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galera, o link é onde a notícia foi originalmente postada, abaixo tem outro link onde se encontra no momento e lá havia este link como referência de onde a notícia foi retirada. é simples, o UOL retirou a página do ar
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Discreto gosto pelo cânhamo Por Jean Marcel Carvalho França 03/08/2007 às 23:37 artigo publicado em: http://www2.uol.com.br/brhistoria/reportagens/discreto_gosto_pelo_canhamo.html www.midiaindependente.org/pt/blue/2007/08/389747.shtml+"Discreto+gosto+pelo+cânhamo"&cd=3&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br por Jean Marcel Carvalho França Engana-se quem pensa que o uso da maconha é algo novo no Brasil. A erva era plantada e consumida desde os tempos coloniais, especialmente pelos escravos . O antropólogo pernambucano Gilberto Freyre, em um livro publicado em 1937 e há pouco reeditado no país, Nordeste, dizia que, no Brasil de outrora, a cana-de-açúcar, cultura sazonal que ocupava o colono por no máximo duas estações, deixava um imenso tempo livre para outro cultivo, o do ócio. Curiosamente, pondera Freyre, não passou pela cabeça da maior parte dos empenhados colonos que o tempo não consumido com a cana poderia ser usado de maneira produtiva, plantando-se arroz e feijão, por exemplo. Ao contrário, em paralelo ao plantio da cana, o colono resolveu dedicar-se a produções voltadas para o devaneio, para o escape: a indústria da aguardente, produto do agrado de todos; a cultura do tabaco, artigo indispensável para preencher as infindáveis tardes de calor e enfado dos senhores; e a cultura do cânhamo, da maconha, erva apreciada pelos pretos e pela gente pobre, gente que precisava, digamos, relaxar, pois, afinal, eram “os pés e as mãos do senhor de engenho”. Da tradicional cachaça e do apreciado tabaco, o passado colonial legou-nos muitas informações não somente sobre o preparo, interesse e valor comercial de tais produtos, mas também sobre os usos que os colonos faziam deles. Do tabaco ou petume (betum, petema, peti, petigma, petima, petume, pitima, pituma, potum, petum) há notícias constantes, que remontam ao início da colonização. Andre Thévet, Jean de Léry e Nicolas Barré, por exemplo, todos participantes da conhecida tentativa francesa de instalar uma colônia na região da baía de Guanabara, a França Antártica (1555-1567), referem-se ao peti, amplamente utilizado pelos índios, em razão de suas virtudes medicinais. É de Léry a seguinte passagem: “(...) colhem-na e a preparam em pequenas porções que secam em casa. Tomam depois quatro ou cinco folhas que enrolam em uma palma como se fosse um cartucho de especiaria; chegam ao fogo a ponta mais fina, acendem e põem a outra na boca para tirar a fumaça que, apesar de solta de novo pelas ventas e pela boca, os sustenta a ponto de passarem três ou quatro dias sem se alimentar”. Ao longo dos séculos XVII e XVIII, quando a vida nas cidades do litoral ganhou corpo, raro foi o visitante estrangeiro que, de passagem por um dos grandes portos brasileiros (Rio de Janeiro, Salvador, Recife ou Santos), não teceu algum comentário sobre o tabaco local, um tabaco de boa qualidade, fácil de ser encontrado nas casas comerciais, barato e, sobretudo, muitíssimo consumido pelos habitantes, que o apreciavam, como salientou o inglês James Tuckey, em 1803, “na forma de charutos e de rapé”. Um século antes, em 1711, André João Antonil, no seu Cultura e opulência no Brasil, abria os seus comentários sobre a cultura do tabaco no país com uma nota reveladora da importância que tinha então o produto pelo mundo afora: “Se o açúcar do Brasil o tem dado a conhecer a todos os reinos e províncias da Europa, o tabaco o tem feito muito afamado em todas as quatro partes do mundo, em as quais hoje tanto se deseja e com tantas diligências, e por qualquer via se procura”. Da aguardente de cana “ que conta com centenas de designações na língua portuguesa “, o passado colonial legou-nos ainda mais notícias. Há descrições de seu preparo, de seu consumo pelas tripulações dos navios, da facilidade com que era encontrada no comércio local, dos lucros que propiciava e, sobretudo, dos excessos a que eram levados os seus apreciadores mais extremados, que não eram poucos. Há notícias de tais excessos por todos os lados: dos célebres pileques do poeta Gregório de Matos à história mais picante “ contada pelo padre Cepeda, em 1764 “ de um jesuíta teólogo do colégio da Bahia, que, todas as noites, “vestido de marinheiro”, saía para beber cachaça, armar confusão e se encontrar com “mulheres perdidas”. Não por acaso, muitos daqueles visitantes que notaram o quão apreciado era o tabaco no país notaram também que os brasileiros consumiam copiosamente “uma aguardente forte e nociva para a saúde, que, em razão de seu preço, estava ao alcance dos indivíduos de fortunas modestas” “ como explicou, em 1799, um visitante inglês de nome George Semple Lisle. Notaram, ainda, que era comum a briga de embriagados nas cidades brasileiras, nas quais todos andavam armados de adaga e espada. Apesar de tais problemas, contudo, o sucesso que a pinga alcançou na colônia foi tanto que, nas primeiras décadas do século XIX, período de intenso nacionalismo, o viajante francês Saint-Hilaire registrou que a bebida já havia se tornado uma espécie de patrimônio