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TUFTUF

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Tudo que TUFTUF postou

  1. e ai galera..... muito trabalho abs

  2. má fé será que cabe processo já que na cartela de seed tem todo informação?
  3. 'É preciso ensinar a usar drogas', diz neurocientista CRISTINA GRILLO DO RIO 11/05/2014 02h40 Ele já usou drogas, traficou, cometeu pequenos crimes e costumava andar com uma arma no carro em Miami, onde vivia. Sobreviveu e escapou de ir preso, como aconteceu com amigos de infância. Aos 47 anos, o americano Carl Hart, professor de neurociência da Universidade Columbia (EUA), defende a descriminalização das drogas e que pessoas sejam educadas para usá-las, reduzindo riscos. Sob o ponto de vista neurocientífico, defende que drogas não viciam na proporção que se imagina -apenas 11% dos consumidores podem ser considerados viciados-, não prejudicam o desempenho de uma pessoa, nem causam danos cerebrais irreversíveis. "Nossos três últimos presidentes [bill Clinton, George Bush e Barack Obama] disseram ter usado. Não falo isso como demérito, mas para mostrar que se pode usar drogas e ser produtivo", disse. Em viagem ao Brasil para divulgar seu livro "Um Preço Muito Alto" (ed.Zahar), Carl Hart falou à Folha. Leia abaixo trechos da entrevista. Daniel Marenco/Folhapress O americano Carl Hart durante sua passagem pelo Brasil * Folha - Há alguns meses o governo do Rio decidiu internar compulsoriamente dependentes de crack. É eficaz? Carl Hart - Não importa se é legal ou ilegal, o que importa é que não é ético. Mas, para entender isso, é preciso combater alguns pressupostos a respeito do crack e da cocaína. Muitas pessoas acreditam que quem usa droga fica fora de si, sem controle, o que é falso. Em alguns casos, a droga pode inclusive melhorar uma pessoa. A internação compulsória só impede que você veja aquela pessoa drogada pela sua vizinhança. Então o que se deve fazer, por exemplo, com as crianças que usam drogas nas ruas? Devemos assegurar que todos sejam bem tratados e que a sociedade seja justa. Essas crianças de rua, onde estão seus pais? Eles tiveram oportunidade de empregos, de aprender a criar seus filhos de forma que soubessem como atender as expectativas dessa sociedade? O sr. diz ser um mito a crença de que o vício é inevitável. Por que essa afirmação é falsa? Coletamos dados durante muitos anos e sabemos que o percentual de pessoas que usa cocaína ou outras drogas e não se vicia é de 89%. Os últimos três presidentes americanos usaram drogas. Obama contou ter consumido cocaína algumas vezes; Bush disse que fumou maconha; Clinton também, apesar de tentar nos convencer de que não tragou. Não falo isso como demérito, mas para mostrar que se pode usar drogas e ser produtivo. As drogas causam danos cerebrais permanentes? Usar cocaína é o mesmo que usar cafeína ou álcool. Há efeitos temporários que procuramos quando usamos: ficamos alertas, nos sentimos melhor. Um orgasmo também causa efeitos no cérebro, mas ninguém diz que ele mudou definitivamente por isso. Atribuir esses danos à cocaína e ao crack é uma forma de separar as "pessoas más que usam cocaína" das "pessoas boas que não usam". Se as drogas não viciam e não causam danos permanentes, por que combatê-las? A política de combate só é benéfica para aumentar os orçamentos de segurança e favorecer aqueles ligados a essa indústria. Dizer que o crack é responsável pela criminalidade é mentir. No Brasil, antes da invasão das drogas, os moradores de favela frequentavam a universidade? As drogas podem exacerbar vários problemas, mas não são as causadoras. Se as drogas são um problema social, como lidar com o tema? São duas propostas. Do ponto de vista legal, defendo a descriminalização de todas as drogas, sem exceção. Isso não significa legalizar, mas tirar da esfera criminal. Do ponto de vista de educação, proponho o ensino do básico sobre o uso de drogas. Como assim? Coisas práticas, como dosagem. Quando há aumento de dose, aumenta-se o risco. Também precisam aprender que há organismos mais tolerantes. É necessário ensinar onde, como e com quem usar. http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/05/1452694-e-preciso-ensinar-a-usar-drogas-diz-neurocientista.shtml
    1. Juniaum

      Juniaum

      Esse pessoal precisariam ser alimentados com indicas food!

