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CanhamoMAN

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Tudo que CanhamoMAN postou

  1. MACONHA: política severa não reduz o consumo. Fonte Terra magazine 16 de abril de 2009 Holanda: coffeeshop canábico Acaba de ser publicada uma pesquisa surpreendente sobre consumo lúdico-recreativo da erva canábica e dos seus derivados. Ela foi realizada na Holanda, no Canadá e nos EUA. Foram ouvidos 5 mil jovens adolescentes, entre 14 e 15 anos de idade. A pesquisa seguida de análise é do respeitado International Journal of Drug Policy. Depois de coletados os dados realizou-se uma comparação entre os países pesquisados, à luz das políticas sobre a maconha. Um parêntese. Na Holanda, a venda de maconha é autorizada nos cafés desde 1964, para maiores de 18 anos e consumo no próprio estabelecimento: fora, é crime. Em cada residência podem ser cultivados de três a cinco vasos de maconha, para uso terapêutico, o que significa facilidade para desvio de finalidade, ou seja, emprego lúdico-recreativo. A meta da política holandesa foi afastar o usuário do traficante. No Canadá, a política é proibicionista com relação ao consumo lúdico-recreativo, mas sem grande rigor para com o usuário. Quanto ao uso terapêutico, o próprio estado fornece, mediante receita médica: há pouco ocorreram reclamações a respeito da qualidade inferior da maconha cultivada e disponibilizada pelo governo e isto para pressionar pela liberação da importação, como, por exemplo, a compra da cannabis do Marrocos. Nos EUA, o proibicionismo é severo. Por lei federal, o usuário surpreendido na posse de droga para consumo próprio é levado ao chamado Tribunal para Dependentes Químicos. Aí, o acusado tem duas opções: (1) cadeia ou (2) tratamento. Se optar pelo tratamento e no curso dele ocorrer recidiva, vai para a cadeia. Terminado o tratamento e caso seja novamente surpreendido pela polícia não tem mais opção de tratamento fora do cárcere. Fechado o parêntese. Com efeito e diante da pesquisas do International Journal of Drug Policy: ..(a) nos EUA, 33% dos entrevistados do sexo masculino e 26% das entrevistadas do sexo feminino revelaram ter regularmente consumido maconha no ano anterior à pesquisa. ..( na Holanda, 29% dos adolecentes e 20% das meninas admitiram uso lúdico no ano anterior à sondagem. ..©no Canadá, os porcentuais foram de 32% entre meninos e 31% entre as adolescentes. PANO RÁPIDO. Como se percebe pelo indicado na pesquisa comparada, –isto entre as políticas proibicionitas rigorosa (EUA), média (Canadá) e leve (Holanda)–, verifica-se que a severidade da política adotada, com lei criminalizante (usuário considerado criminoso), não reduz o consumo de maconha e derivados. A concepção norte-americana de que a ameaça contida na lei criminal reduz a demanda já faliu faz anos, haja vista que os norte-americanos são os campeões mundiais de consumo de drogas proibidas: de todas as espécies, ou seja, da maconha à cocaína, do ópio às drogas sintéticas (produzidas em laboratórios). Pelos resultados, salve artes de Procusto, o proibicionismo não inibe o consumo e a descriminalização não o encoraja, entre jovens que cursam escolas e recebem informações. Lógico, para os desinformados e de baixa escolaridade a descriminação encorajaria, de maneira bem semelhante ao que ocorre com o álcool e o tabaco. Como concluíram os pesquisadores, “ não existem provas de que o proibicionismo dos EUA proteja mais do que a política canadense ou a da liberação holandesa”. –Wálter Fanganiello Maierovitch-
  2. Grupo com 9 menores é apreendido em Goiás por fazer apologia ao crime pela Internet Fonte: O Globo 3/04/2009 às 20h25m GOIÂNIA - Nove menores, entre 10 e 16 anos, foram apreendidos nesta sexta-feira, em Luziânia, a 196 quilômetros de Goiânia, acusados de apologia ao crime. De acordo com o 2° Tenente do 10° Batalhão de Luziânia, Eric Chieriaco, nesta quinta-feira, o grupo disponibilizou em sites de relacionamento da Internet, vídeos em que mostravam armas de fogo, plantas de maconha e falavam de uma região da cidade, conhecida como Morro da Farinha, onde, segundo os adolescentes, a polícia não entrava. Na casa de um dos envolvidos foram apreendidas duas armas de brinquedo e uma espingarda de fabricação caseira. Os nove menores, entre eles quatro meninas, foram ouvidos na Delegacia Especializada no atendimento a menores e liberados em seguida. Eles devem responder pelo crime junto ao juizado de menores.
