leprechaunz

E aí pessoal.. sem querer dar uma de moderador aqui, mas acabei de ler quase 99% deste tópico e dou uma dica: tentem ler principalmente as primeiras três ou quatro páginas, antes de postarem notícias de sei lá onde, pois muito do que está sendo perguntado já foi respondido. *** Concordo com quem falou aí que cada pessoa reage diferente, os efeitos são realmente muito mutáveis de pessoa pra pessoa - e acho que aí tem a ver também com a expectativa que cada um tem com a substância que usa. Mas fiquei intrigado com o lance do THC ser lipossolúvel: isso também vale para os outros canabinóides? Pergunto isso porque eu nunca fumo, mas sempre faço alguma bebida ou comida através do processo de dissolver em gordura. É certo que isso diminui os danos com o alcatrão, pois até onde eu saiba o alcatrão é liberado somente na queima. E o THC é lipossolúvel, mas e os outros canabinóides? Se essa diferença aí é real, então, por acaso, isso significaria que os males bioquímicos causados pelo uso de cannabis ingerida são específicos? Será que existe algum malefício específico da ingestão?

Me desculpem não fazer rodeios, mas vou ir direto ao assunto, pois é uma coisa séria. Este pensamento aí pode ser tão inconsequente e preconceituoso quanto aqueles argumentos das mesmas pessoas que NÓS, aqui, combatemos, ao defender a descriminalização/legalização de maconha. Vamos ter cuidado, senão podemos perder a razão na nossa própria luta.. Maconha não é droga porque é natural? Pô.. come um cogumelo qualquer aí de bosta de vaca, pra ver se não pode matar! Picada de escorpião, não é natural também? Pois é, amigo.. A maconha precisa passar por um processo para ser usada. Tanto na ingestão quanto no fumo - fumar ou diluir em gordura são processos.. tente engolir uma folha inteira e dificilmente conseguirá resultados. E no final tudo é química.. essa distinção entre droga natural ou sintética não pode ser levada tão a sério. Quanto ao preconceito sobre esta droga chamada maconha, certamente foi algo construído historicamente. Você está correto. Mas, eu acrescentaria algo: a mesma coisa ocorreu com qualquer outra substância ilícita. De acordo com a cultura, algumas são demonizadas e outras não. Exemplos: nos países sobre a lei do alcorão, o álcool é ilícito. Na Alemanha algumas empresas possuem máquinas de cerveja iguais àquelas de refrigerante que temos aqui, disponível aos funcionários. E assim vai indo. Mas, como estamos sob um processo avançado de transações econômicas internacionais, capitalismo financeiro, globalização e etc, e como tudo isso facilita certa homogeneidade nas leis e até na moral vigente entre as nações, alguns valores culturais acabam se sobrepondo aos outros. Por exemplo, o que foi proibido nos EUA, há quase 100 anos, foi proibido em boa parte dos países, dentre eles o Brasil. Pra terminar: através dessa história de "sou a favor da vida", as políticas públicas de hoje demonizam os usuários de drogas ilícitas - NÓS -, pondo-nos na criminalidade, e associando toda a culpa da violência do tráfico como se fosse unicamente do usuário, quando na verdade nós sabemos que é a própria lei que cria o tráfico, tornando estas substâncias ilegais. Eles dizem justamente isso "quem mandou você usar drogas? você está se matando". "somos a favor da vida" - mas deixam a guerra do tráfico matar milhares, anualmente. Eu uso drogas SIM [álcool, maconha, café, chocolate, benflogin] e não sou uma ameaça à sociedade por isso, porque sei das minhas limitações e do meu uso. Sou a favor da vida, e sei que nisso não está incluso nenhum tipo de preconceito a usuários de qualquer droga que exista ou que venha a ser inventada no futuro. Abraços a todos..

Uma das receitas contidas num site que li esses dias era: primeiro passar manteiga no pão, colocar a erva em cima da manteiga, e por cima disso, uma fatia de queijo. só não dá pra ficar temperando de erva como se fosse orégano, senão já viu..

Só uma opinião pessoal: Acho uma grande bobagem o cara tentar tirar o corpo fora disso. Se nós percebemos hipocrisia, se percebemos qe temos o direito de fazer o que quisermos com nossos próprios corpos, se enxergamos o que está por trás das tendências destas pesquisas encomendadas, e principalmente, se concluímos que todas estas coisas não são por acaso - são obra de um plano muito bem feito- é aí sim, que temos a OBRIGAÇÃO de assumirmos o uso e irmos à luta. Seja em casa, com nossos amigos, ou então nas ruas, sempre aproximando dos movimentos antiproibicionistas, que já não são poucos no brasil...temos que comunicar o que acontece à sociedade. Isso vale tanto para os usuários quanto para aqueles que não usam mas percebem que a criminalidade também atinge eles. Da mesma maneira que uma lei não consegue reduzir o uso, uma outra lei legalizando e descriminalizando nunca vai tirar o preconceito da cabeça das pessoas, do dia pra noite.. pensem nisso! Abraço

Eu também sempre faço ingestão e acho que vêm acontecendo isso aí mesmo comigo, de ficar enjoado com o cheiro e tal, acelerando o processo de tolerância. Antes eu até gostava do cheiro, mas depois de alguns exageros que cometi, só de sentir o aroma já sinto algo estranho.. não chega a ser ruim, mas é estranho. Da primeira vez que usei, fui obrigado a induzir vômito! Não aguentava mais, talvez foi minha inexperiência, fazendo com que eu entrasse numas nóias.. só sei que usei pela meia noite (e foi umas 3 gramas no máximo), mas até o outro dia, de tarde, quando tive que fazer uma entrevista lá, ainda me sentia meio lerdo.. heehehe Sobre o lance do estômago vazio, influencia sim no tempo em que leva pra fazer efeito.. às vezes não demora nem 15 minutos..