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G.L.

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Tudo que G.L. postou

  1. oxe, drogas instrospectivas sempre merecem um tempo reservado no mês/semestre/ano (dependendo do costume de cada um). mas quanto ao artigo, a questão é basicamente a do pensamento burro e ilógico que essas pessoas tem, e que qualquer pessoa minimamente instruida em com conhecimentos básicos de estatística consegue perceber o absurdo perpetrado por esses pesquisadores de merda: se metade das pessoas que ligam e reportam terem usado drogas "pesadas" (cocaina e crack) dizem ter fumando maconha antes de usar essas drogas, isso quer dizer apenas que 50% dos usuários de maconha QUE LIGAM pra essa porra desse número passaram para outras drogas também. Isso está a MILHAS de distância de um simples pensamento estatístico primário, visto que a amostragem que esses babacas tem é ridícula para se tirar uma conclusão a respeito da totalidade dos usuários de maconha. Seria como um encanador dizer que 100% das casas tem problema de encanamento, visto que em 100% das vezes que chamam ele para um endereço, o encanamento está com problemas.
  2. fala haujob, na real nem a marginal nem a pinheiros heheh, o encontro é do lado da Estação Vergueiros do Metro, fica pertinho da Av. Paulista! joga rua Vergueiros no googlemaps e dá uma estudadinha em como chegar! uma opção boa tmb, q naum sei se facilita tua vida, seria ir de metro mesmo!
  3. quem diria, um reduto de reacionários num clube de céticos... estamos realmente cercados.
  4. tou começando a ficar levemente de cara com esse lance dos adesivos... fiz o pagamento pela net em dezembro e nem me mandaram e-mail pra confirmar, aí falaram que pra meio de janeiro ia começar a rolar novas remessas e até agora ninguém responsável comentou. Eu boto fé que talvez as coisas não estejam funcionando como esperado ou alguém tá de férias ou sei lá o que, só o que eu peço é um pouco de respeito, afinal o fato é que eu já soltei a grana e não tenho NADA que me garanta que esse dinheiro ou vá virar adesivos ou que eu vá ser reembolsado, não sei nem se chegou o pagamento, nem um e-mail nem nada! Eu tou cutucando pra ver se alguém se liga aí, eu não perdi a fé no GR não, mas é bom o pessoal ficar um pouco mais ligeiro aí pra evitar problemas no futuro! Se estiverem passando perrengue com algo, desejo sorte e também algum tipo de retorno praquelas pessoas que pagaram no final de dezembro e ainda não receberam os benditos e desejados adesivos! vamo que vamo colar pelas cidades!
  5. opa, se rolar a presença livre de ex-alunos, com certeza vai haver um drogado feliz no evento!!
  6. Quem explica a paranóia não é Freud, é Lacan! No seu doutorado (1932) já mostrou como a Psicose Paranóica (categoria psiquiátrica da época, dominada pelas concepções puramente biológicas das doenças mentais) podia não apenas estar presente em indivíduos com o cérebro "intacto" e funcional, como também podia ser explicada de uma maneira totalmente distinta das teorias biologizantes da época (que estão em franca hegemonia no nosso mundinho positivista de hoje). O uso de drogas (ainda mais ilícitas) está completamente enredado em conotações sociais, variáveis impensáveis de se isolar para a obtenção de resultados realmente científicos. Só com ratos mesmo se poderia isolar o meio social, mas no fundo no fundo isso só traria conhecimento para o tema do uso de drogas por ratos. Mas sabem como já dizia Adorno, quando a ciência usa ratos para aprender sobre os homens, é porque os homem já não passam de ratos.
  7. Olha, as drogas são um assunto sério de saúde pública e de liberdade civil. Enquanto agente continuar achando que as nossas experiências pessoais e de pessoas próximas com drogas são de alguma forma relevante para constituir algo a mais do que nossa opinião pessoal a respeito do uso daquela substância, então estaremos dando nosso aval para que os proibicionistas façam o mesmo com qualquer substância. Se você não gosta de crack e acha perigoso, então não recomende para ninguém. Agora afirmar categoricamente que o crack deixa as pessoas violentas porque você conhece um par de casos e uma tal mina que virou mendiga, eu tenho uma grande tendência a acreditar que você está simplesmente reproduzindo um discurso. O álcool também pode deixar as pessoas violentas, no entanto quantos de nós nos preocupamos com essa possibilidade antes de usá-lo? Vocês ficam preocupados com a violência quando um amigo seu está bebendo? Ou será que ficamos com mais medo mesmo quando quem está bebendo é um desconhecido ou um mendigo na rua? Eu acho que dado o contexto atual e o meio pelo qual circula o crack, quem começa a usá-lo dificilmente está num momento tranquilo da vida. Por exemplo, a tal patricinha, usou a mesma droga que muita gente da classe média (como ela) e tomou um caminho diferente na vida. E todos os outros usuários de classe média que não viraram mendigos?! O crack é culpado por tudo de ruim que acontece com as pessoas que usam, mas quando as coisas não são tão ruins assim, que aconteceu? Deus ajudou elas a não virarem mendigas?! Porque realmente, pra usar crack e não virar um mendigo violento, só Deus mesmo. Violência não é um fato científico, assim como a quantificação do prazer, assim como a dependência psicológica, assim o conceito de saúde. É realmente muito fácil tentar se manter no campo da informação imparcial e acabar caindo no campo da moral e dos valores. Não digo que não podemos odiar o crack pelo que ele faz, que não podemos ter nossas opiniões e que não podemos ensinar nosso filhos nossas impressões a respeito de cada drogas. Mas se quisermos pensar de maneira diferente do disrcurso corrente da guerra às drogas, não podemos nos pautar em científicismos fajutos, nos achismos e nas paixões.
