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Showing content with the highest reputation on 06/14/16 in all areas

  1. Botar os aspectos econômicos na frente como argumento para legalizar é um erro grosseiro. Isso pode funcionar muito em locais com desenvolvimento social adequado, mas falar isso aqui no Brasil é desconsiderar a realidade social e todo o histórico de resistência à proibição. Falar apenas dos impactos econômicos é dar margem para criar uma bolha, como já vimos em outras oportunidades como a bolha imobiliária, ou a bolha da internet. O novo projeto de lei que estamos escrevendo é baseado nos impactos sociais da regulação da cannabis. O dinheiro vai girar, mas o que vem na frente são as pessoas e as plantas.
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  2. Será declarado a inconstitucionalidade do seguinte artigo: Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: I - advertência sobre os efeitos das drogas; II - prestação de serviços à comunidade; III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. Portanto, na teoria poderíamos, plantar, guardar, transportar ou fazer o que quiser sem ser incomodado. Agora, obviamente que o legislativo com a bancada evangélica, da bala e outros conservadores farão de tudo pra restringir os direitos do usuário, aí será outra etapa da luta. Pessoal, acho que a hora é agora, deveríamos mandar e-mails, fazer petições onlines, marchas por todo o Brasil, pressionar para o STF colocar em pauta logo!!
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  3. O Dr. Delegado não vai poder registrar seu B.O., pois não haverá mais crime. O PM pode fazer isso 1, 2, 3, vezes, mas vai chegar uma hora que vai passar a cagar. Vai levar a pessoa pra Delegacia e não vai ter nem um papel pra assinar. Isso se a decisão não prever nenhum tipo de determinação administrativa. Se não me engano o Gilmar tinha pedido no voto dele que algum órgão, acho que o Conad, enviasse anualmente estatística do número de usuários. Pra ver se a descriminalização aumentou o número de usuários. Muuuuuuuita água pra passar embaixo dessa ponte. Mas estamos na direção certa.
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  4. Eles não liberam justamente porque lucram com a proibição... Bandidos de colarinho branco! Eles sim são os verdadeiros traficantes, o rapaz do morro é só um fantoche... Enquanto isso, vivemos no meio desse fogo cruzado, fugindo do bandido e da polícia.
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  5. Olá @Colmeia, eu iria de Arizer Air ou Solo
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  6. Fala galera. Documentário interessantíssimo sobre a luta de mães para adquirir o CBD e salvar a vida de seus filhos(as). Documentário é forte e muito triste.
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  7. Concordo que a discussão de política é importante considerando que todos estamos lutando por uma mudança nas leis, no entando a conversa sai completamente do foco. Já estão falando em privatizações, pré-sal, xingamentos a partidos... Realmente, tudo muito importante e pertinente a legalização da maconha...
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  8. Segundo uma notícia que li hoje, o ministro Teori ainda este ano deve liberar para o plenário do STF o prosseguimento do julgamento da descriminalização, q só não liberou antes porque estava atolado com a Lava Jato. Ficar atento para mandar aquela energia e assinaturas para os excelentíssimos juízes do STF.
