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Tiradentes

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Tudo que Tiradentes postou

  1. Eu postei essa notícia porque vai impactar o tráfico de drogas com certeza. O Brasil possui 23 mil km de fronteiras, é impossível só a PF e PRF fazerem a fiscalização. Olhar só sobre a ótica do narcotráfico é uma visão muito simplista. Tem o tráfico de armas, roubo de carros, cargas, imigrantes ilegais, fugitivos da justiça, corte ilegal de madeira, tráfico de biodiversidade, contrabando, tráfico de mulheres e outros ilícitos que nem lembro agora. Fora os gringos deitando e rolando nas reservas indígenas. Drogas devem ser combatidas com políticas de saúde pública. Agora o resto, correu, senta o chumbo quente no vagabundo e enterra de pé pra não ocupar espaço no cemitério. Direitos humanos para humanos direitos. E como que faz no interior do Amazonas, Roraima, Acre, Mato Grosso, Pará e nos 7 mil km de fronteiras marítimas? Vai sair gambé de onde? O negócio que as forças armadas não tinham poder de polícia, agora têm. Essa lei veio tarde, já que o Brasil é considerado um país sem inimigos vamos combater quem destrói as famílias brasileiras nas fronteiras com as forças armadas e muito chumbo quente.
  2. 04/08/2010 O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (4) um projeto que dá poder de polícia para as Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) nas regiões de fronteiras terrestres e marítimas e em reservas indígenas. A proposta segue agora para sanção presidencial. Se aprovada, as Forças Armadas poderão fazer prisões em flagrante, patrulhamento, revista de pessoas, veículos, embarcações e aeronaves –atividades, até então, permitidas apenas pela polícia. O texto do PLC 10/2010 estabelece também a unificação das operações das três Forças e aumenta as atribuições do Ministério da Defesa. Com a nova lei, o Ministro da Defesa é quem indicará os comandantes do Exército, da Aeronáutica e da Marinha – quem o faz, atualmente, é o presidente da República. A proposta inclui ainda a criação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, subordinado ao ministro da Defesa e chefiado por um oficial-general de último posto. Segundo o projeto, o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas "construirá as iniciativas que deem realidade prática à tese da unificação doutrinária, estratégica e operacional e contará com estrutura permanente que lhe permita cumprir sua tarefa". O objetivo é unificar as operações das Forças Armadas, de modo a seguir as diretrizes previstas na Estratégia Nacional de Defesa. O projeto foi aprovado em votação simbólica no Senado sem alterações que havia sido aprovado anteriormente pela Câmara. Fonte: UOL
  3. PARTE 1 PARTE 2 Reportagem do Domingo Espetacular (Rede Record) acompanhou uma investigação inédita que revela quem são e como vivem os maiores traficantes do Brasil e como acontece o tráfico nas fronteiras do país com o Paraguai e a Bolívia. Veja os bastidores da guerra que envolve armas, drogas, execuções, miséria e corrupção e conheça as leis dos cartéis. Fonte: R7
  4. Militares do 33º Batalhão enfrentaram uma situação inusitada na madrugada desta quarta-feira em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo a Polícia Militar, Juracir dos Santos, de 38 anos, foi até a sede da 177ª Companhia da PM, no Bairro Capelinha, levando uma pedra de crack. Ele disse ter comprado a droga perto do local e queria saber se a substância era verdadeira. O homem foi preso na companhia e conduzido para a 1ª Delegacia de Plantão do Bairro Teresópolis. Fonte: UAI
  5. A maior cidade da Suíça vai examinar a possibilidade de vender cânhamo sob controle, como quer a câmara municipal. Mas a prefeitura não tem pressa e estuda formas de colaboração com outras cidades. Berna, a capital, e Basileia estão interessadas. Quando a câmara municipal de Zurique votou, em junho passado, por 67 votos a 49, uma proposta para que o executivo examinasse a venda de maconha sob controle estatal, a decisão provocou muita polêmica. O jornal alemão de Munique Süddeutsche Zeitung falou de Estado "traficante". Os adversários de uma política liberal para as drogas pediram mais repressão. Mas a questão nada tem de anormal em um país que instituiu, desde meados dos anos 1990, sob a forma de teste, a distribuição de heroína sob controle médico, hoje inscrita na lei. O barulho provocado pela decisão parlamentar é explicado pela relativa calma que reinava na política da droga desde a rejeição clara, em novembro de 2008, no plano federal, da iniciativa popular pela legalização da maconha, por 63% dos votos. A decisão da câmara municipal de Zurique parecia portanto anacrônica, mesmo porque a proposta fora feita por dois jovens ecologistas, em agosto de 2006, e agora voltou à pauta. Um dos autores, Bastian Girod, entretanto eleito deputado federal, queria "desbloquear a política suíça da droga". Pretendia ainda que Zurique fosse novamente "pioneira", propondo a venda de maconha como um teste científico. Seria uma venda controlada, segundo os autores da proposta, acompanhada de "uma proteção eficaz da juventude através de informações sobre o cânhamo" e um controle da qualidade do produto. O argumento principal é que a repressão não adianta nada, criminaliza os consumidores ocasionais e custa muito caro. O melhor seria aplicar esse dinheiro na prevenção, argumentam os autores da proposta. Aplicação concreta é incerta A prefeitura de Zurique, no entanto, não pretende atropelar os hábitos. "Ainda não sabemos que forma tomará esse projeto e nem mesmo se será concretizado", explica Renate Monego, secretária municipal de Saúde. "O postulado aprovado nos orienta a analisar a possibilidade de vender cânhamo sob controle, só isso”, acrescenta Katharina Ruëgg, porta-voz da Secretaria municipal de Saúde e Meio Ambiente. "O executivo municipal tem dois anos de prazo e vamos recorrer a especialistas para analisar a situação", precisa Ruëgg. Os especialistas, aliás, já começaram a se manifestar. "Recebemos muitas reações de especialistas em maconha, que propõem colaborar", diz Katharina Ruëgg. Uma coisa parece certa : Zurique não quer iniciar esse projeto sozinha. "O postulado nos dá a possibilidade de fazer uma análise precisa da situação. Não queremos adotar um projeto sem consultar outras instâncias. Já entramos em contato com a Secretaria Federal de Saúde Pública e sabemos que outras cidades estão interessadas, pelo menos Berna e Basileia", explica Renate Monego. Fonte: UAI
  6. VENDO: Vuvuzela seminova com 5 jogos de uso nas cores verde e amarela. Esterilizada, sem baba, ideal para eventos esportivos. Interessados mandar MP.

