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Após Crise Com Governo, Pedro Abramovay Deixa Secretaria De Políticas Sobre Drogas
topic respondeu ao Sr. Branco de Percoff em Notícias
Alguns novos pitacos da historia: Paulo Abrão é nomeado secretário nacional de Justiça O Ministério da Justiça informou nesta segunda-feira que o professor e advogado Paulo Abrão, de 35 anos, será o novo titular da Secretaria Nacional de Justiça (SNJ). A nomeação, que ocorre após a demissão do antigo secretário, Pedro Abramovay – que causou polêmica ao propor o fim da pena de prisão para pequenos traficantes, o que desagradou a presidenta Dilma Rousseff – foi publicada hoje no Diário Oficial da União. Abrão já ocupava a função de presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Na gestão do ministro José Eduardo Cardozo, ele acumulará as duas funções. No mesmo dia, o ministério anunciou também a nomeação da nova secretária nacional de Políticas sobre Drogas (Senad): a assistente social Paulina do Carmo Arruda Vieira Duarte, 53 anos. Ela assume o posto no lugar do general-de-divisão do Exército, Paulo Roberto Yog de Miranda Uchôa. O órgão passou a fazer parte da estrutura do Ministério da Justiça no último dia 10. Abrão está no ministério desde abril de 2007, quando assumiu a presidência da Comissão de Anistia, responsável em levar ao ministro da Justiça o parecer sobre a apreciação dos pedidos de reparação formulados pelas pessoas que alegam terem sofrido perseguição política entre setembro de 1946 a outubro de 1988. A Comissão de Anistia é composta por 24 conselheiros nomeados com vínculo direto ao gabinete do ministro da Justiça. Durante a sua gestão, foram implantados, entre 2007 e 2010, as Caravanas da Anistia, o projeto Marcas da Memória e o Memorial da Anistia do Brasil – centro de pesquisa e documentação – em construção na cidade de Belo Horizonte. Sua gestão também for marcada pela discussão sobre o alcance da lei de anistia de 1979 em relação aos crimes como a tortura, o que provocou polêmica entre militares. O novo secretário nacional de Justiça e presidente da Comissão de Anistia é professor licenciado da PUC-RS e professor convidado do Curso de Mestrado em Direito da Universidade Católica de Brasília. Já a secretária nacional de Políticas sobre Drogas, que está no órgão desde o início do governo Lula, em 2003, e que desde 2007 atuava como secretária-adjunta, é especializada em psicologia social, mestre e doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP. Funções A Secretaria Nacional de Justiça (SNJ) é divida em três departamentos – o de Estrangeiros (DEEST); o de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação (DeJus) e o de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI). A secretaria tem a missão de coordenar a política de justiça no Brasil, por meio da articulação com os demais órgãos federais, Judiciário, Legislativo, Ministério Público, governos estaduais, agências internacionais e organizações da sociedade civil. Assuntos relacionados à nacionalidade, naturalização e ao regime jurídico dos estrangeiros, bem como a classificação indicativa de obras audiovisuais (filmes, programas de televisão, DVD, BluRay), jogos eletrônicos, de interpretação, mostras e festivais de filmes e vídeos são alguns dos temas da SNJ. A secretaria é também responsável pela coordenação da política nacional sobre refugiados e da promoção de ações no combate ao crime organizado e à lavagem de dinheiro. Cabe à SNJ ainda criar medidas para o enfrentamento ao tráfico de pessoas e recupera ativos desviados por corrupção e outros atos ilícitos. Fonte: Ig -
FHC participa de debate internacional sobre fracasso da repressão às drogas ENEBRA, 24 Jan 2011 (AFP) -O fracasso das políticas meramente repressivas contra as drogas dominará a partir desta segunda-feira em Genebra a agenda da Comissão Global de Políticas sobre as Drogas, grupo não governamental integrado por personalidades internacionais e coordenado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "A guerra contra as drogas fracassou Quais são as ações e medidas alternativas?", indaga a comissão, da qual participam, além de FHC, os ex-presidentes do México, Ernesto Zedillo, e da Colômbia, César Gaviria, e intelectuais como o Prêmio Nobel de Literatura peruano Mario Vargas Llosa e o escritor mexicano Carlos Fuentes. A comissão também investigará, durante sua reunião de dois dias, os eventuais riscos e benefícios de eliminar "as sanções penais pela posse de maconha para uso pessoal", segundo detalha o relatório de apresentação. A comissão estabeleceu como missão tentar resolver "a polarização" que divide "os blocos da legalização e da proibição", em torno de "uma discussão esclarecedora". Um debate que contará com a participação do espanhol Javier Solana, ex-Alto Representante para a Política Externa e de Segurança Comum da União Europeia, buscará analisar "quais são os riscos e as vantagens de distinguir entre o tráfico e o comércio em pequena escala" e discutir qual deve ser "o tratamento médico obrigatório de qualquer vício em uma droga". "Em muitos países, o dano causado pela proibição das drogas em termos de corrupção, violência e violação dos direitos humanos supera com folga o dano provocado pelas drogas", considera a comissão. Uma mensagem que, provavelmente, ainda precisará percorrer um longo caminho para chegar a ser aceita por todos. No Brasil, o funcionário indicado para conduzir a Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad), Pedro Abramovay, desistiu na semana passada de assumir o cargo, dias depois de ter gerado polêmica por defender a libertação de pequenos traficantes de drogas. Foi a primeira baixa relevante do governo da presidente Dilma Rousseff, que tomou posse em 1º de janeiro. A comissão, que se reúne em Genebra, também propõe revisar "o sistema de controle de drogas da ONU" e "as diferentes respostas nacionais", sem deixar de analisar os "desafios da justiça penal" a partir da constatação de que "erradicar a produção e criminalizar o consumo não reduzem o tráfico ou o consumo de drogas". Fonte: G1 Noticia veiculada na CBN: CBN <iframe src='http://www.cbn.com.br/Player/player.htm?audio=2011%2Fcolunas%2Fmerval_110124&autoplay=n&OAS_sitepage=cbn/comentarios/mervalpereira' width='475' height='193' marginheight='0' marginwidth='0' frameborder='0' scrolling='no' bgcolor='#CCCCCC'/></iframe> Não consehui postar o audio mas acima tem o link. Veiculado no portal Terra: De Genebra, FHC ensina como Dilma deve proceder com relação às drogas ilícitas. –1. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso está em Genebra. De Genebra, concedeu entrevista ao jornal O Globo, publicada na edição de hoje. De Genebra e não de Ciudad Juarez, o ex-presidente FHC disse ser preciso “esclarecer Dilma sobre a questão das drogas” antes que o “país assuma uma posição reacionária sobre o tema”. Sobre adotar medidas reacionárias sobre políticas para contrastar o fenômeno das drogas o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é um grande especialista. Um professor também nessa matéria. Basta verificar o que fez nos seus oito anos de presidência. Fernando Henrique Cardoso constituiu, com outros grandes mestres da incompetência, como os ex-presidentes César Gaviria da Colômbia e Ernesto Zedillo do México, uma comissão-palanque. FHC estava incomodado com a projeção internacional de Lula e precisava arrumar um palanque, cujos temas não fossem, por exemplo, privatarias, quebra da economia, etc. A propósito dos parceiros-especialistas: Gaviria, no seu governo, transformou a Colômbia num narco-estado. Deixou os cartéis de Medellín e Cáli exportarem cocaína para o mundo e fingia não perceber que essas referidas organizações lavam dinheiro no sistema bancário internacional. A Pablo Escobar, permitiu que construísse um presídio de luxo, com obras de arte e escritório suntuoso para receber quem quisesse, para fixar residência e apenas sair para assistir, dentro do campo e no banco de reservas, partidas de futebol. Zedillo, que nem no México mora mais, quebrou o país e causou uma gigantesca crise econômica mundial. No governo Zedillo só a economia tocada pela indústria da droga prosperou. Nos seus oito anos de mandato, FHC legou ao país um arremedo de legislação sobre drogas ilícitas. Mais ainda. FHC, pela sua secretraia nacional antidrogas sob comando de um general não especializado no tema drogas, mandou copiar e incorporar, –como informado pelo jornalista Fernando Rodrigues da Folha de S.Paulo e ex-correspondente em Washington–, o plano de política norte-americana para contraste ao fenômeno das drogas proibidas. Uma cópia, frise-se. Aliás, cópia da falida política norte-america, proibicionista e criminalizante com relação ao usuário. Por lá acredita-se que a ameaça de prisão contida na lei inibe o uso. Ao apresentar a cópia carbonada, nos estertores do seu desgoverno, FHC disse tratar-se de uma contribuição para o futuro. Na verdade, mais um ato de sabujismo para com o presidente Bill Clinton e o seu czar antidrogas, general Bary McCaffrey. Por evidente, Lula colocou o tal plano político na lixeira. Ainda para lembrar. Em cerimônia pública, FHC solicitou ao então presidente da Câmara Federal, Aécio Neves, o apressamento na aprovação de um projeto de lei sobre drogas que tramitava há mais de dez anos e que avaliava como excelente para o Brasil. Aécio, com a chancela da emergência, logrou a aprovação solicitada e o Senado fez o mesmo. A nova lei foi vetada em 80% por FHC, que anteriormente tinha considerado magnífica. Para se ter idéia, a nova lei criminalizava o usuário com a pena de prisão e de interdição para os atos da vida civil como, por exemplo, casar, constituir uma sociedade comercial, etc, etc. O usuário de drogas, pela lei pedida e sancionada por FHC, era considerado criminoso e recebia pena de prisão. No governo Lula, a lei elaborada não mais impõe pena de prisão ao usuário, mas, e infelizmente, continua a criminalizar essa conduta. Como se percebe, FHC não só entende mas praticou açõess reacionários sobre drogas proibidas. Ainda mais, não quis FHC acompanhar a mudança legislativa de Portugal, que deixou de criminaliar o porte para uso próprio, a manter a proibição como infração administrativa afeta às políticas de saúde pública. Só para registrar: o abaixo assinado era o secretário nacional e contatou Portugal para, com tramitação conjunta nas Casas Legislativas, a adoção de modelo igual, não criminalizante. O presidente FHC não topou e apenas concordou em assinar uma medida provisória para venda imediata de bens apreendidos com narcotraficantes ( o leilão mais famoso foi o do megatraficante Abadia, depois da medida provisória ter se convertido em lei) Nos anos de 2008, 2009 e 2010, caiu o consumo de drogas em Portugal. Sua legislação virou modelo preconizado pela União Européia, pois a única legislação, até agora, geradora de queda de consumo e a partir da não criminalização do usuário. –2. Na supracitada entrevista ao jornal O Globo, o ex-presidente FHC diz ter ficado surpreso com a queda do secretário Pedro Abramovay, que defendeu penas alternativas para o pequeno traficante, conforme jurisprudência do STF”. Próprio de quem troca morro Dona Marta por favela de Santa Marta, o ex-presidente não leu a entrevista de Abramovay ao jornal O Globo. Ou melhor, se leu a entrevista, não a entendeu ou usa diversionismo para atacar Dilma. Abramovay falou, sem autorização, em nome de Dilma. Em outras palavras, sem anuência da presidenta Dilma o então secretário Abramovay declarou que o governo iria apresentar um projeto de lei para tirar do regime fechado cerca de 40 mil condenados por pequeno tráfico de drogas. Para o governo, frisou Abramovay , o pequeno traficante vendia drogas para sustentar o vício e, na prisão, era cooptado pelo crime organizado. Além de falar em nome de um governo que não é seu, Abramovay fez uma avaliação incorreta. O crime organizado atua em rede planetária e as organizações criminosas, na linha de frente de venda, usam pessoas a quem entregam pequenas quantidades. Quanto aos desvinculados às redes e usuários, a legislação já dá tratamento diverso da prisão, como bem interpretou o Supremo Tribunal Federal. O que Abramovay não percebeu é que a sua interpretação canhestra beneficiária o crime organizado, que a presidente Dilma prometeu combater e FHC “passou a mão na cabeça” e não ajudou os estados, como se verificou, por exemplo, pelas ousadias do PCC em São Paulo e do Comando Vermelho e Amigos dos Amigos no Rio. Parêntese. O então presidente FHC usou o Exército para expulsar invasores da sua fazenda em Minas Gerais. Ficou, com essa postura, claro o enquadramento desse movimento, segundo FCC, como crime organizado. E usou o Exército para resolver um conflito nitidamente privado. –3. PANO RÁPIDO. O ex-presidente FHC, sobre drogas e pelo seu governo, deveria deixar de bancar o espertalhão. – Walter Fanganiello Maierovitch Fonte: Terra
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POr isso o PBM ten que surgir logo e explicar isso e outras pro povo se conscientizar
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Ex Presidentes Discutem Discriminlização Da Erva
topic respondeu ao Soul_Surfer de Percoff em Notícias
Eu lembro que as estatais eram um belo cabide de emprego para funcionario fantasma. Bora ai mover um processo num precisa ser doente não só ter um medico que te receite a maconha até quem tem glaucoma seria mais facil de pedir pois esta cientificamente comprovado. -
Ja falei e disse que quem legalizar primeiro ira ganhar um belo mercado não só da maconha fumo mas do canhamo combustivel, fibra textil e impostos a lot .
