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numtemnicknaum

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Tudo que numtemnicknaum postou

  1. Vou correr atrás do artigo do FHC, será que alguém consegue o programa como o Bastos falando?
  2. Não faz tanto tempo, “Cigarros Índios” da marca Grimault eram vendidos em tabacarias, anunciados contra insônia, asma e outros males respiratórios. Heroína e outros opiáceos eram servidos em hotéis especializados. Balas de cocaína estavam nas estantes das farmácias, assim como anfetaminas e mais drogas hoje proibidas. Usá-las era chique, coisa da alta sociedade. Quando alguém ficava com o comportamento alterado, a família levava para uma temporada de desintoxicação no Sanatório Botafogo e depois a pessoa voltava ao convívio social. O cenário, descrito em detalhes no livro Vícios Sociais Elegantes, de Adauto Botelho, de 1937, foi remontado na quinta-feira (8), pelo psiquiatra forense Talvane de Moraes, em palestra na Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj). Convidado para debater sobre o tema "Desafios do sSéculo XXI - política de drogas", Talvane , que tem formação em Medicina e Direito, abordou a questão dos pontos de vista histórico/jurídico e médico/psiquiátrico. Ele explicou que nas primeiras décadas do século XX não havia normas proibitivas. A tipificação e a criminalização de "condutas contra a saúde pública" com pena de prisão só surgiram em 1932, no governo Vargas - antes era multa. “Em 36 e 38, começa uma caça às bruxas: quem tiver contato com a droga será penalizado”, contou. Em 1940, o Decreto-lei 2.848, no artigo 281, criminaliza o comércio clandestino e a facilitação ao uso de entorpecentes. “Mas não se fala em uso nem dependência. Não se pune quem usa ou é viciado. Pune-se quem trafica”, frisa. Repressão ao usuário começa no regime de exceção Dr. Talvane de MoraesSó em 1968, durante o regime de exceção, o usuário passa a ser criminalizado, com o Decreto-lei 385. No ano anterior, as anfetaminas haviam sido proibidas e igualadas aos entorpecentes, como “substâncias capazes de causar dependência”. Em 1971, a Lei 5.726 obrigou a internação psiquiátrica do dependente. Vejam o absurdo da lei. Acharam que era uma questão de mão forte”, critica o médico. Ele destacou duas “excrescências” da lei: todo médico que internasse um paciente para desintoxicação deveria comunicar à autoridade sanitária, nomeando o paciente, o que vai contra a ética médica. Da mesma forma, escolas deveriam denunciar alunos envolvidos com drogas. Mas, tanto na Saúde quanto na Educação, o problema se resolveu sozinho, com o silêncio dos médicos e professores. “Nas estatísticas de 1971 a 1976 não se encontra um caso sequer de dependência. Os médicos davam outros nomes aos casos. O poder ditatorial acha que as pessoas não pensam?”, questiona o especialista. Para Talvane de Moraes, essa repressão reflete o discurso norte-americano da década de 50 sobre a necessidade de controle às drogas ilegais. “Era um discurso coeso, reproduzido na América Latina, de que a droga estava destruindo a juventude”, lembrou. Usuário não é traficante Em 1976, a Lei 6.368 representou a primeira tentativa de se diferenciar o traficante do usuário e do dependente. A discussão foi aberta com a sociedade, e uma comissão ouviu psiquiatras, antropólogos e outros especialistas. Foram instituídas três penas diferentes: para traficantes e usuários, penas de detenção; para dependentes, internação. Na opinião do psiquiatra, entretanto, a internação só deveria acontecer por indicação médica, e não judicial. A pena de prisão do usuário só caiu mais de 20 anos depois, com a Lei 11.343, de 2006, que, para Talvane, é a quem mais adequada à visão médica. “O Direito Penal moderno foge da idéia medieval de que todo remédio penal é cadeia. O legislador foi corajoso”, elogiou. Ele também destacou a inovação da lei ao permitir o plantio para uso próprio. As penas para o usuário previstas pela nova lei são: advertência sobre o efeito das drogas; prestação de serviços à comunidade; e medida educativa de comparecimento a programa ou curso. “A cadeia deve ser uma excepcionalidade. É muito mais eficaz oferecer cursos e palestras para um jovem do que colocá-lo em Bangu 1. Qualquer pessoa com bom senso vê isso”, afirmou o psiquiatra forense. cerebro_centroderecompensa.jpgDe acordo com ele, o uso compulsivo de drogas está ligado a dificuldades existenciais e de superação de frustrações, e as pessoas que o fazem precisam de ajuda, não de punição. Ele explica que a droga estimula o centro de recompensa do cérebro, que é a base fisiológica de todas as sensações prazerosas, como