  4. TUFTUF

    Maconha Em Comprimidos?

    Saúde Saúde Maconha em comprimidos? Profissionais avaliam o uso terapêutico da maconha e não veem evidências para indicá-la no tratamento de problemas neurológicos por Rogério Tuma — publicado 11/05/2014 09:16 inShare Raul ARBOLEDA / AFP A maconha possui pelo menos 60 princípios ativos Leia também Presidente uruguaio firma decreto de legalização da maconha Cachimbo da paz Por que sou contra a liberação da maconha Arte & Maconha Sempre que alguém quer dar um tapinha dentro da lei, surge uma notícia de que maconha melhora algum sintoma ou doença e inicia-se uma onda de discussões sobre o uso terapêutico do produto. A humanidade já deveria estar evoluída o suficiente para abandonar essa cínica estratégia. Principalmente pelo perigo de criar falsas esperanças em pessoas que realmente têm um problema que afeta a qualidade ou até a duração de sua vida e que são ludibriadas pelo falso benefício da droga, como, por exemplo, pacientes com esclerose múltipla, doença de Parkinson e câncer. Existem estudos que comprovam o uso de componentes da maconha para melhorar náusea em pacientes sob quimioterapia, perda de apetite em aidéticos e, recentemente, foi liberado nos Estados Unidos um spray oral para melhorar a rigidez muscular em pacientes com esclerose múltipla. A Academia Americana de Neurologia recentemente criou um comitê para avaliar o que é verdadeiro sobre o uso médico de terapias alternativas, incluindo a maconha, em problemas neurológicos, e publicou as conclusões. O comitê revisou todos os estudos científicos publicados em revistas médicas nos últimos 55 anos, encontrando 1.729 que à maconha ou a seus subprodutos, e apenas 63 estudos que se referiam à neurologia puderam ser aproveitados, dos quais 33 deles se referiam ao uso terapêutico da droga – apenas oito preenchiam todos os quesitos para um estudo de ótima qualidade técnica. Cinco mostraram algum efeito terapêutico da droga, mas não conseguiram provar eficácia melhor ou menos efeitos colaterais do que as medicações já existentes. A maconha possui pelo menos 60 princípios ativos, sendo os mais importantes o tetraidrocanabinol (THC), o componente psicoativo, o canabidiol (CBD) e o nabiximol, sem ação psicoativa (CBD), todos atuam em receptores canabinoides em vários sistemas cerebrais e, de acordo com a concentração de um ou de outro, o efeito psíquico podem predominar ou não. Se o medicamento possuir maior concentração de THC pode ocorrer desde uma breve sensação de bem estar, raciocínio lento, sonolência, relaxamento muscular ou prejuízo cognitivo, de memória, até um surto psicótico. O CBD em proporções iguais nas fórmulas de THC reduz os efeitos psicoativos. Dos oito bons estudos que avaliaram a eficácia da maconha, um usou o extrato da planta em pacientes com esclerose múltipla e houve leve redução da contratura muscular constante, que dificulta o caminhar desses pacientes. Em outro estudo houve redução também de espasmos musculares dolorosos e, em um terceiro estudo, pacientes com perda do controle urinário, reduziram a frequência de irem ao banheiro. Um quarto estudo, também feito em pacientes com esclerose múltipla, falhou em demonstrar melhora no tremor que pode ocorrer nesses indivíduos. Os outros estudos avaliados não conseguiram demonstrar qualquer utilidade da maconha nos sintomas de Parkinson e outras doenças que provocam movimentos involuntários, como tremor, espasmos, contraturas e torcicolo. Também não houve redução no número de crises convulsivas em pacientes epilépticos que utilizaram maconha. Em todos os estudos, o índice de pacientes que interromperam o uso de maconha por efeito colaterais foi 7%, três vezes maior do que no grupo que usou placebo. Efeitos: fraqueza, náusea, tontura, alucinações e pensamento suicida. Terapias alternativas deveriam ser testadas como são os medicamentos, isto é, várias fases de testes para avaliar segurança, eficácia, dose necessária e toxicidade. Sob a máscara de naturais, muita coisa nociva está sendo ofertada para pacientes em desespero, prejudicando a imagem das terapias alternativas que realmente funcionam. • fonte: http://www.cartacapital.com.br/revista/799/maconha-em-comprimidos-7801.html
  5. SABADO 10 DE MAIO MARCHA DA MACONHA DO RIO

