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Tudo que green.label postou
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Alunos Entram Em Confronto Com A Polícia Militar Na Usp
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Criolo canta outra versão de CÁLICE de Chico Buarque Espetacular !! "A ditadura segue meu amigo, Milton A repressão segue meu amigo, Chico " -
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Pablo Ortellado: A cortina de fumaça da segurança na USP Pablo Ortellado é professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP. Ricardo Maciel: “Abusos cometidos pela PM nas ruas se reproduzem dentro da USP” Ricardo Maciel foi aluno de Letras da FFCLH da USP até 2010. No momento, se prepara para fazer mestrado. Ana Paula Salviatti: A ditadura e seus fósseis vivos na USP de 2011 Ana Paula Salviatti é historiadora formada pela USP, onde faz atualmente mestrado em história econômica. Coletivo Universidade em Movimento:Rodas administra a USP como se administrasse a sua fazenda” -
Desembargador Do Tj/Rs E Ministério Público Rs Processam Coletivo Princípio Ativo
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64 tá de volta -
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Tinha revista na entrada feita por PM's SUSSA
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Entrevista: Paulo Teixeira - Usp, Pm E Drogas
um tópico no fórum postou green.label Ativismo - Cannabis Livre
3 de novembro de 2011 às 9:31 Paulo Teixeira esclarece questões levantadas por leitores do Viomundo por Paulo Teixeira Li com atenção os comentários postados no Viomundo a partir de entrevista que concedi à repórter Conceição Lemes. Eu gostaria de dizer que conheço bem a problemática da USP, pois estudei lá na década de oitenta. Essa discussão tem de ser feita com serenidade, à luz das evidências científicas. Das muitas contribuições dadas nos comentários, acho importante abordar quatro questões: 1) Eu creio que a segurança do campus tem de ser feita pela guarda interna da USP articulada com a PM. Agora, o policiamento do campus propriamente dito deve ser feito pela da guarda da universidade. Trazer a PM para dentro da Cidade Universiária tem repercussões políticas: as negociações com os estudantes relacionadas ao ambiente universitário devem ser mediadas pela reitoria, pelas diretorias de cada unidade e não pela PM. Utilizá-la na mediação com os alunos tem sido um precedente perigoso, como aconteceu na Faculdade de Direito quando ocupada pelos movimentos sociais, na greve dos servidores e agora na prisão de três usuários. À PM, em relação à segurança, cabem tarefas estratégicas, de inteligência e controle para garantir que aquele espaço esteja protegido da ação de criminosos. A polícia não pode se prestar a atividades que não tenham importância para a sociedade. Prender usuário de drogas é dispersar a atividade da polícia que deve se concentrar na proteção da vida das pessoas. 2) Não concordo que o consumidor alimente a atividade criminosa do tráfico de drogas.Quem organiza o crime em torno dessa atividade é a proibição que permite a proliferação de um mercado clandestino, capitalizado, armado e corruptor. A regulação teria o condão de esvaziar o crime, como foi feito com o álcool nos EUA na década de trinta. 3) Tal abordagem vale para qualquer pessoa, seja dentro da USP, seja na periferia de São Paulo ou em qualquer outro lugar no Brasil. Aliás, eu falei na entrevista que o jovem da periferia merece o mesmo tratamento do estudante da USP e não deve ser destinatário da abordagem policial. Uma sociedade que requer segurança não pode conviver com a dispersão que o tema de drogas provoca no aparelho estatal. A polícia, em vez de cuidar de criminosos que atuam de forma permanente e representam ameaça à sociedade, perde seu tempo, ocupando-se de usuários. Aliás, o Ministério Público que deveria se ocupar da diminuição do crime, igualmente dispersa sua atenção, tomando conta de usuários. Da mesma forma, o juiz que deveria julgar os grandes criminosos. O aparelho do Estado acaba, assim, desviando sua atenção do verdadeiro foco do Estado que deve ser o de coibir a atuação do crime contra a pessoa, contra o patrimônio e da criminalidade organizada. Os crimes relacionados às drogas têm provocado um efeito perverso no sistema carcerário brasileiro, que prende os pequenos usuários e os pequenos varejistas, que são recrutados pelo crime organizado para correr risco por ele. Tanto que o perfil dos condenados pela lei de drogas é de réus primários, sem antecedentes criminais e que agiram sem armas e sozinhos. Enquanto isso o dinheiro da droga é lavado na atividade lícita, pela economia formal. 