  7. No norte do Paraguai, no departamento de Concepción, a terra é vermelha e ampla, com belos e péssimos caminhos, salpicados de cupinzeiros e algumas manchas de florestas verdes e espessas. E, sobretudo, com enormes fazendas, mais de um milhão de cabeças de gado e dezenas de milhares de hectares, nos quais ninguém sabe muito bem qual a lei que vale: a do Estado ou a do fazendeiro. Por aqui, em uma dessas matas, o pecuarista Fidel Zavala passou 93 dias acorrentado a uma rede e coberto por uma lona, até que em janeiro passado seus parentes pagaram US$ 500 mil de resgate, atirados em duas sacolas de um pequeno avião, em um ponto determinado por GPS. Aqui em Tacuatí também foi sequestrado em julho de 2008 o pecuarista Luis Lindstron, que pagou US$ 400 mil para recuperar a liberdade. Em Hugua Ñandú, a poucos quilômetros, atacaram e incendiaram a precária delegacia local, e dois policiais ficaram feridos. Supõe-se que esta seja a terra por onde se movimenta o pequeno Exército do Povo Paraguaio (EPP), cerca de 20 homens e mulheres que constituem a guerrilha menos conhecida da América Latina. Mas sobretudo é a terra onde uma única empresa, a Comercial e Imobiliária Paraguaia Argentina, Cipasa, chegou a ter, até pouco tempo atrás, mais de 400 mil hectares de terras, com 300 quilômetros de frente cercada. Nada estranho no país que sofre certamente a distribuição de terra mais desigual e injusta do mundo e no qual há mais de um século os sucessivos governos presentearam a seus amigos ou venderam o território nacional. A Comissão de Verdade e Justiça, criada com a ajuda da ONU, estima que 64% das cessões realizadas desde 1954 --desde a chegada ao poder do ditador Alfredo Stroessner-- foram ilegais: centenas de milhares de hectares de terras invadidos e dezenas de milhares de agricultores despojados e maltratados. O esforço para devolver a normalidade ao Paraguai, um país que o escritor e jornalista espanhol Rafael Barrett chegou a comparar, no início do século 20, com o Congo, por seu pavoroso histórico de "escravidão, tormento e assassinato" ("El Dolor Paraguayo" e "Lo que son los yerbales", ed. Capital Intelectual, 2010), é muito recente e precário. Começa praticamente com a eleição de Fernando Lugo para presidente, em 2008, porque se é verdade que a ditadura de Alfredo Stroessner acabou em 1989 os primeiros anos de democracia não mudaram em nada a situação. O ex-presidente Andrés Rodríguez, por exemplo, que expulsou Stroessner quando este fechou sua firma de câmbio, já tinha se apossado de milhares de hectares e aproveitou o cargo para se apoderar de outros 2 mil. Foi o primeiro presidente democrático, para dizer algo, mas segundo o governo dos EUA o general Rodríguez também era o chefe do chamado Cartel do Paraguai, encarregado, como o próprio Stroessner, de proteger os bandos de traficantes de maconha e as fabulosas redes de contrabando que operavam e operam no país. Ciudad del Este, na chamada "tríplice fronteira", é o olho do furacão de todo esse contrabando. Nasceu como cidade em 1957, no Alto Paraná, de frente para Iguaçu, Argentina e Brasil, e além de apresentar uma incrível grama de enormes armazéns e supermercados é o lugar de encontro de agentes de espionagem de meio mundo, representantes de vendedores de armas e traficantes de drogas, contrabandistas de objetos e de informação, que se movem como peixes na água no flexível território paraguaio. Ali os americanos conseguiram capturar no último 15 de junho um dos supostos financistas do Hizbollah, Moussa Ali Handan, um libanês que agora espera sua imediata extradição. E ali se anunciou na quarta-feira, 16, que haverá um voo cargueiro direto a cada dez dias entre Ciudad del Este e Xangai. "Puro comércio informático-eletrônico", afirmam seus promotores, "que movimenta cerca de US$ 2,5 bilhões por ano só nesta cidade." Nada a ver com Concepción, San Pedro ou Amambay, os departamentos agrícolas do norte do país, onde se vive completamente à margem desse outro Paraguai e onde ninguém se importa muito com o que acontece. Aqui não há estradas nem supermercados, apenas caminhos de terra, superfícies desabitadas e enormes extensões de pasto que pertencem a algumas poucas fazendas de gado, em sua maioria propriedade de latifundiários de empresas brasileiras, como a famosa Mate Laranjeira, que nunca foi conhecida por sua submissão a outra lei que não a sua própria. Em boa parte dessas fazendas, os poucos peões necessários para a faina vivem ali mesmo, às vezes com suas famílias, reunidos em pequenos grupos junto à casa do capataz e talvez na casa grande, quase sempre vazia, que o dono mandou construir. Dão-lhes comida, combustível, abrigo, "um pequeno salário" e horários muito restritos: inclusive no domingo, quando aproveitam para visitar vizinhos ou formar a torcida de um pequeno time de futebol local, têm de voltar a cruzar a cerca antes que anoiteça. Também moram ali, para sua tristeza, e bem longe dos currais onde se cuidam das novilhas, pequenas comunidades indígenas que ficaram congeladas no meio das enormes fazendas e que sobrevivem em choças de madeira e palha sem a menor assistência nem ajuda. Lirio Benítez é o dirigente de uma dessas comunidades, enterrada na fazenda Agüerito. Identifica-se como pertencente à etnia pai tavyterá e veio ao nosso encontro quando entramos em seu território, atravessando a duras penas um caminho infame, o pior da fazenda, onde residem as 48 famílias de seu grupo. Afirma que esse pedaço de terreno encharcado se chama Hegua Hatý e que é dele há mais de 60 anos. Está aborrecido porque cortou no morro próximo algumas árvores, que agora as autoridades o proíbem de vender. Para culminar, diz que os fazendeiros, que querem que corte e venda madeira para abrir pastos, suprimiram os 15 quilos de comida por família que lhes entregavam por mês, certamente para que pressionem mais os órgãos oficiais e consigam acabar com a mata. "Com esses 15 quilos não chegamos a comer nem 15 dias", diz, magra e firme, sua mulher, Rosa. Os indígenas não se mostram nada incomodados com a presença dos três jovens policiais que nos acompanham. Todos falam guarani entre si e brincam. Manuel, com seu fuzil M-14 de boca para baixo e um pesado colete à prova de balas, que o faz suar muito, tem apenas 23 anos e observa tranquilamente este diálogo, em castelhano, com um dos filhos de Lirio, Anastasio, 39 anos. - Acredita que o EPP será de alguma ajuda para vocês? - O EPP é uma ajuda. Ninguém faz isso. Ninguém presta atenção em nós. Eles ajudam. - Os guerrilheiros passaram por aqui alguma vez? - Eu não os vi. Durante o sequestro de Lindstron, o EPP exigiu que a família entregasse dez cabeças de gado para determinadas etnias indígenas e que distribuísse cortes de carne em