    1. GreenBack

      GreenBack

      Mto foda o vídeo... sabadão to partindo pra capital...

  6. acho que pode já pensou em procurar um advogado? é só vender produto legal tenta digitar no google a duvida e coloca junto www.growroom.net e abra mesmo o negocio abraços e bem vindo
  7. É amigo droga é foda, lembro de uma vez que minha mae ficou bem irritada porque a TV quebrou e ela ia ficar alguns dias sem a compensaçao de prazer depois de um dia duro e meu pai portugues gritava "esqueci isso bem e vem aqui na varanda tomar um vinho comigo" e ela disse "vou é dormir " tomou uma pilula e foi para o quarto. na manhã seguinte minha mae tava bem agressiva e a noite ela nao veio pra casa, foi pra casa de minha tia ver novela e so chegou 21:30. nao sei se minha mae tentou parar e nao sei se conseguiria mas ate hj essa é a rotina 3 novelas diaria, tambem nao sei se esse tanto de novela fez, tá fazendo ou vai fazer algum mal ou sofrimento e tambem nao sei se ela perceberia, talvez pelo efeito hipnótico da droga. abs
  8. 'Deveríamos tratar porte de drogas como tratamos infração de trânsito' Comentários Comentários 7 Rafael Barifouse Da BBC Brasil em São Paulo Atualizado em 7 de maio, 2014 - 05:56 (Brasília) 08:56 GMT Facebook Twitter Google+ Enviar a página Versão para impressão O neurocientista defende a descriminalização das drogas O neurocientista americano Carl Hart, de 47 anos, acreditou durante boa parte da vida que as drogas tinham um alto poder viciante e seriam a causa de diversos problemas sociais, como a violência. Tendo crescido na periferia de Miami, ele viu amigos e familiares se tornarem dependentes do crack, recorrerem a crimes para sustentar o consumo e acabarem presos ou mortos ao se envolver com o tráfico. Essa visão mudou quando começou sua carreira como pesquisador nos anos 1990. Notícias relacionadas Para EUA, ainda não é hora de mudar política para as drogas Lucas Mendes: Maconhas douradas Os rituais cruéis de iniciação do narcotráfico no México Tópicos relacionados Geral Em sua busca por uma forma de evitar que as drogas viciem, ele estudou o comportamento de dependentes e chegou à conclusão de que estas substâncias não são tão viciantes como imaginava. Hart oferecia US$ 5 a dependentes para que não tomassem uma segunda dose diária de crack. Se a primeira havia sido alta, os dependentes normalmente optavam por uma nova dose. Mas, se a primeira havia sido pequena, era provável que abrissem mão da segunda. Isso mostrou a Hart que, quando uma alternativa era oferecida as estas pessoas, eles tomavam uma decisão racional. O cientista replicou o estudo com a droga metanfetamina e chegou aos mesmos resultados. Ainda descobriu que, ao aumentar o valor para US$ 20, todos optavam pelo dinheiro. Essa descoberta fez Hart investigar a fundo o universo da drogas e chegar à conclusão de que muitas das premissas nas quais se baseiam as atuais políticas governamentais sobre drogas são falsas. Sua experiência está resumida em Um Preço Muito Alto (Editora Zahar), que será lançado neste mês no Brasil. No livro, Hart detalha episódios pessoais com as drogas – ele chegou a traficar maconha – e explica como sua afinidade por esporte, música e literatura, além do tempo em que serviu no Exército e dos conselhos recebidos por seus mentores, o levaram por um caminho diferente. Hoje, Hart é professor de psicologia e psiquiatria na Universidade Columbia, o primeiro negro a ocupar esse cargo, e é pesquisador da Divisão de Abuso de Substâncias do Instituto de Psiquiatria de Nova York A BBC Brasil conversou com Hart, que está