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  9. Comércio formal de maconha poderia movimentar R$ 5,7 bilhões Consultoria da Câmara dos Deputados avalia impacto econômico da legalização da cannabis 09/06/2016 6:00 http://oglobo.globo.com/sociedade/comercio-formal-de-maconha-poderia-movimentar-57-bilhoes-19468621#ixzz4B55onF6f BRASÍLIA E RIO — A legalização da maconha no Brasil movimentaria, ao ano, R$ 5,7 bilhões, com perspectiva de gerar uma arrecadação tributária de R$ 5 bilhões, segundo estudo elaborado por profissionais da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados. Com base em experiências internacionais e dados nacionais, a pesquisa estimou um público consumidor recreativo de cannabis de 2,7 milhões de pessoas no país. A projeção de receita considerou um mercado regulado, aos moldes do que fez o Uruguai, com limite máximo de compra de 40 gramas ao mês por usuário. No cenário traçado, os impostos cobrados do setor seriam os mesmos hoje aplicados à indústria do tabaco. Com o título “Impacto Econômico da Legalização da Cannabis no Brasil”, o estudo estimou ainda que, além da arrecadação aos cofres públicos, haveria uma redução de R$ 997,3 milhões dos gastos anuais com o sistema prisional, depois que traficantes relacionados à maconha deixassem de ser encarcerados. Na segurança pública, no sistema judiciário e na rede de saúde, os consultores não encontraram evidências de que a medida diminuiria ou aumentaria despesas. Um dos autores do estudo, o consultor Pedro Garrido da Costa explica que as projeções foram traçadas com base em informações nem sempre completas: — Há muitas lacunas em termos de estatísticas, mas reunimos a literatura e os números disponíveis para avaliar a medida do ponto de vista econômico. O estudo serve à Casa, mas também aos formuladores de políticas públicas, estudiosos do tema, ao público em geral — afirma Garrido. A pesquisa considerou o preço de US$ 1,20 por grama de maconha, com base nos dados do Uruguai. Dessa forma, cada usuário frequente poderia gastar, segundo a cotação do dólar à época do estudo, de cerca de R$ 3,60, o total de R$ 2.073,60 por ano. Daí vem a receita movimentada apenas com a venda do produto e a estimativa de arrecadação da ordem de R$ 5 bilhões. Num segundo cenário traçado pela pesquisa, com base no que ocorreu no Colorado (EUA), haveria um incremento de consumidores pós-liberação, que chegariam a 3,2 milhões de pessoas, responsáveis por gerar uma receita ao Estado estimada em R$ 5,9 bilhões. Para calcular a arrecadação, foram considerados cinco tributos federais e um estadual, cuja alíquota usada no levantamento foi a de São Paulo. As conclusões do estudo dividiram a opinião dos parlamentares. Para o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), os dados de arrecadação trazidos pela pesquisa não devem justificar uma legalização da maconha. Ele considerou “equivocada” a afirmativa de que a liberação não trará impactos na área da saúde e apontou como indiscutíveis os danos causados pela maconha no cérebro: — Não temos essa conta porque os danos são invisíveis e nem sempre tratados. O que precisamos é intensificar as campanhas de conscientização. Não adianta aumentar arrecadação às custas da saúde das pessoas. fim da clandestinidade Já o deputado Paulo Texeira (PT-SP) acredita que a legalização da maconha dentro de um mercado regulado, como no Uruguai, é uma boa saída para diminuição da violência associada à clandestinidade da venda de maconha. — Esse estudo demonstra que temos que regular e usar o dinheiro para a segurança pública e sistema prisional. Para especialistas da área, como Maria Lucia Karam, membro da Leap (aplicação da lei contra a proibição, na sigla em inglês), organização que defende o fim da guerra às drogas, o dinheiro arrecadado poderia ser utilizado, por exemplo, para investir em educação. Maria Lucia defende também que todas as drogas sejam legalizadas e não só a maconha. — O impacto positivo não é apenas com a legalização da maconha, mas de todas as drogas. Primeiro, geraria impostos para o estado e depois economizaria nos enormes gastos que são feitos hoje nessa guerra às drogas. No Brasil, 28% estão presos por tráfico de drogas, quase um terço. São despesas enormes no sistema carcerário — argumenta Maria Lucia. — Há estados americanos que utilizam grande parte da renda gerada com a maconha legal para investir na educação e na saúde. Seria fundamental estabelecer que esses impostos de produção e venda de drogas legalizadas fossem investidos nesses campos. Ela destaca que essa legalização, no entanto, deve seguir os moldes das demais drogas permitidas no país: — Só para adultos, da mesma forma que as drogas já lícitas são reguladas. Assim como é com o álcool e o cigarro. Para o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Antônio Geraldo da Silva, os ganhos obtidos a partir de impostos sobre a maconha não justificam a legalização da droga: — Trata-se do mesmo marketing aplicado com o cigarro, e hoje está provado que o gasto com o tratamento de doenças ligadas ao tabaco é de três a cinco vezes maior do que o arrecadado pelo Estado com a venda deste produto — destaca. — Não podemos levar em conta apenas o ganho direto e ignorar os danos à saúde. A maconha provoca enfermidades psiquiátricas irreversíveis, além de ser uma porta de entrada para outras drogas, como o crack.
