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Showing content with the highest reputation on 08/13/16 in all areas

  1. DEA termina o monopólio de pesquisas sobre Maconha, abrindo caminho para reclassificação e aprovação de uso pelo FDA : http://www.maps.org/news/media/6290-dea-eliminates-monopoly
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  3. O cronizinho que floriu no copo vai render dois finos. huahuahua.
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  4. Salve galera, abri 2 G Pro um falso e um verdadeiro, e digo com mais certeza agora que eles são bem diferentes. O G Pro original é muito melhor, sendo que eu responderia a pergunta que nomeio o tópico dizendo que o autêntico vale a pena, o falso (mesmo mais barato) eu não compraria. Ficam os vídeos para quem quiser comprovar:
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  5. Enquanto aqui se prende por fazer seu ´medicamento da erva, lá fora eles investem em tecnologia avançada para obtenção do mesmo por aqueles que não tem o mínimo conhecimento agrícola. http://theantimedia.org/disruptive-technology-win-drug-war/
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  6. Australianos montam rampa de skate no meio da maior plantação de maconha da Austrália
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  7. Nossa cara, olha as paranoias dos caras. Procurem ajuda para tratar isso.
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  8. Só para balancear!!!! A grosseria gratuita de Carmen Lúcia. Por Paulo Nogueira O que levou a ministra Carmen Lúcia a ser tão deselegante, tão impiedosa e tão maldosa exatamente no dia em que foi eleita para suceder Lewandowski no comando do STF? A única resposta que me ocorre é uma combinação letal de ódio no coração com ignorância presunçosa. Dizer que quer ser tratada como “presidente”, tudo bem. Mas afirmar que quer isso por ser “amante da língua portuguesa” é ao mesmo tempo uma crueldade com Dilma e um disparate linguístico. Presidenta é uma forma absolutamente correta. Ao contrário de Carmen Lúcia, o português é uma língua generosa: em várias situações, admite mais de uma escolha. Dilma optou por presidenta para reforçar o ineditismo de ser a primeira mulher a ocupar o Planalto. A mídia jamais a tratou como ela desejava não por amor ao português castiço ou coisa do gênero. Foi uma decisão meramente política. A Veja tratou Isabelita Peron como presidenta da Argentina nos anos 1970, para ficar num caso. Presidenta figura no Aurélio desde a edição inicial, em 1975. No âmbito da Academia Brasileira de Letras, o imortal Merval Pereira não usa presidenta, mas o imortal Machado de Assis usou em Memórias Póstumas de Brás Cubas. Isabelita era presidenta da Argentina para a Veja Negar a Dilma o título escolhido por ela fez parte do jornalismo de guerra que as grandes companhias de mídia adotaram contra ela desde o primeiro dia de seu primeiro mandato. Dilma teve 54 milhões de votos. Carmen Lúcia teve um: o de Lula, que a levou ao STF em mais uma de suas escolhas desastradas. Mesmo assim, Carmen Lúcia se acha no direito de sapatear em cima de Dilma. E exatamente quando Dilma enfrenta um drama épico, seu afastamento por um crime que não cometeu. As mulheres de hoje têm uma palavra para expressar a fraternidade feminina: sororidade. O que Carmen Lúcia fez é o exato oposto de sororidade. Se não bastasse tudo, o comentário infeliz vem num momento em que uma parcela expressiva dos brasileiros nutrem total desconfiança em relação à lisura da Justiça e, especificamente, do STF. A mesquinharia gratuita de Carmen Lúcia apenas vai reforçar essa desconfiança. Numa tirada antológica, Sêneca escreveu que ao se lembrar de certas coisas que dissera invejava os mudos. A nova presidente — chamemo-la como quer — do STF poderia refletir sobre a frase de Sêneca. http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-grosseria-gratuita-de-carmen-lucia-por-paulo-nogueira/
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  9. A Carmen Lucia foi a relatora do processo que tirou a hediondes do tráfico privilegiado. E o voto dela pelo que parece foi bem pautado na realidade injusta do Brasil. Em caso de empate, o voto decisivo é dela. Então vamos ver como vai ser. Só sei que será histórico.