no Brasil para lançar seu livro e realizar palestras sobre drogas. Na entrevista a seguir, ele defende que problemas sociais, como a pobreza, falta de educação e o desemprego crônico, são fatores mais preponderantes do que o potencial viciante de substâncias químicas. Ainda diz que é preciso esclarecer a população sobre os mitos e reais perigos das drogas para que as pessoas tomem decisões conscientes quanto a seu uso e advoga pela descriminalização, mas não pela legalização. "Ainda somos muito ignorantes para isso", diz. BBC Brasil - O senhor diz que a política empregada contra as drogas está equivocada. Por quê? Carl Hart - A política de drogas da maioria do mundo é baseada em premissas falsas como, por exemplo, dizer que as drogas são muito viciantes, perigosas e imprevisíveis. Na verdade, a maioria das pessoas que usa drogas o faz de forma segura. Pense o seguinte: dirigir é estatisticamente perigoso, mas não temos a premissa de que uma motorista certamente sofrerá um acidente ou que passará por uma situação perigosa. Mas fazemos isso com as drogas. Ao basear esta política em mentiras, as leis criadas em torno dela não refletem a realidade. No livro, Hart mescla experiências pessoais e pesquisas BBC Brasil - Em seu livro, o senhor diz que só 10% a 20% das pessoas se viciam em crack e metanfetamina. Esse índice é alto ou baixo? Hart - Não sou eu quem diz isso, mas as pesquisas feitas nos Estados Unidos nos últimos 30 anos. Considero esse índice relativamente baixo porque isso significa que a grande maioria das pessoas não se vicia nestas drogas. Mesmo entre as que se viciam, normalmente isso normalmente ocorre quando elas são jovens, e, quando somos jovens, cometemos erros. BBC Brasil - Por que algumas pessoas se viciam e outras não? Hart - Por várias razões. Algumas porque tem outros problemas psiquiátricos como ansiedade, esquizofrenia ou depressão. Elas usam drogas e não percebem que têm um problema a ser tratado. Outras pessoas são celebridades ou muito ricas e nunca tiveram alguém dizendo a elas o que fazer. Quando usam drogas elas, não farão isso de forma responsável. Outras se viciam porque se drogar é a melhor opção que têm em suas vidas. Questões sociais normalmente têm um papel mais importante do que qualquer outro fator. Mas podemos influenciar nestas questões. BBC Brasil - Como? Hart - Se as pessoas estão desempregadas e sem alternativas, podemos tentar garantir que elas tenham empregos significativos. Podemos mostrar que são valorizadas socialmente e fazer com que sejam incluídas na sociedade. BBC Brasil - Por que o senhor não concorda com a noção de que a maconha é a porta para o vício em outras drogas? Hart - Porque os dados não apóiam essa noção. É verdade que usuários de heroína e cocaína usaram maconha em algum momento de suas vidas, mas o inverso não é verdadeiro. Os últimos três presidentes americanos experimentaram maconha e chegaram a um dos cargos mais poderosos do mundo. É assim com a maioria das pessoas que fuma maconha em algum momento: eles seguem com suas vidas, trabalham, pagam impostos. "A maconha não leva a drogas mais pesadas. Os últimos três presidentes americanos experimentaram maconha e chegaram a um dos cargos mais poderosos do mundo. É assim com a maioria das pessoas que fumam em algum momento: eles seguem com suas vidas, trabalham, pagam impostos. " Carl Hart BBC Brasil - O senhor diz que é um erro separar a maconha de outras drogas tidas como mais pesadas, por quê? Hart - Todas as drogas são psicoativas e interferem com o cérebro para gerar seu efeito. Todas são potencialmente