nacional, e os patriotas a tinham como um símbolo do espírito de independência que arrebatava o país. A maconha (abango, abangue, aliamba, bagulho, bango, bangue, bengue, birra, bongo, cangonha, chá, diamba, dirígio, dirijo, erva, fumo, fumo-de-angola, jererê, liamba, marijuana, massa, nadiamba, pango, rafi, riamba, seruma, soruma, suruma, tabanagira, umbaru), ao contrário de seus dois primos importantes, talvez por ter sido sempre relacionada aos escravos “ comumente se atribui ao negro africano a introdução das primeiras sementes do “fumo de Angola” no país “, jamais gozou de muito prestígio entre nós e menos ainda de divulgação. O que está longe de significar que esteve ausente do cotidiano dos colonos. Para ter uma idéia de como a cultura do cânhamo era presente, vale recordar uma passagem do instrutivo relato sobre o Rio de Janeiro, deixado pelo médico John Barrow. Em visita à cidade em 1793, Barrow, inglês culto e curioso, descreveu longamente as pinturas que enobreciam os pavilhões do Passeio Público da cidade, pinturas, segundo o inglês, “descritivas das oito fontes de riqueza do Brasil”. Uma delas, para espanto do leitor contemporâneo, representava a “vista de uma plantação de cânhamo e da manufatura de cordas”. Barrow explica que a planta era “cultivada sobretudo nos distritos meridionais, perto de Santa Catarina”, mas que carecia, naquele momento, de maiores incentivos para que se pudesse ampliar o seu cultivo na colônia. Um pouco mais tarde, Luís dos Santos Vilhena, no seu Recopilação de notícias soteropolitanas e brasílicas (1802), oferece-nos uma informação complementar. Diz o cronista: “A ilha de Santa Catarina, e continente a ela adjacente, capitania do Rio Grande de São Pedro do Sul, e parte da de São Paulo produzem admiravelmente o linho cânhamo”. Obviamente que nem Vilhena nem o respeitável médico Barrow pensavam nos usos recreativos que alguns colonos faziam da planta, ou, se pensavam, não se dignaram a deixar isso registrado. Barrow, a propósito, um experiente “homem do mar”, pensava, sim, na imensa utilidade que o cânhamo tinha para as navegações, onde era usado prodigamente na calafetagem das embarcações e na feitura de velas e de cordas. Utilidades, aliás, que tinham sido mencionadas por outro navegador que passara pelo Rio de Janeiro antes dele, em 1767 “ John Byron, avô do célebre poeta inglês Lorde Byron. Malgrado, no entanto, essa presença no meio dos colonos e o conhecimento por parte destes de suas propriedades entorpecentes, pouquíssimos testemunhos restaram dos usos recreativos ou medicinais que se faziam da planta. Há somente referências esporádicas, quase sempre relacionadas a delitos morais e religiosos. Em 1749, por exemplo, um tal Antônio do Carmo, natural da Ilha Terceira, no arquipélago português dos Açores, compareceu diante do comissário do Santo Ofício da Comarca da atual cidade de Mariana, em Minas Gerais “ lugar em que se plantava muito cânhamo “, para explicar-se sobre um caso comprometedor em que o acusaram de estar metido. Eis a acusação que pesava sobre esse músico português: “(...) estava chumbado de aguardente e de pitar e se deitou na cama com vários rapazes músicos, por muitas vezes, e com eles estava com brincos desonestos, fazendo pulsões com as mãos e outras vezes entre as pernas dos ditos rapazes, e foi no pecado de sodomia agente e paciente com o pardo Valentim Pereira”. Em 1777, o mesmo Santo Ofício, desta vez em Lisboa, recebeu uma denúncia proveniente de Itapecerica da Serra, lugarejo próximo à cidade de São Paulo, acerca de uma parda, de nome Brígida Maria, que, em companhia de seu amante, natural de Angola, andava pelas imediações da cidade promovendo umas festanças, durantes as quais dava uma erva para os participantes aspirarem “ o cânhamo em forma de rapé, muito provavelmente “ que os deixava “absortos e fora de si”. Uma nota mais contundente e direta “ mas não menos negativa “ sobre o uso recreativo do cânhamo pela população local, ao menos pela sua parcela mais pobre, vamos encontrar somente no relato legado pelo renomado orientalista, escritor e diplomata britânico Richard Burton. No seu Viagem do Rio de Janeiro a Morro Velho (1769) há duas passagens curiosas sobre o uso do cânhamo, ambas em Minas Gerais e ambas envolvendo cativos. Ao descrever uma “revista dos escravos” a que assistiu em Morro Velho, o inglês comenta: “(...) depois disso, os diligentes vão cuidar das casas e das hortas, dos porcos e das galinhas; vão lavar roupa e costurar, ou carregar água, lenha ou capim para vender. Os preguiçosos e dissolutos vão gozar a santidade do dia à moda africana, deitados ao sol e, se puderem, bebendo e fumando haxixe, como os semi-selvagens de Serra Leoa”. Mais adiante na sua narrativa, dissertando sobre os cuidados que se deveria ter com a escravaria e sobre o quanto esta apreciava uma aguardente “ gosto que tantos transtornos trazia aos senhores “, Burton salienta: “O negro também se mostra muito amigo do pango, aqui chamado ariri, o conhecido bhag, Cannabis sativa da Índia e da costa ocidental e oriental da África. Mostra-se prontamente disposto a pagar até mil réis por um punhado desse veneno”. Burton, contudo, é uma referência tardia, da metade do século XIX. Antes dele, ao que parece, o cânhamo não deixou de marcar presença no país “ a ponto de merecer uma pintura no terraço do requintado Passeio