davinci

Eles dão segurança, esse é exatamente o ponto. Imagine alguém que tem uma overdose de heroina, essa pessoa certamente não terá nem o conhecimento nem as drogas necessárias para que a overdose não leve a uma morte. Pessoal tem que entender os diferentes danos de diferentes drogas.

Essas salas não são para o uso de maconha e sim para drogas pesadas. Lembro-me ter assistido um doc demonstrando como essas salas realmente salvavam vidas de usuários de drogas injetáveis, inclusive enquanto filmavam o doc 1 dos pacientes teve uma overdose que caso não tivesse médicos e as drogas necessárias para que o usuário de heroína não morra certamente ele iria morrer se injetassse em seu quarto sozinho. Cada droga é uma droga, não temos que pensar que por lutarmos por nosso direito de usarmos maconha em casa ou na rua que isso se estende as outras drogas. As que são mais tóxicas e tem alto potencial de resultarem em overdose apoio forte esse modelo, isso se chama assistência do Estado para o usuário problemático, redução de danos.

É isso! O consenso de que encher os presídios com pessoas não violentas tá começando a ficar mais forte lá nos EUA. A hora está chegando!

Só um exemplo do que estamos falando. Quem já viajou pros EUA sabe que essa idéia de direitos individuais é bem respeitada por lá e levada bastante a sério. Essas foram as propagandas da DPA que foram na TV aberta senão me engano Não acredito que teríamos sucesso com essa idéia por aqui, botei o vídeo só pra mostrar as diferentes estratégias usadas lá fora mas que nem sempre daria certo por aqui

Concordo com a idéia de que defender direito individual não é a melhor estratégia, Digo isso por que lembro na época que começaram os cerceamentos com o uso de tabaco, todos meus amigos que fumavam cigarros se sentiam super prejudicados e afirmando que aquelas leis eram um absurdo e tal, e eu como não fumo cigarro a verdade é que caguei e andei pro que eles argumentavam, depois de observar essa atitude em mim percebi que clamar pela legalização baseada no direito individual é uma estratégia bem fraca. Mas, como a Cannabis é 1001 utilidades um ponto que faria diferença sim e seria baseado mais no direito a saúde do que no direito individual é o uso medicinal da Cannabis. Vou encarnar um pouco o papel de publicitário agora mas que se foda por que os proibicionistas usaram as mesmas ferramentas pra cagar a imagem da maconha. Imaginem só o impacto e o aumento no debate que não causaria algum documentário de maconha medicinal numa Globo da vida, filmando pacientes com quadro clínico terminal afirmando que a maconha deixa a vida dele melhor. Esse tipo de conteúdo toca as pessoas e com sorte bota elas pra pensar melhor no assunto. Fica claro que entidades ativistas pelo mundo basearam grande parte de seu discurso de comunicação no uso medicinal, demonstrando o absurdo que é negar um remédio a alguém que está sofrendo. E isso é realmente é muito positivo em relação a percepção que as pessoas tem da maconha, em longo prazo obviamente. Não existe solução de curto prazo pra legalização. Existe sim soluções que podem ser desenvolvidas pra alcançar o objetivo em um menor tempo possível, mas mesmo essas ações consideraria de longo prazo. Pra mim a chave é tocar no emocional mesmo do caretão, ele ficar tocado com uma pessoa que está sofrendo se aliviando com maconha e pra isso temos cientistas conhecidos internacionalmente pelo seus trabalhos, Sidarta Ribeiro, Renato Malcher e claro o Dartiu Xavier com a experiência de redução de consumo de usuários dependentes do crack através do uso da maconha. Eles poderiam confirmar o uso medicinal com dados científicos e tudo mais, o problema é que dificilmente algo com esse conteúdo passa nas grandes redes de televisão, aí que está o problema não temos um canal de notícias constantes e bem exposto, algo que atingiria especificamente os caretas....