perigosas, mas também podem ser usadas de forma segura se as pessoas têm acesso a informações e são educadas sobre o assunto. Por isso não faz sentido tratar a maconha de forma diferente, como hoje fazemos com o álcool, por exemplo. Um pessoa pode morrer de abstinência de álcool, mas não de maconha, de cocaína ou heroína. BBC Brasil - E por que tratamos álcool de forma diferente? Hart - Porque a população em geral é muito informada sobre o álcool. Não podemos dizer que, quando uma pessoa bebe, ela enlouquece e mata seus familiares. Ninguém acreditaria em você. Mas quando isso é dito sobre cocaína e, de certa forma, da maconha, as pessoas acreditam porque não tem conhecimento ou experiência sobre estas drogas. Se algo é reiterado por tanto tempo, como estamos fazendo sobre o perigo das drogas, as pessoas têm isso como verdade, mesmo que não seja. BBC Brasil - Tendo tudo isso em mente, como deveríamos lidar com as drogas? Hart - A primeira coisa a ser feita é corrigir as premissas sobre drogas e acabar com a desinformação. As pessoas pensam que ficarão viciadas ao usar cocaína uma vez ou que a maconha leva a drogas mais pesadas. Em ambos os casos, é mentira, assim como muitos dos danos que as drogas supostamente causam ao cérebro. Depois, é preciso criar leis para tratar o consumo ou porte de drogas como tratamos uma infração de trânsito. Não deveríamos prender pessoas. Deveríamos multá-las ou dar um alerta. Não deveríamos fazer uma guerra contra drogas porque não fazemos uma guerra contra dirigir carros e é possível pode morrer disso. Temos que mudar nossa abordagem se queremos aumentar a segurança de toda nossa sociedade. É preciso manter estas pessoas fora da prisão, onde há outros problemas e doenças. BBC Brasil - Por que isso não é feito? Hart - Há governos que fazem o que sugiro, como os da Noruega e da Suíça, mas suas sociedades são homogêneas. Em sociedades como a brasileira e a americana, que são muito diversas social e etnicamente, a política de drogas é usada como uma ferramenta para perseguir grupos que não são muito bem quistos e mostrar que eles são inferiores. O racismo tem um papel nisso. Ninguém admite, mas é que vemos quando analisamos as evidências e os dados. BBC Brasil - Algumas pessoas podem pensar que o senhor defende a legalização das drogas, mas não é esta posição que o senhor defende, certo? Hart - Não. Somos ainda muito ignorantes para legalizar as drogas. Primeiro, temos que acabar com os mitos e descriminalizar o porte e o consumo de drogas em vez de responsabilizar as drogas por tudo que há de errado na sociedade. BBC Brasil -Em grandes cidades do Brasil, como Rio e São Paulo, os governos vêm tentando acabar com áreas de consumo conhecidas como "cracolândias". Parte desse esforço envolve internar essas pessoas à força em clínicas com o aval de suas famílias. Como o senhor vê esse tipo de política? "É preciso criar leis para tratar o consumo ou porte de drogas como tratamos uma infração de trânsito" Hart - Você gostaria que fizessem isso com você? Provavelmente não. Fazer isso é ridículo. BBC Brasil - O argumento é que estes dependentes estão num estado crítico que não permite a eles tomar esse tipo de decisão se precisam de tratamento ou não. Hart - Quem pensa assim está completamente errado. Em minha pesquisa, dei milhares de doses de crack para dependentes, e estas pessoas tinham condições de tomar decisões por si mesmas. Se uma pessoa comete um crime ou infração, ela devem ser punidas, mas você não pode forçar ela a fazer algo contra sua própria vontade. Isso é uma barbárie. BBC