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∆-9-THC

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Tudo que ∆-9-THC postou

  1. Os alemães divulgaram um estudo que comprova que medicamentos com base na cannabis apresentam extrema eficiência no que diz respeito a aliviar a dor em pacientes cujos sintomas não são atenuados através dos tratamentos convencionais. E isso inclui dores neuropáticas, espasmos musculares, náuseas e vômitos ocasionados por quimioterapia e perda de apetite nos portadores de HIV. O jornal científico Deutsches Ärzteblatt Internacional publicou um artigo na edição 29-30, com a conclusão dos pesquisadores Franjo Grotenhermen e Kirsten Müller-Vahl. Segundo eles, o efeito clínico dos remédios à base da erva se deve principalmente pela ativação dos receptores canabinóides endógenos. Em adultos, o consumo de quantidades terapêuticas não traz risco de danos irreversíveis à cognição. Já em crianças e adolescentes, o risco é um pouco maior.Desde 1975 já foram realizadas mais de 100 pesquisas em todo o mundo, avaliando os efeitos dos canabinóides . Os resultados positivos conduziram ao licenciamento de alguns medicamentos à base de maconha em vários países. Como exemplo, temos a Alemanha, que em 2011 aprovou o extrato da cannabis para o tratamento de esclerose múltipla (EM). Em junho de 2012, o Federal Joint Commitee (o mais alto órgão regulador da saúde na Alemanha) declarou que a substância possui vantagens adicionais para esta indicação e estendeu a licença temporária para a fabricação do extrato até 2015. Fonte http://www.menteaguc...nhecem-uso.html Estudo http://www.aerztebla...ticle?id=127603
  2. Iniciando um cultivo novo, keep growing always !

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    2. ∆-9-THC

      ∆-9-THC

      valeu growlera, os meus cultivos sempre são extremos, com um pouco vou tentando fazer um tanto rsrs logo abro o Diario, só to deixando a preguiça dar uma volta.

    3. Laranja Bud

      Laranja Bud

      Felicidades!!! Qdo puder, posta umas fotos pra galera acompanhar.... cultivo dos oldgrowers são sempre bacanas!!

    4. Peu
  3. Em homenagem a estupides do Senador Magno Malta vou nomear uma planta com o nome dele.

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    2. DanKai

      DanKai

      Coitada da planta, faz isso com a coitada não, nomear planta é homenagem, tem que nomear um tolete de bosta boiando no rio com o nome desse filho da puta crente de merda.

    3. Da Lata

      Da Lata

      Pra esse ai azamax nao resolve...