alguns bairros pobres de Assunção. Uma etnia se negou a receber o gado, alguns dizem que por medo das represálias dos fazendeiros e outros porque seus dirigentes estão cansados de que outros os utilizem para seus fins. Aqui no norte seria difícil os indígenas rejeitarem as vacas. Sua pobreza extrema e total abandono transformam o território na zona quente do EPP, o terreno em que o comandante Alexander, cujo verdadeiro nome é Osvaldo Villalba Ayala, um jovem de cerca de 30 anos que vem de organizações sociais de raiz católica, pode se esconder e planejar novas ações e sequestros de proprietários de terras. Por ele e por sua pequena guerrilha, os pecuaristas exigem que os militares incursionem por morros e florestas para acossá-los e detê-los. Por ele, o presidente Lugo teve de aceitar um período de estado de exceção de 30 dias, que levou 3 mil soldados ao lugar, mas que não adiantou muito. Osvaldo, a jovem Magna Mez, Manuel Cristaldo Mieres e seus companheiros continuam em liberdade, em algum ponto desta impressionante terra vermelha. Sobre esse terreno também se trava uma batalha política importante, entre os que querem que o Estado se limite a enviar o exército para procurar os guerrilheiros e os que acreditam que esta é a ocasião para tentar que o Estado se estabeleça em um território do qual esteve quase totalmente ausente até agora, deixando tudo nas mãos dos próprios fazendeiros. Uma batalha que inclusive deu origem a um confronto armado entre forças militares e um destacamento das Forças Operacionais da Polícia Especializada (Fope). Ocorreu em maio passado, quando 350 soldados sob o comando do coronel Ramón Benítez cercaram e atacaram o acampamento das Fope em Hugua Ñandú. Só o bom-senso do oficial de polícia Derlys González, que, depois de se entrincheirar e trocar alguns tiros, deu ordem a seus homens para render-se, evitou um massacre. "Pergunto-me se o exército queria realmente que acontecesse algo ruim, para colocar em apuros o governo do presidente Lugo. Eu pessoalmente considero essa hipótese", comenta González, que tem 27 anos e está disposto a fazer carreira profissional "em uma polícia profissional". "Militarizar este departamento não é a solução do problema", afirma Luis Acosta Paniagua, o jovem intendente da cidade de Concepción. Ele pertence ao Partido Liberal, que ajudou o presidente Lugo a chegar ao poder e a tirar o Partido Colorado, depois de 63 anos contínuos no governo. "O EPP surgiu pelo abandono que os governos anteriores fizeram desta região", afirma. "Enquanto não tivermos Estado não haverá nada a fazer." Acosta, filho de pecuaristas, não compartilha a exigência dos grandes fazendeiros, a sempre perigosa Associação Rural. "Aqui precisamos é de caminhos que não se inundem, de escolas, saúde", afirma com cansaço. Decidiu não voltar a se candidatar, farto de não conseguir nada do que precisa. E o Estado não tem dinheiro para lhe enviar por que o governo de Lugo não consegue obrigar os fazendeiros a pagar impostos sobre as exportações de soja ou de carne, como acontece nos países vizinhos. "Os fazendeiros só querem o exército, e não o Estado", declara, "mas se enganam porque a EPP não poderá ser combatida com militares, mas com a presença do Estado." Na boca do prefeito, a minúscula guerrilha se transforma em uma ameaça importante e em um argumento a seu favor: "Se o Estado não fizer algo o EPP crescerá". Por que os fazendeiros precisam do exército, se têm seus próprios grupos de segurança, armados e pagos por eles mesmos? "Bem, isso não impediu dois sequestros importantes na região", explica. Os serviços de segurança, dirigidos pelos capatazes, funcionam dentro das fazendas e foram empregados até agora para combater o furto de gado. "Por aqui sempre houve pequenos bandos de criminosos comuns que podem roubar duas ou três cabeças por mês", afirma Miguel Irigoyen, um jornalista local. "E nas fazendas os capatazes e seus capangas sempre estão prontos para matar." Concepción ferve com milhares de motos de pequena cilindrada que substituíram os cavalos, levando dois, três e até quatro passageiros. "São mais fáceis de guardar e de manter", ri Irigoyen. "E além disso conseguem passar por caminhos que parecem intransitáveis, algo imprescindível nesta área." A cidade tem dois hotéis limpos, o Victoria e o Francés, e muitas lojas e comércios que atendem às fazendas que se sucedem e entrelaçam ao longo de todo o departamento: Agüerito tem mais de 20 mil hectares, mas não é a maior, dizem. Em Hugua Ñandú, a pouco mais de 100 quilômetros da capital, por esses caminhos de terra e lama, há um grupo de casas de peões, um assentamento que se tornou conhecido pela existência de associações camponesas que reclamam a distribuição da terra. Aqui, em pontos próximos como Kurusú de Hierro, Paso Barreto ou Horqueta, oito líderes camponeses foram assassinados por capangas desde 2003, sem que nunca se tenham localizado seus executores, segundo dados do relatório Chokokue realizado pela Comissão de Direitos Humanos do Paraguai (Codehupy). Foi um momento perigoso, afirma a entidade, porque as associações de agricultores acreditaram que com a queda da ditadura poderiam intensificar suas reivindicações de terra e ocorreram várias ocupações de fazendas. Mas Stroessner havia caído, e não o Partido Colorado, e de 370 ocupações registradas entre 1990 e 2004, quase 360 foram desalojados violentamente, com mais de 7 mil agricultores detidos. Foi quando começaram a proliferar as execuções: 77 homens e mulheres ligados ao movimento camponês foram assassinados nos cinco departamentos do norte. Ninguém até agora foi detido ou condenado por essas mortes. Na estância de Agüerito, o capataz autoriza por telefone celular que abram a cerca para nós, nos deixem percorrer a fazenda e ver a escola que o governo levantou, relativamente perto do assentamento indígena, para que as crianças recebam instrução. Trata-se de dois edifícios de madeira e amianto. Em um deles, com portas e cadeado, guarda-se o material educacional e o leite que os alunos receberão todos os dias. A escola propriamente dita não tem portas, mas sim piso de cimento, vários bancos escolares e duas lousas nas extremidades do recinto. Na dos "maiores" há deveres programados: "Escrever três orações afirmativas e três negativas". Na dos menores, um cartaz com o alfabeto guarani; 80% dos paraguaios falam essa língua própria, ao mesmo tempo que o espanhol, mas só 24% são capazes de se expressar em guarani, entre eles as crianças dessa etnia. "Atende a escola um professor que vem de moto todos os dias. Um professor de verdade", explica orgulhoso o peão que nos acompanha. É um esclarecimento importante, porque no Paraguai ainda há centenas de professores "ad honorem", pessoas humildes