bem-estar, euforia e alegria e até orgasmo. O problema, segundo o médico, não é a droga em si, já que a dependência acontece em uma pessoa com um conjunto de condições específicas, e isso é subjetivo. Ele acrescentou que a Organização Mundial de Saúde está atenta para outros comportamentos compulsivos, como a compulsão por sexo, internet, exercício físico, compras ou jogo, e vai colocá-los junto com o abuso das drogas sob o rótulo de dependências. Conseqüências do álcool são as piores Talvane de Moraes enfatizou que a droga cujo uso mais provoca comportamento violento é o álcool, liberado por razões culturais, ultrapassando todas as outras juntas. Ele explicou que o álcool desinibe as pessoas, e por isso é tolerado pela sociedade. Uma pesquisa do psiquiatra Elisaldo Carlini realizada em 91 mostrou que cerca de 25% dos brasileiros já experimentaram algum tipo de droga. "A sociedade, de um tempo para cá, resolveu demonizar as drogas, que causariam o flagelo social. Como acadêmicos, não podemos estar presos a preconceitos que distorcem a realidade", criticou. Nova legislação enfrentou preconceitos Desembargador Álvaro Mayrink da CostaO presidente do Fórum Permanente de Execução Penal da Emerj, desembargador Álvaro Mayrink da Costa, que coordenou a mesa, afirmou que para mudar a pena do usuário, a lei brasileira teve que enfrentar vários preconceitos. Para ele, penas morais de advertência e admoestação terão um bom efeito. “O Direito Penal do futuro caminha para penas menos aflitivas e mais didáticas. As penas privativas de liberdade não atingem os seus fins. As penas de caráter pedagógico são mais objetivas. É esse o caminho do século XXI”, concluiu. O desembargador disse estar surpreso com as liminares que impediram a realização das marchas da maconha em diversos estados numa sociedade pluralista, num estado democrático de direito em que a Constituição diz que é livre a manifestação do pensamento. Para ele, as marchas não seriam uma apologia ao crime ou à disseminação das drogas, mas uma oportunidade para a troca de idéias em busca do melhor para a sociedade. "Precisamos saber lidar com as diferenças de pensamento. A sociedade se desenvolve em meio à pluralidade de idéias. As pessoas podem discutir sobre aborto, divórcio, eutanásia, jogo, e isso não é apologia ao crime, mas sim a discussão de políticas profundas da vida de uma sociedade", defendeu. Para o magistrado, sem reflexão teremos que ficar condicionados a "políticas alienígenas". Talvane de Moaes concorda. Para o psiquiatra, este é o século do reconhecimento da humanidade, da conscientização de que as pessoas são diferentes e da atenção à diversidade. Ele acredita que dispositivos de ponderação individual ainda serão introduzidos na legislação, e que caberá ao juiz reconhecer as diferenças, adequando as doses das penas e sanções. Para ele, a nova lei "faz a ponte entre a liberação e a repressão autoritária", mas outras mudanças de postura em relação às drogas ainda ocorrerão no século XXI, progressivamente. fonte: http://www.comunidadesegura.org/pt-br/node/39222 Vale a pena dar uma olhada lá, tem outras matérias relevantes...
  3. Salve DaVinci. Em primeiro lugar o rivotril é uma das drogas mais tranquilas que tem,tomei o de 0,5 mg num período bem parecido com o do seu pai, e com a orientação médica adequada me ajudou a passar por um período de stresse profundo. A única sequela é que no dia seguinte vc tem umas falhas de memoria presente... Sabe aquele lance de se perder no pensamento? então, eu passei a trabalhar com um bloco do lado. Usei direto por uns três meses, depois fui reduzindo por um mês e parei sem maiores dramas ou consequências. Hj em dia mantenho uma caixa e uso em momentos de extrema ansiedade, só para vc ter uma noção este ano tomei 4 comprimidos... Ele age na ansiedade de forma diferente da diamba, pelo menos das que eu tenho acesso... O Rivotril anula a sensação de ansiedade, a maconha me deixa mais excitado quando estou ansioso. NUNCA misture Rivotril com maconha, pode dar merda séria! O que seu pai está tomando é de quanto mg? Não sei se seu pai deveria substituir o rivotril por canhamo ou não. Se me permite o conselho, entretanto, acho que vc deveria conversar com ele sim, não sobre o rivotril em si, mas sobre o momento que ele está passando, que encontrou os remédios e ficou preocupado, deixe claro que ele pode contar com vc e que vc sabe que ele está fazendo o melhor pela família e que vc aprecia isso... Ás vezes isto pe tudo que alguém precisa saber para se tranquilizar! Boa sorte aí, e desculpe o testamento, é que já vivi coisas parecidas e tentei ajudar um pouco com a minha experiencia.
