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Tiradentes

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  1. O governador Aécio Neves deu posse, nesta quarta-feira (30), aos novos membros do Conselho Estadual Antidrogas, órgão que tem a responsabilidade de orientar e coordenar ações de prevenção e combate ao uso e ao tráfico de entorpecentes em Minas. Na solenidade, no teatro da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, em Belo Horizonte, o governador também anunciou o repasse de R$ 2 milhões de recursos do Estado para 29 entidades especializadas no tratamento de dependentes de drogas. Onze delas atuam na Grande BH, formando a Rede Metropolitana de Atendimento ao Dependente Químico. “Estamos dando posse ao Conselho Estadual Antidrogas, enfatizando a importância que o Governo do Estado vem dando a esta questão que é uma questão do nosso tempo, no enfrentamento ao crescente consumo de drogas tanto do ponto de vista da repressão, quanto com ações sociais e pedagógicas, portanto educacionais. É mais um momento de definirmos não apenas transferência de recursos para essas ações, mas estimularmos outras ações no sentido de prevenir a utilização de drogas, sobretudo, pela juventude de Minas”, afirmou Aécio Neves, em entrevista. Minas Gerais é o único Estado do país que instituiu uma secretaria para tratar especificamente dos assuntos relacionados às drogas. A Subsecretaria de Políticas Antidrogas e o Conselho Estadual Antidrogas são órgãos ligados à Secretaria de Estado de Esporte e da Juventude. Investimento O médico Aloísio Antônio Andrade de Freitas foi reempossado como presidente do Conselho Estadual Antidrogas. Ele ressaltou que Minas tem uma das políticas públicas mais arrojadas no combate às drogas. Aloísio Andrade disse ainda que Minas é o estado brasileiro que destina maior volume de recursos para ações nessa área. Apenas para entidades que cuidam de dependentes de drogas, foram repassados no ano passado R$ 1,7 milhão. Tomaram posse como membros do Conselho outras 27 pessoas, entre representantes do Governo de Minas, Ministério Público, polícias Civil, Militar e Federal e de outras entidades da sociedade civil, como Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Associação Comercial de Minas (ACMinas), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), conselhos regionais de Medicina e de Farmácia e Assembléia Legislativa. É o Conselho que estabelece prioridades entre as diversas atividades desenvolvidas pelo Governo de Minas nessa área. É também de sua responsabilidade o estímulo a pesquisas visando ao aperfeiçoamento do controle e a fiscalização do tráfico, assim como a supervisão e orientação na recuperação de dependentes. “Em Minas, inúmeros programas, projetos, estruturas públicas e recursos financeiros estão mobilizados para enfrentar essa batalha, mas esta não pode ser uma luta isolada do Governo do Estado. Para enfrentar esse enorme desafio, é preciso mobilizar a sociedade inteira, com base em informação atualizada, políticas específicas, estratégia adequada e coordenação das ações governamentais e privadas”, disse o governador, em seu pronunciamento. Exemplo O secretário nacional Antidrogas, general Paulo Roberto Yog Uchoa, afirmou que a política pública de prevenção e repressão às drogas de Minas Gerais é exemplo para país. Ele citou o êxito dos leilões de bens de narcotraficantes realizados em Minas em 2005 e 2006. Nos dois leilões foram arrematados 141 bens que renderam R$ 900 mil. Parte dos recursos apurados é destinada à Divisão de Tóxicos e Entorpecentes da Polícia Civil e ao Centro Operacional de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público. “Somos 27 unidades federativas e das 27, somente 20 já assinaram conosco o convênio para aproveitamento dos bens dos narcotraficantes. Dos 20 que assinaram, apenas sete estados realizaram leilões. Minas é um deles e vem dando exemplo de como podemos fazer, utilizar dos recursos dos narcotraficantes que tanto mal fazem à nossa sociedade, os seus próprios bens reverterem à favor dos trabalhos que são desenvolvidos na área, principalmente de prevenção e tratamento de dependentes”, afirmou. Rede Metropolitana Depois de empossar o Conselho, o governador anuncia a liberação de R$ 2 milhões para 29 entidades que assistem dependentes de álcool e drogas em várias regiões de Minas. Os recursos serão destinados à manutenção e custeio das entidades. O governador também instituiu a Rede Metropolitana de Atendimento ao Dependente Químico. O objetivo é dar suporte social e facilitar o acesso de moradores dos aglomerados urbanos de Belo Horizonte e da Região Metropolitana, usuários de drogas, a instituições especializadas em tratamento nessa área. “Esse programa dá suporte social aos dependentes químicos e facilita seu acesso a instituições onde recebem cuidados especiais. Essas instituições especializadas, em convênio com o Governo do Estado, atuam em Belo Horizonte e na Região Metropolitana, assegurando atendimento a jovens e adultos em situação de risco social”, afirmou Aécio Neves. Ações integradas A Rede Metropolitana consolida a Rede Complementar de Suporte Social na Atenção ao Dependente Químico, que já atua em todo o estado, integrando ações de prevenção às drogas e de cooperação entre entidades assistenciais. Através da Rede, a Secretaria de Estado de Esporte e da Juventude disponibilizará equipes de profissionais, formadas por psicólogos e assistentes sociais. Essas equipes farão a triagem e o encaminhamento dos usuários a entidades assistenciais. A Rede Metropolitana nasceu como resultado da experiência bem sucedida de um outro