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Tudo que Dantz postou
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Ah mano, eu entendo que o cara tem que tomar muito cuidado com o que fala, mas pelo que percebí vai ser difícil a coisa andar, a bancada evangélica infelizmente é muito poderosa e ele se posicionou a favor das igrejas.
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Uma coisa não tem nada a ver com a outra. E como você acha que permitir que um brasileiro se auto-medique, ou seja, compre remédios (muitas vezes pesados, com diversos efeitos colaterais e grandes chances de causar dependência) a hora que quiser sem ter que se consultar, seria uma forma de atacar a indústria farmacêutica? Por favor me explique, porque ao meu ver isso só iria dar ainda mais dinheiro pra essa indústria, além de aumentar drasticamente o número de mortos e sequelados por uso dessas porcarias. Sem falar que não precisa de lei pra isso, nosso povo já tá acostumado a comprar remédio pra tudo e tem até propaganda desses lixos na TV aberta. Temos que divulgar mais essa campanha galera, a outra atingiu 20000 bem rápido, essa só precisa de metade das assinaturas e estamos no 2000 ainda.
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A Cidade Do México Abre A Porta Para A Venda De Maconha Em Estabelecimentos
topic respondeu ao CanhamoMAN de Dantz em Notícias
Caralho, a coisa andou rápido lá. Enquanto isso, no Brasil, aquele velho discurso de que "a população não está preparada para a legalização" e "é preciso debater mais". Debate o meu pau, tem que legalizar de uma vez e quem não gostou foda-se. -
Apoiadíssimo. To gostando de ver, tão mandando bem no ativismo, vamos divulgar! Mas não seria melhor ter incluído a legalização no tema central do debate? Ou na prática isso também será discutido?
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Eu até entendo a sua preocupação, de que o "sistema" tente manipular a imagem da droga para atender aos seus interesses, mas não vejo nenhuma ameaça nisso, é o marketing deles e você decide se vai comprar a imagem que eles passaram ou não. A essência da droga será sempre a mesma e é isso que importa, to pouco me lixando pro que a indústria pensa.
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O Limite De Plantas Por Usuário Não É Uma Liberdade Proibida E Perseguida ?!
topic respondeu ao FreedomGarden de Dantz em Segurança e Leis
O ideal seria não haver limite, claro. Geralmente eles colocam tipo 6 plantas, porque é o suficiente pro cidadão médio se abastecer e boa, o Estado não quer competição e nem as empresas que vão fornecer, dependendo do modelo de legalização. Enfim, se eu quiser plantar mais, seja por qualquer motivo (ter uma garantia caso ocorra a perda de parte da colheita, ter bastante variedade de espécies, ou mesmo plantar pra vender o excedente), eu deveria ter esse direito. Afinal, junto com a legalização vem o inevitável processo de conscientização, as pessoas vão entender que trata-se de uma planta inofensiva porque essa é a verdade, e tendo isso em mente não tem lógica limitar o cultivo, a cannabis não é mais um inimigo a ser enfrentado. Mas ainda assim, esse modelo limitado é (muito) melhor do que nada. -
A Postura Conservadora Das Organizações De Esquerda Em Relação Às Drogas
topic respondeu ao Otto Mayer de Dantz em Notícias
Depende de qual esquerda estamos falando. O PT realmente decepcionou, mas o PSOL por exemplo já tem uma postura diferente. -
Ccj Vota Projeto Que Reestrutura Sistema De Políticas Públicas Sobre Drogas
topic respondeu ao CanhamoMAN de Dantz em Notícias
Não vai passar, essas merdas só servem pra fazer barulho e dar um pequeno susto nas pessoas de bem, são os últimos gritos desesperados do lobby proibicionista, acuados diante da inevitável derrota que os aguarda. -
"Querer legalizar a maconha neste país, em 2013, é como ser um aluno do ensino fundamental que matou as aulas de adição, subtração, divisão e multiplicação e quer resolver uma equação de terceiro grau no último período de matemática" Isso é o que querem que a gente pense, é aquele típico papo proibicionista. Legalizar a maconha é simples, é só fazer. Não gostou? Foda-se, vai ter que aprender a respeitar o direito dos outros na marra. O problema é que nenhum político vai querer "sujar" a sua imagem, considerando que a maior parte de seus eleitores é contra essas medidas.