    4. Granjaman

      Granjaman

      tipo assim acabei de soltar o magno malta pela descarga

  4. O ex-presidente foi o entrevistado de Kennedy Alencar no É Notícia, que foi ao ar neste último domingo 12/08/12.
  5. Dois jovens autores discutem sem tabu o vício em drogas "Cafeína? Não sabia que isso era droga", espanta-se Victória Martinez, 17. "Isso é um mito recorrente: achar que apenas substâncias proibidas são drogas", explica o jornalista Tarso Araujo, autor de "Almanaque das Drogas". Esta foi apenas a primeira de muitas ideias que foram desmistificadas durante papo sobre o tema que a Folha promoveu com Victória Martinez, Fernanda Brandão, Paula Abreu, as três com 17 anos de idade, Tarso e o jornalista Denis Russo, que escreveu "O Fim da Guerra". O livro faz uma análise minunciosa do fracasso do combate às drogas no mundo contemporâneo. A primeira curiosidade das jovens era saber em que momento da história o ser humano começou a se envolver com substâncias alteradoras da consciência. "Desde sempre", respondeu Araujo. "Mas o uso difundiu-se de verdade na década de 1960, quando ídolos como Bob Dylan, Beatles e Johnny Cash declararam-se usuários, influenciando toda uma geração de jovens", ele acredita. Na opinião de Russo, "os adolescentes têm uma tendência natural a correr riscos, desobedecer os pais e, por consequência, experimentar drogas". É por isso que, em seu livro, ele defende uma estratégia antidrogas que, no lugar de punir, cuide do usuário. "Estamos criminalizando a juventude. Não podemos prender jovens por estarem fazendo o que eles sempre fizeram", justifica. CIGARRO APAGADO Uma boa notícia: o número de fumantes no Brasil caiu pela metade nos últimos anos. Se, na adolescência da mãe de Paula, fumar era ser descolado, hoje parece ser exatamente o oposto. "Tem gente da escola que fuma. Mas as pessoas em volta olham feio", conta a jovem. Russo acha que a redução "foi resultado das campanhas de educação e das restrições às propagandas da indústria tabagista". As de bebidas alcoólicas, todavia, continuam. "E com a participação do [jogador] Ronaldo e de outros ídolos", ressalta Araujo. Para ele, os jovens beberiam menos se soubessem de todos os reveses causados pelo alcoolismo -a lista inclui cirrose, dependência, hipertensão e diversos tipos de câncer. Sobre a discussão da legalização, Araujo faz uma importante distinção: "Legalizar é o oposto do liberar geral. É criar regras para a produção, a distribuição e a venda, assim como é feito com as bebidas e o cigarro." E completa: "Se você regulamenta, dá para evitar, por exemplo, que crianças não tenham acesso a essas substâncias. Hoje, elas têm." "Tudo que é proibido atrai mais os jovens", acredita Fernanda. Russo lembrou então do caso da Holanda, onde maconha pode ser comprada por qualquer pessoa em um "coffee shop". "Por incrível que pareça, o consumo entre os jovens de lá diminuiu. Fumar maconha virou cafona, coisa de turista", ele diz. LEGALIZAR x LIBERAR Legalizadas ou não, os dois jornalistas advertem: antes dos 18 anos, o ideal é manter distância de todas as drogas. "Nessa época, o cérebro ainda está em formação. É quando mais absorvemos conteúdos, não deveríamos embaralhar nossa química cerebral nessa fase da vida", alerta Russo. O uso indiscriminado de informação sobre o assunto, no entanto, está liberado. "Só namoramos alguém depois de conhecer bem a pessoa, não é? Por que com as drogas não pode ser assim também?", questiona Araujo. Já Russo acha que as coisas estão melhorando. "O debate deixou de ser tabu. Cinco anos atrás, fazer esse encontro seria uma loucura". http://www1.folha.uo...em-drogas.shtml
  6. O historiador Henrique Carneiro afirmou que o projeto de lei apresentado pelo governo uruguaio em controlar a produção de maconha é muito pertinente. O professor da Universidade de São Paulo e pesquisador do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos vê com bons olhos a ideia de criar um monopólio estatal sobre a produção, distribuição e comercialização da maconha. “Isso elimina o risco de que o narcotráfico se legalize como empresas e impede que grandes multinacionais do álcool e do tabaco se apossem desse novo mercado”, afirma Carneiro. Segundo o professor, esta nova perspectiva se encaixa muito bem com o debate, que pede uma revisão na conjuntura adotada atualmente quando o assunto é a chamada “guerra às drogas”. Contextualizando, o historiador ainda explica que a repressão militar contra o consumo e a produção de drogas devem ser repensadas, uma vez que existem outras substâncias psicoativas que são legalizadas, como o álcool e o tabaco. O pesquisador não para por aí e afirma que o atual sistema de combate às drogas está completamente falido, a começar pela questão social . “Esse paradigma [social] tem significado uma forma de criminalizar a pobreza, de atacar as populações mais pobres, que são penalizadas por uma prática [uso de drogas ilegais] que, do ponto de vista da ciência ou dos critérios éticos e morais, não tem nenhuma distinção do uso das drogas lícitas. O fato de uma pessoa usar maconha ou cocaína é absolutamente análogo a utilizar álcool ou tabaco. Não existe argumento baseado na ciência ou no pensamento jurídico que justifique a separação de substâncias lícitas e ilícitas, na medida em que algumas substâncias lícitas são até mais danosas à saúde do que as ilícitas.” Henrique Carneiro enumera o fator geopolítico, como sendo o segundo a influenciar negativamente contra o atual sistema de repressão às drogas. “A ‘guerra contra as