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  10. Concordo com vc, e digo mais, acho que teve essa votação com os 3 votos a favor, apenas como um joguinho de poder, entre o STF e o parlamento, só isso. Acreditar que o STF tá preocupado com a gente, acho muita ingenuidade, se estivessem, já teríamos uma resposta, sendo ela favorável ou não. O governo em geral, não estar nem ai pra nós(população) , nosso governo trabalha para interesses privados, é assim ainda.Quando interesses econômicos forem favoráveis a legalização, e estiverem juntos com os interesses do nosso governo, ai vai. O brasileiro não aprendeu nem a votar ainda pow !
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  11. Realmente, esse argumento dele sobre uma possível conversa com um filho foi realmente ridículo. Imagino então que ele não vai poder falar para o filho dele não exagerar nas frituras então a não ser que ele seja a favor da prisão dos vendedores de pastel. Eu fico besta como uma pessoa tão estudada pode ser tão idiota.
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  12. Pegando esse pequeno trecho. É um argumento muito raso. Se no dia da votação ele argumentar isso, pode rasgar o diploma de magistrado desse ser. Você não tem que falar pra ele usar ou não drogas, e sim educá-lo para fazer as escolhas dele. Prefere ter um filho que pegue seu carro, encha o cu de cachaça e mate um inocente, ou um filho maconheiro. Dei um argumento raso também, mas foi a nível desse juizinho ai. Abraços.
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  13. Também achei isso A definição final sobre a extensão da descriminalização, caso aprovada pela maioria, será possível somente após os votos dos 11 ministros. Ou seja, mesmo se já tivermos 6 votos, teremos que esperar todos os votos para sair a conclusão. A ordem dos votos será Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski.
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  14. Também vejo assim @Venom420 , tenho a mesma idade que você, comecei a fumar um com 17 anos, e lá se vão 16 anos fazendo fumaça. Quando eu comecei a fumar, usuário ainda podia ir pra cadeia (sei que muitos ainda vão acusados de tráfico). Conheci e comecei a frequentar o growroom em 2004, praticamente todo mundo que se tinha notícia que caía cultivando era cadeia por tráfico, hoje em dia a maioria já consegue responder no 28. Muitos países legalizando o cultivo pra uso pessoal, inclusive vizinhos nossos de cultura semelhante, não mais na distante Europa. EUA o grande proibicionista, já tem estado até com o uso recreativo legal. Não sei o que vai dar esse julgamento do STF, talvez aqui no Brasil as coisas rolem mais devagar do que eu espero, mas conforme o mundo vai mudando seus conceitos a respeito da maconha, eu acho que a liberação dos nossos cultivos é inevitável. Só nos resta continuar na luta. Keep growing.
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  15. Alô irmão, Embora as perguntas não tenham sido direcionadas a mim, vou entrar na conversa, pois aqui é um forum e imagino que todo nosso conteúdo seja publico e compartilhado por todos.... Bem-vindo ao mundo da vaporização! Sim, o sabor de verdade das suas flores você nunca irá sentir quando usar a combustão. A combustão é uma forma super ineficiente de consumo, onde parte das suas valiosas e cheirosas flores são usadas/desperdiçadas como se fossem uma palha qualquer ou carvão, ou seja, apenas como uma fonte de calor. O ar quente (junto com a fumaça) dessa palha queimada vaporiza sua erva, mas traz com ele o aroma (bem como a sensação inebriante) da fumaça. Eu acredito que no futuro olharão para nós em pleno seculo 21 e ficarão impressionados ("Nossa, em dois mil e pouco as pessoas ainda inalavam fumaça!") ... hehehe Sobre os efeitos, terpenos e o processo de vaporização em si, o ideal é começar sua sessão nas temperaturas mais baixas, mais sabor, efeito acelerante (concentração mais alta de THC em relação ao CBN/CBD) e ir subindo a temperatura para chegar no fim da sessão (e equilibrar sua "onda") aos efeitos mais "chapantes" (concentração mais alta de CBD/CBN em relação ao THC) e o sabor de pipoca queimada, onde geralmente se para de vaporizar. Outra dica legal, vá juntando a borra, o residuo da vaporização, também chamado de ABV ou AVB. Quando tiver uma quantidade legal, dá pra fazer um concentrado com efeito medicinal porreta! Óleo de CBD, aquele que aparece no fantástico e globo reporter, e salva vidas pelo mundo afora... valeu, boas!