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Estudo de merda então pq não é semelhante, nem de perto. Maconha não dá abstinência, pelo contrário, ela te ajuda a combater isso e largar esses vícios inúteis. O cigarro é pensado pra te viciar, pra não te deixar largar mesmo. Não comparem essas drogas pois elas não tem NADA em comum! PS: Porra eu achando que era tópico novo, valeu malukojahbless, merece outro troféu pá de ouro.
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Depois de decretar a prisão de gente inocente, sem provas, pura e simplesmente por pressão da mídia, o que vocês esperam que o STF faça em relação a um assunto tão polêmico quanto a liberação do uso de drogas? Eu não boto mais fé nenhuma nesses caras.
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Silk Road Reabre Apos 1 Mes Fechado Pelo Fbi
topic respondeu ao Cannabicultor420 de Dantz em Notícias
Eu achava que essa parada era só pra quem mora nos EUA, Europa e talz.. é caro comprar ganja por lá? Bom, caro deve ser mas vale a pena? -
Com a copa do mundo e as eleições chegando a repressão (no geral) só tende a aumentar. O Estado não está nem um pouco interessado em atender aos interesses da população, vocês viram o que aconteceu esses dias com as manifestações em apoio aos professores no Rio de Janeiro, mais de 50 mil saíram ás ruas e não se fala em nada além do "vandalismo", quem se informa pelo jornal nem sabe o que a galera tava reivindicando. Agora imaginem o que vão fazer com pessoas que ainda são vistas pela maior parte do povo brasileiro como "maconheiros vagabundos". Minha esperança é 2016, quando a OEA for discutir um novo plano para substituir o fracasso da guerra ás drogas.
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"Maconha É A Melhor Droga Da Terra", Diz Miley Cyrus Em Entrevista
topic respondeu ao CanhamoMAN de Dantz em Notícias
Vlw PPerverso, kkk. Mas voltando ao assunto, a maconha só está sendo liberada agora porque ninguém mais compra essa idéia idiota de que ela é perigoso, então tiveram que ceder. E o que "eles" podem fazer agora? Tentar manipular a imagem da droga e/ou dominar seu comércio (através da industrialização, como ocorreu com o tabaco). Com isso surgem esses famosos loucos como a Miley Cirus, falando besteira, porque é só isso que essas cabeças de vento sabem fazer. Daqui a pouco aparece o Justin Bieber falando bem da erva, aí eu paro de vez uhauhauha -
"Maconha É A Melhor Droga Da Terra", Diz Miley Cyrus Em Entrevista
topic respondeu ao CanhamoMAN de Dantz em Notícias
Cara, maconha é uma das drogas inimigas do sistema, a última coisa que os "donos do mundo" querem é que todo mundo use, porque isso iria combater a alienação que serve como base para o capitalismo selvagem que temos hoje. -
Já tiraram do ar =/
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Profissionalizando O Processo De Regulamentação Da Cannabis
topic respondeu ao bedrocan de Dantz em Ativismo - Cannabis Livre
É o que fizeram com a cannabis recentemente, e deu certo, hoje a maior parte dos estadunidenses são a favor da legalização. Uma ótima estratégia mas por aqui não temos o apoio da grande mídia porque os "donos do sistema" ainda não estão interessados na legalização, e assim bloqueiam todo tipo de informação/discussão sobre o tema pra manter a erva na ilegalidade, que é melhor pro bolso deles. O que nos resta são os veículos de comunicação alternativos e as redes sociais, ou fazer um ativismo tão fodástico que nem mesmo o jornal mais conservador possa ignorar. Outra coisa interessante seria hackear sites bastante visitados e deixar mensagens em favor da nossa causa. -
Todo avanço é bem vindo, mas enquanto o comércio continuar proibido a polícia pode decidir que meu cultivo é destinado ao tráfico, mesmo sem ter absolutamente prova nenhuma.
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Enquete Site Da Globo, Programa Na Moral
topic respondeu ao iceee de Dantz em Ativismo - Cannabis Livre
Um amigo comentou ontem que o FHC tava falando de maconha na Globo, foi esse programa do Bial então? -
Sem dúvida ela abre bastante a mente. Antes de começar a fumar eu era bem despolitizado e até um pouco alienado, agora posso dizer que estou muito mais atento ao que acontece no Brasil e no mundo, pesquiso e leio notícias de fontes decentes, etc.