drogas’ se constitui num mecanismo neocolonial de controle de matérias primas, que são utilizadas nos países centrais com grande demanda e são um dos mercados de drogas mais importantes do mundo. A presença imensa dos Estados Unidos na política de guerra às drogas se transformou numa espécie de diplomacia imperial que controla militarmente nações produtoras de matérias primas.” Para o historiador, o projeto do governo Uruguaio, que promete controlar a produção da maconha é bem pertinente, já que o estado controlado a produção da canabis evitaria que grandes multinacionais se apoderassem deste mercado. “Muito pertinente e bem-sucedido nessa intenção de colocar o Estado como único a poder produzir e comercializar no atacado a maconha, porque isso elimina o risco de que os grupos criminosos ligados ao narcotráfico se legalizem como empresas e, ao mesmo tempo, impede que grandes multinacionais, principalmente aquelas já ligadas ao comércio do tabaco e do álcool, se apossem desse novo mercado.” http://maconhadalata...izacao-das.html
  7. tu gosta de coveirar topico antigo né bro rsrs edit: me assustei achei que a noticia era nova
  8. El municipio tarraconense de Rasquera, de 950 habitantes, ha dado la vuelta al mundo este año tras impulsar una plantación de marihuana a gran escala junto a un club de fumadores privado, ABCDA. Su alcalde, Bernat Pellisa, afronta su última etapa en el puesto; dimitirá en verano de 2013 porque no logró el 75% de los apoyos de los vecinos en el referendo convocado para sondear la aceptación de la medida, que resultó del 56,3%. “Me comprometí, por lo que si aguantara la legislatura se me caería la cara de vergüenza ante los vecinos”, afirma desde su despacho consistorial. Acaba de cumplir 39 años, lleva desde 2003 ejerciendo de alcalde y fue la cara visible de la polémica. El contrato con ABCDA establece la reserva de dos invernaderos de 1.000 metros cuadrados para el cultivo de la droga. Los ingresos servirían para paliar la deuda municipal, cifrada en dos millones de euros. Sin embargo, las semillas no se han plantado porque el asunto está en los tribunales. “Hay un contencioso administrativo interpuesto por el abogado del Estado, pero ya hemos superado el debate moral. Continuamos trabajando en el ámbito científico y el consumo terapéutico. En EE UU está implantado en 17 Estados, los agricultores empiezan a hablar del huerto verde del siglo XXI. El proceso es imparable. En Cataluña hay muchas plantaciones. Un particular se puede poner en contacto con una asociación y plantar, nosotros solo queremos hacer de mediadores porque nos gustaría que el dinero repercutiese al pueblo”, dice Pellisa, convencido de que las críticas lo son por “hipocresía”. Y para demostrarlo enumera puntos del contrato con el club de fumadores: “Hay mesa de seguridad, plan de prevención de riesgos, participación de la sociedad y de las Administraciones. Nos acusaban de convertirnos en el cártel de Medellín, pero la Generalitat ha hablado con las asociaciones y en septiembre hay una comisión sobre autoconsumo”. Debido al revuelo, se dio de baja de ERC y se ha vuelto crítico con los partidos. “Me parecen miserables las batallitas por ocupar una silla y tener poder”, asegura el alcalde de Rasquera, quien se considera independentista. “No tengo nada contra ellos pero no me siento español. Para mí los españoles son muy buenos vecinos. Cataluña tiene que empezar a crear estructura de Estado e independencia económica”, sentencia. Y ya ha sentado las bases para esto último: “Tendríamos que vender el pueblo diez veces para pagar la inversión en publicidad hecha, por eso hemos registrado la marca”. Aún así, el Ayuntamiento debe devolver un crédito a Hacienda avalado con posibles ingresos del cannabis. “Rehicimos el plan de ajuste. Nosotros no conocemos la igualdad de oportunidades: hasta hace tres años no tuvimos banda ancha de Internet rural y un mega costaba 36 euros”. ¿Fuma marihuana? “Eso es cosa mía. No digo que sea bueno o malo, pero fumar cannabis es un derecho”. http://sociedad.elpa...365_560794.html
  9. tá saindo uma continuacao, produzido pelo msmo cara, chama-se The Culture High, ja conseguiram levantar a grana pra produzir e acredito que logo esteja saindo.
  10. espero que o Laranjada não seja um cagão e vá, o Renato disse que tá louco que ele vá, pois hoje vai ser uma destruição de falácias rsrrs
  11. O Centro Acadêmico “XI de Agosto”, entidade representativa dos estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, com 110 anos de história, tem o prazer de convidá-lo a participar do evento “Política de drogas: Tendências e soluções" Debatedores convidados: Ronaldo Laranjeira, Renato Malcher Pedro Abramovay Este contará com perguntas dos alunos presentes e moderação do Centro Acadêmico, e o auditório será a tradicional Sala dos Estudantes da Faculdade de Direito da USP, com público formado por estudantes e professores do Largo. A data sera quarta-feira, 08 de agosto, às 19h00. O evento ocorrerá durante a tradicional Semana do XI de Agosto,entre uma série de intervenções político-culturais promovidas pelo Centro Acadêmico para dar início ao segundo semestre letivo e comemorar os 110 anos da entidade. Fonte recebi do Malcher e do Abramovay ps. quem poder ir e filmar vai ajudar muito além do apoio é claro. abraços and keep growing always
  12. Hoje dia 8 tem debate sobre a descriminalização das drogas na USP as 19 horas, com Renato Malcher, Pedro Abramovay e Ronaldo Laranjeiras, quem poder comparecer e ate filmar vai ajudar.