e de pouca instrução, mas que sabem ler e escrever e que se oferecem para dar aulas, sem salário nem remuneração, em lugares aonde os professores de verdade não chegam nem são esperados. Aqui mesmo em Agüerito, não longe da escola, foi registrada há algum tempo a presença de um pequeno grupo de homens que percorriam o morro. Segundo o jornal "ABC Color", "ao ver-se cercados, detonaram uma granada para intimidar seus perseguidores, civis e policiais, e empreenderam a fuga". Em companhia do oficial Jorge Ochipindi, percorremos a chamada Calle 18, um caminho de terra que atravessa outras zonas conflituosas e no qual se instalaram barreiras móveis da polícia, encarregadas de identificar todos os que passam. As poucas caminhonetes que se movimentam pela Calle 18 têm dificuldade com o barro, enquanto as pequenas motos zumbem como os pequenos e famintos mosquitos da região. A presença de Ochipindi não basta para que o capataz da fazenda Guarani nos abra o portão. Dali são os três empregados de segurança (capangas, segundo outras fontes) que foram assassinados pelo EPP em abril passado, exatamente o ataque que deu origem ao estado de exceção. "Está escurecendo e eles têm ordem de não permitir que ninguém atravesse as cercas", explica o policial. Relativamente perto dali, em Kurusú del Hierro, quando se arrasava um suposto local de depósito de maconha (o Paraguai é um dos maiores produtores do mundo), foi encontrado em agosto de 2009 um manual do EPP. Eram páginas desparelhadas, manuscritas, obra de Alcides Oviedo, marido de Carmen Villalba, e condenado como ela a 18 anos de prisão por sua participação em um sequestro anterior, o de Maria Edith Bordón de Debernardi. O texto, sobre a conveniência de sempre ter alguém sequestrado (técnica atribuída às Farc colombianas) e com instruções sobre como mover-se pela floresta ou como torturar um detido, foi publicado na íntegra pelo jornal conservador "La Nación", com um sucesso formidável e inesperado. Segundo seu diretor, a primeira edição de 7 mil exemplares esgotou, e por isso foi preciso reimprimir o suposto manual guerrilheiro durante dois dias consecutivos, sempre com a mesma recepção. Provavelmente o pequeno EPP nunca sonhou em ter uma repercussão semelhante. "Com propaganda suficiente, com os dólares que vão acumulando e com a inexistência do Estado em todo o norte do país, o EPP, que hoje é um pequeno grupo criminoso, quase fantasma, poderia se transformar em um embrião de algo sério", lamenta o ministro do Interior, Rafael Filizzola. Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves Fonte: UOL
  8. Salve galera! Vou deixar pra vocês ouvirem um som muito massa de um cara aqui das gerais. Ajudem a divulgar o trabalho dele que o mano tem futuro. Abrax
  9. http://www.youtube.com/watch?v=RgcaUsnpToQ HAUUHAUHAU
  10. Keep Organic! Quem tem 100 ha de soja que deve tá de cabelo em pé. :hihihi:
  11. Cacildis!! 3 mil libras por uma bike single gear? Dá pra comprar um quadro de fibra de carbono e colocar um grupo shimano 105... Mas que é bonita é. Vou começar a juntar o caule pra fazer um quadro pra mim. Se der certo, te dou de natal Bas!
  12. Fibra de carbono e alumínio são coisas do passado. A bicicleta do momento é feita de bambu e fibra de maconha. Uma nova geração de fabricantes estão apresentando o meio de transporte mais ecológico do momento. Além de serem mais leves, fortes e confortáveis, essas bicicletas também deixam uma pegada de carbono muito menor Craig Calfree é conhecido como o mestre zen dos fabricantes de bicicletas de bambu. Em sua oficina na costa da Califórnia, a apenas alguns metros das agitadas ondas do oceano Pacífico, o designer de quadros de bicicleta constrói bicicletas de tirar o fôlego feitas dessa planta que cresce tão rápido, o maior membro da família da gramíneas. No entanto, o americano, que ficou conhecido por fazer bicicletas a partir de material vegetal, tem alguns concorrentes. O número de especialistas que fazem bicicletas a partir de matérias-primas recicláveis está crescendo. Brano Meres, um engenheiro eslovaco, e o ciclista profissional californiano Nick Frey estão entre eles. O engenheiro alemão Nicolas Meyer também está trabalhando nessa linha, mas não com bambu. Ao invés de usar esse material, ele construiu uma bicicleta para triatlo feita de fibra de maconha. Mas Calfee é o mais experiente entre todos da nova geração. Antes de começar essa nova empreitada, ele já era conhecido há muito tempo por construir bicicletas de elite, foi um dos pioneiros no uso da fibra de carbono e fez modelos especiais para ciclistas como Greg LeMond, tricampeão da Volta da França. Em meados dos anos 1990, começou a procurar uma ideia que atraísse a atenção dos visitantes de uma feira de bicicletas. Mas ele queria algo mais do que apenas uma boa ideia. Ele queria alguma coisa que fizesse o público vir a seu estande e ficar hipnotizado. Na verdade, foi seu cachorro quem lhe deu a ideia. O cão, fruto do cruzamento de pitbull e labrador, pegou um pedaço de bambu enquanto brincava. Quando o cão o soltou, Calfee pegou o bambu e percebeu que ele estava praticamente intacto. Um material incrível. Ele achou a ideia empolgante. Havia encontrado o que procurava: a bicicleta que estava construindo para a feira teria um quadro feito de bambu. As bicicletas de bambu são muito mais macias O bambu nasce em todos os continentes do planeta, incluindo a América do Norte, e assim Calfee utilizou um bambu californiano para o novo protótipo. O quadro era um pouco flexível demais mas cumpriu sua missão principal: chamar muita atenção. Após a feira, Calfee voltou para sua oficina e começou a fazer experiências de verdade com o material. Por mais ecológico e resistente que seja, ele também tem suas falhas. Uma das maiores desvantagens era que ele rachava no meio com facilidade. Para resolver o problema, Calfee defumou o bambu e o temperou com calor. (Hoje em dia, a planta passa por um processo que dura quatro meses antes que possa ser utilizado.) Ele também envolveu as fibras de maconha e de bambu com resina epóxi e as utilizou para unir os tubos de bambu. Cerca de cem quadros mais tarde, Calfee finalmente havia construído uma bicicleta em que confiava. Seu veredicto: o quadro feito de bambu absorve as vibrações muito melhor do que o de fibra de carbono. "As bicicletas de bambu proporcionam um pedalar mais suave", afirma. Ele também descobriu que a bicicleta tem uma incrível resistência a impactos, é mais forte que a de fibra de carbono e menos sujeita a quebras. Esses resultados foram confirmados depois que os quadros foram testados no laboratório de testes de bicicletas EFBe na Alemanha. Mas toda essa resistência tem um preço - um quadro de mountain bike feito de bambu custa