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Guerra às drogas: quando o remédio é pior do que a doença No Brasil, a superlotação das cadeias não pode ser separada da visão proibicionista e punitiva da justiça criminal com relação às drogas. Nos EUA, um terço dos presos cumpre penas relacionadas ao uso de substâncias ilegais. Para Ethan Nadelmann, a guerra às drogas gera mais problemas do que as drogas em si por Luís Brasilino, Flavio Lobo (As fotos da cobertura sobre as prisões foram tiradas no Instituto Penal Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, e fazem parte do ensaio "O Caldeirão do Diabo", de Andre Cypriano) Ehan Nadelmann é fundador e diretor executivo da Drug Policy Alliance, organização não governamental sediada nos Estados Unidos que se dedica à promoção de alternativas à chamada “guerra às drogas”. Defensor de políticas que passam pela descriminalização e regulação das drogas atualmente ilícitas, Nadelmann foi um dos estrategistas das campanhas em favor da legalização do uso recreativo da maconha que conquistaram vitórias históricas, em novembro de 2012, em referendos realizados nos estados de Washington e Colorado. Em maio, numa rápida visita ao Brasil, Nadelmann apresentou, em Brasília, uma das palestras mais aguardadas no Congresso Internacional sobre Drogas 2013. Depois de narrar os avanços em curso em vários estados norte-americanos, ele alertou para os riscos de retrocesso representados por um projeto de lei (PL) em tramitação no Congresso brasileiro. Na visão dele, se transformado em lei, o PL n. 7.663/2010, que se propõe a enfrentar a questão das drogas com internações forçadas para dependentes e aumento de penas de prisão para traficantes, não trará os resultados prometidos e agravará os problemas. Duas semanas depois de Nadelmann ter concedido esta entrevista ao Le Monde Diplomatique Brasil, o PL, de autoria do deputado Osmar Terra (PMDB-RS), foi votado e aprovado na Câmara. Enquanto prossegue a tramitação, que ainda depende da aprovação do Senado, as informações, análises e alternativas expostas nestas páginas podem ajudar a esclarecer um tema vital, frequentemente obscurecido por desconhecimento e preconceito. DIPLOMATIQUE – Por que você defende o fim da guerra às drogas? ETHAN NADELMANN – A política atual para as drogas, a guerra às drogas, está claramente fazendo mais mal do que bem. E ao mesmo tempo não consegue atingir seu objetivo central: reduzir os malefícios das drogas em nossa sociedade. Como norte-americano, há em nossa história a experiência das pessoas sendo convencidas por argumentos sobre moralidade, proteção das crianças e benefícios econômicos... e decidindo proibir o álcool. Essa experiência se provou malsucedida na redução dos problemas com as bebidas, mas incrivelmente bem-sucedida em fortalecer o crime organizado, aumentar a violência, a corrupção, o desrespeito à lei, as violações de liberdades civis, de direitos humanos, o sobre-encarceramento e a dispersão das forças policiais. E tornando o álcool mais perigoso, porque as drogas produzidas ilegalmente assim o são. Atualmente, vemos que um número tremendo de pessoas continua usando drogas ilegais. Há tantos consumidores quanto há cem anos, quando não tínhamos um sistema global de proibição. E vemos violência, crime, corrupção, mercado negro, violações de liberdades civis e direitos humanos e altos níveis de encarceramento. Nos Estados Unidos, 2,3 milhões de pessoas estão atrás das grades, das quais 500 mil especificamente por violar a lei de drogas, e outras centenas de milhares por violações de condicional relacionadas ao uso, por roubar para sustentar o consumo e por violência ligada às drogas. É mais de um terço da população carcerária total. Os Estados Unidos têm menos de 5% da população mundial e quase 25% dos presos. Somos o primeiro no mundo em cidadãos encarcerados per capita. Mas nem sempre foi assim. Há quarenta anos, as taxas de encarceramento eram mais próximas da média mundial. Em 1980, tínhamos 500 mil pessoas atrás das grades, 50 mil por violação à lei de drogas. Agora, vindo ao Brasil, vejo que o país está a ponto de decidir que parte da política deve ser prender infratores da lei de drogas não violentos, cuja única violação é portar, consumir ou vender uma pequena quantidade para outro adulto. E vocês vão encher suas prisões, que já são superlotadas... Ver o Brasil seguir os passos dos