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  10. Isso sem contar a nova industria de produtos e serviços relacionados a Erva, que tenho certeza que prosperariam em poucos anos.
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  11. Exatamente. As vezes minha filhinha com gripe ou outra doença mais 'simples' e já fico muito bolado. Imagina ter certos tipos de problemas, como essas crianças do filme? Triste em saber que o estado prega 'saúde' em sua constituição mas não o faz. Depois que tive filha me tornei muito mais sensivel. Queria ter culhão pra sair desse país. São tantas idéias, olha essas mães desesperadas, será que nenhum político (de preferência senadores e deputados) se mobiliza com esse sofrimento e não libera de uma vez? Essa música de 20 anos atras, serve pra hoje: "O país tá uma merda e a culpa é de quem? A culpa é de quem, eles roubam no planalto e não pensam em ninguém Manipulam as leis e vem com papo furado Tudo que incomoda a eles, eles dizem está errado então quem é o marginal? Crianças morrem por sua culpa e eu que vivo ilegal Tenho que me esconder por uma coisa natural enquanto eles metem a mão na maior cara de pau Não vou ficar calado porque está tudo errado Políticos cruzam os braços e o país está uma merda Trabalho pra caralho e fumo minha erva e aí eu pergunto, A culpa é de quem?"
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  12. Nil, muito show! Todos deveriam ver. Pra nós que defendemos a causa e temos filhos é algo realmente muito triste.
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  13. É interessante ouvir os votos. Da pra ver que é algo muito elaborado e que, querendo ou não, os caras já estão legislando para o passo seguinte depois da descriminalização. Ainda mais porque se a gente for esperar o legislativo fazer alguma coisa a gente está fodido. O foda é que o STF tem que ficar julgando bandidos que tem foro privilegiado e não tem tempo pra julgar o que é importante.
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  14. https://video.fgig1-3.fna.fbcdn.net/v/t43.1792-2/12921738_946249385470537_1968488859_n.mp4?efg=eyJybHIiOjE1MDAsInJsYSI6MTYzNiwidmVuY29kZV90YWciOiJzdmVfaGQifQ%3D%3D&rl=1500&vabr=440&oh=334eee28a69d5f8cdcac7374dc4c2f60&oe=57606F01
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  15. Finalmente a faca cantou aqui!!! Melhor colheita de todo os tempos. GrowRoom somos todos nós!!! Valeu!
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  16. Venom, como disse, acho absolutamente normal buscar referências nas decisões de outras cortes, o que de fato interpretei foi algo do tipo '' na Argentina fizeram assim, entao aqui também vai ser'', ou algo do tipo, sacou? Até por que os modelos de descriminalização e regulamentação para lidar especificamente com a Cannabis são diversos. Penso que seja necessário buscar o máximo de informações históricas, sociais e jurídicas dos outros países, mas sempre aplicar conforme o cenário que se encontra, no nosso caso, o Brasil. Não necessariamente o modelo uruguaio, português, espanhol, holandês ou norte americano deve ser replicado, mas estudado e adequado pras terras tupiniquins. Agradeço a sua exposição. Salve Vqtqv! Com o exemplo do jurista citado (e sua participação/influência na área aqui no Brasil) já me esclareceu bastante o seu comentário anterior. Como a seara jurídica está longe de ser minha especialidade, agradeço a paciência hehehe. Salvo melhor juízo, creio que a troca de experiência entre as cortes seja muito válida, até por que de certa formas os males do tráfico são conhecidos e vivenciados em todos os países nos quais a proibição/guerra as drogas tem vigorado. Claro que países com território igual ao Brasil (muita fronteira, por terra e mar), população de 200 milhões (e subindo) tem-se um cenário que pode ser ainda mais perverso, caso não ocorra a regulamentação, do que países como a Argentina, ou Uruguai, onde se pode controlar mais facilmente. Abraço, valeu pelo toque!