certa de US$ 2.700 (R$ 4.700). Enquanto isso, Calfee também ganhou vários prêmios com suas bicicletas de bambu. "Best Road Bike", "Best Off-Road Bike" e o prêmio do público da Feira Americana de Bicicletas Artesanais estão entre eles. Ele mesmo diz em seu site que se houvesse um prêmio para a bicicleta com a menor pegada de carbono, uma de suas criações o ganharia "sem as mãos". Em direção às nações em desenvolvimento Mas você se engana se pensa que tais meios de transporte são exclusivos dos endinheirados californianos com consciência ambiental. Calfee achou uma área de atuação completamente nova para as suas bicicletas de bambu: a África. "Em países em desenvolvimento, as bicicletas são muito importantes para o transporte de bens e para ir à escola ou ao mercado", ele diz. E a maior vantagem das bicicletas de bambu sobre as de aço é que a matéria-prima cresce bem ali. Calfee fundou a Bomboosera, uma iniciativa apoiada, entre outros, pelo Instituto da Terra da Universidade de Columbia, que apoia o desenvolvimento sustentável em benefício dos pobres de todo o mundo. O projeto quer ensinar os habitantes de países em desenvolvimento a fazer suas próprias bicicletas com o objetivo final de talvez abrir um negócio próprio. Em fevereiro de 2008, Calfee ensinou o básico sobre a construção de quadros de bicicleta a três grupos em Gana. Agora há vários projetos em andamento no país. E outros estão sendo planejados, de Uganda e Libéria às Filipinas e Nova Zelândia. E seus projetos mais recentes são ainda mais ambiciosos: um ônibus escolar em forma de bicicleta. A ideia é que as bicicletas tenham um adulto na direção e seis ou sete crianças a bordo - e todo mundo precisa pedalar. A nova geração de fabricantes De volta aos Estados Unidos, Calfee tem Nick Frey, um engenheiro formado em Princenton e campeão de ciclismo, como concorrente. Durante seus estudos, Frey passou dois anos desenvolvendo seus próprios quadros de bambu e montou uma empresa junto com quatro colegas de engenharia, a Boo Bicycles no Colorado, também especializada em fabricar bicicletas de bambu. Outros países também estão começando a entrar em ação. A empresa dinamarquesa de design Biomega, que exibe uma "cultura corporativa responsável", faz lindas bicicletas de bambu e tem um projeto em andamento na Universidade Técnica de Berlim para desenvolver bicicletas similares chamadas Berlin Bamboo Bikes. O projeto do engenheiro Nicolas Meyer está sediado em Osnabruck, no estado alemão da Baixa Saxônia. Meyer deu um passo adiante e criou uma das primeira bicicletas feitas de canabis. Em 2008, ele fundou sua companhia, a Onyx Composites, especializada em pequenos projetos de construção e no uso de matérias-primas sustentável. Mas como parte de seu trabalho mais criativo - e sua necessidade de ter novas bicicletas de triatlo - Meyer criou o protótipo de uma bicicleta feita principalmente de canabis e bambu. Isso, e seus outros trabalhos, o fizeram ganhar o prêmio de "Melhor Novo Negócio de 2009" em Osnabruck em agosto do ano passado. Protótipos de canabis com bambu da floricultura A mistura de matérias-primas que Meyer faz é particularmente interessante. Ele consegue a canabis em uma loja de maconha e o bambu vem da floricultura. "60% de maconha, 15% de bambu e o resto é carbono e alumínio", ele explica. Para fazer a bicicleta, Meyer mergulha as fibras de canabis em uma resina térmica de epóxi e depois as enrola em torno de um quadro feito de poliestireno extrudido. E esses materiais explicam a aparência um pouco estranha do quadro. "Se você quiser entender o quadro, imagine uma série de tiras da maconha", diz Meyer. As tiras suportam muito peso. Mas se curvam sob pressão. Para garantir que o suporte do selim, que é feito com dois tubos, não curve e perca a forma, há uma tira branca de três centímetros ao redor dos tubos. E como os tubos que formam a bicicleta medem entre 3,5 e 10 centímetros de diâmetro, essa bicicleta é muito mais resistente do que qualquer modelo de fibra de carbono e até de bambu. Quanto maiores os tubos, mais rígida a bicicleta. Mas isso não torna o quadro da bicicleta mais pesado. Ele ainda pesa cerca de 1,4 kg, aproximadamente o mesmo que um bom quadro de alumínio. "Uma bicicleta de triatlo nunca é confortável", admite Meyer - mesmo que a bicicleta de maconha pareça muito mais confortável e alivie as vibrações muito melhor do que seu antigo quadro. Mas isso não parece um feito muito difícil de alcançar - sua antiga bicicleta tinha 30 anos e era feita de aço. Fonte: UOL OFF E viva as magrelas! Eu quero uma sativa espertinha pra mim!
  13. Fu Lixin, emocionalmente esgotada por cuidar de sua mãe doente, precisava de um pouco de estímulo. Um amigo ofereceu a ela um "cigarro especial" -um contendo metanfitamina- que Fu tragou alegremente. No dia seguinte, três policiais aparecerem à sua porta. "Eles me pediram para urinar em um copo", ela disse. "Meu amigo foi preso e me entregou. Era um teste de drogas. Eu fui pega na hora." Apesar de ter dito que era a primeira vez que fumava metanfetamina, Fu, 41 anos, foi prontamente enviada para um dos centros compulsórios de reabilitação de drogados da China. A estadia mínima é de dois anos e a vida é uma punição persistente de abusos físicos e trabalhos forçados sem nenhum tratamento para drogas, segundo ex-presos e profissionais da área. "Foi um inferno do qual ainda estou tentando me recuperar", ela disse. Segundo a ONU, até meio milhão de cidadãos chineses são mantidos nesses centros. As detenções são decididas pela polícia sem julgamentos, juízes ou apelações. Criados em 2008 como parte de um esforço para lidar com o crescente problema de narcóticos do país, os centros, dizem advogados e especialistas em drogas, se transformaram em colônias penais de fato, onde os presos são enviados para fábricas e fazendas, são alimentados com alimentos abaixo do padrão e não recebem cuidados médicos básicos. "Eles os chamam de centros de desintoxicação, mas todos sabem que a desintoxicação leva poucos dias, não dois anos", disse Joseph Amon, um epidemiologista da Human Rights Watch, em Nova York. "O conceito básico é inumano e falho." Na quinta-feira, o Human Rights Watch divulgou um relatório sobre o sistema de reabilitação de drogados, que substituiu a abordagem anterior do Partido Comunista de envio dos viciados a campos de trabalhos forçados, onde trabalhavam ao lado de ladrões, prostitutas e dissidentes políticos. O relatório, intitulado "Onde as Trevas Não Conhecem Limites", pede ao governo que feche imediatamente os centros de detenção. Segundo a Lei Antidrogas de 2008, os infratores devem ser enviados para instalações de desintoxicação contendo profissionais treinados e então enviados para centros de reabilitação