  3. Liberação do consumo ganha adeptos ilustres Fonte Zero Hora 12-04-09 Uma adesão ilustre reacende a discussão pela liberação do consumo da maconha no país. Aos militantes históricos da causa, como o deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ), juntou-se o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, um dos coordenadores da Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia – ONG formada por intelectuais e líderes de peso no cenário latino-americano, como os também ex-presidentes do México Ernesto Zedillo e da Colômbia César Gaviria. A ONG apresentou a proposta na Comissão de Entorpecentes da ONU, em Viena, na Áustria, que decidiu manter a política de “guerra às drogas” articulada com ações de saúde pública e redução de danos. O tema retoma um debate antigo (e explosivo): o Brasil deve continuar apostando na repressão, política que tem nos EUA, na Rússia e no Japão seus principais expoentes, ou seguir o caminho de países europeus, como Holanda, com legislação liberal em relação ao consumo de entorpecentes? Desde 2006, usuários de drogas ilícitas não são encarcerados quando flagrados consumindo entorpecentes – embora submetam-se ao constrangimento de ir para delegacia, responder na Justiça e, quando condenados, deixam de ser primários. A medida, portanto, seria incapaz de esvaziar prisões. Mas, sustentam os adeptos, ocorreria um avanço no trato do tema. – Não estamos propondo a legalização, isto é, não achamos que a sociedade deva dar uma sanção positiva ao uso da maconha. Estamos dizendo que a maconha faz mal, mas os usuários, em vez de irem para a cadeia, devem ser tratados pelos sistemas de saúde – diz Fernando Henrique. Defensor há duas décadas da descriminalização da maconha, Gabeira destaca a necessidade de “reformar a polícia” para que uma visão liberal tenha êxito: – Onde houve liberação, ao contrário do que se pensa, não existiu afrouxamento, mas sim, controle mais sofisticado. Daí a importância da polícia. Ex-colega de Gabeira na Câmara dos Deputados, o consultor em segurança pública Marcos Rolim defende uma proposta intermediária – um passo adiante à liberação do usuário e um atrás da produção e da venda regulamentados pelo Estado. – Defendo a descriminalização da droga. Ninguém seria preso ao ser flagrado transportando maconha porque não seria crime, o que não significa a sua legalização. Algo como ocorre com o santo-daime, um chá alucinógeno, fortíssimo, consumido entre os indígenas e que espalhou-se pelo país. Ninguém é preso pelo consumo ou transporte do santo-daime, mas tampouco o chá é encontrado em farmácias – explica Rolim. Psiquiatra adverte para um maior consumo de drogas Pesquisador do pós-graduação em Ciências Criminais e em Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, o sociólogo Rodrigo de Azevedo tem uma certeza: – É um erro achar que a forma de conter o consumo seja criminalizando a droga. As experiências de redução de danos são mais efetivas do que a criminalização, como mostram algumas experiências na Europa. Em meio à discussão, autoridades afirmam que a liberação do uso da maconha acarretaria numa legião de novos dependentes químicos. Coordenador da Unidade de Dependência Química do Hospital Mãe de Deus, o psiquiatra Sérgio de Paula Ramos diz: – Se você descriminalizar, vai aumentar o consumo da maconha e de outras drogas como cocaína e crack. Adepto da erradicação do álcool entre adolescentes, o psiquiatra lembra que o Brasil é signatário de um documento na Organização Mundial da Saúde (OMS) para redução do consumo global das drogas. – Como um país signatário vai propor que se libere o consumo? – questiona Ramos, antes de criticar o ex-presidente: – Acho que o Fernando Henrique estava com pouca luz sobre ele no verão e resolveu soltar um factoide para voltar à mídia.