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Após Crise Com Governo, Pedro Abramovay Deixa Secretaria De Políticas Sobre Drogas
topic respondeu ao Sr. Branco de Percoff em Notícias
começou mal a Dilma -
Ex Presidentes Discutem Discriminlização Da Erva
topic respondeu ao Soul_Surfer de Percoff em Notícias
É amanha vamos ver se a ONU reclassifica a maconha -
Ai o meu foi encaminhado para a receita federal ontem vamos ver se vão taxar ou liberar.
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Reunião Ativismo Growroom - Rio De Janeiro
topic respondeu ao sano de Percoff em Ativismo - Cannabis Livre
O troféu poderia ser um pedaço de isopor embalado com saco preto e chamado de Paranga de 5. ahuhah Maravilha essa reunião vamos apoiar o Godoy na sua saga a invasão do sagaz homem fumaça no congresso. Quem tem o e-mail para o Jo?Vamos mandar varios -
Seja Você Também Um "plantador De Cannabis Legalizado"
topic respondeu ao Maurício Marley de Percoff em Ativismo - Cannabis Livre
Serve no caso de se ter a autorização de cultivo fornecida pela Anvisa , mas achar quem tem é meio lendario. Caso não a tenha serve para seu advogado na hora de sua defesa como uma prova que voce cultivava para uso proprio. -
Seja Você Também Um "plantador De Cannabis Legalizado"
topic respondeu ao Maurício Marley de Percoff em Ativismo - Cannabis Livre
A ultima pagina do livro do Sergio Vidal é essa declaração prontinha tu só preenche os dados -
Reunião Ativismo Growroom - São Paulo E Arredores
topic respondeu ao Percoff de Percoff em Ativismo - Cannabis Livre
Ai fiquei lá das 14 as 15 no hall da lanchonete perto do escadão vermelho onde nós nos encontramos da outra vez, não la em cima no circulo de bancos. Fui embora logo depois o amnesia me ligou que tava la mas eu ja tinha vazado. Ai Fox eu tava la de mochila e capacete nas costas se pá até te vi la de boné vermelho? Só que como num te conhecia da primeira reunião num cheguei pra falar contigo. Infelizmente num tive ideia de entrar no site do gr pra ver se tinha alguem postando no topico. Da proxima vez eu vou mandar fazer uma camiseta GR com meu nick nas costas tipo de futebol.rs Ai ninguem tera duvidas nessas horas. -
Cultivo Pessoal Atualizado: http://www.growroom.net/board/topic/39023-micro-grow-do-percoff/
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Reunião Ativismo Growroom - São Paulo E Arredores
topic respondeu ao Percoff de Percoff em Ativismo - Cannabis Livre
Então posso até levar meu notebook ai de la a gente estipula contato com vcs. -
Após Crise Com Governo, Pedro Abramovay Deixa Secretaria De Políticas Sobre Drogas
topic respondeu ao Sr. Branco de Percoff em Notícias
BRASÍLIA e RIO - Apesar de aprovada por especialistas das áreas jurídica e de saúde, a proposta do novo secretário nacional de Políticas sobre Drogas , Pedro Abramovay, de acabar com a pena de prisão para traficantes tidos de pequeno porte e sem vínculo com o crime organizado enfrentará resistência no Congresso. Parlamentares da oposição e até da base governista veem com reservas a proposta. Abramovay defende a pena alternativa para traficantes que vendem pequenas quantidades de drogas para manter o próprio vício; o objetivo da medida é reduzir a superlotação dos presídios por detentos sem antecedentes criminais, e evitar que os pequenos traficantes, na cadeia, sejam cooptados pelo crime organizado. " Uso de drogas é problema de saúde pública, você não tem que tratar com o direito penal " Diretora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas da Uerj, a psicanalista Ivone Ponczek diz que a medida pode ser pensada para o caso entre usuário e traficante: - Para o usuário, foi fundamental ele ter passado a receber penas alternativas (desde a lei 11.343/2006). Já nesse caso intermediário, é preciso definir o que entra e o que não entra nele; por exemplo, qual o grau de dependência da pessoa que cometeu o delito, para saber se é uma dependência suficiente para isso. Por isso é que, para essa medida dar certo, é preciso que a Justiça se articule com a saúde. O juiz tem de ter o suporte de equipe de saúde. A lei de Portugal sobre o tema (citada por Abramovay) é tida como referência justamente por dar ênfase ao tratamento, e por ligar Justiça e saúde. Para o presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros, Fernando Fragoso, a prisão de usuários que cometam pequenos delitos "é um absurdo": - Uso de drogas é problema de saúde pública, você não tem que tratar com o direito penal. Esse caso intermediário, sendo preso, só vai se qualificar no crime lá dentro. É um equívoco da lei 11.343 equiparar esse caso ao traficante. A prisão talvez só possa ser considerada quando há reincidência - diz Fragoso, destacando que seria necessário melhorar as penas alternativas. - As penas alternativas, hoje, geralmente são multas e serviço comunitário, mas, nesses casos, precisavam ser, com mais frequência, palestras de aconselhamento e serviços comunitários nas clínicas de dependência. Integrante da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da Universidade Federal de São Paulo, a psicóloga Andréa Costa Dias acompanhou por 12 anos o tratamento de 131 usuários de crack - e a maioria havia cometido delitos para financiar a compra da droga. Para Andréa, a lei nivela a punição para grandes e pequenos traficantes, quando muitos precisam de tratamento: - Temos que saber que tráfico é esse: o dos cartéis, dos grandes traficantes ou dos usuários que precisam de tratamento. O consumo de crack tem uma particularidade: a maioria dos consumidores vende a droga para conseguir comprar mais. Especialista em segurança pública, Antônio Flávio Testa, da UnB, defende a revisão da lei: - O texto é severo na punição, mas não tipifica quem deve ser punido. Não separa grandes traficantes de usuários que traficam para sustentar o vício. Como resultado, temos a