Estados Unidos parece loucura. DIPLOMATIQUE – Quais são os principais danos gerados pela política de guerra às drogas? NADELMANN – Há três diferentes formas de ver os estragos. Na América Latina, Caribe, oeste da África e em partes da Ásia, a principal questão é a violência, a corrupção e o fortalecimento do crime organizado. O segundo problema é a aids. Em partes da Ásia, em algumas cidades dos Estados Unidos, na ex-União Soviética e na Europa oriental, o principal fator de transmissão da doença é o compartilhamento de seringas infectadas e depois a contaminação dos parceiros sexuais e das crianças. Isso é responsabilidade quase exclusiva da proibição. Inclusive, é a razão para a política de drogas estar mudando um pouco na Ásia. Indonésia, Malásia, China, Vietnã e Irã têm programas de trocas de agulhas para impedir o [contágio por] HIV. A terceira consequência, especialmente nos Estados Unidos, é o sobre-encarceramento, do ponto de vista dos direitos humanos, e o alto custo. Gastamos entre US$ 50 bilhões e US$ 100 bilhões por ano na guerra às drogas. Mas será que, apesar desses danos, a política atual está tendo sucesso na redução do uso de drogas? Bom, sabemos que quando você torna algo ilegal o uso é reduzido. Portanto, há um benefício da proibição nisso. O problema é que, para as pessoas que usam drogas, é muito mais perigoso. Elas precisam comprar no mercado negro, de criminosos, pagam mais caro, e as drogas em si são mais perigosas. DIPLOMATIQUE – O que sustenta a ideologia da guerra às drogas? NADELMANN – Se pedirmos ao público para colocar as drogas em uma escala de periculosidade, eles vão pôr álcool e tabaco embaixo, depois as drogas farmacêuticas e no topo maconha, cocaína e heroína. Para um cientista, seria tabaco e álcool no topo, drogas farmacêuticas no meio e a maconha embaixo. Há muita diferença, e isso se deve à falta de conhecimento do público. Álcool e tabaco são conhecidos, por isso não despertam tanto temor. Nos Estados Unidos, graças ao aumento desse conhecimento, a mudança da opinião pública com relação à maconha vem sendo impressionante. Em 2006, 36% eram a favor da legalização da maconha e 60% eram contra. Em 2012, 50% passaram a ser a favor e 46% contra. Em cinco anos! Há muitas razões para isso ter acontecido. A principal é geracional. Há trinta anos, os mais velhos não sabiam a diferença entre maconha e heroína. Agora, se você tem 65 anos, há 50% de chance de que você tenha fumado maconha. Além disso, muitos políticos, juízes etc. já dizem: “É, eu fumei quando jovem”. E temos três presidentes em sequência... Clinton, que disse que não tragou; Bush, que nega, mas foi dedurado por um amigo; e Obama, que, perguntado se havia tragado, respondeu: “Claro, não é esse o ponto?”. Isso muda a discussão. Além disso, as pessoas estão se familiarizando com o fato de que, nos Estados Unidos, há quase 2 milhões de pacientes usando a maconha para fins medicinais. A mídia, que sempre apontava o adolescente que fugia da escola como o fumante de maconha, começou a apresentar o idoso doente, pacientes de câncer... Nos anos seguintes a 1996, data que marcou o início do processo de liberação do uso medicinal da maconha no país, graças a uma lei estadual aprovada na Califórnia, todo programa de televisão teve um episódio sobre o assunto. Estava almoçando com um amigo hoje e ele me perguntou: “Você consegue imaginar um fumante de maconha na novela [do Brasil], um personagem simpático, uma mãe, uma avó, que, doente, é convencida pelo filho a fumar? E então ela volta a poder comer novamente, se sentir melhor...?”. Isso teria um impacto enorme, e foi o que aconteceu nos Estados Unidos. DIPLOMATIQUE – Qual é sua opinião sobre as campanhas para legalizar o consumo, mas não o tráfico? NADELMANN – De uma perspectiva intelectual há algo inconsistente nisso. Mas de uma perspectiva política e social é essencial. Existem defensores da guerra às drogas e da legalização total que dizem: a pior coisa é a política inconsistente, que descriminaliza o consumidor e criminaliza o tráfico. Minha resposta é: melhor uma política inconsistente, mas mais humana. Além disso, a política atual me parece imoral para aquele cuja única violação é possuir ou consumir a droga. Ele tem sua liberdade retirada somente por causa de algo que colocou em seu corpo, mesmo sem ferir outra pessoa. DIPLOMATIQUE – Como foi a estratégia da campanha nos