programa do Governo de Minas, desenvolvido na Pedreira Prado Lopes, região Noroeste de Belo Horizonte: o programa de Apoio à Vida. “Desde 2006, esse programa já acolheu e encaminhou ao tratamento da dependência química mais de duas centenas de moradores da Pedreira, que antes eram usuários de drogas. Esse ano vamos ampliar o programa, oferecendo uma opção digna e segura a moradores de outras áreas de Belo Horizonte e da Região Metropolitana, sujeitos à mesma situação de risco”, disse o governador. Feliz sem Drogas Durante a solenidade, Aécio Neves fez ainda a entrega de prêmios aos vencedores do 10º Concurso de Frases e Desenhos Viva Feliz sem Drogas (foto). O concurso é promovido pelo Governo de Minas e dirigido a alunos de escolas públicas e particulares de ensino fundamental e médio. Concorreram 85.798 trabalhos, enviados por alunos de 11 mil escolas de 532 municípios mineiros, o que corresponde a quase 65% das instituições de ensino de Minas. Foram premiados os três primeiros classificados em cinco categorias: desenho; frase; desenho com frase; desenho especial e grafitismo. Recebe o prêmio o aluno, o professor orientador e a escola. O aluno classificado em primeiro lugar de cada categoria recebe um computador. O segundo lugar, um aparelho de TV 20 polegadas, e o terceiro lugar um aparelho de som microsystem. Os professores são premiados com um notebook, um palm-top, um DVD portátil com TV, pelo primeiro, segundo e terceiro lugares respectivamente. As escolas recebem um datashow, uma filmadora e uma máquina fotográfica digital, também pelo primeiro, segundo e terceiro lugares respectivamente. Também estiveram presentes à solenidade o secretário de Estado de Esportes e Juventude, Gustavo Corrêa, o subsecretário de Políticas Antidrogas, Cloves Benevides e o vereador Elias Murad. Fonte: https://www.mg.gov.br/portalmg/do/noticias?...;coSeqPagina=13
  2. Um homem preso em uma delegacia holandesa sob a suspeita de cultivar maconha recebeu uma surpresa inesperada no almoço – um pedaço de torta “recheada” com haxixe. “Foi um acidente”, disse Alwin Don, assessor de imprensa da polícia na província de Zeeland, no sul da Holanda. A torta havia sido confiscada pela polícia em outra investigação e guardada na geladeira – próxima às embalagens de lanche servidas aos suspeitos presos nas celas da delegacia de Goes, a 170 quilômetros de Amsterdã. “O pacote realmente se parecia com as outras embalagens de lanche”, disse Don a respeito da torta, que foi servida ao preso com uma xícara de café, no domingo. “Os policiais voltaram à cela meia hora depois e o suspeito disse para eles: “Acho que vocês me deram o lanche errado”, disse Don. O homem havia apenas experimentado a torta e um médico chamado para examiná-lo disse que ele não apresentou nenhuma reação nociva. “Foi uma grande coincidência esse homem ter comido a torta”, disse Don. “O que estava na torta não tem nada a ver com o caso.” Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarr...74-6091,00.html
  3. Depois de pegar seu filho de 15 anos fumando maconha, um pai canadense tomou uma decisão radical: vendeu o raro game "Guitar Hero III" que havia comprado por US$ 90 (cerca de R$ 160) para dar de Natal ao garoto. Ele arrecadou quase US$ 9 mil (aproximadamente R$ 16,3 mil) em um leilão na internet. O pai passou duas semanas procurando o jogo. Ele conta que ficou radiante quando conseguiu encontrar o game. "Eu tinha achado o 'Santo Graal' dos presentes. Mal podia esperar para dividir essa alegria com meu filho", escreveu ele no site de leilões eBay. "Então, fui mais cedo para casa e o que encontrei? Meu inocente menininho fumando maconha no jardim com dois de seus amigos delinqüentes", relatou ele no site. O homem, um professor do ensino fundamental que manteve sua identidade preservada, disse que vendeu o game para punir o filho e desencorajá-lo a fumar outra vez. Pelo menos para a conta bancária o negócio já rendeu bons frutos: um australiano aceitou pagar US$ 9,1 mil dólares pelo game. O filho, no entanto, não ia ficar sem presente de Natal. "Estou pensando em comprar um jogo para seu Nintendo. Talvez algo como Barbie ou Dançando com as Estrelas... Sei que ele vai amar", disse o pai, com ironia. Desde início do leilão (que se encerrou no dia 10 de dezembro), o caso vem alimentando um debate online em torno de quem está errado: o pai ou o filho. Há quem acuse o professor de ter humilhado publicamente o garoto. Para outros, essa história de filho drogado não passa de conversa mole de vendedor. Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarr...O+NO+NATAL.html
  4. Os campos da província de Balkh, ao norte do Afeganistão, erradicaram completamente as papoulas de ópio este ano, uma conquista bastante elogiada por oficiais afegãos e internacionais. Mas uma análise das plantações de Mohammad Alam revela outro problema que está surgindo no terreno das drogas. Pés de canabis, chegando a três metros de altura, preenchem as terras de Alam, prova de que os agricultores estão trocando o antigo plantio pelo da maconha. A plantação pode ser tão lucrativa quanto à do ópio, mas não chama tanta atenção dos órgãos de controle do Afeganistão concentrados em eliminar as papoulas de suas terras. O cultivo de maconha aumentou em 40% no Afeganistão neste ano, de 50.000 hectares plantados em 2006 para 70.000 hectares, segundo estimativas do Departamento de Drogas e Criminologia da ONU em sua pesquisa de 2007 referente ao ópio. A maconha está sendo cultivada em pelo menos 18 das 34 províncias do Afeganistão, de acordo com a pesquisa divulgada no mês passado. O relatório destaca Balkh como "principal