    1. ∆-9-THC

      ∆-9-THC

      Se eu fosse de SP ia certo.

    2. Peu

      Peu

      Se eu estivesse em sp ia tb...

    3. crazyfool*

      crazyfool*

      massacre ao laranjada!

  13. ∆-9-THC

    A Força Não Resolveu

    TEMA EM DISCUSSÃO: A descriminalização das drogas A Força Não Resolveu O combate às drogas no Brasil, desde sempre feito com base em princípios policial-militares, dos quais os Estados Unidos são a grande ponta de lança, afundou em inegável fracasso. Como lá. Mantidos na ilegalidade, o consumo e venda de entorpecentes produziram números trágicos, e não se logrou conter o avanço do flagelo. Em oposição à política preconizada pelos americanos, países que contrapuseram soluções alternativas, mais flexíveis, para controlar o crescente número de dependentes contabilizam importantes vitórias nesse campo. O exemplo mais visível é Portugal. Lá, no rastro de uma flexibilização legislativa que resultou, na prática, na descriminalização de substâncias ditas mais leves, como a maconha, comemoram-se, dez anos depois dessa virada no tratamento da questão, importantes reversões nos índices de consumo e de mazelas (doenças, violência, corrupção), que a política anterior centrada na criminalização não conseguiu debelar. Outros países também seguem o receituário alternativo, em busca de resultados mais palpáveis no controle do flagelo. Aqui mesmo na América do Sul, o vizinho Uruguai anuncia uma série de medidas que não só levam à descriminalização, mas correspondem a um passo mais radical nesta guerra — a possível criação de um monopólio legal administrado pelo Estado para a maconha ou qualquer outra substância proibida pela Convenção Única das Nações Unidas sobre Narcóticos de 1961. O tema preocupa o mundo. Recentemente, a bandeira da descriminalização passou a ser empunhada por personalidades de incontestável representatividade internacional, como o ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso e seus colegas Cesar Gavíria (Colômbia), Ernesto Zedillo (México) e Jimmy Carter (EUA), não por acaso ex-mandatários de países onde a questão da droga alcançou níveis de tragédia. Reunidos na Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Violência, FH, Zedillo e Gavíria subscrevem um documento sugerindo que os sistemas de saúde, e não as delegacias, cuidem dos usuários. No Brasil, a política de big stick resultou em números medonhos. O tráfico de drogas cresceu na clandestinidade e tomou conta do mercado, à custa da potencialização dos índices de violência e criminalidade. Mais recentemente, a legislação se tornou mais condescendente com os usuários, mas de tal maneira que ainda não há uma padronização nacional sobre como tratar o problema. Isso é terreno do Código Penal. Por isso, é positiva a proposta da Comissão de Juristas do Senado que, ao levantar sugestões para a reforma do CP, incluiu entre as recomendações a descriminalização das drogas, com a definição de usuário e traficante, uma lacuna na lei atual. Trata-se de posição em conformidade com uma tendência mundial, irreversível, de reduzir danos decorrentes do uso de entorpecentes, reservando-se o uso da força para o tráfico. http://oglobo.globo....2#ixzz22nuaVqzw
  14. essa é a pergunta que não quer calar Sano, quem foram os maconheiros que participaram da pesquisa? essa é mais uma pesquisa do Laranjada e sua numerologia dos 10% para tudo. Lamentável como sempre
  15. O GR cai e a galera pira nas conspirações, vi até neguinho falando no face que era o FBI que tinha derrubado.hahaha imagino que logo o Jack Bauer desceria de rappel do heli nos grow hehehehe