Público da capital da colônia, no Rio de Janeiro “, mas o seu uso “recreativo”, religioso e medicinal não mereceu a atenção nem dos letrados, nem dos religiosos católicos, nem dos viajantes, em suma, de ninguém que tivesse meios para registrar tais usos. Aos olhos desses homens, o “pito de cânhamo” era um “mau hábito” de gente preta ou de gente que se “africanizara”, de “estropiados” da sociedade colonial, um mau hábito que não suscitava quaisquer preocupações ou reflexões do ponto de vista da lei “ a não ser quando associado a um excesso moral ou religioso “ e não tinha importância social suficiente para que se gastasse tinta com a sua descrição. O gosto pelo cânhamo, no entanto, nunca desapareceu ou chegou a perder a sua força entre os brasileiros, e isso antes mesmo da moda hippie ou dos milionários negócios do tráfico. O mesmo Freyre, para ficarmos num único exemplo, não se cansa de destacar o quanto a erva era, então, na década de 30 do século XX, popular no Nordeste “ e é claro que esta não era uma peculiaridade nordestina. É verdade que não procedemos aqui como nos Estados Unidos, onde, no início do século passado, os plantadores de madeira para celulose, interessados em eliminar os concorrentes que produziam papel de cânhamo, patrocinaram, com o precioso auxílio do FBI, uma verdadeira campanha nacional, associando maconha, negros e criminalidade. Houve, sem dúvida, no Brasil, seguindo as tendências do norte, uma crescente criminalização do uso do cânhamo e um esforço em associá-lo às camadas mais pobres da população. Afinal, tratava-se, como dizia o antropólogo e educador Arthur Ramos, em 1934, de uma droga de uso ainda restrito, que saíra das “macumbas e catimbós” e se alastrara somente “pelos quartéis, prisões e nos grupos de mala vita brasileiros”. Por aqui, pois, ninguém julgou necessário levar adiante algo tão sistemático como nos Estados Unidos. Optamos por uma solução menos drástica e com mais “cor local”. Adotamos uma quase tolerância do ponto de vista prático “ bem ao gosto do secular desleixo que herdamos dos lusos “, mas tivemos o cuidado de condenar moralmente o uso da diamba e de praticamente banir a erva da história pátria, como se a pobre não tivesse ocupado um espaço considerável tanto na economia quanto na mente dos brasileiros “ e, certamente, não apenas nas mentedos brasileiros negros e pobres. SAIBA MAIS Nordeste. Gilberto Freyre. Global Editora, 2004. O negro brasileiro. Arthur Ramos. Graphia, 2001. Diamba Sarabamba: coletânea de textos brasileiros sobre a maconha. Especialmente, Luis Mott. A maconha na história do Brasil, 117-135. Anthony Henman e Osvaldo Pessoa (org.). Editora Ground, 1986. A maconha: coletânea de trabalhos brasileiros. Ministério da Educação e Saúde. Departamento de Imprensa Nacional, 1951. ***************************** Jean Marcel Carvalho França é professor do Departamento de História da Unesp e autor, entre outros livros, de Literatura e sociedade no Rio de Janeiro oitocentista (Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1999) e Outras visões do Rio de Janeiro colonial (José Olympio, 2000). URL:: http://www2.uol.com.br/brhistoria/reportagens/discreto_gosto_pelo_canhamo.html www.midiaindependente.org/pt/blue/2007/08/389747.shtml+"Discreto+gosto+pelo+cânhamo"&cd=3&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br
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Ineficácia No Combate À Violência Coloca Em Pauta A Revisão Da Lei Antidrogas
topic respondeu ao CanhamoMAN de BC_Bud em Notícias
Pois é, eu tb pensei nisso. Acho que ele soltou esse comentário logo após receber a notícia do helicóptero abatido no Rio, imagina só como ele deve ter ficado puto, o Brasil acabara de ser escolhido para sediar as Olimpíadas de 2016 - sem contar a Copa do Mundo de 2014 - e uma coisa dessas é exatamente o que a imprensa estrangeira (americana, britânica, etc.) adora publicar em suas manchetes lá fora para manchar a imagem do nosso país no mundo. -
Lula Política De Combate Às Drogas Não Está Dando Certo
topic respondeu ao CanhamoMAN de BC_Bud em Notícias
Então dogo, usuário de crack é realmente um dos piores males que uma sociedade pode ter. Além de acabar com o indivíduo, afeta todos ao seu redor, muitas vezes levando a tragédias desde a separação dos pais de um filho viciado até o que aconteceu esses dias com o cara que noiou e estrangulou sua namorada... isso é realidade. Eu já ví de perto várias pessoas se perdendo com esse lixo, pobres e ricos. Esses dizs mesmo um amigo contou uma triste história de uma ex-mulher de um bro dele, que era a maior gata e hoje tá morando debaixo do viaduto com os mendigos e carroceiros... perdeu a guarda dos filhos... e como ele cobrou de seu brother ir ajudar a mina, pq senão o destino todos sabem, morte. E chega rápido, ou por debilitação do organismo, doença ou overdose. O que o governo precisa fazer é diferenciar as drogas, retirar a maconha da mesma lista que inclui cocaína e crack, educar a população sobre cada substância, seus efeitos, riscos e danos ao corpo humano, com dados reais e atuais, e legalizar o uso e a venda de maconha, destinando pelo menos metade dos recursos arrecadados com a venda de maconha álcool, cigarro, etc. para campanhas de educação e centros de pesquisa e tratamento. Como é possível admitir que o álcool que é mais prejudicial à saúde seja