exemplo" de uma província que erradicou o ópio, afirmando que outras províncias deveriam seguir "o modelo desta região ao norte onde liderança, incentivos e segurança fizeram com que os agricultores abandonassem o ópio." Ilegalidade No entanto, um pequeno trecho do relatório relacionado à maconha afirma que o aumento no cultivo deste produto "é motivo de preocupação." "A maconha também se alastrou para o norte do Afeganistão e constatou-se que seu cultivo aumentou sobretudo na província de Balkh", segundo a pesquisa. Alam, um dos agricultores de Balkh, disse que sabe que plantar maconha é ilegal, mas alega que depende dessa lavoura para poder alimentar os filhos. Ele disse que o governo não tem condições de oferecer empregos ou estimular o mercado de cultivos legais. "O governo não consegue gerar um mercado promissor de outros cultivos como algodão, melancia e vegetais, por isso preciso cultivar maconha no lugar de papoula", disse Alam. Os traficantes de drogas das províncias de Kandahar e Helmand, ao sul, onde se cultiva papoula, viajam para o norte para comprar maconha e levá-la ao Paquistão, disse Alam. O general Khodaidad, ministro interino de combate às drogas no Afeganistão que, assim como muitas pessoas no Afeganistão, usa apenas o primeiro nome, contou que o governo ainda não possui um controle estruturado da maconha. "Este é mais um problema enorme para o Afeganistão", disse ele. "Mais gente ficará viciada. É muito barato. O haxixe é mais prejudicial (do que papoulas) para o povo afegão." Segundo a ONU, a maconha rende cerca do dobro da quantidade de drogas por hectare em relação ao ópio de papoula e exige menos investimentos para cultivo. Diante disso, os agricultores de maconha poderiam ganhar a mesma quantia por hectare do que os agricultores de ópio, conforme relatório sobre drogas elaborado pela ONU. "Como conseqüência, os agricultores que não cultivam mais a papoula de ópio podem acabar recorrendo ao cultivo de maconha", segundo o relatório. O Afeganistão já é responsável pelo cultivo de cerca de 93% do ópio do mundo. Akbar Khan, agricultor de 35 anos da província de Balkh, disse que se os cultivos legais impusessem preços altos, os agricultores os adotariam. "Sabemos que o cultivo de maconha é ilegal, mas somos muito pobres e precisamos cultivá-la para ajudar a subsistência de nossas famílias", declarou ele. "Não gosto de plantar papoula nem maconha. Não quero que as pessoas se viciem nessas coisas, mas preciso levar comida para casa e não me resta outra alternativa." Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL194714-5602,00.html
  5. Como se a erva fosse prejudicar a capacidade do engenheiro... Sei que aqui no GR dá pra fazer uma comunidade só de engenheiros...hehehehe Pô, também depois de uma prova de Eletromagnetismo tem que estourar a bomba! E também o cara deu mole... Rodar em Campeche e ir pra depê do saco dos limões... mta sopa pro azar.
  6. Tiradentes

    Capitão Nascimento Bate

    Nunca antes neste país um produto cultural foi objeto de cerco tão covarde como Tropa de Elite, o filme do diretor José Padilha. Os donos dos morros dos cadernos de cultura dos jornais, investidos do papel de aiatolás das utopias permitidas, resolveram incinerá-lo antes que fosse lançado e emitiram a sua fatwa, a sua sentença: "Ele é reacionário e precisa ser destruído". Num programa de TV, um careca, com barba e óculos inteligentes, índices que denunciam um "inteliquitual", sotaque inequívoco de amigo do povo, advertia: "A mensagem é perigosa". Outro, olhar esgazeado, sintaxe trêmula, sonhava: a solução é "descriminar as drogas". E houve quem não resistisse, cravando a palavra mágica: "É de direita". Nem chegaram a dizer se o filme – que é entretenimento, não tratado de sociologia – é bom ou não. Seqüestrado pelo Bonde do Foucault (já explico o que é isso), Padilha foi libertado pelo povo. A pirataria transformou seu filme num fenômeno. A esquerda intelectual, organizada em bando para assaltar a reputação alheia (como de hábito), já não podia fazer mais nada. Pouco importava o que dissesse ou escrevesse, o filme era um sucesso. Derrotada, restou-lhe arrancar, como veremos, do indivíduo Padilha o que o cineasta Padilha não confessou. Por que tanta fúria? A resposta é simples: Tropa de Elite comete a ousadia de propor um dilema moral e de oferecer uma resposta. Em tempos de triunfo do analfabetismo também moral, é uma ofensa grave. Qual dilema? Não há como ressuscitar o filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804), mas podemos consultar a sua obra e então indagar ao consumidor de droga: "Você só pratica ações que possam ser generalizadas?". Ou por outra: "Se todos, na sociedade, seguirem o seu exemplo, o Brasil será um bom lugar para viver?". O que o pensamento politicamente correto não suporta no Capitão Nascimento, o anti-herói com muito caráter, não é a sua truculência, mas a sua clareza; não é o seu defeito, mas a sua qualidade. Ele não padece de psicose dialética, uma brotoeja teórica que nasce na esquerda e que faz o bem brotar do mal, e o mal, do bem. Nascimento cultua é o bom paradoxo. Segue a máxima de Lúcio Flávio, um marginal lendário no Brasil, de tempos quase românticos: "Bandido é bandido, polícia é polícia". A cena do filme já é famosa: numa incursão à favela, o Bope mata um traficante. No grupo de marginais, há um "estudante". Aos safanões, Nascimento lhe pergunta, depois de enfiar a sua cara no abdômen estuporado do cadáver: "Quem matou esse cara?". Com medo, o rapaz engrola uns "não sei, não sei". Alguns tapas na cara depois, acaba respondendo: "Foram vocês". E ouve do capitão a