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    2. GrowingDreams

      GrowingDreams

      hahahaahahh

      Foda, eu recebi umas ligaçoes e msg de nego desesperado perguntando se eu sabia de algo tbm... uasushs

    3. Jardineiroc

      Jardineiroc

      achei que era um grupo mafia da cia putos com os ativistas cultivadores que estão tirando o dinheiro deles,rsrsrs

    4. Jardineiroc

      Jardineiroc

      achei que era um grupo mafia da cia putos com os ativistas cultivadores que estão tirando o dinheiro deles,rsrsrs

  16. Esse inverno ta acabando com as minhas seeds, nem janela ajuda nesse frio.

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    2. trosa

      trosa

      amigo coloque em cima da decoder da net , e em menos de 12 horas elas abrem abraço

    3. Yanomãmi

      Yanomãmi

      não tentei isso boa dica!

      vou testar...

    4. drbacana

      drbacana

      pq não germinar dentro do grow?

  17. Em visita ao Recife para lançamento de seu novo livro, o ex-secretário nacional de Segurança Pública Luiz Eduardo Soares concedeu entrevista ao Diario Autor e co-autor de 20 livros, incluindo sucessos como Cabeça de porco, Meu casaco de general e Elite da Tropa 1 e 2, o mestre em antropologia, doutor em ciência política e pós-doutor em filosofia política Luiz Eduardo Soares lançou recentemente no Recife Tudo ou nada. A narrativa conta a impressionante história de Lukas Mello, pseudônimo de Ronald Soares, brasileiro de classe média que fez fortuna na década de 1990, passou dez anos velejando, se tornou dependente de heroína e foi preso na Inglaterra por associação ao tráfico de duas toneladas de cocaína. Chegou a ser considerado o preso mais perigoso daquele país, mesmo sem haver pego em armas. Réu no julgamento mais longo da Europa, foi condenado a 24 anos de prisão. Separado dos outros presos, passou quatro anos sem trocar uma palavra com alguém, à exceção dos dois guardas que faziam sua vigília. A cada 40 minutos, um deles abria uma escotilha e anotava em um livro de registros o que Ronald estava fazendo. A tortura psicológica quase o levou à insanidade - em um momento, durante o julgamento, ele chegou a sentir que sua alma havia saído do corpo. Da Inglaterra, Ronald foi tranferido para o Brasil. Passou da solidão para uma cela com cem pessoas em Bangu, no Rio de Janeiro. Hoje, está em liberdade. Em Tudo ou nada, Luiz Eduardo Soares desnuda o personagem Lukas Mello, com seus erros, sofrimentos e punições. Uma leitura rica, que impressiona pelo enredo mirabolante e o espetacular poder de investigação inglês. Tem tudo para virar filme. E tudo indica que vai virar. Nesta entrevista, concedida a Juliana Colares, Luiz Eduardo Soares, que é ex-secretário nacional de Segurança Pública, fala sobre o livro e detalha as razões que o levam a defender a legalização não só da maconha, mas de todas as drogas. Como você conheceu a história do Ronald Soares? Eu vim a conhecer pelo intermédio de um primo (de Ronald), um psicanalista do Recife que eu admiro muito e com o qual eu costumava conversar quando vinha ao Recife. Em uma das nossas conversas no início de 2007, ele me falou de um primo que estava sendo transferido para cumprir o resto da pena no Brasil. Ele ficara seis anos em uma penitenciária de segurança máxima da Inglaterra. Na acusação, constava a responsabilização dele pela logística, a orientação do transporte e a parte das finanças de jogadas internacionais envolvendo o Cartel de Cáli e grupos de traficantes ingleses. Depois que ele me disse que era uma pessoa de classe média como nós, aluno brilhante de economia, tendo saído muito jovem da universidade nos anos de 1970. Fez fortuna na bolsa de valores quando o mercado financeiro emergia com muita força naqueles anos