  4. Salve Kaneeh e a todos os outros... durante muito tempo pensei na resposta do kaneeh a nossa discussão. Conversei, li e serviu para mudar minha opinião. Se antes eu defendia a legalização de todas as drogas como meta política, agora eu defendo a descriminalização da maconha e seu plantio para uso próprio como meta. Antes de explicar a razão da minha mudança de opinião, vale lembrar que a descriminalização é diferente de legalização, apenas transforma fumar, portar e plantar maconha em contravenção e não mais em crime. Mudei de opinião porque? 1) não acredito que estejamos prontos para a legalização da maconha. Não porque os usuários precisem de mais educação - não que não precisem, de modo geral todos precisamos sempre de mais educação - mas porque não temos instituições preparadas para isso. Imagine se as grande indústrias de tabaco resolvem vender maconha? Para impedir isto bastaria que apenas pequenos produtores pudessem plantar maconha, mas que ia regular isto? O cade? o mesmo cade que liberou a união da ambev e a criação do monopólio alcoólico no BR? Quando eu falo que não estamos pronto para isto me refiro ao estado, que não tem instituições fortes e não desprezará uma receita em impostos abundante... 2) Sendo a maconha contravenção, na prática estará liberada para os usuários, mas não para os traficantes. Até porque quem ia comprar do trafica armado até os dentes quando pode ter um plantio próprio? No fim fica tudo igual ao jogo do bicho... não pode, mas e daí? 3) É muito mais fácil defender o discurso pela descriminalização que pela legalização.... Citar o desonaremento do sistema judiciário, o enfraquecimento do tráfico pela autonomia do usuário final, etc. 4) é mais fácil atrair defensores no meio jurídico, desembargadores, juízes, etc... No sul eu sei que uma pá deles apoiariam o movimento. 5) no globo de Domingo há uma matéria sobe as mudanças idealizadas na política contra as drogas... Basicamente nego assume que o modelo faliu e que a laternativa viável é a liberação... O Senad pelo visto apóia a idéia... Aliás se vcs perceberem é a segunda vez em dois meses que a maconha ocupa uma página no globo de domingo... Bem, é isto meus caros... Esta é a minha novíssima opinião, forjada nesta discussão... Lembrem-se só os tolos e os mortos não mudam de opinião...
  5. Com todo respeito a sua opinião e apenas no intuito de trocar idéias, me permita insistir num ponto que considero de suam importância para nossa sociedade. Porque no Brasil é sempre tão rápido e bem aceito propor soluções que infantilizam o individuo/cidadão e paternalizam o Estado? Imagina como seria o mundo se para você poder comer, digamos, uma pizza, você precisasse do aval do seu endocrinologista? Ou para tomar beber uma cerveja você precisasse do ok do seu hepatologista? Ora, um adulto consciente tem direito de fazer o que bem entender do seu corpo, sem se importar com a opinião de médicos/psicólogos que lhe determinarão como utilizar o que é do seu patrimônio!É uma decisão INTERPESSOAL, ninguém tem o direito de intervir... Qual o próximo passo? Determinar os casamentos por compatibilidade genética? A profissão segundo a oferta do mercado? Isto é fascismo! É duplipensar, o verdadeiro big brother, não esta besteria da tv, mas o Grande Irmão do Orwell Convido-lhe ao debate, vamos trocar esta idéias tão importantes! "A liberdade é a liberdade de dizer que dois mais dois são quatro, todo o resto decorre!"
  6. Sinceramente, eu acho que a maconha nunca será legalizada por que o discurso pela sua legalização usa as palavras do inimigo... Toda e qualquer atividade humana intrapessoal deve ser livre da intromissão do Estado... ninguém tem direito de definir quais substancias eu, um adulto consciente e capaz, posso ou não me expor... Por outro lado, no instante em que o intrapessoal torna-se uma relação interpessoal não consensual o estado deve agir com severidade... Por exemplo se eu fumar um e pegar um carro para dirigir, eu devo ser preso e perder a carteira, pois estou expondo outros aos riscos que eu decidi correr sozinho. Crio uma relação interpessoal unilateral... O individuo acima de tudo, menos de outro individuo
  7. Infelizmente ainda não planto para negar... mas também não peço... Na minha época de moleque quando o cara ficava filando muito ouvia o clássico: vc traga? então traga de casa!
  8. O Clinton, o FHC e o Durão Barroso são amigos... Combinaram de descriminalizar juntos a maconha... O Clinton decidiu comer a estagiária e o FHC não guentou a pressão... Só Portugal descriminalizou... Eu não vejo cenário para voltar a este assunto nem no Br nem nos EUA... De qq forma acho lá mais fácil que aqui... Como foi dito sobre a marcha da maconha... Na hora de reclamar de dar dinheiro para samango todo mundo chia, se acender uma baseado no 9 junta uma pá de maconheiro... Na hora de protestar por uma mudança em numa lei draconiana cadê todo mundo? Cadê Gil? Cadê Chico e Caê?... É como falavam nos anos setenta... È a geração Odara...
  9. Tomei a liberdade de transforma em pdf e subir para o rapidshare. Se fiz mal é só dar uma alou que eu edito. http://rapidshare.com/files/111399718/cann...er_bro.pdf.html Aproveito para divulgar o livro dos autores da reportagem: http://www.jacotei.com.br/mod.php?module=j...amp;mostra=true
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