resposta que mais irritou o Bonde do Foucault: "Não! Foi você, seu maconheiro". Nascimento, quem diria?, é um discípulo de Kant. Um pouco desastrado, mas é. A narrativa é sempre pontuada por sua voz em off. Num dado momento, ele faz uma indagação: "Quantas crianças nós vamos perder para o tráfico para que o playboy possa enrolar o seu baseado?". O Bope que aparece no filme de Padilha é incorruptível, mas violento. O principal parceiro de Nascimento chega a desistir de uma ação porque não quer compactuar com seus métodos, que, fica claro, são ilegais. Trata-se de uma mentira torpe a acusação de que o filme faz a apologia da tortura. Ocorre que o ódio que a patrulha ideológica passou a devotar à obra não deriva daí. Isso é pretexto. O que os "playboys" do relativismo rejeitam é a evocação da responsabilidade dos consumidores de droga na tragédia social brasileira. Nascimento invadiu a praia do Posto 9, em Ipanema. Já empreguei duas vezes a expressão "Bonde do Foucault" para me referir à quadrilha ideológica que tentou pôr um saco da verdade na cabeça de Padilha: "Confesse que você é um reacionário". "Bonde", talvez vocês saibam, é como se chama, no Rio de Janeiro, a ação de bandidos quando decidem agir em conjunto para aterrorizar os cidadãos. Quem já viu Tropa de Elite sabe: faço alusão também a uma passagem em que universitários – alguns deles militantes de uma ONG e, de fato, aliados do tráfico – participam de uma aula-seminário sobre o filósofo francês Michel Foucault (1926-1984). Falam sobre o livro Vigiar e Punir, em que o autor discorre sobre a evolução da legislação penal ao longo da história e caracteriza, de modo muito crítico, os métodos coercitivos e punitivos do estado. No Brasil, os traficantes de idéias mortas são quase tão perigosos quanto os donos dos morros, como evidenciam nossos livros didáticos. Foucault sempre foi um incompreendido. Por que digo isso? Porque ele era ainda mais picareta do que seus críticos apontaram. No filme, aluna e professor fazem um pastiche de seu pensamento, e isso serve de pretexto para um severo ataque à polícia, abominada pelos bacanas como força de repressão a serviço do estado e suas injustiças. Sim, isso pode ser Foucault, mas Foucault era pior do que isso. Em Vigiar e Punir, ele fica a um passo de sugerir que o castigo físico é preferível às formas que entende veladas de repressão postas em prática pelo estado moderno. Lixo. O personagem Matias, um policial que faz o curso de direito, é o elo entre o Capitão Nascimento, o kantiano rústico, e esse núcleo universitário. A seqüência em que essas duas éticas se confrontam desmoraliza o discurso progressista sobre as drogas e revela não a convivência entre as diferenças, mas a conivência com o crime de uma franja da sociedade que pretende, a um só tempo, ser beneficiária de todas as vantagens do estado de direito e de todas as transgressões da delinqüência. Por isso o "Bonde do Foucault" da imprensa tentou fazer um arrastão ideológico contra Tropa de Elite. Quem consome droga ilícita põe uma arma na mão de uma criança. É simples. É fato. É objetivo. Cheirar ou não cheirar é uma questão individual, moral, mas é também uma questão ética, voltada para o coletivo: em qual sociedade o consumidor de drogas escolheu viver? Posso assegurar: não há livro de Foucault que nos ajude a responder. Derrotada, a elite da tropa esquerdopata não desistiu. José Padilha e o ator Wagner Moura foram convocados a ir além de suas sandálias. Assim como um juiz só fala nos autos, a voz que importa de um artista é a que está em seu trabalho. Ocorre que era preciso uma reparação. A opinião de ambos – ligeira e mal pensada – favorável à descriminação das drogas ameaçou, num dado momento, sobrepor-se ao próprio filme. Observem: Tropa de Elite trata é da falência de um sistema de segurança em que, segundo Nascimento, um policial "ou se corrompe, ou se omite, ou vai para a guerra". A falha desse sistema independe do crime que ele é chamado a reprimir. Se as drogas forem liberadas e aquela falha permanecer, os maus policiais encontrarão outras formas de extorsão e associação com o crime. E esse me parece um aspecto importante do filme, que tem sido negligenciado. Um dos lemas da tropa é "No Bope tem guerreiros que acreditam no Brasil". Esse patriotismo ingênuo e retórico tem fôlego curto: um dos soldados da equipe morre, e seu caixão está coberto com a bandeira brasileira. Solene e desafiador, Nascimento chega ao velório e joga sobre o "auriverde pendão da esperança" a assustadora bandeira do Bope: um crânio fincado por uma espada, atrás do qual se cruzam duas pistolas. Outro dos refrões do grupo pergunta e responde: "Homem de preto, qual é sua missão? / Entrar na favela e deixar corpo no chão / Homem de preto, o que é que você faz? / Eu faço coisas que assustam satanás". Resta evidente que o filme não propõe este Bope como modelo de polícia. Pouco me importa o que pensam Padilha e Moura. O que interessa é o filme. E o filme submete a um justo ridículo a sociologia vagabunda que tenta ver a polícia e o bandido como lados opostos (às vezes unidos), mas de idêntica legitimidade, de um conflito inerente ao estado burguês. O kantiano rústico "pegou geral" o Bonde do Foucault. Fonte: Revista Veja http://veja.abril.com.br/171007/p_090.shtml
  7. Já tentamos organizar a marcha em BH mas a galera de BH "paga pau". É a história de BH ser roça grande. Medo de ter a cara estampada no Estado de Minas. Conheço mta gente que prefere ir ao Rio que fazer passeata por aqui. Mas eu sempre tô na disposição. Mais um na troopie. Contem comigo. Abraxx PS: Bas e Anny de BH? Quem diria....