4) Os países que tiveram políticas pragmáticas concentram seus esforços no crime organizado, para diminuir a violência. Há várias iniciativas bem-sucedidos na Europa. Portugal, por exemplo, ao descriminalizar os usuários, conseguiu diminuir o poder econômico das redes que se ocupam da venda de drogas, a violência associada ao abuso de drogas e até diminuir o uso de drogas pelos jovens. Experiências na Suíça, Holanda, Inglaterra, Alemanha e Espanha também dão luzes a este debate. É a política de redução de danos. Entre as três questões de preocupação social — a violência, o poder do trafico e a saúde do usuário –, a polícia se ocupa do combate ao tráfico e da diminuição da violência. Em relação ao usuário, o Estado remete ao ambito administrativo, ficando os cuidados de saúde, educação, a cargo das diversas instituições sociais, numa relação administrativa e não como caso de polícia. A política de guerra as drogas não deu resultados positivos onde foi implantada. O pior efeito dessa abordagem é possível ver nos EUA, que tem, proporcionalmente, uma das maiores populações carcerárias do mundo. Paulo Teixeira é deputado federal (PT-SP) e líder da bancada na Câmara dos Deputados- 16 replies
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Áudio: Juiz é contra Polícia Militar na USP e defende estudantes que ocupam prédio e defende legalização. Juiz critica USP por investir em ações repressivas no campus Ações consideradas truculentas por parte da Polícia Militar e falta de diálogo com a comunidade são as principais críticas de magistrado, trabalhadores e alunos da USP Por: Redação da Rede Brasil Atual Publicado em 01/11/2011, 18:20 Última atualização às 19:37 .São Paulo – O presidente do Conselho Executivo da Associação de Juízes para a Democracia, José Henrique Rodrigues Torres, afirmou nesta terça-feira (1) àRádio Brasil Atual que a Universidade de São Paulo (USP) erra ao não dialogar com estudantes que ocupam um prédio no campus e por investir em um sistema repressivo para combater a criminalidade. Ele analisa que a reitoria da USP deveria buscar soluções democráticas e pedagógicas para aumentar a segurança no interior da unidade na capital paulista. “A USP perde a oportunidade de dar uma resposta um pouco diferente a essa questão de enfrentamento da violência e da criminalidade”, alerta o magistrado. “Lamento profundamente que seja assim.” Na noite da última quinta-feira (27), estudantes contrários à permanência da Polícia Militar (PM) no campus ocuparam o prédio da administração da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), depois que três alunos foram presos por suposto porte de maconha. Em nota, a reitoria lembrou que firmou convênio com a PM em maio deste ano, após o assassinato de um estudante no interior da universidade. De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP Anibal Ribeiro, abordagens repressivas da PM têm sido cada vez mais frequentes. Policiais estariam andando nos corredores das faculdades e abordando estudantes por olhar “feio” para eles. Ribeiro também citou episódios de abordagens de ônibus circulares com policiais com “arma em punho”, questionando quem é ou não estudante da USP e quem é a favor ou contra a presença deles no campus. Os estudantes abordados na quinta-feira, estopim da tensão já existente entre alunos, reitoria e PM, foram pegos pela Rocam, “a tropa de choque de moto”, interpreta. Torres, da Associação de Juízes para a Democracia, espera que a universidade encontre soluções para a segurança no campus fora do sistema produtor de violência. “A USP tem profissionais competentíssimos, cientistas sociais e políticos. Não é possível que não encontre uma solução”, aponta. O magistrado analisou que a ocupação é um alerta de que a universidade deve investir no diálogo. “Está no momento de ouvir a voz dos estudantes que agem com mais coerência no sistema do que toda a estrutura da USP, que parece não encontrar solução fora do sistema convencional”, explica. O estudante de Geografia João Vitor Pavezi de Oliveira, do Diretório Central de Estudantes (DCE), afirma que a "militarização" do campus poderia ser evitada com melhor iluminação, treinamento da guarda e presença de guarda feminina. -