vendido e a maconha não? Se legalizar o uso e a venda de maconha e reformar as leis para destinar os recursos à saúde/prevenção, não haveria desculpa de falta de recursos. Nos dias de hoje, com grande parte da população com acesso à internet, o governo e as escolas precisam repassar informações reais e atuais, para ganhar credibilidade junto à população e atingir o resultado desejado, que é impedir que as pessoas se viciem nessas substâncias extremamente detrimentais à saúde como o crack. O primeiro passo para a recuperação é adimitir o problema Isso mesmo, se os Americanos não conseguem resolver os problemas deles, pq deveremos nos espelhar nas suas leis? Acredito que com esse tipo de abertura, com debates sérios e objetivos, "sem moralismo", um dia (espero que brevemente) teremos melhorias a este respeito. Acabar com 100% do uso de todas as substâncias entorpecentes, acho difícil. Mas com campanhas de educação sérias tudo é possível. E imagina quanto dinheiro de turismo traria a legalização!!! Diferente do turismo da bebida, como Carnaval, etc. o turismo da maconha seria bem alegre mas muito mais pacífico, sem brigas por escesso de bebidas Cannabis Cup Brasil!!!! -
Existem alguns produtos para cultivo usados para controlar o crescimento vertical das plantas, como o Bushmaster, que contém o tal do paclobutrazol como ingrediente ativo. É um inibidor de crescimento, deixa as plantas mais compactas http://www.rollitup.org/advanced-marijuana-cultivation/81947-bushmaster-other-vertical-growth-inhibitors.html
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Juiz Americano Testemunha A Favor Da Legalização Da Maconha Na Califórnia
topic respondeu ao BC_Bud de BC_Bud em Ativismo - Cannabis Livre
Achei muito racional o ponto de vista do juíz e sua preocupação com a injustiça e com os danos causados pela criminalização do uso de maconha or adultos e com a vulnerabilidade a que ficam expostas as crianças em decorrência da proibição. Como ele bem disse: "traficante não pede identidade". Outro ponto que ele levantou que eu concordo plenamente é que se não houvesse a proibição da maconha, as forças policiais e os agentes da justiça teriam muito mais condições de fazer seu trabalho e proteger a população de criminosos, assassinos e estupradores. Lá na Califórnia e demais estados, como aqui no Brasil, a porcentagem de presos por uso de drogas nas cadeias é alarmante e inaceitável! E em comparação com lá, onde ele disse que é muito mais fácilpara uma criança ou adolecente compra maconha do que bebida alcólica, aqui no Brasil além de venderem bebida alcólica para criança desde sempre, hoje em dia é muito mais fácil conseguir crack ou cocaína em uma boca do que maconha, e mais difícil ainda ser maconha decente, sem estar em estado avançado de decomposição, mofada, com cheiro de amoníaco e até adulterada. Tudo isso são coisas que causam mais mal à saúde do que o ato de fumar maconha em si. Fora o risco da exposição a bandidos armados na hora da compra... É por isso que eu sempre digo, NÃO COMPRE, PLANTE! -
Juiz Americano Testemunha A Favor Da Legalização Da Maconha Na Califórnia
um tópico no fórum postou BC_Bud Ativismo - Cannabis Livre
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Deputado Defende Plantio De Maconha E Penas Leves Para Pequenos Traficantes
topic respondeu ao Soul_Surfer de BC_Bud em Notícias
Acho que seria muita utopia pensar que só se pode fumar se plantar o seu... começando pelo fato que a maioria dos usuários não teriam condições ou disposição para levar um cultivo até o fim. Eu boto "NÃO COMPRE, PLANTE!" na minha assinatura pq esse é um conselho que acredito ser de extremo valor para tirar usuários para longe do tráfico. Eu não vendo, para mim o dinheiro que poderia trazer não vale à pena o esforço que eu botei para tirar meus buds e qualquer estresse que eu possa vir a ter por causa disso, mas se algum grower queiser vender parte de sua produção - apesar de ser ilegal - eu pessoalmente não vejo problema. Cada um faz sua própria realidade, cada um sabe o que faz. O que eu pessoalmente acho mais coerente seria o país ter uma política mais realista e menos moralista, autorizando o comércio e o consumo de maconha no território nacional. Igual ao álcool. Somente para maiores de 18 anos. Com uma profunda campanha de educação com fatos reais e atuais sobre cada droga para toda a população, especialmente nas escolas, desde o estudo primário e continuando até a faculdade, poderia até ser na forma de seminários, pq a cada ano que passa a ciência e a medicina trazem novas descobertas. E precisa autorizar o comércio sim, pq senão de que adianta apenas descriminalizar a posse? Como eu já disse, a maioria dos usuários não teriam condições ou disposição de levar um cultivo até o fim. Mas não deixam de curtir a erva igualmente a nós cultivadores. E a realidade que eu quis dizer sobre o exterior é que lá fora grande parte dos usuários que compram maconha adquirem através de conhecidos/amigos que ou cultivam ou apenas repassam... existe sim crime organizado, mas o grande número de pequenos growers/traficantes diminui as fontes de renda dos bandidos. Vide Califórnia, Oregon, BC, Toronto, etc. outro dia mesmo saiu uma notícia lá no Texas dizendo que o aumento do cultivo caseiro de maconha nos Estados Unidos nos últimos anos afetou as receitas dos cartéis mexicanos. A