superlotação carcerária. No Congresso, porém, há resistências. O deputado João Almeida, líder do PSDB na Câmara, diz que a distinção entre usuário e traficante estabelecida na lei já é suficiente: - Isso é típico do PT. Um absurdo. Começa a passar a mão na cabeça (do pequeno traficante) e, depois, fica a critério de quem definir se é pequeno ou grande? Traficante é traficante. Daqui a pouco vão querer tirar a pena também para quem trafica para comer ou pagar o aluguel. Fernando Francischini (PSDB-PR), delegado da Polícia Federal licenciado, já avisou que vota contra qualquer proposta de abrandamento da pena para qualquer pessoa que, de algum modo, tenta tirar lucro do comércio de drogas. Para ele, o fim da prisão para pequenos traficantes poderia ter o mesmo efeito da despenalização de menores de idade, que passaram a ser arregimentados por quadrilhas: - Vai incentivar a criação de redes de pequenos traficantes. O deputado Paulo Teixeira (PT-S), que ano passado chegou a anunciar proposta similar a de Abramovay, disse que aguardará sugestões do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad) para apresentar projeto sobre o tema. Diz apenas que a lei antidrogas precisa ser revista: - A lei enche as cadeias de principiantes, que são escalados para crimes mais fortes. O deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), ex-secretário nacional de Segurança Pública, também vê com reservas a medida. Para ele, pena de prisão pode ser reduzida, não eliminada: - Uma graduação da pena pode ser discutida. fonte: Globo Ta ai o porque da demissão. -
Rola de colocar uns panfletos desses na sala de espera da delegacia para informação e redução de danos, outro dia fui fazer um B.O e qdo chego na delegacia uns panfletos e umas revistas. Ali é facil de colocar como tambem em consultorios, medicos, supermercados, para que as pessoas possam ter outros olhos em relação a cannabis
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Reunião Ativismo Growroom - São Paulo E Arredores
topic respondeu ao Percoff de Percoff em Ativismo - Cannabis Livre
Poderiamos colocar na ata sobre rateio para confecção de adesivos e cartilhas . Além da parte das camisetas . -
Após Crise Com Governo, Pedro Abramovay Deixa Secretaria De Políticas Sobre Drogas
topic respondeu ao Sr. Branco de Percoff em Notícias
Sexta feira em vez de vir um boa noticia vem logo uma pedrada na cabeça -
O foda é arrumar sementes que deslanchem pois as de prem sao uma merda e as outras são muito caras pra isso
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Após Crise Com Governo, Pedro Abramovay Deixa Secretaria De Políticas Sobre Drogas
topic respondeu ao Sr. Branco de Percoff em Notícias
Uma outra entrevista da dona ai pelo visto o negocio dela é prevenção: è do ano passado mas ta valendo ENTREVISTAS Entrevista com Paulina Duarte (26/03/2010) Entrevista com Paulina Duarte O olhar feminino da Senad Por Romina Miranda Cerchiaro * Esta reportagem é parte da revista Anônimos nº 10. Para saber mais, acesse www.revistaanonimos.com.br Com uma atuação repleta de propostas para a temática de Álcool e Drogas, a Secretária Nacional Adjunta da Senad concede entrevista exclusiva para a revista Anônimos. Em detalhes, ela conta sua história, fala sobre as ações, os projetos e mais... sobre os sonhos que estão sempre presentes na mente das mulheres que escolhem as vertentes da dependência química como desafio para suas trajetórias profissionais. Revista Anônimos – Dra. Paulina, conte-nos sobre a sua trajetória profissional. Dra. Paulina Duarte - Minha trajetória profissional não é muito diferente daquela de colegas da minha geração que tiveram a oportunidade de frequentar boas universidades. O que talvez tenha me diferenciado é que desde o tempo da universidade eu tinha uma ativa participação comunitária por meio do movimento estudantil e desde o primeiro ano fazia estágios e já sabia em que área eu queria atuar. Nessa época, em meados da década de 70, iniciavam no Brasil os primeiros grupos de profissionais interessados em compreender e tratar a questão do alcoolismo. Sobre outras drogas, quase nem se falava. Era caso de polícia. Então eu tive a sorte de ser selecionada para um estágio em um hospital psiquiátrico em que havia um grupo brilhante de jovens profissionais estudando e acompanhando toda a evolução do que havia de mais moderno em termos de saúde mental, principalmente o movimento que acontecia na Itália. Embora eu tenha começado a trabalhar com pacientes portadores de doenças mentais, me fascinava participar das reuniões e grupos de estudos sobre alcoolismo. Para alguns colegas e professores, aquilo era um absurdo. Havia muito preconceito por parte dos profissionais e o que mais se ouvia era que só escolhia trabalhar com alcoolismo quem não tinha competência para trabalhar em outra área. Até então, o alcoolismo era considerado um problema de caráter e de falta de vergonha, mas a mim não importava. O comportamento dos pacientes e dos seus familiares me instigava a estudar mais e mais para compreender por que uma pessoa, diante do caos em sua vida, continuava a negar os problemas com a naturalidade de quem está falando de outra pessoa. Assim eu fui participando de grupos interessados na área e dirigindo minha formação. No início dos anos oitenta eu passei em um concurso da Petrobrás para trabalhar em uma refinaria, no Paraná. Ali eu tive a oportunidade de coordenar a implantação de um dos primeiros programas de prevenção em empresa no Brasil. Foi um grande desafio com resultados muito gratificantes, pois o programa tinha toda uma dimensão comunitária e de reinserção social. Trabalhávamos com os poucos profissionais interessados no assunto, credenciados pela empresa, mas também valorizávamos o trabalho dos grupos de ajuda mútua como Alcoólicos Anônimos. Também com isso havia preconceito e um certo