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  17. A falácia das drogas como o bode expiatório das mazelas do mundo GERIVALDO ALVES NEIVA·MONDAY, 13 JUNE 2016 A leitura do livro de Carl Hart – Um preço muito alto, a jornada de um neurocientista que desafia nossa visão sobre as drogas –[1] é de fundamental importância para compreensão do problema das drogas tornadas ilícitas e da violência causada pela política de guerra às drogas. ... um “mundo sem drogas” é apenas um mote inatingível para manter a atual política. Um pequeno exemplo sobre a importância da educação parental nos incomoda e convida à reflexão: “Vários outros estudos confirmam essas constatações no que diz respeito ao impacto da educação parental, ao estilo de comunicação com os filhos e ao vocabulário no aprendizado precoce da linguagem e na preparação para a escola. Fatores menos óbvios, como a exposição das crianças a um vocabulário amplo ou restrito e a diferentes intensidades de estímulo ou desestímulo linguístico podem influenciar muito mais seu futuro que velhos e conhecidos bodes expiatórios, como as drogas” (Pg. 41). Além desse aspecto “menos óbvio” relacionado à educação, escola e vocabulário, tantos outros fatores, partindo de nossa experiência com adolescentes dependentes ou usuários de drogas consideradas ilícitas, passamos a perceber como determinantes na vida desses usuários, mas o “bode expiatório” das drogas continuando povoando o imaginário das pessoas como a causa de todos os males sociais. Pais e mães se esquecem, comumente, da relação com os filhos, de beijos e abraços, da conversa franca, do domingo de futebol no estádio, do passeio de bicicleta, de montar quebra-cabeça e de tantas coisas simples, mas com forte simbolismo para a formação de um adolescente. Daí, inicialmente, entregam os filhos à televisão e outras tecnologias; depois, entregam à escola e, por fim, à rua e à polícia. Como resultado, tempos depois, já na adolescência, lamenta-se e culpa-se o destino pelo fato do filho ter se tornado um usuário problemático. Além disso, a ignorância causada pelo tabu e preconceito em relação ao problema das drogas apenas agrava a situação. De início, o esforço hipócrita de esconder de si mesmo o fato do filho ser usuário; em seguida, a repressão pura e simples, o castigo como forma de remendar erros do passado e, por fim, como nada disso resolve o problema, o desespero e o maior de todos os erros de buscar soluções estapafúrdias como a internação compulsória ou o chamamento da polícia. Certa vez, ao ser procurado por um pai em desespero ao saber que o filho estaria usando maconha, depois de muita conversa sobre a importância de encarar o problema e conversar francamente com o filho, cheguei ao “absurdo” de lhe propor a permissão para que o filho pudesse usar em casa para evitar o contato com as “bocas de fumo” e a probabilidade de ser preso ou se envolver em problemas de maior gravidade. Depois de me olhar incrédulo, meu interlocutor refletiu por alguns instantes e, meio a contragosto, terminou concordando que usar em casa seria menos perigoso do que na rua. Esse rapaz, pelo que sei, continua usando e agora está trabalhando e vai ser pai em breve. Outra informação no livro do Carl Hart que nos desconcerta e comprova a ineficácia das medidas privativas de liberdade para adolescentes infratores, nos moldes que conhecemos no Brasil, e sua a relação com a reincidência: “Os pesquisadores constataram que, independentemente da gravidade do delito inicial, os adolescentes encarcerados tinham três vezes mais probabilidade de voltar a ser encarcerados quando adultos, em comparação com os que não haviam sido encarcerados por delitos semelhantes. O fato de terem sido trancafiados não os deteve, pelo contrário, forçou-os a conviver com criminosos e possivelmente ensinou-lhes mais sobre outras maneiras de cometer diferentes tipos de crime, preparando-os para voltar à carceragem” (Pgs. 134 e 135). Agora, além