mesma coisa se aplica aqui no Brasil com relação aos cartéis de tráfico atuando no Brasil-Paraguai. Cada pessoa que atinge o auto-sustento deixa de alimentar o crime organizado e a violência que ele traz. Eu comecei a pensar mais sério sobre o cultivo após sofrer tortura psicológica de um traficante armado que botou uma arma na minha cabeça numa boca de drogas, ameaçou me matar junto com uma amiga, e depois de uns 5 min de terror perguntou quanto eu queria, me serviu e mandou embora... depois disso mano, eu falei pra mim mesmo que não iria mais dar um centavo na mão de bandido e graças a Deus consegui atingir meu sustento. O que eu pergundo aos meus amigos que ainda compram fumo em boca é o seguinte: "cada 10 reais que vc dá na mão do bandido na favela, quantas balas de revolver dá pra comprar?" E mano, graças a Deus que vc tb tem orgulho de ser brasileiro! Concordo com vc, o Brasil tem grande potencial para ser "o melhor País do Mundo"! Acredito que estamos indo no caminho certo, mas ainda tem muita coisa pra melhorar. O importante é sempre progredir. Abraço, BC -
Muito bom o texto. Há pouco tempo atrás recebi conselhos semelhantes de um grande amigo frequentador do Santo Daime, acho muito importantes essas reflexões sobre nosso relacionamento com a planta sagrada. BC
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Deputado Defende Plantio De Maconha E Penas Leves Para Pequenos Traficantes
topic respondeu ao Soul_Surfer de BC_Bud em Notícias
Quem fuma e é contra qualquer tipo de venda de maconha é simplemente um hipócrita! Canadense, o problema é que infelizmente a maioria da galera aqui nunca saiu do país e não tem noção de como funcionam as coisas lá fora... -
Eu sempre penso, e é por isso que sempre falo que é preciso educar as crianças com a "verdade" sobre cada droga, nada adianta dizer a uma criança que "droga é tudo igual, faz, mal, não use". Como o sano bem disse: "É impossivel evitar que a criança algum dia perceba que exitem drogas e que saiba da maconha, umas antes, outras depois. Todo mundo acaba aprendendo que existe e fazendo um juízo de valor acerca da maconha. " Se os pais, educadores dizem a um jovem que maconha, cocaína e crack são drogas perigosas e não devem ser usadas, e este jovem decide experimentar maconha, perceberá que não é tudo isso que lhe disseram e logo desacreditará tudo que lhe disseram sobre o crack e a cocaína. Daí ele vai lá e cheira um pouco de pó ou fuma umas pedrinhas. Nas primeiras vezes, ele vai dizer para si mesmo: "porra, não é tão forte assim como disseram, nem deve fazer tão mal quanto me ensinaram..." aí já era, fim de jogo, mais um jovem pego pelo vício das drogas químicas. Agora se ensinarem que maconha é X, cocaína é Y, crack é Z, e que X faz isso e que seu uso é contraindicado para jovens e até benéfico para pessoas mais velhas, Z faz aquilo e vicia muito mais que X, e que Y é a pior de todas, acaba com o indivídio em pouco tempo, sendo que em grande parte dos casos não há retorno (leva a morte do indivíduo antes que o mesmo possa ser tratado e se recuperar). Sobre a maconha, poderiam educar os jovens com informações atuais sobre o uso da substância psicoativa, como publicado recentemente que "O massacre de neurônios jovens causado pelo THC pode explicar os prejuízos na aprendizagem notados em crianças filhas de mulheres que fumaram maconha durante a gravidez. Além disso, pesquisas com adolescentes que abusam da droga mostram danos cerebrais nos circuitos neurais em desenvolvimento. Em cérebros mais velhos, entretanto, o THC parece ter um efeito protetor. As descobertas da pesquisadora indicam que a bioquímica dos neurônios muda com o amadurecimento das células. O papel dos endocanabinoides se altera em diferentes funções e passa a ajudar a sobrevivência de neurônios mais velhos." Aí os jovens adultos, quando atingirem a maioridade, estariam mais preparados para fazer seus próprios julgamentos. E não podemos esquecer do álcool. O jovem adulto, sabendo das realidades sobre a maconha, por exemplo, poderia decidir se quer dar umas bongadas ou vaporizadas ou até dar uns "tragos" em um baseado ao invés de tomar uns "tragos" de cachaça ou cerveja Nós aqui já sabemos qual é menos nociva, agora é preciso informar o resto da população sobre as realidades de cada substância, de modo que nossos filhos e netos creçam em um ambiente mais bem informado, de modo que possam tomar as decisões corretas e não decisões baseadas em preconceitos, mentiras e informações distorcidas. E se Deus quiser em um mundo com menos bandidos e criminalidade. A regulamentação das drogas e a diferenciação entre maconha e as demais drogas proibidas por si só já teria um grande efeito positivo para alcançar este objetivo, ainda mais quando lemos sobre as estatísticas e demografia prisional representada em grande parte por usuários ou pequenos traficantes de drogas. Ainda bem que há projetos de lei visando a mudança deste paradigma. BC
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Loja De Ração Que Vendia Sementes De Maconha É Investigada Em Três Corações
topic respondeu ao atecubanosbhz de BC_Bud em Notícias
Que notícia mais sensionalista. Que desperdício de dinheiro público, tempo de policiais, investigadores e oficiais de justiça... tudo por causa de ração para passarinho!!! Será que não tem crime sério para investigar lá em Três Corações? -