do chamado “milagre econômico” e que essa pessoa depois de fazer fortuna muito jovem, aos 20 e poucos anos, resolvera abandonar tudo para realizar seu sonho de adolescência para velejar e que tinha passado 10 anos no mar, em um veleiro, em dois ciclos de cinco anos, aproximadamente. Ao final, ele se envolvera no consumo, como dependente, de heroína e acabara por se envolver nessa trama toda. E dentro dessa trama tão cinematográfica sobre o tráfico internacional de drogas, o que te chamou mais atenção? Eu não conhecia quase nada. Conhecia genericamente valores, processos... Mas os bastidores, o dia a dia, como efetivamente essas aventuras se davam, nada disso eu conhecia. Eu pude conhecer pelo testemunho do biografado, que se tornou meu amigo. Quando o primo dele me contou a história, eu fiquei muito interessado em conhecer essa pessoa. Eu disse a ele (ao primo de Ronald): não tenho como escrever esse livro agora. Eu tenho uma série de compromissos, mas independente de livros e filmes e do que quer que venha a acontecer, eu gostaria de conhecer essa pessoa e acho que tenho muito a aprender com ela. Não só sobre o tráfico, mas do ponto de vista humano é uma experência existencial incrível. Nos encontramos, conversamos e desde então passamos a nos encontrar. Isso tem cinco anos e foi o tempo necessário para que, ao final, o livro pudesse ser escrito. Algum detalhe te impressionou mais? São tantas coisas que chamam a atenção, são tantas coisas estranhas e supreendentes… Mas o que mais me chamou a atenção foi o fato do Ronald estar vivo. Vivo mentalmente, moralmente. A pessoa passar por isso tudo e estar contando a história sem ressentimento e com coragem de me permitir que contasse a história sem dourar a pílula, sem mascarar erros cometidos... Um dos títulos do livro, que eu passei por vários, era “Duas toneladas de cocaína não contam a história de um homem”. Essa passagem por tudo isso é crucial, claro, para a vida de uma pessoa, mas é parte da vida. Se ela fosse a única parte, não haveria todo o outro lado, toda a riqueza que nos permite contar essa história. Em Cabeça de Porco, MV Bill, um dos co-autores do livro, depois de ver o tráfico de drogas em tantos lugares do país, chega a se perguntar se o problema das drogas tem jeito. Tem jeito? Depende do que a gente defina como jeito. Eu sempre tive uma posição em relação às drogas e à política de drogas. Desde os anos 70, quando era proibido falar disso por conta da censura, eu sempre fui favorável à legalização das drogas mesmo e sobretudo quando assumi posições de governo. No entanto, em havendo a proibição, era preciso seguir a lei e aplicá-la da melhor forma possível. Eu diria que se nós continuarmos nesse caminho, não vamos a lugar nenhum. Ao contrário, vamos ao inferno. Alguns números são eloquentes em relação a isso. Primeiro lugar: o tráfico internacional de drogas consumiu bilhões de dólares dos governos dos países ocidentais envolvidos na chamada guerra às drogas sem que tenha havido queda no consumo, alteração na qualidade ou aumento de preço, que desestimularia, supostamente, o consumo. Portanto, todo esse dinheiro investido não produziu nenhum benefício. Que malefícios ela produziu? A “guerra” nas cidades, o aspiral de violência, mais e mais corrupção de autoridades governamentais e policiais, etc. Além disso, estamos plantando uma mina sob os nossos pés no Brasil porque estamos encarcerando velozmente jovens que não se envolveram com violência ou com o crime organizado e que comercializaram substâncias ilícitas e estão sendo presos cada vez com mais frequência. Os presos brasileiros eram em torno de 140 mil em meados dos anos de 1990. Hoje são 540 mil. Nós temos a terceira população carcerária do mundo e a taxa de crescimento da população carcerária