Pauta Brasil de Combate às Drogas
Parlamentares cobram do governo novo modelo de política antidrogas
Agência Câmara
29/06/2011 20:24
Reunidos nesta quarta-feira com o vice-presidente da República, Michel Temer, deputados e outros integrantes do grupo de trabalho Pauta Brasil de Combate às Drogas cobraram a revisão do modelo de combate às drogas. O grupo entregou a Temer o documento final sobre os trabalhos realizados por deputados, especialistas e representantes de instituições que atuam diretamente contra as drogas.
De acordo com o coordenador do grupo, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), a recuperação dos usuários é um dos pontos que precisam de ajustes, com o financiamento das comunidades terapêuticas.
“É preciso que o governo dê apoio efetivo às comunidades terapêuticas, entidades importantes na recuperação de usuários e que hoje sobrevivem da filantropia ou do apoio de entidades religiosas”, avaliou o deputado, que é o 2º vice-presidente da Câmara.
Segundo ele, o País tem hoje 2 milhões de dependentes químicos, mas o sistema público só dispõe de 900 leitos. O orçamento da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) também seria insuficiente para essa demanda, já que apenas 4% das verbas destinadas à pasta é empregada na recuperação.
Eduardo da Fonte também reconhece avanços nessa discussão. Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff já criou um grupo interministerial para discutir a articulação com as comunidades terapêuticas. “Esse foi um resultado prático do Pauta Brasil, que levou essa questão até o Executivo”, ressaltou.
O deputado também cobrou o reforço no controle das fronteiras. “O Brasil não produz cocaína, óxi ou fuzil AR-15, isso tudo chega ao País pelas nossas fronteiras”, disse.
No começo de junho, o grupo esteve com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para entregar o mesmo documento, que propõe, entre outros pontos, mudanças na gestão dos recursos federais disponíveis para o combate às drogas, ajustes na legislação, garantia de recursos no Orçamento da União, fortalecimento da rede para atendimento e reinserção social de dependentes, investimento e reorganização das estratégias policiais, especialmente nas fronteiras.
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