Deputado Defende Plantio De Maconha E Penas Leves Para Pequenos Traficantes
topic respondeu ao Soul_Surfer de BC_Bud em Notícias
A lei deveria estabelecer uma área máxima para cultivo indoor, tipo 10m2, e um número máximo de plantas em outdoor ===~ Muito boa a iniciativa do deputado e demais envolvidos, espero que renda bons resultados. BC -
Baseado em que o Drauzio Varella compara o vício/danos/internações de usuários de maconha com usuários de nicotina e álcool? Na minha opinião, este (pré)conceito de que "droga é tudo a mesma coisa, faz mal, etc." é a principal causa de crianças e adolecentes estarem ficando viciados cada vez mais cedo em cocaína, pq após fumar um baseado, percebe que não é toda aquela coisa ruim que sempre lhe disseram, logo desacredita em tudo que lhe foi dito e prova cocaína, só que aí a coisa é diferente, pq como sabemos um adolecente pode ficar viciado facilmente após muito pouco tempo de uso. Uma, duas, três vezes e já era. Ele diz que " A experiência com a legalização de drogas como o álcool e a nicotina mostra que o número de usuários dependentes passa a ser contado aos milhões." E o resultado da experiência americana a proibição do álcool, qual foi? E o resultado da proibição da maconha junto com drogas pesadas como cocaína, crack e heroína? Quantos usuários de bebida alcólica optariam por consumir maconha, sendo que é menos prejudicial á saúde? Quantos usuários de maconha ficariam longe de bandidos-traficantes de drogas pesadas caso a maconha fosse descriminalizada e pudessem adquiri-la em um comércio regulamentado como o do álcool e tabaco? Será que o Drauzio Varella sabe que além de fumada em "cigarros", a maconha tb pode ser vaporizada e ingerida em alimentos, bebidas, óleos e até cápsulas? E desde quando o Brasil precisa continuar seguindo as políticas falhas dos Estados Unidos? Se eles erraram tão feito durante as últimas décadas, seria burrice continuar preconizando as mesmas. E quem disse a ele que o Brasil não possui capacidade para reformar suas próprias leis e políticas internas, independente da interferência dos Estados Unidos? Será que o Drauzio não está enchergando que lá na América a maconha já está praticamente legalizada na maioria dos estados mais importantes?
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Cara, é isso que eu penso. Lá, as coisas já estão caminhando para a uma revisão geral das políticas contra as drogas e ao que tudo indica a regulamentação do comércio da maconha. Aqui no Brasil, a cada dia que passa sem o governo tomar uma decisão concreta no sentido da regulamentação - uso recreativo, medicinal, industrial, pesquisas científicas, etc., o país fica para trás em termos de competitividade nestas indústrias de alto potencial financeiro, que já estão sendo desenvolvidas lá na terra do Obama. O potencial de novas fontes de arrecadação e novos empregos é imenso. São indústrias que valem muito dinheiro para o país. Isso sem contar com o benefício de eliminação da necessidade de encarceirar um número expressivo da população carcerária (usuários e até traficantes de drogas leves como a maconha), que poupará milhões de reais em gastos no judiciário e sistema prisional, e todos sabemos que este dinheiro pode ser muito bem melhor usado em outras áreas, como saúde, educação, alimentação, lazer público, infraestrutura, etc.
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Olhga como o estado de Massachusets está tratando da questão da maconha: ANÚNCIO! Na quarta-feira, 14 de outubro de 2009 às 10:00 h na Sala B2 da Assembléia Legislativa em Boston, o Comité Misto de Arrecadação no legislativo de Massachusetts vai realizar uma audiência pública sobre o projeto de lei conhecido como H2929, uma lei para regular e tributar a Indústria da Cannabis. Se aprovada, a nova lei revogará as atuais leis proibindo a maconha em nível estadual e as substituirá por um sistema de regulamentação e tributação, semelhante à forma como o vinho é vendido. O projeto de lei, de fato, é largamente modelado segundo às leis de controle da venda de álcool. Texto do projeto de lei, em inglês. fonte: http://home.comcast.net/~cantaxreg/Massachusetts/October_14.html Além da liberação do cultivo para uso individual, seria interessante se o governo se movimentasse para uma regulamentação total do comércio da maconha, para uso recreativo e medicinal. Igual ao álcool, como comparado na notícia acima. Amparado pela lei, eu adoraria abrir um ponto de comércio de maconha bem cultivada livre de agrotóxicos para uso recreativo e medicinal, tipo um cannabis café de amsterdam e um dispensary da Califórnia ===~ Se o Brasil for esperto, entrará na frente deste movimento. BC
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Nas pontas, fica acumulado o alcatrão vai na do canadense que esse lance de chapar o coco a qualquer custo...
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Eu voto pela expressão "CULTIVO DOMÉSTICO", soa suave e fica em contraposição com a expressão "cultivo comercial".
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Inalar B-25. Nada mais que um nome mais "chique" pra cheirar cola kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk e esse lance de fumar adubo pra planta :eek: cada uma! tô fora!!!!
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Valeu pelas ótimas fotos e descrições, bWd!