de todos os problemas de antes e que lhe levaram à punição, é um ex-interno, ou seja, sua vida será sempre um inferno. Este dado nos revela, assustadoramente, que a punição de adolescentes através da privação da liberdade, ao contrário do que possa parecer, não serve como lição para um futuro sem prática de crimes, mas aprendizado para outros crimes. Assim, ao contrário do velho senso comum de que a punição evita crimes futuros e que a impunidade evitaria a reincidência, é preciso compreender que o modelo punitivo/prisional termina causando mais problemas do que soluções. Na verdade, nenhum jovem adulto deixa de praticar algum delito por ter se recordado da experiência da privação da liberdade. Não existe uma lógica do tipo: “Não vou abordar essa pessoa e lhe tomar o celular, pois posso ser preso por isso e já sei como é terrível permanecer em privação da liberdade”. As causas da criminalidade, portanto, passam longe disso e estão muito mais relacionadas às condições sociais de cada adolescente. Neste sentido, o que esperar de um jovem que cumpre uma medida de internação e, agora livre, retorna sem lenço e sem documento para a mesma vida que levava antes? Agora, além de todos os problemas de antes e que lhe levaram à punição, é um ex-interno, ou seja, sua vida será sempre um inferno. O pavor do crack e a ideia de que seria uma forte epidemia e levaria à formação de uma legião de “nóias” e zumbis pelas ruas, uma verdadeira horda de delinquentes e malfeitores, parece não se concretizar com tanta força prevista. Evidente que o crack, assim como qualquer droga, seja lícita ou ilícita, pode causar problemas à saúde do usuário, mas a epidemia sem controle e a violência apocalíptica não aconteceu por causa do crack. Não se tem pesquisas atualizadas sobre o uso de crack no Brasil, mas a última pesquisa da Fiocruz (2013) apontou que menos de 1% da população faz uso do crack. Muito abaixo do imaginado e muito inferior aos usuários de cocaína em pó e maconha.[2] O que se quer dizer com isso é que o problema não se resume ao surgimento de novas drogas no mercado, pois ainda vão surgir várias, mas às condições de vida de uma população vulnerável às essas novas drogas. Nesse sentido, conclui Carl Hart: “Não foi ele (o crack) que criou o mundo de traficantes, prostitutas e viciados celebrado por rappers, nem a economia subterrânea que eu sempre conhecera. Tratava-se a penas de uma inovação de marketing que vinha adicionar um novo produto ao mundo das drogas. A farmacologia da droga não gerava excesso de violência. Entretanto, sempre que uma nova fonte de lucro ilícito é introduzida, a violência aumenta, até se definirem e preservarem os territórios de venda, e em seguida decai, uma vez demarcado o território e estabilizado o mercado” (Pgs. 184 e 185). Na verdade, não se compreenderá jamais o problema do crack e outras drogas sem compreender a alma humana e o modelo de sociedade em que se vive. Exatamente isso percebemos quando conversamos com jovens usuários de crack que cometem atos infracionais: não é a composição do crack (que é a cocaína em outro formato) que causa rápida dependência ou a violência, mas a presença do crack apenas potencializou uma realidade pré-existente, ou seja, o crack encontrou vastíssimo campo em um modelo desumano e segregador das cidades dos suntuosos shoppings centers e periferias abandonadas, bem como de um modelo de sociedade terrivelmente desigual em que pouquíssimos detém quase toda a riqueza nacional em detrimento da miséria e abandono de milhões. Na verdade, não se compreenderá jamais o problema do crack e outras drogas sem compreender a alma humana e o modelo de sociedade em que se vive. Por falta dessa compreensão, continuamos aplicando um modelo de política de “guerra às São esses os traficantes? drogas” que prende, marginaliza e mata a juventude pobre e negra desse país, na ilusão de que assim estaremos livrando nossos filhos do terrível demônio que é