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  16. assim pensam os juizes deputados senadores e outros politicos com seus narizes brancos sujos de coca corruptos nojentos sangue sugas envolvidos numa corja umas bostas manipulam conseguem o que querem lobi pesado muito bem remunerado viram as costas sem a menor cerimonia...
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  17. Abra a Gaveta Bruno Torturra 1 - Porque abrir a gaveta das drogas
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  18. Carl Sagan fala sobre sua experiência com a Cannabis Tudo começou há cerca de dez anos. Eu tinha chegado de um período consideravelmente mais relaxado na minha vida – um momento no qual eu passei a sentir que havia mais a viver do que a ciência, um momento de despertar da minha consciência social e amabilidade, um tempo no qual que eu estive aberto a novas experiências. Eu tinha amizade com um grupo de pessoas que ocasionalmente fumavam cannabis, de forma irregular, mas com evidente prazer. Inicialmente eu não estava disposto a participar, mas a euforia aparente que a cannabis produzia e o fato de que não havia vício fisiológico para a planta, eventualmente, me convenceram a tentar. Minhas experiências iniciais foram totalmente decepcionantes; não houve efeito algum, e eu comecei a cogitar uma variedade de hipóteses sobre a cannabis ser um placebo, que funciona pela expectativa e hiperventilação em vez de química. Após cerca de cinco ou seis tentativas sem sucesso, no entanto, aconteceu. Eu estava deitado de costas na sala de estar de um amigo examinando ociosamente o padrão de sombras no teto expressos por um vaso de plantas (não cannabis!). De repente eu percebi que eu estava examinando uma intricada e detalhada miniatura de um Volkswagen, claramente delineada pelas sombras. Eu era muito cético a esta percepção, e tentei encontrar inconsistências entre Volkswagen e o que eu via no teto. Mas tudo estava lá, até calotas, placa de licença, cromo, e até mesmo a pequena alça utilizada para a abertura do porta-malas. Quando eu fechei os olhos, fiquei chocado ao descobrir que havia um filme passando no interior das minhas pálpebras. Flash… uma simples cena de um campo com uma casa de fazenda vermelha, um céu azul, nuvens brancas, caminho amarelo sinuoso entre colinas verdes ao horizonte… Flash… a mesma cena, casa laranja, céu marrom, nuvens vermelhas, caminho amarelo, campos violetas… Flash… Flash… Flash. Os flashes vieram a cerca de uma vez por cada batimento cardíaco. Cada flash trouxe a mesma cena simples em vista, mas cada vez com um conjunto diferente de cores … extraordinariamente profundos matizes, e surpreendentemente harmoniosas em sua justaposição. Desde então, tenho fumado ocasionalmente e desfrutado completamente. Ela (cannabis) amplifica sensibilidades tórpidas e produz o que para mim são efeitos ainda mais interessantes, como vou explicar brevemente. Eu posso lembrar-me de outra breve experiência visual com cannabis, na qual eu vi uma chama de vela e descobri no coração da chama, em pé com indiferença magnífica, o chapéu preto do cavalheiro espanhol que aparece no rótulo da garrafa de vinho Sandman. Olhar para o fogo na “onda”, a propósito, especialmente através de um daqueles caleidoscópios de prisma cuja imagem de seu entorno, é uma experiência extraordinariamente tocante e bonita. Eu quero explicar que em nenhum momento eu pensei que estas coisas estavam “realmente” lá fora. Eu sabia que não havia Volkswagen no teto e não havia homem salamandra Sandman na chama. Eu não sinto qualquer contradição nestas experiências. Há uma parte de mim fazendo, criando a percepção que na vida cotidiana seria bizarra; há uma outra parte de mim que é uma espécie de observador. Cerca de metade do prazer vem da parte-observador apreciando a obra da parte-criadora. Eu sorrio, ou às vezes até rio em voz alta das imagens no interior de minhas pálpebras. Neste sentido, suponho que a cannabis seja psicotomimética, mas acho que nenhum pânico ou terror que acompanham