é a mais veloz do mundo. Também somos vice-campeões, do ponto de vista do número absoluto, de homicídios dolosos que, entretanto, não são investigados. Sabemos que no máximo 8% dos homicídios dolosos perpetrados no Brasil são efetivamente investigados. Então, qual a forma correta de lidar com esse problema? Somos campeões em impunidade por um lado e, por outro lado, em velocidade de encarceramento. O que parece um paradoxo em certo sentido, é uma enorme contradição. Estamos predendo errado, com foco absolutamente equivocado. Ao invés de darmos atenção aos crimes mais graves, estamos focalizando as energias na busca, apreensão e captura em flagrante de jovens pobres, de baixa escolaridade, em geral negros que se envolvem nessa venda varejista das drogas, sem uso de arma de fogo, sem prática de violência sem vínculo com organizações criminosas. Isso tudo vai acabar na medida em que eles sejam encarcerados. Estamos destruindo o destino desses jovens e plantando uma mina explosiva para o nosso futuro. A pergunta é “em que contexto normativo ou jurídico-político esse acesso será exercido pela sociedade?”. O atual contexto é o que criminaliza. A alternativa seria que nós buscássemos um contexto em que a questão das drogas fosse objeto de políticas de saúde, educação, de cultura. Existe algum modelo de sucesso? Que modelo funcionaria no Brasil? Nós vamos ter que inventar o nosso próprio modelo porque as circunstância são sempre distintas. O grande sucesso é o caso da Suíça. Todos dirão: “Bom, a Suíça é muito diferente do Brasil”. Claro. Tanto que tomou essa decisão de legalização de todas as drogas, com disciplina no consumo, alguma regularização, controle de qualidade. É curioso que as piores drogas, as que mais matam, não são proibidas: álcool e tabaco. Felizmente, ninguém está falando em cadeia e política criminal para lidar com esse problema. Temos lidado de uma maneira mais inteligente e eficaz. A eficácia é reduzida, mas é possível. O Brasil tem avançado muito no controle do consumo do cigarro. Em relação às drogas ilícitas, a cocaína mata menos de 100 pessoas por ano no Brasil em decorrência de overdose. Segundo as pesquisas relizadas não só no Brasil, as mortes por overdose de cocaína, que são em um número pequeno, não se dão em geral por causa da ingestão ou inalação da cocaína, mas das substâncias que são combinadas à cocaína. A falta de controle e de informação acaba facilitando esse tipo de resultado drástico. O caso da Suíça é virtuoso porque não só a legalização não aumentou o consumo e resolveu os problemas da violência associada à droga, como reduziu o consumo. Há um conjunto de experiências que estão prosperando mundo afora. É como se tudo isso começasse a estalar. Se fala muito da maconha. O senhor defende a legalização de todas as drogas, não só da maconha? Minha posição é radical. Eu não aceito que o estado defina a dieta do indivíduo na sua esfera privada do ponto de vista da sexualidade, da relação com o seu corpo e também do que vai ser ingerido, com que propósito, etc. O que é importante é que haja informação, controle de qualidade, que cada um assuma responsabilidades. As escolhas que se fazem no âmbito privado, desde que não afetem a liberdade de terceiros, têm que ser respeitadas. Não podem ser objetos de uma política criminal. http://www.diariodep...as-drogas.shtml
  18. O Sano falando me lembrou estas cenas ! Se Manifesta Marisa !
  19. Massa Pperverso, tô no aguardo do video, parabens irmão.
  20. hahahahah o pior é que o outro tópico identico é do Rick tambem , tá com Alzheimer irmão ? hahahahaha
  21. fodastico com o perdao da palavra rsrs tão de parabens desde o inicio lá atras quando era tudo crú ainda, agora ta profissa irmandade
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