  8. Nem o milho nem o trigo: em valor comercial, o principal cultivo dos Estados Unidos é hoje a maconha, segundo um estudo apresentado por um acadêmico e ativista americano. Segundo levantamento feito por Jon Gettman, PhD em Política Pública da George Mason University, na Virgínia do Norte, e líder da Coalizão para Reclassificação da Cannabis, a produção do cultivo de maconha no país é estimada em US$ 36 bilhões anuais e o país está deixando de ser um consumidor da droga para se converter em um importante produtor. Apenas na Califórnia, o principal Estado produtor de maconha, o valor comercial das plantações erradicadas chegou a US$ 6,7 bilhões em 2006, segundo cifras passadas pelo Departamento de Justiça da Califórnia à BBC. Para ter uma idéia da importância comercial dos cultivos americanos da erva, basta destacar que um relatório do Serviço de Investigações do Congresso americano estimou que a contribuição do narcotráfico para a economia da Colômbia chega a 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) daquele país, ou cerca de US$ 2,5 bilhões – uma cifra equivalente a menos da metade do valor estimado da plantação californiana de maconha. Entretanto, o baixo valor monetário do narcotráfico colombiano se explica pelo fato de que a cocaína produzida na Colômbia adquire a maior parte de seu valor agregado após ser exportada. Até chegarem ao consumidor final americano, o valor comercial final das drogas produzidas na Colômbia será substancialmente maior. Mesmo assim, as cifras sugerem que os Estados Unidos são uma potência crescente em cultivos ilícitos, e que seu papel na indústria global do narcotráfico não se reduz ao de simples consumidor. Cultivo crescente Armado com um fuzil automático, o capitão Kevin Mayer não é o típico guarda florestal de aparência inofensiva e sorriso amável para os turistas que patrulha os parques naturais dos Estados Unidos. Mayer passa os seus dias percorrendo o Bosque Nacional da Serra, uma reserva natural de mais de um milhão de hectares a meio caminho entre as cidades de Los Angeles e San Francisco. Apenas na Califórnia, o número de plantas de maconha destruídas passou de 313.776 em 2001 para 1.675.681 no ano passado. O relatório anual antinarcórticos do Departamento de Estado afirmou que os Estados Unidos cultivavam 10 mil toneladas de maconha em 2005, frente a 5 mil importadas do México e do Canadá. "Creio que (as plantações de maconha) continuarão aumentando, se expandindo em direção ao leste e ao longo dos Estados Unidos, e ao norte em direção à fronteira com o Canadá", ele disse à BBC. "Há muitos lucros no negócio." O problema descrito por Mayer foi recentemente analisado pelo acadêmico americano Jon Gettman, para quem a maconha é, em termos de valor de sua colheita anual, o maior cultivo dos Estados Unidos, superando o milho e o trigo combinados. Conhecido estudioso e ativista a favor da reforma das leis antidrogas, Gettman utiliza o argumento econômico na principal campanha da Coalizão para Reclassificação da Cannabis, um grupo defensor do uso terapêutico da maconha. Prós e contras Assim como alguns justificam a existência de cultivos de coca nos países andinos por sua importância para as tradições locais, na Califórnia não falta quem diga que a maconha é parte da cultura da região, especialmente desde os anos 60. E uma parte do eleitorado do Estado tolera o cultivo, desde que em certas condições. Depois de um referendo em 1996, as autoridades californianas legalizaram o consumo e o cultivo da erva em pequenas quantidades para fins terapêuticos. Mas em outros setores da população, especialmente em comunidades rurais e conservadores, a oposição ao cultivo continua sendo radical. Um porta-voz da Agência Antidrogas dos EUA (DEA) disse que não poderia confirmar a escala da colheita nacional de maconha. Estima-se que apenas 10% dela sirva a propósitos medicinais. Como ocorre em países andinos, como Colômbia, Peru e Bolívia, um dos maiores focos do crescimento ilícito na Califórnia tem lugar em parques e reservas naturais, onde o isolamento físico e o caráter de espaço público dificultam a perseguição dos responsáveis. As autoridades da Califórnia disseram à BBC que não empregam fumigação aérea contra as plantações, por considerá-las nocivas às condições ambientais nesses parques naturais. Fonte: BBC Brasil http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbb...cmundo_pu.shtml
  9. De vez em quando um pacote de maconha é depositado na caixa de correio de Jason B. West, na Universidade de Utah, em Salt Lake City. Embora West possa não ser o único indivíduo no campus que recebe remessas de drogas ilegais, provavelmente não existe outro que as recebe com a aprovação do governo federal. Não há dúvida de que reserva de maconha de West não se destina ao consumo. A maconha é meticulosamente catalogada e vigiada, pesada repetidas vezes para garantir que nenhuma parte dela desaparecerá, e enviada de volta ao remetente (um laboratório da Universidade do Mississipi), ou destruída quando West termina o seu trabalho com ela. Com financiamento do Escritório de Política Nacional de Controle de Drogas dos Estados Unidos, West, 34, está criando um modelo capaz de identificar a origem geográfica dos pés de Cannabis sativa com base em certos "cartões de identificação" químicos. A agência espera utilizar a pesquisa para auxiliar na decisão de onde concentrar os seus recursos. A pesquisa, o Projeto de Assinatura da Maconha, baseia-se nos isótopos estáveis, que são formas de um mesmo elemento químico como, por exemplo, o nitrogênio ou o oxigênio, dotados de diferentes massas atômicas. Há muito empregados em pesquisas ecológicas, os isótopos estáveis têm sido cada vez mais utilizados para fins policiais, incluindo investigações sobre níveis de substância tóxica no sangue, incêndios criminosos, tráfico de drogas e contrabando de espécies ameaçadas. "Os isótopos estáveis são uma assinatura das plantas e dos materiais delas derivados", explica West, professor assistente e pesquisador do departamento de biologia da universidade. "Usando-os, é possível obter informações a respeito de onde uma planta foi cultivada e das condições ambientais do local onde ela cresceu". A maconha é a droga ilegal mais comum nos Estados Unidos. Cerca de 10 mil toneladas são consumidas anualmente pelos norte-americanos em dormitórios de universidades, áreas suburbanas, conjuntos