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Olha essa aqui, de hoje: http://www.theprovince.com/news/Power+sucking+grow+found+Vancouver+industrial+area/2060941/story.html Power-sucking grow op found in Vancouver industrial area By John Colebourn, The ProvinceOctober 2, 2009 Vancouver police say a just-busted marijuana grow op in an industrial area had been using massive amounts of electricity. After hydro records were obtained, police moved in and on Friday dismantled the grow operation. But unlike most grow ops, the power being used was not being bypassed which is normally done to avoid detection by authorities. Vancouver police drug squad Det. Rusty Fostvelt said about 1,300 plants in various stages of growth were taken from the main floor of an industrial building at 258 East 1st Ave. He said investigators estimate the growers were making $50,000 a month with the plants. He said the people involved are linked to organized crime. “He was using lots and lots of power,” said Fostvelt of the tip to police. Neighbouring businesses did not detect any smell because of an elaborate filtering system within the growing area. “It was a room within a room,” said Fostvelt. “There were lots of filtering systems so you could not detect the smell which is ususally what gives it away.” Fostvelt said a big concern is that a fire can start with the electrical equiment needed in a grow op. There was no legitimate business on the main floor where the grow op was discovered. And because the building is concrete, Fostvelt said there is no evident damage to the rental structure. He also said they have had dealings in that industrial area in the past with the VPD Growbusters program. “At one time there were lots of grow ops in this area,” he said. jcolebourn@theprovince.com © Copyright © The Province
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Que merda mano BwD. Sorte nos cultivos! como vc mesmo disse, ainda bem que vc comprou uns clones antes de fecharem. E é o ideal mesmo, vc cultivar seu próprio remédio, além de sair mais barato, vc tem a diversão do cultivo, que tb é uma atividade terapeutica :cool E 45 min de carro nem é tanto trabalho pela comodidade de ter acesso fácil a clones/buds de primeira :hihihi: É isso aí, e que venham buds sarados desses clones que vc arrumou! Abraço, BC
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Cuiabá - MT, sexta 4 de Setembro de 2009 José Ribamar Trindade Redação 24 Horas News http://www.24horasnews.com.br/index.php?mat=303788 Quantas “bocas” e pontos móveis e fixos de comercialização de drogas existem em Cuiabá e Várzea Grande? As Polícias Civil e Militar alegam que não sabem ou não tem esse número. Mas, especialistas que há tempos trabalham no combate ao tráfico na cidade, calculam que chegue a 2 mil pontos de venda. E o que é pior: negócio arriscado , mas lucrativo, a tendência é de que aumente cada vez mais. Principalmente na periferia, onde adolescentes e até garotos, crianças de dez anos, são "recrutados" para trabalhar como “mulas” – pessoas pagas por traficantes para passar ou entregar drogas. Há ainda um outro fator preocupante: a Polícia sabe onde funciona a maioria dessas bocas. Muitas delas são desmontadas, mas logo retornam a operação. Em quase todos os bairros existem "bocas de fumo". Alguns são mais audaciosos. Os traficantes chegam a ter até dez “bocas”, que funcionam dia e noite. Nos maiores, como o Dom Aquino, em Cuiabá, considerado o mais populoso e composto de vários sub-bairros, há até mais de 50 “bocas”. Fora os pontos fixos, os traficantes também trabalham com o “tráfico móvel”, o chamado “delivery”, feito principalmente com uso de motocicletas. Nas bocas da Grande Cuiabá se vende de tudo: maconha, cocaína, pasta base de cocaína e até crack. Algumas “bocas’ existem há mais de 20 anos, sempre funcionando no mesmo local e com o mesmo traficante. São tradicionais. No mapeamento das bocas, algumas funcionam até perto de instituições públicas de segurança. Entre os bairros mais freqüentados por compradores de drogas estão o Dom Aquino, Tijucal, Parque Cuiabá, Parque Ohara, Jardim Guanabara, Araés, Pico do Amor, São Matheus, Pedregal, Santa Isabel, Jardim Vitória, Jardim Florianópolis, Jardim União, Grande Morada da Serra, Dr. Fábio, Jardim Brasil, Três Barras, Ribeirão do Lipa, Bela Vista, Canjica, Morada do Ouro, Verdão, Bosque da Saúde, Jardim Fortaleza, São Francisco, Osmar Cabral, Santa Laura, Renascer, Jardim Leblon, Carumbé, Planalto, Alvorada, Jardim Itamarati, Novo Mato Grosso, Santa Rosa, Ribeirão do Lipa, Santa Amália, Popular, Goiabeiras, Bandeirantes, Duque de Caxias, Quilombo, além de dezenas de “bocas” na área central de Cuiabá, principalmente no tradicional bairro do Porto. Em Várzea Grande, além da área central, onde funcionam mais de 200 “bocas”, segundo relato do policial militar, também existem centenas de “bocas” e pontos fixos e móveis nos bairros periféricos como Cristo Rei, Parque do Lado, Engordador, Manga, Costa Verde, Lagoa do Jacaré, Jardim Glória, Figueirinha, Jardim dos Ipês, além de dezenas de outros bairros, onde também se vende e compra droga, dia e noite. “Aqui mesmo, próximo aos fundos da Polícia Federal, no bairro Araés, funciona, ou funcionava uma boca. Uma vez nos fechamos ela, mas os traficantes voltaram anos depois ao mesmo local. É sempre assim. A Polícia Militar dá uma batida, fecha uma boca, mas logo em seguida ela abre de novo, mesmo com o traficante preso”, conta um militar já aposentado e que gostava de atuar no combate ao tráfico. Para ele, o principal fomentador da violência a qual a sociedade é submetida nas ruas e nas casas. “Só vamos construir uma cidade menos violenta se combatermos firmemente o tráfico de drogas. E