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Diminuindo nada, camarada. Vc lembra das eleições passadas? As mesmas táticas de 64 Núcleos neo-nazistas, TFP (Tradição, Família e Propriedade, grupo que participou ativamente do golpe em 64), Opus Dei, todos extremistas apoiando e participando da campanha política do neofascista José Serra tentando trazer de volta o apoio popular com base em um monte de merda "base em um monte de merda" que a mídia colocou na sua cabeça e vc aceita sem questionar... -
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Togo vc está se deixando levar pela ESTÓRIA contada pela mídia. lê esse tópico tem um resumão. vai saber qual é a real -> -
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Cara isso tem tomado proporções maiores, é um espaço aberto pra nossa causa pode sair alguma coisa desse movimento Essa última matéria que eu postei é bem esclarecedora, da uma olhada (nas frases grifadas, pelo menos) Abs -
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A juíza aposentada carioca Maria Lucia Karam: “(...) Quando uma sociedade aceita trocar a liberdade por segurança, está aceitando trocar a democracia pelo totalitarismo.” Por Lucas Gordon Do Coletivo DAR Da USP ao Grajaú: o fascismo em dois atos (...) O episódio é a gota d’água de um processo de ocupação intensiva da PM no campus da USP, desde a assinatura de um convênio há quase dois meses entre a reitoria e a PM para intensificar a “segurança”, após um estudante ter sido morto no campus. Desde então, relatos de revista dos estudantes, patrulha comportamental a casais gays e abordagens constantes sem justificativa em diversos espaços do campus (CRUSP, ECA, POLI, Letras, Biblioteca…) dão conta de que, como previsto pelo movimento estudantil, a PM não está na USP para garantir sua segurança, mas para ameaçar e coibir qualquer manifestação contrária às práticas e pensamento fascista, voltando-se contra os estudantes. Vale lembrar o ocorrido em 2009, quando a polícia invadiu a USP e transformou o campus numa praça de batalha, para reprimir uma greve de funcionários. A morte do estudante de ciências contábeis, na verdade, apenas serviu de pretexto para a instalação de uma política fascista que tomou força ultimamente na sociedade brasileira. (...) É evidente que a PM não é bem vinda no campus da Universidade de São Paulo por aqueles que historicamente lutaram contra a ditadura militar e conquistaram a autonomia universitária. Como é sabido e o professor de história da USP Henrique Carneiro nos lembra, “A PM no Brasil é um entulho autoritário do período da ditadura militar, é uma polícia militarizada com foros privilegiados que se constitui na força policial mais violenta do mundo.” Vale lembrar que é uma instituição que, em seu site, manifesta orgulho de ter participado como órgão de repressão política na ditadura militar E o que as drogas tem a ver com isso tudo? A política de guerra às drogas tem se revelado desde sua origem como artífice para perseguição de determinados setores da sociedade, justificada pelo discurso da segurança e saúde. Na onda da reorganização de setores neofascistas que temos assistido nos últimos tempos, o reforço das práticas e discursos punitivos encontram terreno fértil para se estabelecer. Assiste-se, então, a constituição de um Estado Penal, de um fascismo em trajes democráticos. A reação estudantil à apreensão dos três colegas volta-se para a defesa da autonomia universitária e revela os desatinos desta política de segurança pública que tem na proibição