habitacionais e mansões de Hollywood. Embora os fornecedores do México e do Canadá, especialmente os da província de Colúmbia Britânica, estejam conquistando fatias do mercado, a maior parte da maconha comprada, vendida e fumada nos Estados Unidos é de produção doméstica. Seis Estados - Califórnia, Havaí, Kentucky, Oregon, Tennessee e Washington - dominam a produção doméstica de maconha. Porém, pouco se sabe a respeito dos locais exatos de onde vem a droga e de como ela é transportada pelo país, comparado ao que se conhece sobre outras drogas mais pesadas, como a cocaína e a heroína. O Escritório de Política Nacional de Controle de Drogas está apostando nos isótopos estáveis para identificar marcadores únicos na maconha, distinguindo-a não só por área geográfica, mas também pelo método de cultivo - por exemplo, em ambientes fechados e em espaços abertos. "É uma investigação de saúde pública epidemiológica e judicial", afirma David Murray, principal cientista da agência e diretor do seu Centro de Avaliação de Tecnologia Anti-droga. A classificação da maconha como substância ilegal é polêmica, assim como o grau da sua criminalização e dos recursos para controlá-la. West afirma que o seu envolvimento no programa não está vinculado a nenhuma opinião específica quanto às políticas relativas à droga. "Acredito firmemente que parte do quadro em qualquer desenvolvimento de políticas precisa contar com a melhor ciência possível, e nos casos nos quais o meu trabalho possa contribuir para isso, creio que tal pesquisa é ótima", escreveu ele em uma mensagem enviada por e-mail. Carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio e enxofre, os principais elementos presentes no planeta, existem em múltiplas formas, cada uma delas com uma massa atômica específica. Cada uma dessa formas é chamada de isótopos estáveis. Este isótopos diferenciam-se dos isótopos radioativos, que são instáveis. Vários processos naturais separam esses isótopos, em um fenômeno chamado fracionamento. Uma mudança do estado gasoso para o líquido, por exemplo, remove os isótopos mais leves, que tendem a ficar para trás na forma de gás. Quando a água cai de uma nuvem na forma de chuva, as moléculas de água na chuva contêm isótopos de oxigênio e hidrogênio mais pesados do que dos das moléculas que permanecem na nuvem. Durante a evaporação ocorre o oposto, quando os isótopos mais leves difundem-se na atmosfera mais rapidamente do que os mais pesados. O fracionamento também ocorre em processos enzimáticos como a fotossíntese. No projeto da maconha, West descobriu que os pés de Cannabis sativa cultivados em diferentes regiões do país contam com assinaturas distintas baseadas na composição isotópica da água de cada região. "As plantas mantêm uma espécie de impressão digital referente às condições climáticas e ambientais nas quais cresceram", afirma Gene Kelly, professor de ciência do solo da Universidade do Estado do Colorado e especialista em isótopos estáveis. Ele não participa da pesquisa conduzida por West. "Teoricamente, pés de maconha cultivados em altitudes elevadas devem contar com um tipo de assinatura diferente daquele apresentado pelas plantas que cresceram na costa da Califórnia". O projeto já conduziu a algumas descobertas potenciais surpreendentes. A maconha que chega ao laboratório de West é originária principalmente de apreensões feitas pela polícia. Uma amostra veio de um centro de uso medicinal da maconha em San Diego que foi alvo de uma operação de busca e apreensão por parte da Administração de Repressão à Droga (DEA, na sigla em inglês). Embora as autoridades policias tivessem assumido que a maconha vendida no consultório fosse em grande parte cultivada na própria região, a análise dos isótopos indicou que apenas uma pequena percentagem foi plantada na área. "Existe um movimento considerável da droga a partir de múltiplas fontes", afirma Murray. "E o que acabou ocorrendo é que variedades múltiplas de maconha estavam presentes em um único local, sendo oferecidas para venda". Embora não seja capaz de identificar o local exato no qual a planta foi cultivada, West afirma que poderia, com precisão cada vez maior, afirmar que determinada amostra de maconha veio de uma determinada região, denominada isoscape. Em um mapa, essas regiões assemelham-se a faixas onduladas de cores, nas quais as diferenças são visíveis tanto no eixo norte-sul quanto no leste-oeste. West criou modelos de computador baseados nessas variações isotópicas e em outros fatores e está tentando agora aumentar a precisão dos modelos. Os índices de isótopos encontrados na água variam do norte para o sul em grande parte devido às diferenças de temperatura. Quando a condensação ocorre em temperaturas mais baixas - nas elevadas altitudes ou nas latitudes altas - os isótopos mais leves permanecem retidos na água. Já a variação no eixo leste-oeste deve-se principalmente ao movimento das nuvens que formam-se sobre os oceanos. À medida que as nuvens deslocam-se sobre a terra, toda vez que chove os isótopos mais pesados caem até o solo, enquanto os mais leves permanecem nas nuvens. "A chuva fica cada vez mais leve à medida que a nuvem se desloca para o interior da massa terrestre", explica West. Quanto mais a área de cultivo for diferente sob o ponto de vista topográfico, mais fácil é a sua identificação. "Por exemplo, uma amostra cultivada nas montanhas do Colorado seria relativamente fácil de ter a sua origem identificada devido à área bastante restrita da fonte", afirma West. "Já uma amostra cultivada no Kansas teria um índice isotópico consistente com uma região bastante vasta". A fim de aumentar a precisão dos seus modelos de identificação de origem, West está examinando outros isótopos encontrados nos pés de maconha. Os isótopos de nitrogênio, por exemplo, fornecem pistas que indicam se o cultivador usou ou não fertilizantes e que tipo de adubo foi usado. E os isótopos de carbono podem demonstrar se a planta cresceu em um clima úmido e sombreado ou em um seco e ensolarado, com base na maneira como a fisiologia da planta é afetada pela disponibilidade de água. West não está limitando as suas investigações de isótopos estáveis às substâncias ilegais. Ele está também usando os isótopos para determinar a origem de uvas utilizadas na fabricação de vinho, uma aplicação potencialmente importante no campo do terroir. A sua pesquisa revelou que as regiões do oeste