  4. A apologia do uso de drogas 01.04.2009 | 06h17 Fonte Gazeta Globo José Medeiros Quando se fala em legalização da maconha, tese defendida por muitos, as famílias que possuem filhos, netos ou parentes internados, doentes, semidestruídos em consequência do uso da maconha, têm calafrios. Não sei se lhes contei um fato acontecido há duas décadas: eu era diretor do Centro de Ciências Biológicas da Ufal, e veio, a Maceió, a meu convite, o professor Ribeiro do Vale, então diretor do Departamento de Farmacologia da Escola Paulista de Medicina. Pesquisador, estudava, à época, a maconha, sua ação e efeitos colaterais; para isso mantinha um pequeno plantio dessa erva no jardim do laboratório. Certo dia, o diretor mandou chamá-lo e foi incisivo: “Professor Ribeiro, destrua urgentemente sua plantação de maconha. E acrescentou: “Um nordestino que conhece essa planta fez cigarros com ela, caiu do andaime do 3º andar, onde pintava uma parede e teve graves ferimentos. Imediatamente, o professor e os estagiários da pesquisa destruíram o plantio. Não faz muito tempo, eu tive a oportunidade de trazer para nossa reflexão, o assustador aumento do consumo de drogas no País e no mundo, ilustrando o texto com o então drama vivido pelo ator Fabio Assunção, viciado em drogas químicas, que tem assistido à destruição de sua carreira de sucesso. Naquela ocasião, comentei que, neste mês (março), ocorreria a esperada reunião da ONU que definiria as novas políticas para o devastador problema das drogas. A reunião da Comissão de Entorpecentes da ONU aconteceu em Viena, na Áustria, há poucos dias. Além de mostrar que o mundo conta com 210 milhões de usuários e de declarar mais uma década de combate às drogas, ela tornou clara a ideia de legalização das drogas, em um futuro próximo. Aumenta, cada vez mais, o número de defensores dessa “saída radical”, por entenderem que a venda de narcóticos controlada pelos governos deve neutralizar o tráfico e a violência decorrente dele. O outro argumento de defesa da legalização é que parte do dinheiro pode ser revertida para o tratamento de saúde dos usuários. Extremamente polêmica, a legalização provoca indignação, porque amplia o número de usuários. Esse fato já evidenciado nas experiências internacionais de tolerância ao consumo, que criou o chamado “Turismo das Drogas”, bastante forte em cidades como Amsterdã, na Holanda, que atrai milhares de pessoas interessadas em consumir drogas sem serem perturbadas.Um grave problema que merece apurada reflexão. (*) É médico e ex-secretário de Educação.
  5. Legalização das drogas economizaria 15 bilhões de euros-ano. 09/04/09 19:03 Fonte Alagoas em tempo real Em tempos bicudos, economizar transformou-se em palavra de ordem. Poupar para enfrentar tempos incertos, virou receita para os prudentes. Na Europa e nos EUA, as vendas caíram nas lojas comerciais e os preços despencaram. O mercado das drogas ilícitas, no entanto, não entrou em crise. A oferta e a demanda continuam a crescer. Em razão disso, disparam os custos governamentais com as políticas sócio-sanitárias e de repressão ao tráfico. Para se ter idéia, o custo-social da droga, no Canadá, foi estimado em cerca de 3% do pib. No levantamento do custo pago pela sociedade canadense levou-se em conta as mortes por overdose, as internações, os acidentes de trânsito, a redução da capacidade laborativa, etc, etc, etc. Na Espanha, porta de entrada da cocaína andina para a Europa, um levantamento do governo mostrou que o narcotráfico movimenta anualmente 7.300 milhões de euros. Ontem, o conceituado instituto ‘Transform’ fez uma proposta para o governo conservador do premier britânico Gordon Brown. A proposta é de poupança de a 15 bilhões de euros por ano. Para isso, o ‘Transform’ propõe a liberação das drogas e a sua regulamentação. Os 15 bilhões equivaleriam ao custo das políticas sócio-sanitárias, mais os gastos com o enfrentamento do crime e o contraste ao mercados das drogas ilícitas. No relatório apresentado pelo ‘Transform’ a legalização e a regulamentação também têm um custo, que foi orçado em 6,6 milhões de euros ao ano. Para o governo britânico, a legalização levaria ao aumento do consumo, argumento com o qual não concordam os especialistas do ‘ Transform”. O proibicionismo seria a causa do custo elevado, ou seja,15 bilhões de euros anuais, frisam os especialistas do supracitado instituto ‘ Transform’. Do relatório do ‘ Transform’ constou que o governo britânico, apenas com o contraste ao mercado ilegal, “jogou no lixo 111 bilhões de euros nos últimos dez anos”. E ainda irá “atirar no ralo” outros 111 bilhões de euros, nos próximos dez anos, “senão mudar a linha política proibicionista e legalizar e regulamentar o mercado”. Um porta-voz do governo do primeiro ministro Gordon Brown justificou os gastos ao ressaltar que “ as drogas precisam de controle porque causam danos à saúde”. Mais, repetiu a lição norte-americana, da criminalização como forma de inibir o consumo. Em outras palavras, os norte-americanos e os britâncicos acreditam na ameaça contida na criminalização e na cadeia como formas eficazes de afastar as pessoas das drogas proibidas. Algo como acreditar em papai-noel. O diretor do departamento de pesquisas do ‘Transform’, Steve Rolles, replicou: “Não existem mais desculpas para não considerar o impacto dos custos reais da política atual sobre drogas ilícitas”. PANO RÁPIDO. Ainda nenhum país seguiu o caminho do “liberou-geral”. Já tivemos experiências dos espaços abertos nos parques da Suíça que, aliás, não deram bons resultados: os parques ficaram lotados de imigrantes provenientes de vários locais da Europa e que ficavam pelos parques. Por outro lado, a experiência de mais de 20 anos com a venda canábica em cafés holandeses resultou positiva para afastar o usuário dos traficantes, sempre dispostos a oferecer uma nova droga: o turismo canábico e a feira da maconha rendem bons dividendos para a Holanda.