algumas psicoses. Possivelmente isso é porque eu sei que é minha própria viagem, e que eu posso “descer” rapidamente a qualquer momento que eu quiser. Enquanto minhas percepções iniciais foram todas visuais, e carente de imagens de seres humanos, esses dois itens têm mudado ao longo dos anos seguintes. Acho que hoje só um baseado é o suficiente para me deixar elevado. Eu testo se estou elevado fechando os olhos e olhando para os flashes. Eles vêm muito antes de outras alterações em minhas percepções visuais ou outras percepções. Eu penso que este é um problema de ruído de sinal, o nível de ruído visual é muito baixo com os olhos fechados. Um outro interessante aspecto de informação teórica é a prevalência – pelo menos nas minhas imagens em flash – de desenhos animados: apenas os contornos das figuras, caricaturas, e não fotografias. Eu acho que isso é simplesmente uma questão de compressão de informação, seria impossível compreender o conteúdo total de uma imagem a partir do conteúdo de informação de uma fotografia comum, digamos, 108 bits, na fração de segundo que ocupa um flash. E a experiência do flash é projetada, se é que posso usar essa palavra, para apreciação imediata. O artista e o espectador são um. Isso não quer dizer que as imagens não são maravilhosamente detalhadas e complexas. Eu tive recentemente uma imagem em que duas pessoas estavam conversando, e as palavras que eles estavam dizendo formavam e desapareciam em amarelo acima de suas cabeças, em cerca de uma sentença por batimento cardíaco. Desta forma foi possível acompanhar a conversa. Ao mesmo tempo, uma palavra ocasionalmente aparecia em letras vermelhas, entre os amarelos acima de suas cabeças, perfeitamente no contexto da conversa, mas se um lembrava-se destas palavras vermelhas, eles enunciavam um conjunto completamente diferente de declarações penetrantemente críticas para a conversa. O conjunto inteiro da imagem que eu esbocei aqui, eu diria que pelo menos 100 palavras amarelas e algo como 10 palavras vermelhas, ocorreu em algo menos de um minuto. A experiência com cannabis tem melhorado muito o meu apreço pela arte, um assunto que eu nunca tinha apreciado antes. A compreensão da intenção do artista que eu posso conseguir quando estou elevado algumas vezes continua quando estou “baixo”. Esta é uma das muitas fronteiras humanas que a cannabis me ajudou a atravessar. Há também alguns insights relacionados a arte – não sei se são verdadeiros ou falsos, mas eles foram divertidos de formular. Por exemplo, eu ter passado algum tempo elevado a olhar para o trabalho do surrealista belga Yves Tanguey. Alguns anos mais tarde, eu emergi de um longo mergulho no Caribe e descansei exausto em uma praia formada pela erosão nas proximidades de um recife de coral. Examinando ociosamente os fragmentos arqueados de coral de cor pastel que ia até a praia, vi diante de mim uma grande pintura de Tanguey. Talvez Tanguey tenha visitado aquela praia na sua infância. Uma melhoria muito semelhante na minha apreciação pela música ocorreu com a cannabis. Pela primeira vez eu fui capaz de ouvir as partes separadas de uma harmonia de três partes e a riqueza do contraponto. Desde então descobri que os músicos profissionais podem facilmente tocar muitas partes separadas simultaneamente em suas cabeças, mas esta foi a primeira vez para mim. Novamente, a experiência de aprendizagem quando elevado teve pelo menos até certo ponto permanecido quando estou “baixo”. O prazer dos alimentos é amplificada; sabores e aromas surgem, por alguma razão nós normalmente parecemos estar muito ocupados para notar. Eu sou capaz de dar a minha atenção para a sensação. Uma batata terá uma textura, um corpo, e sabor como o de outras batatas, mas muito mais. Cannabis também aumenta o prazer do sexo – por um lado dá uma extraordinária sensibilidade, mas também por outro lado adia o orgasmo: em parte por me distrair com a profusão de imagem que passa diante dos meus olhos. A duração do orgasmo parece se alongar muito, mas esta pode ser