patrulhamento. Muitos colegas profissionais desdenhavam dizendo que encaminhar alguém para Alcoólicos Anônimos não era atitude profissional que merecesse respeito. Felizmente, como eu, havia outros profissionais que acreditavam no desafio e seguiam adiante. Participávamos de tudo. Íamos a congressos, seminários e, ansiosos, esperávamos publicações vindas do exterior com as novidades em pesquisa e técnicas de tratamento. Não havia internet e a literatura sobre o assunto era mínima. O desafio de atender usuários e dependentes de outras drogas se impunha e precisávamos buscar tudo o que a ciência e a prática pudesse nos oferecer. A partir daí, trabalhei em diferentes contextos: do ensino e pesquisa à área criminal com forte atuação na formação de recursos humanos para trabalhar na área de prevenção. Do meu dia a dia profissional busquei os elementos de estudo para o aperfeiçoamento acadêmico. Estudando os aspectos psicossociais envolvidos nos crimes julgados no Tribunal, pesquisei o envolvimento do álcool em vítimas e autores de homicídio. Esse trabalho, que me valeu o título de Mestre pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, me instigou a pesquisar outro tema inquietante para tentar compreender a associação entre o uso de álcool e os comportamentos de risco praticados por jovens, nossos alunos, na universidade. Com esse, obtive o título de Doutora pela mesma Universidade de São Paulo. Também me dediquei ao ensino de Pós Graduação na área de drogas e a projetos de extensão voltados à prevenção e ao desenvolvimento de lideranças comunitárias. Essa caminhada de mais de trinta anos, certamente contribuiu para que eu ocupasse a posição de Diretora Técnica da Senad – Secretaria Nacional Antidrogas no início do primeiro governo do Presidente Lula e que, posteriormente, me tornasse a Secretária Nacional Adjunta. RA - Por que a escolha por uma profissão tão repleta de desafios? PD - Pela possibilidade de aliar a técnica e o conhecimento científico à ação humanitária. RA - O que a senhora, pessoalmente, gostaria realmente de conseguir realizar no contexto da dependência química? PD - Primeiro gostaria de ampliar enormemente as ações de prevenção, em especial, para aqueles que vivem em situação de maior vulnerabilidade. Também gostaria de poder oferecer tratamento de qualidade a todos os que de alguma forma já tem algum prejuízo causado pelo uso de drogas ou que já são dependentes, assim como aos seus familiares. RA - Quais são os atuais projetos da Senad? PD - A Senad conseguiu construir, ao longo dos anos, uma abordagem cada vez mais técnica e mais participativa, de modo a envolver os diversos setores da sociedade que, de alguma forma, têm afinidade com o tema. Dessa forma, a Secretaria vem aprimorando, a cada dia, o trabalho estratégico focado em três eixos de atuação, dentro dos quais estão situados todos os projetos atuais: diagnóstico situacional, capacitação e projetos estratégicos. As ações emanadas do eixo de diagnóstico têm permitido a realização de levantamentos epidemiológicos sobre o consumo de drogas na população geral e em grupos específicos que vivem sob maior vulnerabilidade para o consumo e o tráfico de drogas e seu impacto nos diversos domínios da vida da população. Neste momento, estão em fase de finalização dois estudos de abrangência nacional: o VI levantamento do consumo de drogas entre estudantes do ensino fundamental e médio e I Levantamento sobre o consumo de drogas entre universitários. O levantamento do consumo entre universitários é inédito e, certamente, revelará dados muito importantes, pois, conhecer a realidade dessas populações específicas permite trabalhar com mais acerto na formulação de políticas públicas voltadas a nossos adolescentes e jovens. RA – E quais são as ações do eixo da capacitação? PD - Como segundo eixo, a Senad investe na capacitação dos atores sociais que lidam diretamente com o tema drogas e também atuam como multiplicadores de informações de prevenção, tratamento e reinserção social. Esse esforço tem permitido a formação e a articulação de uma ampla rede de proteção, formada por conselheiros municipais, educadores, profissionais das áreas de saúde, de segurança pública, profissionais que atuam no ambiente de trabalho, entre outros. Atualmente, estão sendo implementados quatro dos maiores projetos de capacitação da Secretaria, em âmbito nacional. Tendo em vista o desafio que é levar políticas públicas a um país de dimensões continentais como o nosso, a metodologia de educação a distância tem sido a melhor estratégia adotada, pois, permite a formação de pessoas chave de norte a sul do país. Através de parcerias com diversas universidades renomadas, todos os cursos recebem certificação de extensão universitária. O maior curso em execução neste momento é o Curso de Prevenção do Uso de Drogas para Educadores de Escolas Públicas, uma parceria com o Ministério da Educação, executado pela Universidade de Brasília. Voltado prioritariamente para educadores de 6º ao 9º ano e ensino médio, o objetivo é incentivar que as escolas desenvolvam programas de prevenção ao uso de drogas e outros comportamentos de risco no contexto escolar. Com grande sucesso, já foram capacitados até o momento 25 mil educadores, nas diversas regiões do Brasil e, atualmente, está sendo finalizada a terceira edição, para mais 25 mil. Outro projeto que merece destaque é o curso SUPERA, que visa capacitar profissionais de saúde nas técnicas de detecção precoce do uso abusivo de drogas e intervenção breve, bem como, ajudá-los a realizar encaminhamento e acompanhamento de casos no seu cotidiano de trabalho. O curso é executado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e já foram capacitados 10 mil profissionais de saúde que atuam em CAPS e CAPS AD. Na atual edição, em fase de finalização, estão sendo capacitados mais 5 mil profissionais da