  6. “A guerra às drogas está fracassando” 12-04-09 fonte Zero Hora Entrevista: Fernando Henrique Cardoso, EX-PRESIDENTE DA REPÚBLICAEx-presidente da República por dois mandatos, o sociólogo Fernando Henrique Cardoso aposta o seu prestígio numa causa polêmica: a descriminalização do uso da maconha. – As políticas atuais, chamadas genericamente de “guerra às drogas”, estão fracassando. Propomos uma mudança de paradigma – justifica. Em troca de e-mail com Zero Hora, o ex-presidente detalhou a proposta apresentada à ONU. A seguir, a entrevista: Zero Hora – O senhor tem defendido a revisão das políticas de repressão às drogas na América Latina e a descriminalização da maconha. Por quê? Fernando Henrique Cardoso – Porque as políticas atuais, chamadas genericamente de “guerra às drogas”, estão fracassando, enquanto o consumo de drogas leves e pesadas aumenta aceleradamente, o que é preocupante. ZH – Um dos argumentos de quem é contrário à liberação, no campo da saúde pública, é de que a maconha seria a porta de entrada para drogas mais pesadas, além de afetar a memória e causar danos ao cérebro. Como o senhor avalia isso? FH – A maconha, sem dúvida, causa danos à saúde, assim como o álcool e o tabaco. É possível que a experiência com ela leve a outras drogas. Entretanto, os dados mostram também outra coisa: há um período da vida em que muitas pessoas – infelizmente – usam maconha. Mas só uma pequena proporção dos usuários permanece nessa condição. A imensa maioria não passa da maconha a outras drogas, simplesmente, com a idade, deixa de consumi-la. ZH – Pela proposta, como funcionaria na prática a liberação? FH – Descriminalização quer dizer: o usuário não vai para a cadeia, não pratica crime ao fumar maconha. Não estamos propondo a legalização, isto é, não achamos que a sociedade deva dar uma sanção positiva ao uso da maconha. Estamos dizendo que a maconha faz mal, mas os usuários em vez de irem para a cadeia devem ser tratados pelos sistemas de saúde. Dizemos que os governos e a sociedade devem se empenhar em campanhas para reduzir o número de usuários. ZH – Há algum exemplo bem sucedido no mundo em relação à maconha que sirva de referência para o Brasil e a América Latina? FH – Tanto na Colômbia quanto no México, praticam a despenalização. Nesses países, mesmo o usuário de pequenas doses de cocaína não vai para a cadeia. Quem prende os que usam maconha são os norte-americanos. Há cerca de 500 mil presos por esse motivo, na imensa maioria, negros e pobres. A legislação brasileira não criminaliza automaticamente o usuário. Mas ela é imprecisa, dando à autoridade policial o arbítrio para decidir, caso a caso, quem deve ir para a cadeia. Isso facilita a extorsão. ZH – É fato que a política de repressão às drogas tem sido ineficiente, mas o tratamento aos dependentes de drogas lícitas e ilícitas no país também tem se mostrado deficiente. O senhor não teme que a descriminalização apenas aumente um problema de saúde pública? FH – Que tratar dos danos causados pelas drogas aumentará a pressão sobre a saúde pública, não há como negar. Porém, esses danos já estão produzindo efeitos. Não será obrigação das famílias, da sociedade e do Estado cuidar das vítimas? ZH – Na área da segurança pública, a liberação não aumentaria ainda mais o poder das já poderosas quadrilhas de traficantes? FH – Não. Dar-se-á o contrário: as forças repressivas poderão se concentrar na repressão ao tráfico e ao crime organizado, em vez de perseguirem os usuários. ZH – O assunto chegou a ser discutido internamente no governo durante os dois mandatos do senhor? FH – Não só discutimos como eu criei junto à Presidência da República a Senad (Secretaria Nacional de Drogas) que, com outro nome, continua a existir no governo atual. E a orientação era preventiva e