a experiência usual de expansão do tempo que ocorre ao se fumar cannabis. Eu não me considero uma pessoa religiosa, no sentido usual, mas há um aspecto religioso em algumas experiências. A sensibilidade em todas as áreas me dá um sentimento de comunhão com o meu entorno, tantos animados quanto inanimados. Às vezes, um tipo de percepção existencial do absurdo toma conta de mim e eu vejo com terríveis certezas as hipocrisias e posturas minhas e dos meus semelhantes. E em outras vezes, há um sentido diferente do absurdo, uma lúdica e fantástica consciência. Ambos os sentidos do absurdo podem ser comunicados, e alguns dos picos mais gratificantes que tive foram em compartilhar conversas e percepções e humor. Cannabis nos traz uma consciência de que nós gastamos uma vida inteira sendo treinados para ignorar e esquecer e colocar para fora de nossas mentes. A sensação de que o mundo é realmente como pode ser é enlouquecedora; cannabis me trouxe alguns sentimentos de como é ser louco, e como usamos a palavra “louco” para evitar pensar em coisas que são muito dolorosas para nós. Na União Soviética dissidentes políticos são rotineiramente colocados em manicômios. O mesmo tipo de coisa, um pouco mais sutil, talvez, ocorre aqui: “você ouviu o que Lenny Bruce disse ontem? Ele deve ser louco”. Quando na experiência sob cannabis descobri que há alguém dentro daquelas pessoas que chamamos de loucos. Quando estou elevado, posso penetrar no passado, recordar memórias de infância, amigos, parentes, brinquedos, ruas, cheiros, sons e sabores de uma época que já desapareceu. Eu posso reconstruir atuais ocorrências de episódios de infância entendidos apenas pela metade na época. Muitas, mas não todas minhas viagens com cannabis, têm em algum lugar um simbolismo importante para mim que não vou tentar descrever aqui, uma espécie de mandala em alto relevo no alto. Associar-se livremente a esta mandala, tanto visualmente quanto como em palavras, produz um leque muito rico de insights. Existe um mito sobre tais elevações: o usuário tem uma ilusão de grande insight, mas ele não sobrevive ao escrutínio na manhã seguinte. Estou convencido de que isto é um erro, e que os insights devastadores alcançados quando elevados são percepções reais, o problema principal é colocar essas ideias em uma forma aceitável para nós mesmos quando estivermos tão diferentes no dia seguinte. Algum dos mais difíceis trabalhos que já fiz foi colocar tais ideias em fita ou por escrito. O problema é que dez ainda mais interessantes ideias ou imagens se perdem no esforço de uma gravação. É fácil entender porque alguém pode pensar que é um desperdício de esforço ter todo este trabalho para colocar o pensamento para “baixo”, uma espécie de intrusão da Ética Protestante. Mas desde que eu vivo quase toda a minha vida “para baixo” que eu faço esse esforço – com sucesso, eu acho. Aliás, acho que ideias razoavelmente boa podem ser lembradas no dia seguinte, mas somente se algum esforço for feito para colocá-las para “baixo” de outra maneira. Se eu escrever o insight para “baixo” ou para dizer a alguém, então eu posso lembrar sem assistência na manhã seguinte, mas se eu apenas digo para mim mesmo que eu tenho que fazer um esforço para lembrar, eu nunca faço. Acho que a maioria dos insights que eu consegui quando estava elevado foram sobre questões sociais, uma área de bolsa de estudos muito diferente daquela pela qual eu sou geralmente conhecido. Lembro-me de uma ocasião, tomando um banho com a minha mulher ao mesmo tempo elevada, em que eu tive uma ideia sobre a origem e invalidez do racismo em termos de curvas de distribuição gaussiana. Foi um ponto óbvio de uma forma, mas raramente falado. Eu desenhei as curvas em sabão na parede do chuveiro, e fui escrever a ideia. Uma ideia levou a outra, e no final de cerca de uma hora de muito trabalho duro, eu descobri que tinha escrito onze ensaios curtos sobre uma ampla gama de social, político, filosófico, biológico e tópicos humano. Devido a problemas de espaço, não posso