxigenada 3%) 19 litros de água (5 Gallons) Lave os buds mofados nessa mistura.1 point
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Olá Sumi por um tempo por vários motivos e um deles foi a minha vinda para a Europa (um pais perto da Alemanha, sem ser a Holanda, rs). Antes de vir, fiz uma pequena despedida da Cannabis, pq sabia que ficaria um bom tempo sem fumar um cigarro, daqueles, e também sabia que não iria mais comprar maconha, somente consumiria Cannabis em um futuro a médio prazo. Hoje em dia eu fico muito louco com música, filmes, natureza... mas ainda sou um amante da Cannabis, eh claro. E a paixão forte começou aqui no Growroom, a MUITOS anos atras, por volta de 2002. Então posto abaixo algumas fotos de minha despedida. Eu sei que essas fotos jamais irão estar à altura das fotos postadas aqui normalmente, de home grows e afins. Mas foi um dia bem divertido - pelo menos a parte que eu me lembro - e por isso gostaria muito de compartilhar esse dia com o pessoal aqui. Seguem as fotos: Um vídeo que vale a pena assistir... se for com essas companias então... A seda e aquele restinho eu guardei pra quando chegasse em casa, o ultimo ultimate fine, pra dormir e sonhar com minhas Purple Blueberry... ai, ai.... Sem o isqueiro não posso acender, sem o Moura Brasil não posso ser discreto, sem meu pilo os becks ficam mal feitos... e sem a Maria, a festa não estaria completa... Ah, vc não achou que eu ia ter o trabalho de bolar seis becks sem inspiração né? Repare em minha caixinha que tinha duas sedas... como sabia que iria embora, abusei !!! Se me lembro direto... Eh isso! Deixei de consumir o tal prensado por motivos sociais, econômicos, espirituais e também por estar envolvido profissionalmente na segurança pública. Aquilo que se vende nos morros não é a Cannabis sagrada e hoje só tenho interesse por aquilo que é verdadeiramente celestial. Grande abraço para a familia Growroom!1 point