dos Estados Unidos passam os seus marcadores isotópicos às uvas cultivadas lá. "Quase tudo que é cultivado naquela área pode ser identificado por meio dos isótopos estáveis", afirma Jim White, geólogo da Universidade do Colorado que administra o laboratório de isótopos estáveis daquela instituição e que não está vinculado ao projeto da maconha. "Se eu alimentar uma pessoa com uma comida que contenha uma assinatura isotópica única e depois disso analisar o seu hálito, serei capaz de perceber a velocidade com que ela está realizando o seu metabolismo". White diz que quando fazia pós-graduação, ele e seus colegas de universidade usaram os isótopos para descobrir quanto tempo demorava para que a água presente nos seus corpos fosse completamente eliminada. A experiência se baseava em diversos tipos de cerveja com índices isotópicos diferentes. West acredita que as suas investigações, que atualmente fazem parte de um projeto de natureza judicial, poderão ter aplicações mais amplas, incluindo o fornecimento de respostas para questões relativas à alteração climática global. "Penso que existe uma via de mão dupla entre essas questões de natureza policial e outras da caráter mais ecológico", diz ele. Enquanto isso, Murray está otimista em relação à possibilidade de que o Projeto de Assinatura da Maconha ajude a agência a entender e controlar melhor o fluxo das drogas. "Não dá para sair por aí buscando tal informação, porque essa é uma atividade ilegal na qual certos indivíduos podem matar a tiros, em um beco, a pessoa que tente colher dados a esse respeito", diz Murray. "Atualmente estamos fazendo adivinhações. Mas isso nos guiará para uma base científica". Tradução: UOL Visite o site do The New York Times Fonte: http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nyt...lt574u7692.jhtm (Exclusivo para assinantes UOL)
  10. Policiais colombianos encontraram, nesta sexta-feira, um submarino em construção que seria utilizado para transportar drogas --o submersível teria capacidade para armazenar até 10 toneladas de cocaína. Os agentes descobriram o submarino, que já estava quase pronto, em uma pequena baía no Oceano Pacífico, na parte oeste da Colômbia. "A engenhosidade dos traficantes é incrível. Eles farão todas as tentativas para evitar a guarda costeira", afirmou Eduardo Fernandez, chefe da polícia secreta do Departamento (Estado) Valle del Cauca. De acordo com o oficial, o submarino seria utilizado para levar a droga à América Central ou México, para então ser transportada para os EUA. Fernandez não deu informações sobre o tamanho do submersível. As investigações tiveram início há seis meses, quando autoridades foram informadas sobre a entrega de fibra de vidro e outros materiais, no local onde o submarino estava sendo construído. A polícia colombiana já encontrou submarinos de pequeno porte, que ficam pouco abaixo da superfície da água, em poder de traficantes. Em 2000, no entanto, eles descobriram um submersível de 30 metros construído para transportar até 150 toneladas de cocaína. De acordo com a agência de notícias Associated Press, a Colômbia produz 90% de toda a droga consumida nos Estados Unidos. Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u81954.shtml
  11. Qual seed bank manda sementes dentro de frasco de spray? Existe seedbank que envia seed assim? Mó esparro. Quem pede um frasco de spray na gringa? Acho envelope bem mais de boa. Tá parecendo alguem q tava na Holanda e mandou as seeds pra um amigo, mas tava tao lezado que confundiu o endereço... Que vacilo... merecia até uma piaba.
  12. David C. Monson não dá a impressão de ser uma daquelas pessoas que seriam vistas liderando um movimento nacional pela legalização do cultivo do cânhamo, uma planta que compartilha com a maconha o nome da espécie, do gênero e, em diversos círculos, a reputação. Enquanto passeia pela sua plantação de trigo e cevada, e os seus campos amarelo-cintilantes de canola, ele ouve no seu trator o programa de rádio do comentarista Rush Limbaugh. Quando não está ocupado com as suas atividades agrícolas, ele é o diretor e professor da escola de segundo grau perto da vila de Edinburg, cuja população é de apenas 252 habitantes. E quando não está lecionando, Monson exerce a função de representante do Partido Republicano em Bismarck, a capital do Estado, onde o seu partido domina as duas casas legislativas e controla o governo estadual. "Olhem para mim - eu pareço suspeito?", pergunta Monson, 56, usando botas de trabalho e um boné de beisebol, de pé sobre a terra negra e pedregosa que se estende pelo território quase vazio da região norte do Estado. "Isso não é nenhuma atividade subversiva a fim de legalizar a maconha ou algo do gênero. Trata-se apenas de agricultura pragmática. Estamos desesperados por algo que possa render algum dinheiro". Os pedregulhos, a terra, o frio, o clima frio e um devastador fungo agrícola conhecido como "scab" são parte daquilo que colocou Dakota do Norte, dentre todos os Estados, na linha de frente de uma batalha política que tinha mais probabilidade de emergir em algum outro lugar "um pouco mais rebelde" - conforme as palavras utilizadas por um fazendeiro local - como a Califórnia ou Massachusetts. Embora as autoridades federais proíbam o cultivo do cânhamo, alegando que ele contém o tetrahidrocanabinol, a substância psicoativa mais conhecida como THC, presente na maconha, somente neste ano seis Estados norte-americanos examinaram projetos de lei no sentido de permitir aos fazendeiros cultivar o cânhamo industrial, e o deputado Ron Paul, republicano pelo Texas, também apresentou uma proposta em Washington para que os Estados permitam tais culturas. Nas casas legislativas estaduais, os defensores da planta observam que ela contém apenas traços de THC, e que o cânhamo (cultivado em outros países) já é encontrado em roupas, loções, lanches, revestimentos de portas de automóveis, sistemas de isolamento térmico e vários outros produtos. Mas nenhum local desafiou tão intensamente o governo como Dakota do Norte. A assembléia legislativa do Estado aprovou uma legislação permitindo que os fazendeiros cultivem o cânhamo industrial e criou um processo oficial de licenciamento para tirar a impressão digital desses fazendeiros, e um sistema de GPS para localizar os seus campos de cultivo. Neste ano, Monson e um outro fazendeiro de Dakota do Norte, com o apoio do comissário estadual de