Brasil - Ao mesmo tempo, em São Paulo, a prefeitura oferece emprego, com remuneração de R$ 15 por dia de trabalho, cursos de capacitação e abrigo para os dependentes. Isso pode funcionar? Hart - Parece ser um passo na direção certa. Mas é preciso ter certeza que estas pessoas acreditam que suas vidas melhorarão se elas fizerem isso, deixar claro que isso as tirará de uma situação terrível e que as levará a ter uma vida mais responsável e que permitirá a elas cuidar de suas famílias. BBC Brasil - Como podemos mostrar isso a elas? Hart - As pessoas não são estúpidas. Se você diz a elas que ganharão certa quantia em dinheiro para fazer certa coisa e que espera-se delas certas atitudes, elas sabem que fazer isso será bom. Foi o que a minha pesquisa mostrou. BBC Brasil - Mesmo os mais jovens têm capacidade de usar racionalmente as drogas? Muitos pais acreditam que eles não estão preparados. Hart - Antes de mais nada, nem todos os pais foram criados da mesma forma. Então, não dou ouvidos a pais que falam sobre algo que não entendem. Sou pai. Tenho filhos de 13 e 19 anos. Sei que eles agirão racionalmente com as drogas porque ensinei isso a eles. Expliquei a eles desde muito cedo. Mas as drogas não são o principal assunto entre nós. Em vez disso, os questiono sobre como eles se comportarão em sociedade e como contribuirão para ela. Eles fazem coisas erradas como qualquer criança, porque querem testar limites. Mas, no fim das contas, um adolescente sabem o que é ir longe demais se os pais fizeram um bom trabalho. O problema é que há muita gente que não é um bom pai ou mãe. BBC Brasil - Como o senhor prepara o seus filhos para as drogas? Hart - Passo a eles o mesmo tipo de conhecimento de que estamos tratando em nossa conversa. Sei, por exemplo, que uma das principais drogas consumidas por adolescentes é o álcool, então, falamos muito sobre isso. Também falamos muito sobre maconha, a droga ilegal mais usada. Explico que eles e os amigos devem começar por doses menores e tomar cuidado com o lugar onde usam este tipo de droga. Ainda digo que, em caso de qualquer problema, eles devem me ligar. Não porque quero julgá-los, mas quero garantir que eles estão seguros. "Internar pessoas à força é uma barbárie. Dependentes de crack podem tomar decisões racionais por conta própria" Carl Hart BBC Brasil - No livro, o senhor reconta sua própria experiência com as drogas. Por que decidiu incluir esse relato pessoal? Hart - Porque queria que todos soubessem que a maioria de nós usou drogas em algum momento e que isso não impede alguém de ser um membro produtivo da sociedade. Muitas pessoas são hipócritas e dizem que nunca usaram drogas. Não queria ser hipócrita. BBC Brasil - O senhor ainda usa drogas? Hart - Claro que sim. Eu bebo e tomo medicamentos. BBC Brasil - E drogas ilegais? Hart - Sou muito inteligente para usar drogas ilegais. O corpo não faz distinção entre drogas legais e ilegais. Não preciso buscar drogas nas ruas. Posso ir ao meu médico para conseguir isso. Esse é um dos benefícios de envelhecer e ser responsável: poder obter suas drogas legalmente. BBC Brasil - O senhor defende uma posição polêmica. Sofreu algum tipo de represália ou prejuízo por conta disso? Hart - Com certeza. Às vezes, as pessoas acreditam que defendo a legalização de drogas e me tratam de forma diferente, mas a maioria das reações têm sido positivas. Dizem que gostariam de poder dizer o que digo. BBC Brasil -Mas o senhor perdeu financiamentos de pesquisa, não? Hart - Ninguém disse que foi por causa disso, mas é o que suspeito. Isso não me surpreende. Porque, assim como a polícia, cientistas se beneficiam da histeria criada em torno das drogas. Se você diz à população que drogas são terríveis, o dinheiro dado para policiais e cientistas aumenta para lutar contra o impacto e efeitos das drogas. BBC Brasil - O quão difícil é contrariar uma noção tão estabelecida na nossa sociedade? Hart - É difícil, mas sou um negro que cresceu nos Estados Unidos. A dificuldade faz parte da minha vida. fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/05/140506_entrevista_carl_hart_rb.shtml