das drogas o caminho para a intervenção punitiva e o controle político de corpos e condutas. O uso da cannabis ao ar livre, conduta que não afeta ninguém exceto quem a usa e que já não é punida com prisão pela lei brasileira, é prática disseminada há milênios entre milhões de usuários não apenas na USP, mas em todo o mundo. O papel da polícia na coerção de práticas culturais recreacionais e de estilos de vida característicos da juventude e das camadas populares, a torna um veículo de distúrbio da paz social e uma fonte de corrupção devido às extorsões comumente praticadas contra usuários de substâncias ilícitas. É descabida a intervenção do estado na autonomia individual. A história mostra que quando o Brasil criminalizou a cannabis, em 1830, visava coibir uma prática associada a escravos negros em rituais religiosos, o que escancara mais uma faceta desta política de drogas: ela é racista. Embora discursos reacionários e moralistas tentem difundir o proibicionismo por um mundo “livre de drogas”, sabemos que se trata de um artifício, de uma cortina de fumaça para esconder a questão de fundo, que envolve toda uma rede de interesses dos setores conservadores, representados pelo sistema financeiro, a indústria farmacêutica, a chamada indústria de controle do crime (armamentista e de segurança), e setores religiosos, etc. Longe do que a imprensa marrom faz parecer, não se trata da defesa de um “território livre” fora da lei, mas de uma luta política contra o totalitarismo das forças de segurança contra certos grupos. O discurso midiático que tenta se mostrar como neutro (isento de ideologia) busca apenas legitimar esse avanço conservador sobre o território sempre resistente da universidade. Fenômeno este correlato ao que W. Reich observou em seuPsicologia de Massas do Fascismo: parte da população desejava o fascismo e constituiu o caldo fértil para a ascensão de Hitler na Alemanha. (dogoargentino) Nesse sentido, lamentável a avaliação de parte da esquerda moralista no sentido de que ainda não é o momento para uma luta política sobre o tema das drogas. As drogas são o grande dispositivo de poder que viabiliza estratégias de guerra contra pobres, adolescentes, jovens adultos, punks, mulheres, gays, estudantes, grafiteiros, rebeldes e marginais do nosso tempo. O que aconteceu ontem na USP rememora o que Raul Zibechi disse sobre a guerra às drogas e a América Latina: “Não importam as drogas, como não importava o comunismo“. O que importa é a possibilidade de controle e repressão de determinados grupos sociais, pelo medo, pelo achaque, pela constante vigilância. Antes da PM Casa de Cultura Palhaço Carequinha, Pq. América (Grajaú), extremo sul da cidade de São Paulo. Sexta feira, 29 de outubro de 2011. O Coletivo DAR, o Coletivo Imargem, o CDHEP e o CEDECA Interlagos promovem um cine-debate sobre o documentário Cortina de Fumaça com jovens do bairro. O espaço cultural e a praça que fica em frente são rodeados por várias escolas públicas. O local, então, é ponto de encontro e espaço público de convivência de adolescentes e jovens estudantes, onde se reúnem para se divertir. No debate os jovens manifestaram os efeitos perversos que a política de guerra às drogas produz sobre a periferia territorial dos centros urbanos. Mostraram ainda o quanto o assunto é veiculado como tabu pelas famílias, pela mídia e até mesmo nas escolas, no que pode servir de exemplo o PROERD – Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência, apontado como único programa público que se propõe a debater questões relacionadas; entretanto, por meio de policiais militares fardados que entram nas escolas para falar sobre drogas. Os jovens sentem falta de mais debate e informação sobre o tema, pois veem nas fontes mencionadas um discurso moralista e alarmista. Acabada a discussão, por volta das 22h, saímos na praça e nos deparamos com o ensaio da bateria de uma escola de samba local. A praça estava, como de praxe, lotada de jovens bebendo e conversando descontraidamente. Por volta das 22h30, os grupos rapidamente se dispersaram num sentido único, o que causou estranheza para alguns de nós ali presentes. Ao buscar saber o que acontecia, vimos policias militares “tocando” os jovens como se fossem gado aos gritos de “vai pra casa!”, “saiam daqui!”