atenção básica que atuam no Programa Saúde da Família. Ainda no eixo capacitação, o Curso para Conselheiros Municipais tem obtido ótimos resultados na formação de uma rede para atuar na prevenção da violência e da criminalidade relacionadas ao uso indevido de drogas. Na última edição, em 2008, foram capacitados 15 mil conselheiros e há a previsão, no próximo semestre, da capacitação de mais 30 mil pessoas, com potencial para atuar ou já atuantes nos mais diversos conselhos: segurança, drogas, saúde, educação, assistência social, direitos da criança e do adolescente, idoso, entre outros. Este curso é uma parceria com o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (PRONASCI), do Ministério da Justiça e é executado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Acho importante destacar, ainda, o curso “Fé na Prevenção”, um projeto inédito de prevenção do uso de drogas em Instituições Religiosas e Movimentos Afins, que está em sua primeira edição, também realizado com recursos do PRONASCI e executado pela Universidade Federal de São Paulo. Temos a participação de 5 mil lideranças religiosas de diferentes doutrinas e movimentos que já atuam na prevenção do uso de drogas e outros comportamentos de risco. Sabemos que estas lideranças exercem um papel chave junto à comunidade. Além dessas formações, a SENAD realiza outras ações permanentes de prevenção junto à comunidade, como a realização de concursos nacionais de jingles, fotografias, cartazes e monografias e a distribuição de cartilhas informativas sobre o tema. RA – E da área de projetos estratégicos? PD - No âmbito dos projetos estratégicos, desde 2005, está em funcionamento o serviço VIVAVOZ, que consiste em um atendimento telefônico gratuito, aberto à população em geral, por meio do qual uma equipe especializada oferece informações qualificadas sobre as diferentes drogas, acesso aos recursos disponíveis na comunidade, bem como realiza intervenção breve motivacional por telefone, com pessoas que queiram rever seu padrão de consumo de drogas. O VIVAVOZ também é resultado de uma parceria entre a SENAD e o PRONASCI e está em funcionamento na Universidade Federal de Ciências de Saúde de Porto Alegre. Em 2009, conseguimos ampliar a abrangência do atendimento do serviço, que agora funciona até a meia-noite. Com o intuito de aprimorar ainda mais este atendimento, a partir de 2010, o projeto será ampliado para funcionamento 24 horas, incluindo sábados e domingos. Outros projetos estratégicos são o portal do Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas (OBID) e a Pesquisa Nacional sobre Álcool e Trânsito. O OBID pode ser acessado no endereço www.obid.senad.gov.br e congrega o mapeamento de instituições de prevenção e atendimento, banco de dados com pesquisas, notícias, eventos relacionados à área de drogas, entre outros. Os dados da pesquisa inédita sobre álcool e trânsito serão publicados nos próximos meses e trazem um retrato importante sobre o comportamento dos motoristas brasileiros. RA - Sobre "Fé na Prevenção", por que um curso com este cunho e para este público? PD - A concepção do projeto nasceu do reconhecimento por parte da SENAD de que, no Brasil, diferentes segmentos sociais têm contribuído de forma direta ou indireta para minimizar o impacto do uso de drogas na população. A SENAD entende que as instituições religiosas, assim como outras organizações comunitárias, são parte integrante da rede social de apoio às pessoas com problemas associados ao uso de drogas. Acreditamos que este papel preventivo possa ser potencializado caso tenham acesso a subsídios que ampliem o conhecimento sobre as questões relacionadas ao tema. Além disso, estas instituições podem atuar de forma mais articulada com a rede de serviços disponível para implementar as ações de prevenção e colaborar nos programas de tratamento e reinserção social de usuários e dependentes. Por tudo isso e, a partir do diálogo com diversas lideranças religiosas, a SENAD resolveu elaborar, com o auxílio de diversos especialistas da área de drogas, o curso Fé na Prevenção. RA - O que o curso aborda? PD - O projeto ocorre em duas fases. A primeira consiste num curso de formação básica à distância na área de drogas e, na segunda fase, são produzidas publicações específicas sobre o tema, para subsidiar o trabalho das lideranças junto aos membros da comunidade, com especial ênfase nos jovens, pais e cônjuges. O “Fé na Prevenção” está levando informações científicas, com fundamentação teórica qualificada para essas lideranças que já atuam na área e, muitas vezes, carecem de uma formação mais específica sobre o tema. Nosso objetivo não é interferir no aspecto doutrinário de cada religião, mas sim, fornecer ferramentas técnicas que complementem a atuação junto à comunidade. Ao final do curso serão elaboradas publicações para que essas lideranças possam disseminar informações adequadas sobre o uso e a dependência de álcool e outras drogas, assim como sobre sua prevenção, em uma linguagem acessível aos diversos segmentos do público leigo, mais especificamente para o público jovem, para pais e para cônjuges. RA – O que traz o material didático? PD - Em primeiro lugar, é importante ressaltar que o material didático foi elaborado de forma muito cuidadosa, em uma linguagem simples, mas que possibilitasse levar informações científicas, atualizadas e tecnicamente qualificadas para estas lideranças religiosas que atuam diretamente com a comunidade. Todos os alunos inscritos no curso receberam um kit de material didático, que inclui um livro texto e uma videoaula. O conteúdo do livro foi escrito por especialistas da área de álcool e outras drogas e é composto pelos seguintes temas: epidemiologia do uso de drogas no Brasil, a política e a legislação do país na área, conceitos sobre drogas, diferentes padrões de consumo, prevenção, fatores de risco e