  9. Mujica legaliza maconha e diz que 'viver é experimentar' Comentários Comentários 7 Atualizado em 7 de maio, 2014 - 07:59 (Brasília) 10:59 GMT Facebook Twitter Google+ Enviar a página Versão para impressão Presidente uruguaio reconhece cominho difícil, mas espera deixar 'conhecimento' para a humanidade O presidente uruguaio José Mujica afirma que a legalização da maconha no Uruguai é "um experimento" e que "os retrógrados que não querem mudar nada, certamente vão se surpreender." Na terça-feira, Mujica deu uma entrevista por telefone à BBC Mundo, no mesmo dia em que assinou o decreto que regulamenta a lei da maconha. Notícias relacionadas 'Deveríamos tratar porte de drogas como tratamos infração de trânsito' Por 'segurança' de usuários, empresa na França lança 'maconhômetro' Como o 420 se tornou o número símbolo da maconha Tópicos relacionados Internacional A legislação, aprovada em dezembro pelo Parlamento uruguaio, fez deste país de 3,3 milhões de habitantes o primeiro a pôr nas mãos do Estado a produção, distribuição e venda de maconha. Mujica disse que a repressão às drogas em seu país estava cada vez pior e agora ensaia "um caminho que é difícil, mas que pode deixar um pouco de conhecimento à humanidade". O líder uruguaio não acredita que vá discutir o tema a fundo com o presidente americano, Barack Obama, quando os dois se encontraram na próxima segunda-feira, em Washington. "O país que mais comercializa a maconha é os Estados Unidos", afirma. "Mas o que acontece é que eles não fazem nada com espírito de experimentar. Vão direto pela via do mercado, vendendo sem cuidado e acabou", disse ele, referindo-se aos Estados americanos que liberaram a maconha para uso recreativo ou medicinal. A seguir, um resumo da entrevista com Mujica à BBC Mundo. BBC - O Uruguai abriu um caminho para que na região seja considerada uma alternativa à "guerra contra as drogas"? José Mujica - Primeiro temos que andar um pouco, viver um pouco. E, em seguida, fazer um balanço do que descobrirmos, de tudo que deu certo e ver como podemos mudar. Então, eu recomendo cautela. Esta lei tem 100 artigos. E não é o que alguns acreditam: que foram abertas as portas para que as pessoas consumam drogas a torto e a direito. O fato é que há 25 anos estimávamos haver entre mil e 1,5 mil consumidores. Hoje temos 150 mil. Nestem 25 anos, reprimimos, prendemos, confiscamos cargas e o animal continua crescendo. Por isso mudamos a estratégia. Mas eu lhe digo: o novo caminho é triunfal? Não, não. Estamos em um caminho de experimento. Um experimento feito com honradez intelectual, mas não para incentivar a propagação de um vício que, como qualquer vício, é uma praga. BBC - Mas você aprovou a lei convencido de que este é o melhor caminho? Mujica - Estou convencido pelo conselho de Einstein: quando você quer mudar as coisas e voltar a fazer o mesmo, nada muda. Há muitos anos estamos reprimindo, perseguindo e estamos cada vez pior. Então começamos a pensar em alternativas. E, por isso, eu uso a palavra experimento. BBC - Olhando para