entrar em detalhes sobre estes ensaios, mas de todos os sinais externos, tais como reações públicas e comentários de especialistas, eles parecem conter insights válidos. Eu os usei em tratados acadêmicos, palestras públicas e em meus livros. Mas deixe-me tentar pelo menos dar o sabor de tal visão e os seus acompanhamentos. Uma noite, elevado de cannabis, eu estava investigando a minha infância, um pouco de autoanálise, e fazendo o que me pareceu ser um progresso muito bom. Eu, então, parei e pensei o quão extraordinário foi Sigmund Freud, que sem ajuda de drogas, tinha sido capaz de alcançar a sua própria notável autoanálise. Mas então me bateu como um trovão que eu este estava errado, que Freud tinha passado a década anterior de sua autoanálise como um experimentador e com um pregador para a cocaína, e pareceu-me muito evidente que os genuínos insights psicológicos que Freud trouxe para o mundo foram pelo menos em parte derivada de sua experiência com drogas. Eu não tenho ideia se isso é de fato verdade, ou se os historiadores de Freud concordariam com esta interpretação, ou mesmo se tal ideia foi publicada no passado, mas é uma hipótese interessante e um que passa em primeiro lugar no escrutínio no mundo dos “baixos”. Eu posso lembrar-me da noite na qual de repente eu percebi como era ser louco, ou noites nas quais meus sentimentos e percepções foram de natureza religiosa. Eu tinha uma sensação muito precisa de que estes sentimentos e percepções, escritos casualmente, não resistiriam ao escrutínio crítico habitual que é o meu estoque no negócio como um cientista. Se eu encontro na parte da manhã uma mensagem de mim mesmo da noite anterior, informando-me que há um mundo que nos rodeia que mal percebemos, ou que podemos nos tornar um com o universo, ou mesmo que alguns políticos são homens desesperadamente assustados, eu posso tender para a descrença; mas quando estou elevado que eu sei sobre essa descrença. E então eu tenho uma fita na qual eu me exorto a levar a sério tais comentários. Eu digo “Ouça com atenção, seu filho da puta da manhã! Esta coisa é real!” Tento mostrar que a minha mente está trabalhando com clareza; lembro-me o nome de um conhecido colégio que eu não havia pensado em trinta anos, eu descrevo a cor, tipografia e formato de um livro em outra sala e estas memórias passam para a crítica do escrutínio da manhã. Estou convencido de que há níveis genuínos e válidos da percepção disponíveis com cannabis (e provavelmente com outras drogas), que são, através dos defeitos da nossa sociedade e nosso sistema educacional, indisponíveis para nós sem essas drogas. Tal observação se aplica não apenas à autoconsciência e de atividades intelectuais, mas também para as percepções de pessoas reais, uma sensibilidade muito maior para a expressão facial, entonação, e escolha de palavras que às vezes produzem um relacionamento tão próximo, é como se duas pessoas estivessem lendo cada uma a mente da outra. Há um aspecto muito bom em relação à cannabis. Cada sopro é uma dose muito pequena, o intervalo de tempo entre a inalação de um sopro e a sensação do seu efeito é pequeno, e não há desejo de mais após a elevação chegar. Eu acho que a relação R, do tempo de sentir a dose tomada ao tempo necessário para tomar uma dose excessiva é uma quantidade importante. R é muito grande para o LSD (que eu nunca tinha tomado) e razoavelmente curto para cannabis. Pequenos valores de R deve ser uma medida de segurança de drogas psicodélicas. Quando a cannabis for legalizada, espero ver esta relação como um dos parâmetros impresso na embalagem. Espero que o tempo não seja muito distante, a ilegalidade da cannabis é ultrajante, um impedimento à plena utilização de uma droga que ajuda a produzir a serenidade e discernimento, sensibilidade e companheirismo tão desesperadamente necessários neste mundo cada vez mais louco e perigoso. Fonte: https://www.universoracionalista.org/carl-sagan-fala-sobre-sua-experiencia-com-a-cannabis/
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