proteção, intervenção breve, modelos de tratamento, entre outros. Este conteúdo também foi disponibilizado na plataforma do curso e em forma de CD. A videoaula traz três situações práticas de intervenções realizadas por um líder religioso: uma família com um filho adolescente, a esposa de um usuário de drogas e um jovem usuário abusivo de álcool. A partir dessas situações hipotéticas, é possível traçar estratégias de abordagem e reflexão que podem ser utilizadas pela liderança em seu trabalho de aconselhamento cotidiano. Ao final do curso, os concluintes receberão outro kit contendo as 3 cartilhas elaboradas para disseminar informações adequadas sobre o uso e dependência de álcool e outras drogas, assim como sobre sua prevenção. Este material também foi produzido em uma linguagem acessível aos diversos segmentos comunitários, priorizando o público adulto jovem, pais e cônjuges. De forma específica, a cartilha de cônjuges aborda questões delicadas da convivência dos casais, ajudando-os a lidar com os problemas decorrentes da presença de álcool e outras drogas em seu cotidiano, bem como situações de conflito e violência. Trabalha também a questão do encaminhamento quando a pessoa que faz uso não deseja receber ajuda. Através da produção dessas cartilhas, realmente o objetivo foi fornecer respostas às necessidades reais de informação das famílias em geral. Nossa expectativa é que esse material seja mais uma ferramenta de trabalho preventivo das lideranças. RA - Na sua visão, qual o papel da espiritualidade no contexto da dependência química? PD - Já temos conhecimento de muitas pesquisas científicas que identificam a prática religiosa como um fator de proteção ao uso de drogas e demonstram que pessoas que frequentam alguma religião ou estão em busca de valores espirituais, têm menor probabilidade de fazer uso indevido de álcool ou outras drogas e maiores chances de recuperação, caso o façam. Dentre os achados científicos, encontra-se a relação entre a religiosidade e o enfrentamento do estresse e de situações difíceis na vida, que são fatores de risco para o uso de drogas. Por tudo isso, respeitamos o trabalho realizado pelas lideranças e valorizamos esta dimensão do ser humano como um fator preventivo e de proteção ao uso de drogas. Além do mais, no Brasil, muitas vezes as instituições religiosas se constituem também em espaços de acolhimento e suporte espiritual, afetivo e material para as diferentes demandas apresentadas pela comunidade. RA - Em sua opinião, o que representa a prevenção no universo das drogas? PD - Acreditamos que as ações de prevenção são as estratégias que trazem melhor relação custo benefício em longo prazo. Quando se fala em prevenção, é importante ter presente que, muitas vezes, os melhores recursos são aqueles já disponíveis na própria comunidade. Identificá-los e organizá-los para que sejam otimizados já favorece uma ação preventiva de qualidade. As ações de prevenção ao uso de drogas serão mais eficientes se forem integradas, formando uma rede social interativa, conectada, na qual os agentes envolvidos sejam conscientes do seu papel preventivo e, também, da importância dos demais parceiros nesse processo. Muitas vezes, se imagina que apenas os especialistas podem realizar prevenção, mas isso não é verdade. Todos nós somos agentes de prevenção em potencial e podemos trabalhar alguma ação em nosso cotidiano, seja na escola, no ambiente de trabalho, em nossas famílias, em nossa igreja. Da mesma forma, os recursos técnicos e materiais, assim como o enriquecimento da experiência local com fundamentação teórica e novas idéias, podem ser alcançados por meio de parcerias com instituições acadêmicas, governamentais e comunitárias. RA - Quais são as dificuldades, os desafios que a SENAD encontra para implantar os seus projetos? PD - Para nossa sorte, diversos setores da sociedade têm demonstrado grande interesse e compromisso com o tema das drogas, especialmente no que diz respeito às questões de prevenção. Isto já constitui o primeiro passo para fazer um bom trabalho de prevenção ou de atendimento nessa área. A questão das drogas está próxima de todos nós. Uma boa preparação daqueles que estão dispostos a abordar o tema evita ações alarmistas, emocionais, preconceituosas, irrealistas e, conseqüentemente, ineficazes. As capacitações promovidas pela Senad, em parceria com outros órgãos governamentais e instituições acadêmicas, têm procurado contribuir para a preparação dos vários agentes para atuarem de forma adequada. Entretanto, a complexidade do assunto e as múltiplas dimensões da questão das drogas exigem a constante atualização do conhecimento e a reflexão contínua para rever posições e preparar-se para novos desafios que a realidade apresenta. Acredito que, neste caminho, entre os maiores obstáculos enfrentados para que as políticas atinjam toda a população, em primeiro lugar está o tamanho de nosso país. Destacaria também a carência de recursos humanos e de recursos financeiros para as ações. RA - Quais são os projetos futuros? PD - Tendo em vista que a missão da SENAD é articular os diversos setores e coordenar a política nacional sobre drogas, a idéia é, em primeiro lugar, continuar investindo na capacitação de agentes multiplicadores de prevenção. Até o momento, quase 100 mil já foram formados, dentre eles: educadores, conselheiros municipais, profissionais de saúde e segurança pública, profissionais de segurança do trabalho, líderes religiosos e comunitários. Até o final de 2010, pretendemos atingir a meta de mais 100.000. Além disso, continuaremos a financiar projetos para a realização de pesquisas e ampliação dos serviços de prevenção, tratamento e redução de danos disponíveis. Outro campo importante é o do diagnóstico situacional. Pretendemos continuar a produzir dados abrangentes sobre o Brasil de modo a monitorar a evolução do