os próximos 10 ou 15 anos para o futuro , Uruguai continuará a ser uma exceção regional? Mujica - Apesar de ter quase 79 anos, tenho um coraçãozinho capaz de sonhar. Se formos capazes de descobrir alguns elementos que ajudem, que outras sociedades adotem, que se enriqueçam, estaremos dando nossa contribuição. É essa intenção que temos no fundo de nossos corações. Porque o Uruguai é pequeno e pode fazer coisas que a um país grande vai custar muito mais. Porque nós não somos preconceituosos. Porque nós somos um país secular. Sempre tivemos algum grau de aventura, e talvez de um bom liberalismo no seu sentido mais profundo: não econômico, mas de experimentar diferentes caminhos. Foi assim com o divórcio, com a abordagem sobre o álcool, em 1915, o reconhecimento da prostituição e assim por diante. É uma característica do Uruguai. BBC - A Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (JIFE) da ONU e a oposição no Uruguai criticam que a população esteja sendo usada neste experimento. O que acha disso? Mujica - Mas a vida é um experimento. Somente os dogmáticos, os sectários, os que se negam a qualquer mudança, podem ficar contra a honradez da palavra experimento. Viver é experimentar, buscar soluções que às vezes funcionam e às vezes não. Por que agora reconhecemos o casamento homossexual e antes não? Por que mudamos? E a escravidão, como foi que acabou? Toda a vida foi assim. Agora, os retrógrados que não querem mudanças certamente vão se assustar. Eu reivindico a palavra experimento. BBC - E qual é o parâmetro que tem de ser considerado para ver se esse experimento funcionou bem ou mal? Mujica - Vamos ver como tudo vai se desenrolar, se cresce ou não o número de consumidores, se se multiplica o peso do narcotráfico ou se diminui, o que vai acontecer nas prisões. Hoje pelo menos um terço de nossa população carcerária está ligada ao narcotráfico ou ao uso de drogas. Tudo isto vamos começar a medir estatisticamente. E teremos que tirar alguma conclusão social disto. Eu não vou me impressionar pelos gritos contra mim. Tenho minha maneira de pensar. BBC - Dentro de alguns dias o senhor vai se reunir com o presidente americano na Casa Branca. Este assunto vai estar na agenda? Mujica - Acho que não muito. Porque o país que mais comercializa maconha é os Estados Unidos. É um fato. Mas o que acontece é que não o fazem com o espírito de experimentar nem nada. Vão direto pela via do mercado, vendendo sem cuidado e acabou. Há 22 Estados que estão vendendo. fonte:http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/05/140507_mujica_entrevista_fl.shtml
  10. SABADO 10 DE MAIO MARCHA DA MACONHA DO RIO

  11. só para lembrar que o uso da maconha no uruguai nunca foi crime!! a inovaçao no uruguai foi regular o mercado ou seja criar regras para uma demanda que já existe!!
    1. Juniaum

      Juniaum

      Aquisição de sementes e das variedades plantadas deverão ser registradas no IRCCA, assim como o local de cultivo.-:(

    2. naopossodizer

      naopossodizer

      Nego fala "maconha" com mó tom/ar depreciativo. Ainda falam 5 vezes em menos de um minuto e meio. Quase a cada 15 segundos.

    3. Amigo Verde

      Amigo Verde

      Grande notícia!

  12. ontem amarraram em um pelourinho e chicotiaram um negro hoje matam uma mulher acusada de bruxaria, amanhã libertem os presos e prendam os burgueses e aqueles que acreditam que são burgueses

    1. iceee

      iceee

      viva a raquel sheharazade!

  13. a idéia é fazer vc deixar de Ser. vc é mas ñ sabe que ñ É
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