1. "Rick você tem um domínio conceitual bem grande nesse assunto, não vou negar, mas ainda acho que você está errado."
Creio que você queira dizer que estou errado no geral, e não com relação à mão invisível (recurso retórico e não apelado ao misticismo, como demonstrei). Se for isso, veremos. Se não for, creio que entramos em um ponto de inflexão a respeito da expressão usada por Smith e me dou humildemente por vencido nesta questão, já que meus argumentos não foram aceitos por você. Talvez seja por outros.
2. "O Estado deve ser eliminado em conjunto com corporações multi-nacionais ou um predador social será substituído pelo outro, se Estados tiverem suas mãos atadas as instituições financeiras tomarão o seu lugar, se corporações forem eliminadas e não o Estado acontecerá algo tão ruim quanto."
Você anda em círculos e retorna ao mesmo ponto. Já conhecemos a forma pela qual uma corporação pode controlar o mercado através do Estado, mas ainda falta a demonstração de como uma corporação poderia controlar o mercado sem o aparato estatal. É neste ponto que sua teoria empaca, pois a invectiva não aponta a de que forma ela se tornaria verdadeira. Sem a sua demonstração, repito, isto é apenas futurologia.
3. "Leia sobre a lei de ferro da oligarquia, ela afirma que todas organizações, políticas ou financeiras, mesmo com ideais democráticos, se tornam violentas oligarquias, essa lei social sim jamais falhou! Todos que a entendem com maior profundidade começam a pender mais para o anarquismo do que para o estatismo ou neo-liberalismo."
Fui me informar sobre o que seria a Lei de Ferro da Oligarquia. Não a conhecia antes então, por favor, me corrija caso a minha interpretação seja equivocada. Contudo, curiosamente e como de costume, uma breve leitura do que se trata a teoria (wikipedia, perdoe-me pela falta de tempo) me permite concluir que a Lei de Ferro da Oligarquia se coaduna com a minha tese, e não com as suas. Link: http://en.wikipedia.org/wiki/Iron_law_of_oligarchy
Primeiramente, a lei parece ser aplicável somente à organizações pólíticas (Partidos Políticos e Sindicatos, por exemplo). Isto me parece ser posicionamento do próprio autor do livro que originou a referida Lei. Esta lei não tem como ser aplicável à empresas, pois as empresas não tem autonomia para, por exemplo, impor as decisões da sua oligarquia (Conselho Diretor) sobre o restante da população. Obviamente ela conseguiria fazer isto através de uma organização política, como o Estado. (vê como sem a sua demosntração de corporações controlando mercados sem o Estado é importante? Você não oferece o menor susbtrato teórico de como isto poderia acontecer)
Depois, a Lei de Ferro da Oligarquia é um ataque direto do autor contra o sistema democrático representativo (o mesmo do Brasil) e, pasme, são os austríacos quem fazem a crítica mais incisiva contra a democracia!!! Existe uma área de artigos dedicada exclusivamente a tema no Instituto Mises, veja: http://mises.org.br/Subject.aspx?id=11
São quase 40 artigos com críticas diretas ao sistema democrático, pois, é entendimento dos austríacos também, que este sistema será dominado pelos líderes partidários (oligarquias).
4. "Em vista desse vídeo do Marcelo Freixo onde ele questiona "qual Estado queremos", te pergunto Rick, diminuição do Estado, fim de intervenções dele, significa o que pra você? E o sistema prisional, quem vai controlar? Setor privado? Nos EUA isso está acontecendo e é um desastre, as corporações prisionais são algumas das maiores lobistas em prol da proibição da maconha por exemplo."
Assisti ao video, HST. A resposta para a pergunta "Qual Estado [nós] queremos" é simples: Não existe "nós". Este é o engodo e a própria Lei de Ferro da Oligarquia que você citou aponta nessa direção.
Tão logo "nós" cheguemos ao poder para configurar o Estado do jeito que "nós" queremos, eu não farei mais parte deste "nós", que agora será constituida tão somente pela oligarquia do partido.
Então sempre que alguém defender que o que "nós" pregamos é o certo, preste atenção se as ações defendidas como certas irão recair tão somente sobre "nós", e não sobre os outros. Se as ações não recairem sobre os outros, "nós" podemos fazer o que quisermos, porém se elas se valem de um Estado para, por exemplo, retirar a renda da população através de impostos, então eu creio que "nós" estejamos querendo nos valer do dinheiro dos outros para fazer o que "nós" achamos correto.
O uso de termos coletivos é signo indissociável do Estado.
Veja, amigo HST, que é essa a retórica que todo o estadista usa, seja o Freixo do PSOL neste vídeo, seja o Aécio do PSDB quando vai à TV e diz que representa a "nós" todos contra o PT, ou qualquer outro fanático tipo Hitler, Stalin e etc.
Entenda que a fantasia estatista do "nós" só se resolve com a dura realdiade do "eu". E eu não apoio que "nós" controlemos máquina estatal nenhuma. Não me importa o que "nós" queremos fazer, do ponto de vista do "eu", será sempre anti-ético.
No que se refere ao Estado, eis a minha opinião sobre ele:
O que o Estado não é:
O que o Estado é:
fonte: http://www.mises.org.br/Ebook.aspx?id=69