. Tratava-se de um verdadeiro toque de recolher promovido pela polícia militar a fim de “resguardar a ordem e a salubridade públicas”, palavras essas do comandante da operação, que segurava uma espingarda calibre 12. Depois da PM Estarrecidos e indignados com a cena, fomos depois descobrir detalhes sobre o que se passava. Um morador relatou que há algumas semanas o clima piorou bastante na região, depois que a policia militar intensificou ações supostamente para coibir o uso de álcool e outras drogas entre os adolescentes que se reúnem ali. Numa sexta-feira, dia em que o local está mais cheio de jovens, a polícia militar chegou dispersando os grupos de jovens com o uso de bombas de gás lacrimogênio e bala de borracha. Mandaram também fechar o comércio, ameaçaram e achincalharam moradores que afirmaram: “a gente sabe lidar melhor com os nóias do que com esses aí”, referindo-se aos policiais. Desde então, a polícia se faz presente ostensiva e diariamente, por meio da GCM e da PM, de forma a transformar a praça pública num espaço vazio, “limpo”, nas palavras dos PMs. Questionados sobre a arbitrariedade da ação, o tenente respondeu: “não foi usada violência, não demos nenhum tiro, a simples presença física foi suficiente para limpeza da área”. (...) Um breve inventário de tal prática nos levaria à Alemanha nazista, à Itália fascista, aoapartheid estadunidense e sulafricano, bem como às recentes ocupações de praças públicas na Tunísia e no Egito, além da ocupação da Palestina pelo estado de Israel. No Brasil, a única situação permitida constitucionalmente para a restrição da liberdade de locomoção com medidas desta natureza consiste na decretação de estado de sítio pela presidência da república. Ou seja, estão tratando os adolescentes como inimigos do estado. Vê-se então que a política de guerra às drogas serve de justificativa para a ampliação do Estado Penal e o estrangulamento dos direitos civis em nome das ditas “segurança e salubridade públicas”. Como diz Nilo Batista a respeito da proibição das drogas, a noção de certas coisas como ilícitas remonta à própria inquisição, um “caminho para o poder punitivo chegar mais rapidamente ao corpo do sujeito criminalizado”. Atualmente, servem à prática corriqueira da polícia militar de enquadrar jovens pobres e negros como traficantes de drogas ou perturbadores da ordem pública, portanto, como inimigo público que deve ser encarcerado, se não exterminado. (...) A discussão sobre a legalização de todas as drogas não é uma luta menor de uma juventude burguesa: é questão que precisa entrar na pauta dos movimentos sociais e na luta cotidiana de todos nós. Trata-se daquilo que disse a juíza aposentada carioca Maria Lucia Karam: “Muitas pessoas estão abdicando do desejo de liberdade. Há propostas que vem sendo crescentemente aceitas de troca da liberdade por segurança. Quando uma sociedade aceita trocar a liberdade por segurança, está aceitando trocar a democracia pelo totalitarismo.” -
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cara, acho que o dogoargentino não faz parte desse grupo o cara só cria confusão, não esta aqui pra somar, veio pra dividir deve ser reflexo de uma frustração, de uma angústia muito grande isso é problema dele, só não vem descarregar seus problemas provocando a galera do GR Não dêem moral pra esse medíocre -
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Essa é pra vc, dogoargentino Estudantes ocupam o prédio da administração da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) da USP (Universidade de São Paulo) desde o final da semana e pedem o fim do convênio entre a universidade e a Polícia Militar. Eles fizeram um protesto no começo da noite desta segunda-feira (31) e chegaram a fechar o trânsito em uma rua próxima -