comunitários, por até quatro anos, para acompanhamento terapêutico. Mas especialistas em abuso de substâncias dizem que a legislação, parte de uma abordagem supostamente "centrada na pessoa" para lidar com o vício, simplesmente dá um novo nome ao velho sistema. O que é pior, eles disseram, ela expande as detenções compulsórias de seis meses para períodos de dois anos, que as autoridades podem prolongar para até cinco anos. Os centros de reabilitação comunitários, acrescentam os especialistas em tratamento, ainda não foram estabelecidos. Wang Xiaoguang, o vice-diretor da Daytop, uma residência de tratamento de drogas na província de Yunnan, afiliada a uma clínica americana, disse que os centros de desintoxicação do governo são pouco mais que empreendimentos comerciais dirigidos pela polícia. Os detidos, ele disse, passam seus dias trabalhando em granjas ou fábricas de sapato que possuem contrato com a polícia local; tratamento para drogas, terapia e treinamento vocacional são quase inexistentes. "Eu não acho que essa é a situação ideal para pessoas que tentam se recuperar do vício", disse Wang em uma entrevista por telefone. Em seu relatório, a Human Rights Watch, que se concentrou em Yunnan, disse que os abusos em alguns dos 114 centros de detenção da província são ainda mais perturbadores. Pessoas com doenças sérias, como tuberculose e Aids, frequentemente não recebem tratamento médico. Muitos presos relataram espancamentos, alguns deles fatais. O Escritório da Comissão Nacional de Controle de Narcóticos, que administra a política chinesa para as drogas, não respondeu na quinta-feira aos pedidos de comentário. Han Wei, 38 anos, um viciado em heroína em recuperação que foi solto de um centro de detenção em Pequim em outubro, disse que os guardas usavam aguilhões elétricos nos recalcitrantes. "Pelo menos eles nos davam capacetes, para não ferirmos nossas cabeças durante as convulsões", ele disse. As refeições consistiam de pães aquecidos no vapor e, ocasionalmente, lavagem a base de repolho. Banhos eram permitidos apenas uma vez por mês. E o remédio para os sintomas de abstinência de heroína era um balde de água fria no rosto. "Eles não me deram nenhuma pílula e nem terapia", disse Han. Apesar das privações, Han, um ex-dono de boate, disse que sua sentença de dois anos resultou na meta desejada: ela o persuadiu a abandonar o vício iniciado em 1998. "Eu nunca mais vou voltar", ele disse. Zhang Wenjun, que dirige a Guiding Star, uma organização que ajuda viciados a se recuperarem, disse que essa determinação frequentemente é passageira. Pelo menos 98% daqueles que deixam o sistema de detenção de drogados retornam ao vício em poucos anos, ele disse. Zhang sabe do que está falando. Seu próprio vício em heroína o levou a centros de desintoxicação e campos de trabalhos forçados seis vezes desde meados dos anos 90. "O que o governo não percebe é que esta é uma doença que precisa ser tratada, não punida", disse Zhang, 42 anos, um homem tatuado que fala murmurando. De certa forma, ele disse, o estigma do vício é tão debilitante quanto a atração da próxima dose. Aqueles que são presos por infrações ligadas às drogas são rotulados como viciados em suas carteiras de identidade, o que torna fúteis as tentativas de arrumar emprego e benefícios do bem-estar social. E como a polícia local é automaticamente notificada quando ex-infratores fazem o check-in em hotéis, viajar frequentemente envolve exames de urina improvisados e a possibilidade de humilhação diante dos colegas. "Na China, ser um viciado em drogas é ser um inimigo do governo", disse Zhang. Ainda assim, ele e outros que cuidam do tratamento de drogados são rápidos em reconhecer o progresso obtido pela China nos últimos anos. Atualmente há oito clínicas para metadona em Pequim, a capital, servindo 2 mil pessoas, e mais de 1.000 programas de troca de agulhas surgiram no país desde 2004. Yu Jingtao, cuja organização, o Grupo de Redução do Dano de Pequim, distribui 30 mil agulhas limpas por mês, disse que o governo foi lento na adoção do modelo de tratamento de drogados comum em grande parte do mundo desenvolvido. "Nós fomos pegos em um período de transição", disse Yu, um viciado em recuperação. "Os períodos de transição nunca são bonitos." Zhang Jing contribuiu com pesquisa. Tradução: George El Khouri Andolfato Fonte: UOL
  14. Uma pesquisadora israelense demonstrou que a maconha pode aliviar os sintomas de Transtorno de Etresse Pós-Traumático, que afeta entre 10% e 30% das pessoas que tiveram alguma experiência traumática: acidente, estupro, guerra ou ataque terrorista, entre outros. A professora Irit Akirav, do Departamento de Psicologia da Universidade de Haifa, submeteu dois grupos de camundongos a pequenas descargas elétricas; um dos grupos recebeu maconha sintética diretamente no cérebro, na região ligada à memória emocional. Os pesquisadores concluíram que o cérebro dos animais que receberam a droga não liberou um hormônio do estresse que o corpo normalmente processa como reação a um trauma. As pessoas que sofrem do transtorno apresentam um nível anormal desse hormônio. "O resultado da pesquisa deve encorajar a investigação psiquiátrica sobre o uso de canabinóides em pacientes com transtornos pós-traumáticos", diz Akirav. Mais informações através do link: http://www.israel21c.org/health/marijuana-could-alleviate-symptoms-of-ptsd
  15. A Polícia Militar prendeu na noite desta quarta-feira três jovens por suspeita de tráfico de drogas na Vila Nossa Senhora de Fátima, no Aglomerado do Cafezal, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Segundo a PM, na casa de um dos rapazes foram encontradas diversas mudas de plantas que seriam de maconha. Os policias abordaram Gabriel Pires Repinaldo, de 22 anos, Thiago Carvalho dos Santos, também de 22, e Rafael Martins de Souza, de 20, durante um patrulhamento de rotina na vila. Segundo o cabo Warley Passos, do 22º Batalhão, três buchas de maconha estavam com um dos suspeitos. "Questionados sobre a origem da droga, eles nos levaram até uma casa na Rua Flor de Maio, onde havia um vaso de planta com maconha. No quintal da residência encontramos outras", detalhou o militar. Ainda de acordo com o cabo Warley, os jovens não têm passagem pela polícia. Os rapazes e o material apreendido foram a encaminhados à Seccional Sul. Fonte: UAI
