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Vivaldo Absoluto

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Tudo que Vivaldo Absoluto postou

  1. Ô pessoal!! Que bom q vocês gostaram. Eu escrevi sobre diversas coisas, e tenho mais uma sobre minha experiência quando assumi publicamente que fumo maconha. Envolve família e talz... logo logo vou postar aqui também. Tenho certeza que tem muita gente sofrendo preconceito por parte de mãe e pai só porque nos utilizamos de "substancias de gente pobre, favelada e vagabundo". Vai saber o que é substância de gente rica, que mora em mansão e trabalha (pressupondo que os ricos que vemos por aí trabalhem). agora ao jardaon: Eu estou criando um zine com os amigos aqui da facu e estará publicado, dentre outros textos, esses sobre a erva danada de boa. Se tiver uma versão eletrônica, eu posto o link também. Abundância de cannabis e muita paz a todos.
  2. Fala ae galera! Sou novo no Growroom, mas velho no que diz respeito a defesa da nossa "amiguinha" que faz nossa cabeça com tanta bondade. Estou me aventurando como escritorr de crônicas e fiz uma sobre a maconha e quero compartilhar com vocês. Segue na íntegra o texto. Espero que gostem. Engôdos da moral Vivaldo Absoluto "Não adianta. Tento ser uma pessoa otimista. Juro. Eu tento. Já fiz de tudo. Sob a guarda velho ditado que diz “tudo há um lado bom” eu tento levar a vida. Mas não dá. Não sou cego. Não sou surdo. Não sou mudo. E quisera eu ser insensível. Mas tem coisas que não dá pra deixar barato. Começo esse breve texto com duas perguntas: que mal nos fez as plantas da família cannabis? Quem nos outorgou o direito de extingui-la? Proponho tomar parte dos que querem proibir e examinar alguns seus argumentos passo-a-passo. Primeiro eliminaremos dados conflituosos e subjetivos, i.é, o que é referente aos efeitos diversos em cada pessoa. Uns dizem seus efeitos são nocivos citando os mais diversos como dependência, perda da memória, preguiça, raciocínio deturpado e etc. Outros dizem que ampliam a consciência, atenuam dores, não degeneram a memória, usam como tratamento medicinal, ajudam em seus trabalhos artísticos e daí por diante. Quero dizer que, todas essas acusações e defesas, ao que me parece, não passam de princípios, opiniões, pontos de vista ou o que quer que seja. Vamos então aos fatos. A maioria que é contra, associam a erva à quadrilhas, ao tráfico de drogas, à pobreza, à miséria e à morte. O que estas pessoas não percebem é que – embora dotadas de boas intenções – elas tomam o efeito pela causa; não percebem que a própria proibição é a causa de tantos males. Não custa lembrar que, na lei seca dos EUA nos anos 20, existia o mesmo problema de cidadãos caindo na ilegalidade por um ou dois copos de cerveja. O governo local – na época, Delano Roosvelt – não viu outra alternativa senão tornar legal, em 1933, o consumo de bebidas alcoólicas. Nos é útil também recorrer a exemplos de países como a Holanda que descriminalizaram seu uso; quem não usa ou não gosta não é obrigado a respirar a fumaça, sendo salvos por locais específicos para o consumo da erva. Ainda há quem intitule a erva como “porta de entrada para outros vícios”. Não há qualquer vínculo da maconha com outras drogas senão que todas estão na ilegalidade. Quem experimenta ou usa maconha, não necessariamente experimenta ou usa outra; quando experimentam, podem não voltam a provar. Há muitas pessoas abusando do álcool que comentem dentre outros delitos, direção imprudente e agressão física. Nenhum destes delitos, até onde sei, ocorrem com pessoas usuárias da maconha; pelo contrário, a cannabis sativa, sozinha, age no sentido contrário trazendo relaxamento e bem-estar(opinião própria!). Isso me leva a analisar mais uma das recorrentes falácias e impropérios soltos pela boca de leigos. Noticiários de TV são ávidos por más notícias que vinculem de uma forma ou outra, desgraças alheias ao uso do “entorpecente”. Tomam uma determinada ocorrência como sendo isolada de uma cadeia de acontecimentos e, quando podem, não titubeiam em a associar intrinsecamente com o uso da droga: esquecem que os fatos não surgem repentinamente, “do nada”. Tais ocorrências são, na realidade, o fim de uma linha de trem muito extensa que tem como estações, diversos eventos. Um jovem tira a vida de uma pessoa e, quando preso, está alucinado sob efeito das drogas. Isso mesmo: das, no plural. Tão logo o crime acontece, vem a manchete dos jornais e dizendo, sem qualquer propriedade, que o uso da maconha deflagrou o processo. Ignoram – e penso eu, que é com má fé que o fazem – que este jovem tem uma história, motivos – não justificáveis ao meu ver – de cometer aquele delito. Problemas familiares, mentais, pressão social, contenda com a vítima e outro motivos, encadeados ou não, são os ingredientes que fazem do cidadão um criminoso. Para aqueles quem ainda defendem a criminalização, e que vão mais além pregando a destruição de plantações da maconha, que parem e pensem um pouco. Se o princípio é banir a erva e com ela, todos seus males, por que não utilizamos do mesmo princípio para extinguir pessoas que causam danos à nossa sociedade? Claro, esse argumento é uma redução por absurdo, mas se levarmos extinção a cabo, poderíamos extinguir políticos corruptos não os elegendo mais, ou extinguir padres pedófilos ao não contribuir com a caixinha da igreja tampouco indo às missas. Ou ainda extinguindo grandes corporações que destroem o meio ambiente através de boicote aos seus produtos. No entanto, vemos pessoas assim, deixando o ócio acima de suas pretensões de vida, ou cegas por morais abstrusas que visam banalidades em detrimento de grandes e sérios problemas. Põem culpa em algo que não origina nem compactua com os problemas da humanidade."
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