referendos realizados em 2012 que liberaram a maconha em Washington e no Colorado? NADELMANN – Antes de apresentar a iniciativa do referendo, fizemos pesquisa de opinião pública. Começamos vendo se a maioria era a favor. E olhamos bem de perto: fortemente a favor, mais a favor do que contra... O assunto seguinte é: o que o público pensa sobre isso. Quais são os argumentos, e até mesmo quais são as palavras. Devemos dizer cultivar ou plantar? É melhor falar que vai ser como cigarro ou como álcool? Se permitirmos que as pessoas cultivem plantas em casa, isso precisa ser privado? No Colorado, por exemplo, o público via o plantio como a nudez em público. OK fazer na privacidade de casa, mas não quero que minha criança olhe pela janela no quintal e veja você pelado ou cultivando maconha... O próximo passo é, sabendo que ao se aproximar o dia da eleição as pessoas ficam com medo da mudança, descobrir qual é nosso argumento mais poderoso. E este é quase sempre o mesmo. A defesa da liberdade individual não funciona muito bem. Os dois elementos mais fortes são: queremos que a polícia se concentre em crimes de verdade e gostamos da ideia de que o governo pode gastar menos dinheiro tentando combater as drogas e arrecade dinheiro taxando-as. Relacionado a isso também há o argumento: vamos tirar o poder dos criminosos. A seguir, a questão é: quem é o porta-voz mais eficaz? Normalmente se pensa no chefe de polícia aposentado. Mas às vezes é só uma mãe de classe média dizendo: “Sabem, me preocupo com meu filho usando maconha, mas não vejo a lei funcionando e acho que a gente apenas precisa tentar uma abordagem diferente”. Em Washington, isso foi muito eficiente. DIPLOMATIQUE – Essa luta contra a guerra às drogas vai ser longa, não é? NADELMANN – Sabia quando comecei que esse era um esforço multigeracional. Nos Estados Unidos, o movimento pela reforma da política de drogas, em 2013, está na mesma posição histórica do movimento gay nos anos 1980, do movimento dos direitos civis nos anos 1960, do movimento das mulheres nos anos 1910 ou do movimento abolicionista nos anos 1850. O público continua amedrontado e desinformado. DIPLOMATIQUE – O que você pode dizer sobre a legalização de outras drogas além da maconha? NADELMANN – Imagino todas as drogas e os modos de tratá-las ao longo de um espectro, que vai da modalidade mais punitiva, como em Cingapura e na Arábia Saudita, para as políticas de mercado mais aberto, como eram os cigarros nos anos 1960. O que temos de fazer é, por um lado, com as drogas ilegais, caminhar para o centro do espectro, reduzindo as partes punitivas da lei. Por outro, com álcool e tabaco, começar a aumentar os impostos, as regulações e as restrições, e a fazer campanhas contra o uso. O esforço é para estabelecer uma política regulatória de saúde pública para reduzir os impactos negativos das drogas, sem introduzir o mercado negro e os criminosos. Portanto, uma reforma da política de drogas deve tentar trazer as duas pontas desse espectro o mais próximo possível. Não acho que legalizar todas as drogas seja a melhor política. O melhor é reduzir os estragos provocados por elas (doenças, vício, morte e crime) e os danos gerados pelas políticas proibicionistas: crime organizado, corrupção, violência, superlotação de cadeias... O modelo ideal está em algum lugar no meio, entre a política reguladora, como hoje é com álcool e tabaco, e uma política proibicionista que respeita os direitos humanos, com foco na saúde pública e que, ainda que as mantenha ilegais, não signifique mais uma guerra às drogas. Com a maconha, está claro que o melhor é a legalização com uma política regulatória, como são os cigarros hoje. Porém, não digo que devemos vender heroína ou cocaína como álcool ou cigarros. Do ponto de vista intelectual, é um argumento muito interessante, porque é bom pensar na legalização de todas as drogas. Isso ajuda a entender quanto nossos problemas são resultado das políticas proibicionistas, e não das drogas em si. É um erro ficar focado na legalização e ignorar todas as opções que estão no meio. Por quê? Primeiro, porque politicamente não há nenhum apoio para isso em nenhum país. Segundo, porque não sabemos se legalizar todas as drogas acarretaria um aumento dramático no vício. Não sabemos. Mas não importa, porque isso não vai acontecer mesmo, vai ser passo a passo. O que isso significa em termos concretos? Basicamente, penso