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Viviane: "Onde estava a maravilhosa PM quando a menina da Biologia tomou um tiro? Provavelmente, correndo atrás dos "maconheiros" ou intimidando alunos que, como eu, não fumam maconha e nem fazem uso de nenhuma droga. " Defesa da diversidade da FFCLH da USP " (...) a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP é atacada pelos setores mais retrógrados da nossa sociedade. Por isso, gostaria de pedir que divulguem esse belo texto escrito pela aluna de letras Débora Shinohara, onde a mesma faz uma defesa emocionada da diversidade e riqueza de nossa querida “FAVELECH”, traduzindo o sentimento de muitos que ali estudam e que por ali passaram. É importante que as vozes dissonantes do discurso “ordeiro” encontrem apoio e espaço em meio aos raros espaços progressistas que ainda sobrevivem em nossa imprensa. Abraço. Pedro Ramos de Toledo” Sobre a FFLCH por Débora Shinohara, no blog Viomundo Às vezes eu fico de saco cheio de ir pra USP. Muitas vezes falto nas aulas. Não sei quantas vezes já amaldiçoei as pessoas da Letras e da FFLCH. A diferença é que as pessoas da minha faculdade que eu não suporto não são as mesmas que os “homens de bem” não aguentam; e aqui digo com o maior orgulho: nunca vou me enunciar como uma “cidadã de bem”. Não me incomodo com os maconheiros. Eles ficam no canto deles, não enchem o saco de ninguém. Não, pais de família, eles não vão oferecer maconha pro seu filho. Eles não vão corromper seu pupilo. Não me incomodo com os participantes do movimento estudantil, e, muito timidamente, é bem verdade, apoio-os. Em todos os meus anos de FFLCH, nunca vi uma decisão de greve ser desnecessária. Além disso, só se decide por greve quando não há mais opções. E disso vocês não sabem, “homens de bem”, porque vocês não comparecem às suas assembleias e nem conhecem seus Centros Acadêmicos. Não me incomodo com os funcionários grevistas, bastante concentrados no nosso prédio. Não me incomodo com Brandão, com Tia das greves, com qualquer “baderneiro” que possa aparecer. Só quem participa de greves sabe como é penoso e cansativo o processo. Não me incomodo em ficar sem bandejão, biblioteca e circular quando há greves. Porque isso é bônus pra mim, classe média. Se algum amigo que realmente (e pensem no significado de realmente) necessitasse deles fosse contra, talvez repensasse minha postura. Mas quem fica contra são aqueles que têm condições de comer na lanchonete de sua própria unidade, que nem circular usam, que têm condições de comprar/ xerocar livros. Não me incomodo com o DCE (Diretório Central dos Estudantes) e com o CAELL (Centro Acadêmico). Posso divergir de algumas opiniões de seus membros, da linha seguida por uma gestão, mas reconheço que nada é mais importante do que estas entidades estudantis. Aliás, não me incomodo com grupos de minoria lutando por seus direitos. Feministas, negros, homossexuais, todos têm espaço no nosso prédio. Claro que sempre tem os Monteirinhos Lobatos falando que são feminazis, gaystapo e ditadura negra. Mas tudo bem, eles até suportam porque isso é como um fardo pro homem branco. E quando eu digo “não me incomodo”, o que eu realmente quero dizer é que eu gosto muito de todos esses grupos. Todos eles constroem uma FFLCH aberta, plural. Se você entrou na FFLCH de uma maneira e está saindo do mesmo jeito, provavelmente não gosto de você. Porque inclusive quem já entrou na FFLCH politizado sabe que mudou, sabe que amadureceu. E se você acha que continua o mesmo, não aprendeu nada com a FFLCH, e você me incomoda. Também muito me incomoda quem encara a FFLCH como escola de línguas, e ainda acha ruim professor ser politizado. Quem chora porque atravessou a cidade e o professor não foi, e nem teve a consideração de mandar um aviso dizendo que estava doente. Quem diz que prefere a UNIP à USP por causa das greves (conselho: vá em frente!). Quem diz que seus anos de Letras foram um desperdício. Quem diz que os esquerdinhas acabam com a fama da FFLCH (embora ela seja superreconhecida pela pesquisa – e vamos nos lembrar que grande parte dos professores é de esquerda). Quem reclama dos grupos de encontro das minorias, porque isso já é assunto superado. Quem diz que tudo bem protestar, mas não vale fazer greve. Quem reclama da greve, mas se beneficia de bolsas de estudos e contratações de professores. Se essa é a FFLCH que vocês construíram como sua, é bem feito que vocês sejam chamados de maconheiros, vagabundos e esquerdopatas, porque vocês merecem. Agora, se a sua FFLCH lhe fez amadurecer, desenvolver posições políticas, conhecer outras realidades e apoiar pessoas que ou não fazem mal a ninguém, ou lutam pelo direito de todos, a sua FFLCH é a minha e a gente se orgulha muito dela. -