  16. Se aqui no BR tivesse uma facul dessas mta gente aqui do GR já era Msc ou até PhD. hahaha Já até imaginei a grade... 1o período História da Cananbis Solos Matemática Física Desenho Projetivo 2o Iluminação Cultivo Indoor I Cultivo Outdoor I Construção de Greenhouses Cultivo Orgânico 3o Fertilização Química Cultivo Indoor II Cultivo Outdoor II Patologias Controles Biológicos Controle Químicos 4o Hidraulica Cultivo Hidropônico I Genética I Reprodução e Clonagem Humanidade e Ciências Sociais Metodologia Científica e Tecnológica 5o A Arte da Secagem e Cura Cultivo Hidropônico II Genética II Fotografia Toxicologia 6o Logística Controle de qualidade Redução de danos Legislação Estágio Supervisionado I 7o Educação Ambiental Projeto Integrado Climatologia e a Cananbis Administração de Empresas 8o Marketing Cannábico Estágio Supervisionado II Trabalho Final de Graduação HAUHAUHUAUHAUHA
  17. Os juízes de Direito estão voltando às salas de aula para aprender a aplicar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Depois de promover o primeiro curso para magistrados de todo o estado, a Vara de Atos Infracionais da Infância e Juventude de Belo Horizonte , com o apoio do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), agenda programas regionais de capacitação, num contexto em que mudou o perfil dos atos infracionais cometidos por adolescentes. Se há cinco anos a maior parte das transgressões relacionava-se a furtos e roubos – hoje, 45% têm relação direta com a droga, e até 60% referem-se a atos também indiretamente relacionados, como homicídios e roubos a mando do tráfico. Entre as diversas dificuldades de juízes pouco familiarizados com a matéria – que não é contemplada pelas grades curriculares da maior parte dos cursos de direito e tampouco considerada nos concursos para ingresso na carreira da magistratura – está a ausência de uma Lei de Execução de Medidas Socioeducativas. Até hoje sem aprovação do Congresso Nacional, abre-se aos juízes o poder de definirem as intervenções, o que torna o sistema socioeducativo complexo e exige muito preparo. Abrigados em comarcas onde as varas criminal e da infância e adolescência são uma só, a maior parte dos magistrados tem um desafio diante de si: não reproduzir o viés do modelo penal para crimes cometidos por adultos com as medidas socioeducativas, de reinserção na sociedade, aplicadas a menores em conflito com a lei. Na Avenida Santos Dumont, adolescentes pobres de idades variadas, sobretudo de 15 a 17 anos, "tomam conta" das buchas de maconha e pedras de crack em esconderijos públicos: bueiros, telefones, desníveis na calçada, cantinhos sob as bancas de revistas. Não são traficantes. São olheiros da “firma” e ganham por uma ou duas horas de trabalho diário o que a mãe leva, como diarista, 8 horas ao dia, quatro semanas no mês, para conquistar. A Polícia Militar ronda por ali e tudo vê, mas não consegue flagrá-los em posse da droga. O que fazer? O Estatuto da Criança e do Adolescente é explícito: esses jovens estão em situação de risco e têm direito a medidas de proteção. Cabe intervenção do Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente, encaminhamento aos pais ou à família estendida para medidas capazes de evitar o pior: que o aprendiz se torne feiticeiro. O mesmo peso e a mesma medida são adotados em situações semelhantes em todas as cidades do país? Não. Sobretudo nas comarcas longe das regiões metropolitanas e das cidades-polo, há juízes que mandam apreender os meninos e, na falta de unidades de internação próprias, os colocam em cadeias públicas com criminosos de todo o naipe. Ferem duplamente a legislação brasileira para a criança e o adolescente. Aos 19 anos, o Estatuto da Criança e do Adolescente ainda não é integralmente aplicado pelos juízes por falta de estrutura das comarcas e por falta de intimidade com a legislação. O tema não está incluído no conteúdo para os concursos públicos de magistrados e nem integra a grade curricular da maioria das escolas de direito no país. A isso soma-se o fato de que em mais de 90% das comarcas do país – em Minas, só Uberlândia, Contagem, Belo Horizonte, Juiz de Fora e Uberaba têm varas especializadas na infância e adolescência – os juízes acumulam varas criminais com varas da infância e não raro veem o adolescente com o viés do direito penal, próprio para crimes cometidos por adultos. Não há contraponto a essa perspectiva penal, uma vez que faltam defensores públicos nas comarcas do interior. Assim, aos jovens apreendidos em conflito com a lei não são dadas as garantias processuais reservadas aos adultos. Por essas e por outras os juízes estão de volta às salas de aula. O 1º Curso de Atualização de Magistrados Mineiros em Justiça-Infanto-Juvenil”, que chegou a reunir, no fim do mês passado, 25 magistrados do interior, além de promotores, defensores públicos e técnicos da Secretaria de Estado da Defesa Social, foi o primeiro passo. Oferecido pela Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes Filho (Ejef), a matéria será incluída agora na “grade curricular” dos juízes em vários cursos regionalizados no estado. Mentora intelectual da proposta, Valéria da Silva Rodrigues, à frente da Vara de Atos Infracionais da Infância e Juventude de Belo Horizonte, assinala: “Há várias varas no interior de Minas que não se especializaram da forma como deveriam na área da infância e da juventude. Os juízes precisam ser capacitados para lidar com a infância e a juventude a partir do paradigma estabelecido pela legislação em vigor, que é a recuperação do jovem infrator”. Desrespeito Não são poucas as situações em que o Estatuto da Criança e do Adolescente não é respeitado. Jovens apreendidos em flagrante são mantidos em internação provisória por mais de 45 dias, período máximo em que, pela legislação, o juiz deve dar a sentença. “Temos 311 adolescentes ainda em cadeias públicas em Minas Gerais”, declara Valéria da Silva Rodrigues. “A legislação sustenta que, se não há vagas em um centro de internação, o juiz deve colocá-lo em regime domiciliar. O adolescente infrator não pode cumprir medida socioeducativa na cadeia”, afirma Valéria. Mediante a infração, que praticada por um adulto seria crime, a Justiça aplica a medida socioeducativa – uma pena em caráter punitivo – mas com a finalidade da reeducação. “É preciso reinserir o adolescente infrator. Como, numa cadeia pública, esse trabalho será realizado?”, indaga a juíza. Nos centros de internação há equipes interdisciplinares que acompanham o menor e a sua resposta às medidas socioeducativas. “Prender para proteger” é também a máxima em 70% das comarcas de Minas, onde as prefeituras municipais não implantaram programas de liberdade assistida e o estado não mantém programas de recuperação de drogadição. Diante de menores viciados, prestando “pequenos serviços” para o tráfico, os juízes optam pela internação. Pela lei, só poderiam fazê-lo, se observada a legislação para a infância e a adolescência, em caso de reiteradas infrações. Fonte: UAI
  18. Será que rola umas estufas dessas clandestinas no Brasil?
  19. http://www.youtube.com/watch?v=5PUkSPzVcBg Vejam o vídeo até o FINAL.
