Pô cara, pare de subestimar a inteligência das pessoas. Você não está debatendo com um proíba, cara. Eu quero o mesmo que você, só que temos que admitir que não é simples. Há uma diferença enorme entre vivermos no "libera geral" que estamos vivendo e uma regulamentação séria sobre todas as drogas. Não é com esse discurso que vamos conquistar mais direitos. Pra começar, como você mesmo disse, há um puta preconceito sobre drogas. Aliás, o Brasil tem preconceito em tudo. O país não consegue nem regulamentar o direito dos gays de casamento civil. E veja, estamos falando de algo trivial, de casamento de pessoas do mesmo sexo. As vezes eu me pergunto o que os caras ganham negando o direito tão simples de se casar. E mesmo assim, tem imbecil no congresso querendo regulamentar que família é homem e mulher. E quando entramos nesse assunto de drogas, onde a população é mal informada e vem um Fux da vida argumentando que "a sociedade brasileira não quer". Olha os ativistas de longa data, estão já a quase duas décadas nessa luta e a legislação avançou poucos centímetros devido ao preconceito, devido a falta de humildade dos conservadores. É uma luta difícil. Se é uma barreira enorme apenas a maconha, quem dirá a regulação de todas as drogas. Como exemplo anterior, segue aí uma entrevista séria, honesta do Sidarta. Temos que reconhecer os riscos da legalização. Temos que definir limites. Eu concordo por exemplo que menor de 18 anos não deve consumir cannabis, mas apenas como recomendação e comercialização (proibida a venda para menores). Existe a possibilidade de um risco que ainda não foi estudado o suficiente para sabermos até onde vai o risco. Discurso de "libera geral" não existe e nunca vai existir juridicamente falando. As leis nunca serão tão permissivas assim.