agricultura, solicitaram junto à Agência de Combate às Drogas dos Estados Unidos (DEA, na sigla em inglês) permissão para cultivar imediatamente as suas terras com cânhamo. "Dakota do Norte está de fato pressionando quanto a esta questão", afirma Doug Farquhar, diretor do programa para agricultura e desenvolvimento rural da Conferência Nacional de Assembléias Estaduais. As assembléias de Maine, Montana, Virgínia Ocidental e outros Estados aprovaram projetos de lei permitindo que os fazendeiros cultivem o cânhamo industrial, afirma Alexis Baden-Mayer, o diretor de relações governamentais do Vote Hemp (literalmente, "Vote Cânhamo"), um grupo que exerce pressões pela legalização do cânhamo, mas esses projetos ainda não foram liberados devido à lei federal anti-drogas. De acordo com as autoridades federais, a Lei de Substâncias Controladas é inequívoca. "Basicamente o cânhamo e a maconha são considerados a mesma coisa", diz Steve Robertson, um agente especial da DEA, na sede da sua organização em Washington. "Somos uma agência policial. Temos por obrigação fazer cumprir a lei". Nos vastos espaços abertos deste Estado, uma tendência independente muitas vezes é presenciada na política, especialmente quando o que está em jogo são regras federais. Mas as pessoas daqui afirmam que a luta em torno do cânhamo não é política ou filosófica. Ela é destituída de qualquer traço de contracultura, e de qualquer indício daquele temor expresso por alguns oponentes do cânhamo de que aqueles que tentam legalizar o cânhamo desejem secretamente abrir a porta para a prima mais potente desta planta. Esta batalha é decididamente - e de uma maneira típica do Meio-Oeste dos Estados Unidos - pragmática. Em 1993, o scab, um fungo conhecido como Fusarium (causador da doença do trigo conhecida no Brasil por giberela ou fusariose), devastou milhares de hectares de trigo, uma das principais culturas de Dakota do Norte, onde a agricultura é um dos setores mais importantes da economia. Chuvas intensas provocaram o empoçamento de água nos campos de cultivo, criando condições favoráveis para o desenvolvimento do scab. Desde então o fungo atacou com vários graus de intensidade, ainda que os fazendeiros buscassem uma cura para a doença. Em uma tarde recente, enquanto a chuva caía sobre os seus 287 hectares de terra, Monson removia com tristeza um talo de um pé de trigo, revelando as sementes brancas e enrugadas - o que é um sinal da presença do scab. Quando Monson deu início à sua luta no final da década de 1990, algumas pessoas recusaram os seus argumentos. Monson recorda-se de John Dorso, um ex-líder republicano, perguntando-lhe com um ar impaciente se ele sabia com o que estava se metendo. Mas Monson argumentou que o cânhamo se constituía em uma alternativa para a rotatividade de culturas em Dakota do Norte. Os seus caules altos sobrevivem em condições similarmente frias e úmidas no Canadá, que fica apenas 40 quilômetros ao norte daqui, e onde a planta é legal. E o cânhamo se adapta bem ao solo pedregoso deixado pelas antigas geleiras, um solo que ameaça destruir o maquinário agrícola de quem ouse cultivar culturas como a beterraba ou a batata um pouco abaixo da superfície do solo. Após anos de estudos e de inquéritos, são poucos os que têm algo a dizer contra o cânhamo - o que, ao que parece, é um reflexo do desejo urgente do Estado de melhorar a sua economia. Recentes projetos relativos ao cânhamo foram aprovados com facilidade na assembléia legislativa, embora ainda existam certas questões pendentes. Qual seria de fato o tamanho do mercado para o cânhamo? E quanto aos temores das autoridades policiais, que dizem que alguém poderia infiltrar-se nos campos de cânhamo dos fazendeiros e plantar determinada área com maconha, cuja aparência é similar? Monson insiste que tais temores são uma tolice em Dakota do Norte, que é o terceiro Estado menos populoso do país, tendo apenas 640 mil habitantes. "Este é o único Estado no qual não se exige o registro de eleitores (segundo a lógica, caso alguém que não pertencesse ao Estado tentasse votar aqui, todos ficariam sabendo). Não dá para ir até uma agência de correios sem que alguém saiba", diz Monson. Mas Blair Thoreson, um deputado estadual republicano que votou contra as legislações pró-cânhamo, não está tão certo quanto a isso. "Aqui, todo mundo conhece todo mundo, mas mesmo assim enfrentamos um grande problema com os laboratórios caseiros de fabricação de metanfetamina". Roger Johnson, o comissário estadual de agricultura, diz que os campos de cânhamo seriam os piores locais para ocultar a maconha. Johnson afirma que, segundo regras estaduais, tais campos estariam sujeitos a buscas inopinadas, de dia ou de noite, e as culturas seriam examinadas pelo Estado. Ele diz ainda que em um campo com cânhamo e maconha haveria polinização cruzada, o que tornaria a droga menos potente. "Não somos liberais de olhos arregalados", afirma Johnson. "É a DEA que está agindo de forma insana quanto a esta questão. Esta postura ilógica e indefensável, e não prevalecerá para sempre". Após receberem neste ano as primeiras licenças estaduais para cultivar a maconha, Monson e Wayne Hauge, um fazendeiro de Ray, cujas terras ficam em extremidades opostas do Estado, se inscreveram junto à DEA em fevereiro. Desde então, a agência anti-drogas não disse nem sim nem não. Tendo em vista a temporada de cultivo de Dakota do Norte, é muito tarde para plantar qualquer coisa neste ano. Assim sendo, em junho, os dois homens - com auxílio financeiro do grupo Vote Hemp - entraram com um processo judicial contra a agência federal. Robertson afirmou que em julho que a agência ainda estava examinando os pedidos, mas que não poderia fazer mais comentários devido a aspectos legais do litígio. Assim como Monson, Hauge, que tem 49 anos de idade e planta cevada, grão-de-bico e lentilhas na terra ocupada pelo seu bisavô em 1903, diz que as suas motivações são econômicas, não tendo nada a ver com política nem com a questão das drogas. "Eu não defendo que alguém fume coisa alguma", afirma Hauge, que, quando não está cultivando a terra, exerce a função de contador público. "Acho que não sou exatamente aquele tipo de pessoa conhecida por fazer piadas", acrescenta ele. Fonte: http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nyt...lt574u7598.jhtm Exclusivo para assinantes UOL.
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