  8. Eu entendo que a tua posição tem como horizonte uma cenário de saúde e bem-estar, mas você mesmo colocou que o crack tem que ser demonizado e que a educação dada à população deve ser feita de forma doutrinária de modo a dizer o que as pessoas devem consumir e o que não devem. Informação democratizada não faz alguém querer algo ou não, o que a informação faz é justamente munir o cidadão de capacidade de livre escolha, seja ela usar ou não usar crack. A estratégia de demonizar as drogas e de prevenção de USO (e não abuso) é a MESMA usada pelos proibicionistas. Se hoje as pessoas dizem isso sobre o crack, ontem foi sobre a maconha, amanhã será sobre o que? Por mais malditos que sejam os efeitos do crack, se continuarmos a colocar a culpa nele não estaremos dando um passo se quer em diração à mudança no que toca a relação da sociedade com as drogas. Será apenas continuar o que já está aí.
  9. ow Bonsai, varia um pouco, as vezes é bem pouca gente, tipo 3 negos, as vezes tem algo mais perto de 10; mas se forem todos os que estão postando aqui (como eu espero q seja! hehe), acho q tá mais pra >10 pessoas!
  10. deve ser dificil fumar crack e ficar tranquilo quando na TV tá passando um comercial falando que a coisa mata. A droga tem lá seus efeitos específicos, mas a nóia sempre tem muito a ver com o contexto. Onde é mais provável que fumar maconha deixe as pessoas noiadas, no meio da rua a noite sozinho ou em casa acompanhado de dia? As drogas são sempre muito idiossincráticas e seus efeitos muito permeados pelas tramas sociais. "Duvido que um usuário regular de crack, num prazo de 3 meses de uso contínuo, não tenha qualquer debilitação físia, mental ou espiritual." - isso não é motivo pra proibir a substância (como a cachaça não o é), é sim motivo para dar maior atenção de saúde para os usuários e retirá-los do contato com o tráfico. E isso se faz com Redução de Danos de verdade, onde o usuário pode aproveitar o sistema de saúde pública sem ser obrigado a adotar a abstinência, e com a Legalização das drogas, onde um crack mais higiênico ou alguma outra droga substituta (como a maconha) possa ser oferecidas aos usuários como forma de tratamento àqueles que o quiserem.
  11. "Crack se aproxima de álcool no ranking da dependência" Basta ser uma pessoa letrada e ler a reportagem para perceber que o título distorce e engana: o "ranking" tratado pela reportagem é o de porcentagem de internamentos por diferentes substâncias nesse hospital específico, e não o da dependência causada pela substância em sí. Tentar estimar a quantidade de usuários pelos números de internação é uma estratégia comum dos proibicionistas, que negam a existência de pessoas que usam drogas e tem uma vida normal. Ou seja, igualam a realidade daqueles usuários que procuram ajuda com a daqueles que não procuram (por não acharem que precisam ou porque simplesmente não querem abrir mão da droga num programa de reabilitação pautado na abstinência). Não é a toa que não se vê muitas reportagens e dados na mídia sobre o número de dependentes em anti-depressivos. "O usuário se torna um escravo, o que também acaba estimulando a violência e o tráfico". Sobre estimular o tráfico, só fica o comentário de: então legaliza, porra. Já sobre estimular a violência, é comum associar usário de crack com morador de rua, ambiente em sí já violento muito antes do crack chegar. Será que o usuário de crack da classe média também vira um ser cheio de violência? O que dessa violência vem da droga e o que não vem do meio social onde o usuário está inserido? O médico explica que a sensação de prazer causada crack é 500% maior que a do sexo, da comida e do exercício físico. "Com isso, a dependência é inevitável e praticamente irreversível", diz. Incrível a falta de pudor com que os "especialistas" falam cagadas. Não digo necessariamente cagadas no sentido de informações incorretas, mas deus do céu, "prazer 500% maior que sexo, comida, etc"... VELHO! como assim alguém me fala uma coisa dessas?! Desde quando alguém quantificou cientificamente o prazer?! Ainda mais de uma coisa cheia de contextos sociais não-isoláveis como o sexo... Já falar que a dependência é praticamente irreversível não só é um exagero irresponsável e gerador de medo (estratégia proibicionista), como também ajuda a estigmatizar o usuário como alguém inutilizado e semi-morto. Maldoror, você colocou no título do tópico "Redução de Danos". Foi o que eu tentei fazer com a reportagem ao comentá-la heheh. Mas agora sério, você por acaso não acha que essa reportagem tá falando de Redução de Danos não, neh? Por que isso não é R-D não, isso é tratamento de abstinência na sua forma mais tradicional!
  12. sem contar o alto grau de metodologia fascista implicita nessa lei. Se o cidadão está fumando, o que deve ser feito é uma DENUNCIA (nos cartazes com o símbolo da lei vem um telefone de denúncia junto!!!), sob a faxada de que é uma questão de prestação de servisos e direito do consumidor... e é o dono do lugar que paga a multa, ou seja, vai transferindo a culpa de modo que o Estado vai sempre limpar as mãos, jogando cidadão contra cidadão.
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