o uso de drogas. Na verdade, estamos apenas sendo cúmplices da violência, criminalidade, encarceramento e mortes de milhares de jovens desse país, que são muito mais vítimas de um sistema injusto do que causadores dessa violência. São, portanto, muito mais clientes do sistema de assistência social do que clientes do sistema de justiça criminal. Desnudos da hipocrisia, do medo e do preconceito, sem dúvidas, teremos muito mais condições de compreender o problema das drogas e de propor mudanças. Sem qualquer sobra de dúvidas, o primeiro passo é compreender que a atual política de “guerra às drogas” é um verdadeiro fracasso e a humanidade se envergonhará dela e terá remorsos da cumplicidade com uma política que só encarcera e mata pobres, jovens e negros. Em segundo, é preciso entender, sem traumas, que drogas sempre fizeram parte da vida da humanidade e um “mundo sem drogas” é apenas um mote inatingível para manter a atual política. Por fim, precisamos visitar e dialogar com as experiências de descriminalização e de legalização que vivenciam outros países e, sem hipocrisia e preconceitos, construirmos juntos uma nova política de drogas para este país, que passa, necessariamente, pela legalização da produção, distribuição e consumo de drogas. Por fim, drogas são substâncias encontradas em plantas ou fabricadas em laboratórios e elas existem porque os homens existem e, enquanto seres vivos pensantes e condenados à liberdade, sempre irão fazer uso de alguma substância para enfrentar os dissabores da vida, fugir de uma realidade cruel ou, simplesmente, sentir prazer. Nada disso, em conclusão, combina com proibição, repressão, prisão ou morte. * Juiz de Direito (Ba), membro da Associação Juízes para a Democracia (AJD) e Porta-Voz no Brasil da Leap – Law Enforcement Against Prohibition (Agentes da Lei contra a Proibição). [1] A quem se interessar:http://www.livrariacultura.com.br/p/um-preco-muito-alto-42266711 [2] http://portal.fiocruz.br/pt-br/content/maior-pesquisa-sobre-crack-já-feita-no-mundo-mostra-o-perfil-do-consumo-no-brasil
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  18. Não inventaram nada parecido com isso para o Solo ainda? No caso do nosso Solo seria um copinho de vidro q se encaixasse por dentro do tubo de vidro.
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  19. CannaCult, tudo bom ? O fato das Constituições dos países serem diferentes não quer dizer que eles não dialoguem entre si. O exemplo que eu mencionei da Suprema Corte Argentina é de suma importância para a descriminalização das drogas aqui no Brasil. E te dou dois motivos: o primeiro é que o jurista argentino Raúl Zaffaroni é referência para o estudo do direito no Brasil, tanto na modificação de leis, quanto no desenvolvimento da filosofia das ciências jurídicas. O segundo motivo, é que além de Zaffaroni ter ''advogado'' a favor da descriminalização das drogas na Argentina, ele também foi co-autor de livros em português sobre Direito Penal em parceria com grandes estudiosos brasileiros. Acho que no mínimo ''pegaria mal'' a Suprema Corte tomar essa postura conservadora. Não pelo STF ser de fato progressista, mas porque justamente esse diálogo e troca com outras supremas cortes acaba amarrando determinadas posições. Abraços, tamo junto!
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  20. Acho difícil a descriminalização não passar no STF, porque o nosso STF se pauta nas decisões principalmente do STF da Argentina. Além disso, todos os STFs dos países da América do Sul que votaram pela descriminalização, descriminalizaram. Acho bem plausível ele descriminalizar.
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  21. To enrolando demais... Finalmente consegui uma grana, semestre que vem meu cultivo começa! Dessa vez sem enrolar. Agora é estudar bastante pra tudo dar certo!
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  22. Marcha da Maconha de Niterói passando pelo Caminho Niemeyer.