Defesa Da Usp: “Os Maconheiros Não Enchem O Saco De Ninguém”
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Esse movimento devia ser alimentado p/ tomar proporções maiores, quem sabe sai alguma coisa daí -
Defesa Da Usp: “Os Maconheiros Não Enchem O Saco De Ninguém”
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Viviane: "Onde estava a maravilhosa PM quando a menina da Biologia tomou um tiro? Provavelmente, correndo atrás dos "maconheiros" ou intimidando alunos que, como eu, não fumam maconha e nem fazem uso de nenhuma droga. " Defesa da diversidade da FFCLH da USP " (...) a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP é atacada pelos setores mais retrógrados da nossa sociedade. Por isso, gostaria de pedir que divulguem esse belo texto escrito pela aluna de letras Débora Shinohara, onde a mesma faz uma defesa emocionada da diversidade e riqueza de nossa querida “FAVELECH”, traduzindo o sentimento de muitos que ali estudam e que por ali passaram. É importante que as vozes dissonantes do discurso “ordeiro” encontrem apoio e espaço em meio aos raros espaços progressistas que ainda sobrevivem em nossa imprensa. Abraço. Pedro Ramos de Toledo” Sobre a FFLCH por Débora Shinohara, no blog Viomundo Às vezes eu fico de saco cheio de ir pra USP. Muitas vezes falto nas aulas. Não sei quantas vezes já amaldiçoei as pessoas da Letras e da FFLCH. A diferença é que as pessoas da minha faculdade que eu não suporto não são as mesmas que os “homens de bem” não aguentam; e aqui digo com o maior orgulho: nunca vou me enunciar como uma “cidadã de bem”. Não me incomodo com os maconheiros. Eles ficam no canto deles, não enchem o saco de ninguém. Não, pais de família, eles não vão oferecer maconha pro seu filho. Eles não vão corromper seu pupilo. Não me incomodo com os participantes do movimento estudantil, e, muito timidamente, é bem verdade, apoio-os. Em todos os meus anos de FFLCH, nunca vi uma decisão de greve ser desnecessária. Além disso, só se decide por greve quando não há mais opções. E disso vocês não sabem, “homens de bem”, porque vocês não comparecem às suas assembleias e nem conhecem seus Centros Acadêmicos. Não me incomodo com os funcionários grevistas, bastante concentrados no nosso prédio. Não me incomodo com Brandão, com Tia das greves, com qualquer “baderneiro” que possa aparecer. Só quem participa de greves sabe como é penoso e cansativo o processo. Não me incomodo em ficar sem bandejão, biblioteca e circular quando há greves. Porque isso é bônus pra mim, classe média. Se algum amigo que realmente (e pensem no significado de realmente) necessitasse deles fosse contra, talvez repensasse minha postura. Mas quem fica contra são aqueles que têm condições de comer na lanchonete de sua própria unidade, que nem circular usam, que têm condições de comprar/ xerocar livros. Não me incomodo com o DCE (Diretório Central dos Estudantes) e com o CAELL (Centro Acadêmico). Posso divergir de algumas opiniões de seus membros, da linha seguida por uma gestão, mas reconheço que nada é mais importante do que estas entidades estudantis. Aliás, não me incomodo com grupos de minoria lutando por seus direitos. Feministas, negros, homossexuais, todos têm espaço no nosso prédio. Claro que sempre tem os Monteirinhos Lobatos falando que são feminazis, gaystapo e ditadura negra. Mas tudo bem, eles até suportam porque isso é como um fardo pro homem branco. E quando eu digo “não me incomodo”, o que eu realmente quero dizer é que eu gosto muito de todos esses grupos. Todos eles constroem uma FFLCH aberta, plural. Se você entrou na FFLCH de uma maneira e está saindo do mesmo jeito, provavelmente não gosto de você. Porque inclusive quem já entrou na FFLCH politizado sabe que mudou, sabe que amadureceu. E se você acha que continua