começando por esse trabalho “formiguinha”, que recruta menores, que por sua vez roubam pessoas, roubam suas próprias casas e até matam para ter dinheiro ou alguma coisa de valor para saciar o consumo” – enfatizou. Citando bairros, segundo ele, onde existem “bocas tradicionais”, o militar conta que Tijucal, o Dom Aquino, o Porto, o Pedregal, o Jardim Leblon, o Duque de Caxias, o Popular e o Bosque da Saúde são os locais mais frequentados, principalmente por pessoas de maior poder aquisitivo. Além dos carros de luxo, segundo ainda o militar, os usuários de drogas costumam deixar cair a tarde para chegar mais próximo das ‘bocas” para comprar drogas principalmente nos finais de semanas. “Não é segredo para ninguém os dias e os horários que mais se compram drogas em Cuiabá e Várzea Grande. Também não é segredo para ninguém quais são os principais locais frequentados, principalmente por filhinhos de papais”, ironizou o militar. Questionados sobre as possibilidades das Polícias Civil e Militar terem conhecimento de todos os locais onde funcionam uma “boca” de drogas em Cuiabá e Várzea Grande, o policial que conversou por mais de duas horas com a reportagem foi taxativo: - Todas não, pois surge praticamente uma boca de drogas por dia na Grande Cuiabá. Tem gente que entrou no vício agora e está deixando de trabalhar para vender droga. Por isso Cuiabá e Várzea Grande registram mensalmente um grande número de homicídios - execuções sumárias, também conhecidas como crimes de mando -, cujas vítimas, com certezas são viciadas e com passagens pela Polícia, e os autores, também com certeza são pistoleiros a mando de traficantes - finalizou. ----------------------------------------------------------xxx------------------------------------------------------- Aí deixo a pergunta: Até quando o Estado vai continuar enganando a todos com essa ilusão de que a única solução é guerra contra o tráfico?
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Se fizermos uma analogia da lógica do Dr. Fernando Capez com a venda de bebidas alcoólicas, tabaco e indo mais além, determinados remédios vendidos nas farmácias como redutores de peso e estimulantes (anfetaminas), calmantes, etc. os "tarja-preta", então as indústrias de bebida, tabaco e farmacêutica são os cabeças, e as lojas de conveniências, supermercados e farmácias as grandes bocas de drogas, livres para vender quanto quiserem pra quem quiserem. Todos sabem que a venda de bebidas alcoólicas e cigarro é restrita a maiores de 18 anos e remédios tarja-preta só podem ser vendidos com receita médica, mas a realidade é que qualquer um (com dinheiro) tem praticamente acesso livre a tudo isso. Que "muitos se sentirão à vontade para “experimentar” substâncias", não podemos negar. Faz parte da natureza humana. O padrão hoje em dia é dizer aos jovens: "droga faz mal, é proibido, não pode usar". Quando um jovem prova maconha e percebe que não é aquele demônio que sempre lhe disseram, pode pensar, "pow, vou provar esse "pó" aqui, não deve ser fazer tanto mal como dizem" e logo o cara tá dizendo para si mesmo: "pow, cheirar é muito mais fácil de usar, não solta fumaça fedorenta, posso usar no banheiro da balada, ninguém nem vai perceber que estou usando". E todos sabem como a história continua, em pouco tempo esse jovem já não consegue mais parar de usar pó... Eu acho o seguinte, da mesma forma como nem todo mundo curte fumar cigarro e tomar uma birita, nem todos curtirão fumar um baseado. Da forma com as coisas estão, com proibição e sem programas eficientes de educação, fica difícil mudar os padrões de uso de drogas. Não há uma distinção clara entre os efeitos/males das diferentes drogas. O que é preciso é criar campanhas efetivas de educação sobre as drogas que rolam na nossa sociedade, abordando cada uma em detalhes, informando os reais efeitos/males de seu uso. A educação começa em casa e para isso os pais também precisam ser educados sobre o tema das drogas, pois uma grande porcentagem deles ou trata o tema como tabu ou não sabe do que está falando. E que culpa temos se o Estado não tem competência para fazer seu trabalho? Ao invés de desperdiçar dinheiro público prossessando usuários criminalmente e superlotando nossas cadeias, este dinheiro poderia ser investido em campanhas de educação e fiscalização destas indústrias (aqui incluo a indústria da maconha, caso venha a ser legalizada). Para finalizar, os únicos danos a terceiros que considero possíveis com o uso de maconha são: 1. Condução de veículo automotor sob efeito da substância - possibilidade de acidentes com lesão de terceiros. Da mesma forma como é proibido beber e dirigir, obviamente deverá ser proibido consumir maconha e dirigir. Nada que uma advertência igual aquelas em bulas de remédios que afetam a coordenação motora e campanhas informativas/educativas não resolvam. 2. Inalação de fumaça por terceiros não fumantes. Da mesma forma como hoje em dia é proibido fumar em ambientes públicos fechados, também deverá ser proibido fumar maconha em ambientes públicos fechados. Esta é uma questão de bom senso e respeito aos outros. Brasil, o mais importante de tudo é a educação, com fatos reais. Já disse antes e repito, as crianças não são burras, questionam tudo, e se continuarmos dizendo que maconha, cocaína, ecstasy, etc. "é tudo droga, faz mal, não pode usar", o resultado continuará catastrófico como hoje emdia, o jovem fuma um baseado, vê que não é aquele demônio, logo experimenta cocaína (quase sempre junto com bebidas alcoólica) e no fim temos esta situação em que o pó é usado descaradamente por grande porcentagem de jovens-adultos (viciados) em quase todos bares e baladas em todo país, pois na maioria das vezes é mais fácil comprar e usar do que maconha.