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  23. o clássico... geniais essas letras dos anos 60, bagulho totalmente contracultura, um choque na mente. essa música pegou top 1 no billboard dos anos 60, ao lado dos stones, supremes, monkees... hoje o ''the hot 100'' é justin bieber, rihana e os caralho... o que evoluímos em tecnologia perdemos em cultura, falta LSD nessa geração de hoje.
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  24. E ai?w Neste ultimo feriado tive uma experiencia incrível em relação a vaporizador....fiz uma cavalgada na estrada real e fiquei hospedado numa pousada que o dono era um americano....esse americano é vape e tinha um titan 2 vermelho....mas o cara tinha uma erva que a muito tempo que eu via...ele colocou o titan na roda e eu o prima....foi ai que aprendi que o melhor vaporizador chama-se erva de boa qualidade.....os dois vaporizadores deram um show em matéria de vapor e sabor....ou seja naum é o vaporizador que da sabor ao vapor é a erva....a quantidade e qualidade do vapor esta ligada diretamente com a erva ´ela quem manda....aquele gosto de plastico famoso do titan quase naum aparece pra senti-lo vc tem que degustar o vapor como se fosse um vinho....nesta hora a diferença entre os vaporizadores passa a ser a qualidade do material que eles são feitos...qualidade dos componentes eletrônicos...essas coisa que naum tem nada haver com a qualidade de vapor pq quando a erva é de qualidade os dois dão show...depois disto fiquei até arrependido de ter vendido meu titan 2......cara a erva é tão boa que vc senti o cheiro dela no ar sem puxar o vapor...pena que acabou ...buaaaaa......o haze antes de tudo ele é muito fotogênico olha só ....
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  25. Impressionante como os midiotas são bem midiotizados, pra vc ver que a Veja e a Globo fizeram bem seus trabalhos. Inicia-se uma discussão sobre política, logo eu exponho minha impressão e outro colega também. Daqui a pouco aparece uma enxurrada de coxinha raivosos, encerrando qualquer clima de discussão, eu li e claro nem respondi. Daí o tópico morre, passa uns dias, aparece outro user com comentário sensato falando sobre o que isso pode gerar, sobre vir a uma ditadura, pronto! Logo aparece de novos os midiotas e já chega chamando de petralha e bla bla, que é o caminha mais fácil pra aqueles que não tem capacidade de fazer uma discussão política inteligente. A coisa mais rara no meio desses coxinhas é vc encontrar alguém inteligente e com argumento, que saiba defender por exemplo porque o Brasil deve ter um governo de direita, porque a redução do Estado poderia ser bom num país de 200 milhões de habitantes e grande maioria pobre, porque saúde gratuita e irrestrita como o SUS é um mal a ser combatido etc... A maioria não tem noção, quer saúde e educação e serviços publicos gratuitos, mas não sabem que o que Temer, PSDB e essa galera ai quer é justamente o contrário, reduzir o Estado e entregar tudo na iniciativa privada. Pra mim são todos ignorantes, e com sua ignorancia traem seu próprio país. Por exemplo Presidente Macri anunciou essa semana que os EUA vão abrir duas bases militares na Argentina, uma na triplice fronteira, do ladinho do Brasil. Nao coincidentemente logo depois de um golpe ser dado no Brasil, um pais imperialista vai abrir uma base militar cercando nosso pais. Isso é pra garantir que o Brasil continue sendo sempre um puxadinho americano. Mas cade os coxinhas pra fazer esse questionamento? São todos alienados pela midia e traem seu proprio pais. Outra coisa, o forum é sobre ideias, vc pode falar de musica aqui, depressão, arte e também sobre política, e ainda não perceberam que o assunto politica veio justamente pra falar tambem da cannabis e sua liberação. Enfim, perda de tempo argumentar com essa galera... E não sou petista, não votei na Dilma mas não sou um idiota pra não perceber o que está acontecendo com o Brasil.
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  26. Neguin não percebeu ainda que o Fórum é pra falar de Maconha e não de DROGA !
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