que a próxima geração vai ver três processos. O primeiro é a regulação da maconha legalizada, removendo-a do sistema criminal. O segundo é o que podemos chamar do modelo português: terminar com a criminalização da posse de pequenas quantidades de drogas, comprometendo-se com o tratamento do vício como um assunto de saúde. Quando você para de criminalizar a posse, o número de usuários não sobe nem desce. Mas caem os crimes, as prisões, as overdoses, a corrupção... O terceiro processo – esse é o mais difícil – é tentar, para as pessoas que estão absolutamente determinadas a comprar suas drogas, encontrar uma forma de que elas possam obtê-las de uma fonte legal. A Suíça começou a adotar esse modelo há vinte anos. Lá, os viciados em heroína ouviram do Estado: “Bom, se você é viciado e tentou de tudo, pode vir a uma clínica até três vezes por dia e obter heroína pura”. Nesses lugares, eles também encontram serviços médicos e ajuda para conseguir um emprego. E teve muito sucesso. Alemanha, Holanda, Dinamarca e Inglaterra agora têm uma política similar. É só um pequeno número de pessoas. Mas elas param de ser presas, de se envolver em crimes, sua saúde melhora e a vida se estabiliza. Essa é a próxima fronteira. Se formos bem-sucedidos nessas três partes, vamos continuar tendo um problema de drogas, mas será bem pequeno. DIPLOMATIQUE – Qual é sua sugestão para os ativistas contra a guerra às drogas no Brasil? NADELMANN – A primeira coisa é lembrar que é uma luta de longo prazo e, então, você precisa de uma estratégia de longo prazo. Por exemplo, se seu Congresso aprovar essa lei terrível, isso será um retrocesso, mas não é o fim, é um recuo, e todo retrocesso apresenta novas oportunidades e novos aliados. Também é preciso ser sofisticado na argumentação. Se você for usuário de maconha, seja um consumidor responsável. É preciso despertar empatia. Você precisa estar disponível para se pôr no lugar de outro ser humano, do policial, do pai ou do legislador assustado. E é preciso saber que, nos últimos quarenta anos, o mundo como um todo está se movendo em uma nova direção Luís Brasilino Jornalista. Editor do Le Monde Diplomatique Brasil. Flavio Lobo Jornalista, mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP e consultor na área de comunicação Ilustração: Andre Cypriano 03 de Junho de 2013 Fonte: http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=1426
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A partir de 2016? Eu não esperava que a mudança fosse da noite pro dia mas, isso é muito tempo! Enquanto a legalização/regulamentação não chega, precisamos assegurar pelo menos nosso direito ao cultivo para consumo próprio, e é nisso que devemos focar nosso ativismo.
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É um abaixo-assinado virtual então não tem validade, mas serve para fazer pressão, pode ser apresentado a políticos e outros representantes do povo para mostrar o tamanho da insatisfação de uma determinada causa.
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Ás vezes também tenho umas bads desse tipo, e pra mim a causa é a preocupação. Lembro que quando comecei a fumar eu ficava meio zoado pra dirigir o carro, porque me preocupava com a distância que estava em relação ao lado direito, deixando de ser uma coisa automática, e assim acabava comendo um pouco a faixa esquerda. Ás vezes ficava muito ansioso achando que tava dando muita pala e que todos estavam reparando em mim, ou até mesmo ficava mal fisicamente por não acostumar com as alterações causadas pela erva (pensamento lento, batimento cardíaco acelerado etc) e achar que estava passando mal, quando na verdade não estava... isso tudo reflete o seu psicólogico, é questão de aprender a não se importar com essas coisas e aproveitar a brisa. Quando estou de boa comigo mesmo é difícil ter bad trips. E depende da erva também, quando pego aquelas sativas boas que dão um grau mais social e menos lesado eu perco as preocupações e a ansiedade, é um ótimo antidepressivo. Comece a meditar e praticar esportes ou academia, isso pode te ajudar bastante. Sei que já postaram um vídeo sobre meditação aqui, mas vou te indicar outro que acho bem interessante. O importante pro sucesso da meditação é relaxar e entender que os pensamentos vão aparecer (e bastante), isso é normal, não se preocupe e deixe que eles venham e sumam naturalmente, sem dar atenção a eles.