o mesmo, não aprendeu nada com a FFLCH, e você me incomoda. Também muito me incomoda quem encara a FFLCH como escola de línguas, e ainda acha ruim professor ser politizado. Quem chora porque atravessou a cidade e o professor não foi, e nem teve a consideração de mandar um aviso dizendo que estava doente. Quem diz que prefere a UNIP à USP por causa das greves (conselho: vá em frente!). Quem diz que seus anos de Letras foram um desperdício. Quem diz que os esquerdinhas acabam com a fama da FFLCH (embora ela seja superreconhecida pela pesquisa – e vamos nos lembrar que grande parte dos professores é de esquerda). Quem reclama dos grupos de encontro das minorias, porque isso já é assunto superado. Quem diz que tudo bem protestar, mas não vale fazer greve. Quem reclama da greve, mas se beneficia de bolsas de estudos e contratações de professores. Se essa é a FFLCH que vocês construíram como sua, é bem feito que vocês sejam chamados de maconheiros, vagabundos e esquerdopatas, porque vocês merecem. Agora, se a sua FFLCH lhe fez amadurecer, desenvolver posições políticas, conhecer outras realidades e apoiar pessoas que ou não fazem mal a ninguém, ou lutam pelo direito de todos, a sua FFLCH é a minha e a gente se orgulha muito dela. -
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O clima na USP é de perseguição, João Grandino, o atual reitor, é um extremista Lincoln Secco: A USP deve ter autonomia, sim! por Lincoln Secco Não é comum ver livros como armas. Enquanto no dia 27 de outubro de 2011 a imprensa mostrou os alunos da FFLCH da USP como um bando de usuários de drogas em defesa de seus privilégios, nós outros assistimos jovens indignados, mochila nas costas e livros empunhados contra policiais atônitos, armados e sem identificação, num claro gesto de indisciplina perante a lei. Vários alunos gritavam: “Isto aqui é um livro!”. Curioso que a geração das redes sociais virtuais apresente esta capacidade radical de usar novos e velhos meios para recusar a violação de nossos direitos. No momento em que o conhecimento mais é ameaçado, os livros velhos de papel, encadernados, carimbados pela nossa biblioteca são erguidos contra o arbítrio. Os policiais que passaram o dia todo da última quinta feira revistando alunos na biblioteca e nos pátios, poderiam ter observado no prédio de História e Geografia vários cartazes gigantes dependurados. Eram palavras de ordem. Algumas vetustas. Outras “impossíveis”. Muitas indignadas. E várias poéticas… É assim uma universidade. A violação da nossa autonomia tem sido justificada pela necessidade de segurança e a imagem da FFLCH manchada pela ação deliberada dos seus inimigos. A Unidade que mais atende os alunos da USP, dotada de cursos bem avaliados até pelos duvidosos critérios de produtividade atuais, é uma massa desordenada de concreto com salas superlotadas e realmente inseguras. Mas ainda assim é a nossa Faculdade! É inaceitável que um espaço dedicado à reflexão, ao trabalho, à política, às artes e também à recreação de seus jovens estudantes seja ameaçado pela força policial. Uma Universidade tem o dever de levar sua análise crítica ao limite porque é a única que pode fazê-lo. Seus equívocos devem ser corrigidos por ela mesma. Se ela é incapaz disso, não é mais uma universidade. A USP não está fora da cidade e do país que a sustenta. Precisa sim de um plano de segurança próprio como outras instituições têm. Afinal, ninguém ousaria dizer que os congressistas de Brasília têm privilégios por não serem abordados e revistados por Policiais. A USP conta com entidades estudantis, sindicatos e núcleos que estudam a intolerância, a violência e a própria polícia. Ela deve ter autonomia, sim. Quando Florestan Fernandes foi preso em 1964, ele escreveu uma carta ao Coronel que presidia seu inquérito policial militar explicando-lhe que a maior virtude do militar é a disciplina e a do intelectual é o espírito crítico… Que alguns militares ainda não o saibam, é compreensível. Que dirigentes universitários o ignorem, é desesperador. Lincoln Secco é professor livre-docente de História Contemporânea da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.