Só uma idéia:
Por que você não chama ele e mostra esta discussão que está rolando sob sua supervisão? O que não vai faltar são relatos aqui das pessoas que fumam e já fumam faz um tempo, vai ter gente que andou pelo "lado negro" e vai ter gente que sempre ficou na moral. Isso é bom para mostrar pra ele que os perigos existem, não são apenas paranóias maternas.
Eu, por exemplo, comecei a fumar com 15, sempre mantive boas notas, trabalhei desde cedo, passei em todos os vestibulares que fiz , me formei em uma universidade de ponta e hoje faço meu PhD e dou aula em uma universidade de prestígio (e sempre fumando todos os dias...). Mas isto não é via de regra, tenho muitos amigos que começaram comigo e hoje estão afundados, assim como tem alguns que pararam rapidamente de fumar e se afundaram do mesmo jeito.
Acho que seu filho deveria dar graças a Deus que tem uma mãe aberta ao diálogo, tente mostrar isto para ele. Agora de resto é muito complicado, porque é cobrar conciência formada de alguém que ainda está em formação, e nem sempre nessa idade se tem plena conciência da importância de suas escolhas. Lembre-se também que é típico de adolescente querer afirmar sua identidade, e portanto, pouco adianta querer comprar briga; e que você não vai poder criá-lo em uma bolha e ele vai continuar tendo contato com todas as coisas que vc quer evitar. O que se deve é deixar claro que maconha entra na categoria "diversão", e assim como todas as diversões, elas devem conviver com outra categoria chamada "obrigações", e que se isto for bem dosado não há problema nenhum. Se vc fizer ele entender a importância dele cumprir as obrigações, o problema da maconha será secundário.
E tente convencer ele que a melhor coisa é não cair em formulinhas prontas nem endossar preconceitos, como a de que maconheiro é vagabundo ou de que pessoas corretas não usam drogas; pelo menos quando eu era adolescente esta era minha maior alegria: de ser um porra louca maconheiro responsável e estudioso, e portanto, poder esfregar isto na cara de toda a gentinha conservadora que te aponta o dedo, ao invés de ficar dando subsídio ao preconceito. Geralmente, como todo adolescente é do contra, este argumento às vezes funciona.
abs.