fenômeno no País. Um avanço importante foi o fortalecimento da parceria existente entre a SENAD e o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania. Recentemente foi lançado o Programa “Ações Integradas na Prevenção ao Uso de Drogas e Violência”, que visa uma série de ações associadas com o foco na população de jovens que, por suas características de vulnerabilidade, têm sofrido impactos extremamente negativos pela exposição e envolvimento com as drogas lícitas e ilícitas e situações de violência associadas. As ações do Programa têm como público-alvo agentes de prevenção e a população de 56 municípios, incluindo as cidades de Vitória, Salvador, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre e respectivas regiões metropolitanas. No total, será atingida uma população absoluta de 24 milhões de habitantes. Dentre as diversas atividades desenvolvidas pelo Programa Ações Integradas, será dada ênfase à problemática do crack, que tem demandado a necessidade de aprofundamento de pesquisas na área. Entre vários estudos previstos, haverá a realização do primeiro levantamento epidemiológico sobre o consumo desta substância no país. RA - Como a senhora acha que a sociedade deve se preparar para este enfrentamento contra as drogas? PD - Um grande avanço para o país foi ter elaborado uma política nacional consistente em objetivos e diretrizes que orientam as ações destinadas a evitar ou reduzir os riscos e danos associados ao uso indevido de drogas. Esta política avançada deve funcionar como um norte para as ações preventivas a serem realizadas em todos os âmbitos. Da mesma forma, a atualização legislativa deve ser aprimorada de forma constante, de modo a responder cada vez melhor às necessidades da sociedade. Um exemplo é a formulação da lei sobre a associação álcool e trânsito, que tem gerado um impacto positivo na população e na redução do número de acidentes. Para ser eficiente e abrangente, as ações da sociedade devem ser multidisciplinares, intersetoriais e basear-se no princípio da responsabilidade compartilhada entre os diferentes atores, como a família, a escola, os serviços de saúde e assistência, as igrejas e toda a comunidade, além, obviamente, dos órgãos públicos e instituições governamentais. Além disso, é preciso conhecer a realidade do consumo da população, que permita a adequação das ações à realidade na qual se pretende intervir, levando em conta as especificidades de cada população envolvida. E, por fim, o principal é não ter medo de discutir o tema de uma forma honesta e realista. RA - E a família? PD - Prover a família com informações qualificadas é de suma importância para prepará-la a lidar de uma forma madura com questões relacionadas ao uso de álcool e outras drogas, seja na prevenção, seja quando o uso já ocorre, tanto por parte dos filhos ou mesmo dos pais. Numa visão sistêmica, é sabido que todos os membros são afetados pelo problema e, por isso, é imprescindível que a família saiba a quem pode recorrer. Neste sentido, a família também deve fortalecer a sua rede social, identificar recursos com os quais pode contar na própria comunidade, para que possa se sentir segura na abordagem da questão, principalmente ao pensar no papel que desempenha como primeiro grupo social de pertencimento. É importante que sinta que não está sozinha e que pode dispor de recursos e informações. Não é a toa que a própria Política Nacional sobre Drogas aponta em seus pressupostos a valorização das relações familiares. Também temos que ter cuidado para não reduzir a responsabilidade pela prevenção apenas como um papel a ser desempenhado pela família, tendo em vista que o uso de drogas é um fator complexo e que envolve vários aspectos psicossociais ao mesmo tempo. Mas, é importante que este núcleo seja incluído nas diversas ações preventivas e já existe a publicação de muitos estudos científicos que apontam a família como um importante fator de proteção ao uso de drogas. RA - Em sua opinião qual o papel de um veículo de comunicação como a revista Anônimos, especializada no segmento? PD - Os meios de comunicação exercem papel fundamental, pois, na maioria das vezes, é através deles que as informações sobre drogas chegam até a população em geral, permitindo a reflexão sobre o tema. Por meio deste trabalho, o público pode obter conhecimento sobre a política e a legislação vigentes no país, conhecer as ações do governo e sociedade civil, expressar sua opinião e divulgar suas próprias ações. Esse acesso e essa troca permitem a sensibilização para o avanço na construção de ações e soluções realmente efetivas nesta área. Porém, ainda é preciso investir muito na capacitação da mídia, que às vezes revela pouco conhecimento específico na área. Sabemos que, quando bem qualificados e informados, os meios de comunicação especializados podem ser aliados na divulgação de informações verdadeiras, baseadas em evidências científicas, que ajudem a dirimir os preconceitos que ainda permeiam a discussão do tema. Revistas como a Anônimos, a meu ver, exercem importante papel, pois, têm ajudado na disseminação de informações qualificadas e na mobilização de pessoas e instituições para a transformação das questões relacionadas ao uso de álcool e outras drogas em nossa sociedade. Fonte: Abead -
Após Crise Com Governo, Pedro Abramovay Deixa Secretaria De Políticas Sobre Drogas
topic respondeu ao Sr. Branco de Percoff em Notícias
Alguem sabe de algo dessa dona ai que vai assumir o cargo? -
Reunião Ativismo Growroom - São Paulo E Arredores
topic respondeu ao Percoff de Percoff em Ativismo - Cannabis Livre
ja editei se algum moderador puder editar o nome do topico seria bom -
Uso De Droga Admitido Por 15% Da População Do Grande Recife
topic respondeu ao neco tabosa de Percoff em Notícias
x2 -
Enquanto isso aqui no brasil tem gente que fuma ate bosta de cavalo achando que é maconha.rs