  20. Achei o texto muito bem escrito e fundamentado. O título faz alusão a uma pessoa que fuma maconha há muito tempo, ou seja, um maconheiro velho. Nós jovens, não sabemos os efeitos no longo prazo. Se tiver alguém com mais de 45 anos e consumo frequente de cannabis favor deixar sua opinião. rsrs
  21. Autoridades de segurança pública de Barbacena, na Região Central de Minas, foram surpreendidas ao descobrirem uma plantação de maconha próxima a um canil da Polícia Militar. Cerca de 2 mil pés foram encontrados na quinta-feira, em um terreno na Rua Marquês de Maricá. Segundo a PM, movimentações na região levantaram suspeitas. Os militares exploraram o terreno e localizaram a plantação. Os pés de maconha foram levados para uma delegacia da região. Nenhum suspeito de ser responsável pelas plantas foi identificado até o momento. Vídeo Fonte: Portal Uai
  22. Defensores da descriminalização da maconha participaram neste sábado de uma passeata pacífica na região central de Belo Horizonte. De acordo com a assessoria da Polícia Militar (PM), num total entre 80 e cem participantes, os ativistas caminharam da Praça da Estação, passando pela Praça Sete, até chegarem à Praça da Liberdade, onde o movimento se dispersou. A passeata, chamada de Marcha da Maconha, durou das 16h às 17h20, e, segundo a polícia, não comprometeu o trânsito no hipercentro. Um esquema de segurança foi montado pela PM, com o auxílio de militares do Batalhão de Trânsito, do 1º Batalhão e do Regimento de Cavalaria. Mas, durante a realização do protesto, não houve nenhum registro de violência, de acordo com a polícia. A realização da Marcha da Maconha estava prevista também em outras cidades no Brasil. Polêmica Os defensores da causa foram às ruas da capital neste sábado sob o respaldo de uma decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que indeferiu ação cautelar impetrada, na última quinta-feira, pelo Ministério Público Estadual (MPE). A ação com pedido liminar queria proibir o movimento em Belo Horizonte. A decisão foi dada nesta sexta-feira pelo juiz Edson Feital Leite, da 2ª Vara de Tóxicos. Segundo a assessoria do MPE, um recurso apresentado em seguida pelo promotor Joaquim Miranda foi negado pelo desembargador Eduardo Bruno, que manteve a decisão inicial do TJMG. Paralelamente ao embate, os organizadores da Marcha da Maconha queriam também a garantia de que nenhum participante seria preso pela simples participação no evento. De acordo com o MPE, eles entraram com um habeas corpus preventivo no Juizado Especial Criminal pedindo salvo-conduto a todos os participantes, o que foi negado. Esta não é a primeira vez que a marcha desperta polêmica entre autoridades mineiras. Em 2008, o TJMG adotou uma postura distinta: dois dias antes de sua realização, desembargador Renato Martins Jacó suspendeu a manifestação. Fonte: Globo Minas
  23. Eu já era fão do Carlos Minc... Depois dessa... putz.. ele sim é O CARA!
  24. Marcha da Maconha do Recife teve até vovô e vovó A tarde nublada e ameaça iminente de chuva não impediu os recifenses de participarem da Marcha da Maconha na tarde deste domingo (3). Com faixas e cartazes, cerca de duas mil pessoas - estimativa da organização - caminharam por pouco mais de uma hora nas ruas do Recife Antigo, em manifestação pacífica. Atraídos pela ideia de debater a legalização da maconha no País, o público jovem foi maioria na Marcha. Famílias fizeram-se presentes também (veja vídeo acima), com direito a vovô e vovó. O clima foi de tranquilidade, assegurado também pela presença policial, conforme decisão da Justiça. Houve, no entanto, quem desrespeitasse os pedidos da organização. A polícia confiscou um cigarro de maconha de um jovem que insistiu em exibí-lo em frente a viatura. Afronta pura. Nos discursos, cobrou-se dos manifestantes que não consumissem drogas na Marcha. :bronca: Os organizadores fizeram menção também a atuação da justiça pernambucana, que liberou a realização da passeata - ao contrário de outras cidades do País. O Ministério Públicou do Estado entrou com pedido de liminar para suspensão da Marcha, posteriormente indeferido pelo juiz Alipio de Carvalho Filho, da 2ª Vara de Entorpecentes. Os participantes da Marcha começaram a reunir-se na Rua do Apolo por volta das 15h. Saíram em passeata às 16h, com destino a Rua da Moeda. No trajeto, a Avenida Rio Branco e Rua da Alfândega, em frente ao Paço. Microfone instalado em carro de som, que acompanhava a caminhada, estava aberto para quem quisesse se manifestar. Fotos da Marcha Vídeo
  25. A Justiça em São Paulo, Salvador e João Pessoa (PB) proibiu a realização da Marcha da Maconha, que ocorreria no próximo domingo (3). O protesto também está marcado para ocorrer simultaneamente em Florianópolis, Fortaleza, João Pessoa e Recife no domingo. Os organizadores de Salvador e João Pessoa remarcaram o protesto para o dia 31 de maio e entraram com recurso. Em São Paulo, os organizadores tentam ainda reverter a decisão. As manifestações foram proibidas pela Justiça depois de as Promotorias entrarem com ações para impedir a marcha. Ambas alegaram que os protestos fazem apologia ao uso de drogas e que é organizado por um site clandestino, com hospedagem fora do Brasil. Em São Paulo, a suspensão da marcha foi indeferida pela juíza Maria Fernanda Belli, do Departamento de Inquéritos Policiais e Corregedoria da Polícia Judiciária da Capital, o que levou o Ministério Público a entrar com um mandado de segurança no TJ (Tribunal de Justiça). Nesta quinta-feira, o desembargador Di Rissio Barbosa concedeu a liminar suspendendo o evento. A decisão da suspensão do evento foi comunicada às Polícias Civil e Militar, à Guarda Civil Metropolitana e à CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). No ano passado, o Ministério Público também conseguiu suspender a realização da Marcha da Maconha, com mandado de segurança depois que o pedido foi negado pela juíza de primeira instância. A liminar que proíbe o protesto em Salvador foi deferida nesta quarta-feira (29) pela juíza Nartir Dantas Weber. No despacho, a juíza ainda recomenda que a notificação aos comandos das Polícias Civil e Militar e à prefeitura para que sejam tomadas medidas necessárias para evitar a manifestação. O Ministério Público na Bahia entrou com procedimento investigatório criminal para investigar a origem do site que divulga a marcha e também para apurar o crime previsto na lei 11.343/06 que preconiza que induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga é crime com pena de um a três anos. Covardia Um dos organizadores e advogado da marcha Gerardo Xavier Santiago, chamou de covardia a atitude da Promotoria. "O Ministério Público não tem a coragem de discutir o mérito da proibição da marcha. Ele tem medo de discutir esse mérito porque sabe que ele perde, nem que a gente tenha que ir até o STF [supremo Tribunal Federal]. Então eles usam essa tática desleal de pedir liminar nas vésperas do plantão e conseguir e depois de passar as datas das marchas pedir um arquivamento das próprias ações por perda do objeto", disse Santiago. Segundo o advogado, o mérito da ação é se a marcha deve ou não acontecer. "É claro que nosso objetivo não é a apologia ao uso da maconha. Nosso objetivo é combater a política pública sobre a maconha", afirmou o advogado. Fonte: FolhaOnline
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