educativa e não apenas repressiva. Aliás, o governo atual, por intermédio do ministro dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, apoiou as conclusões da Comissão Latino-americana sobre Drogas (que eu presido com os ex-presidentes Gaviria, da Colômbia, e Zedillo, do México). A delegação brasileira na recente reunião da ONU, ocorrida em Viena, para avaliar as políticas antidrogas, tomou posição em favor da redução de danos como alternativa à pura repressão. ZH – O senhor já era favorável à tese quando presidente ou mudou de ideia agora? FH – Naquela época (na Presidência), havia forte pressão americana para que houvesse um comando único na “guerra às drogas”, que recusamos e enveredamos pelo caminho da Senad, que acentuava os aspectos educacionais e preventivos no combate às drogas. Não me recordo se a legislação que permite o uso em pequenas doses (embora vaga e dando margem a arbítrio) foi enviada ao Congresso no meu governo. Mas a posição de olhar para o usuário como vítima, e não criminoso, já era a minha. ZH – Em algum momento de sua trajetória o senhor mudou de ideia? FH – Não só não mudei de ideia como ampliei meu interesse pelo tema, pois os danos que a difusão do uso de drogas e a prática do contrabando e do crime organizado vêm causando em nossas sociedades são imensos. Estamos propondo uma “mudança de paradigma”: em lugar de nos contentarmos com uma guerra perdida travada ao mesmo tempo contra o usuário – que vai para a cadeia – e contra o produtor, lutar pela redução do consumo e focalizar as ações policiais na repressão ao contrabando e ao crime organizado, que se articula crescentemente, pela corrupção, com setores da polícia e da política.
  7. Papaléo defende política de combate às drogas associada à educação de crianças e jovens Fonte Senado 14/04/2009 - O senador Papaléo Paes (PSDB-PA), em discurso nesta terça-feira (14), posicionou-se contra a legalização das drogas e defendeu a manutenção de uma política de combate ao uso de substâncias ilícitas, associada a um programa de educação de crianças e jovens. Para ele, com essa diretriz, é possível obter "bons resultados". Mesmo com balanços não muito animadores da política de proibição associada à repressão policial em todo o mundo, o senador ressaltou que tal fato não pode levar à conclusão oposta, de que a liberação é a forma de combate que poderá ser a mais eficaz. - Minha convicção é que a sociedade tem a responsabilidade de interditar todo consumo de substâncias que sejam comprovadamente prejudiciais à saúde de indivíduos ou grupos. E é função do Estado garantir que essa proibição seja respeitada -afirmou. Como estratégia para o combate, disse Papaléo, em primeiro lugar, jamais se deve tornar o consumo livre, mesmo o individual e doméstico. Somado a isso, é preciso fazer "o que todo processo de mudança de comportamento exige; a educação pelo convencimento". Desde as classes iniciais das escolas, é preciso que nas aulas de ciências e inserção social as crianças aprendam os malefícios que representam as drogas para sua própria vida e para a vida dos demais membros do grupo em que vivem. - Só assim, educando e convencendo as pessoas, se conseguirá mudar comportamentos e influenciar hábitos individuais e coletivos. É claro que a repressão à produção e ao comércio não pode ser abandonada, mas não pode ser o ponto focal da ação do Estado - assinalou. Papaléo, que é médico, também apontou os malefícios à saúde, tanto das drogas legalizadas, como o tabaco e o álcool, quanto das ilícitas. Mesmo a maconha, sempre mencionada como "mais branda", produz males como privação parcial dos sentidos e consciência, que não podem ser considerados inócuos, conforme afirmou. A estimativa é que haja cerca de 200 milhões de consumidores de drogas no mundo, dos quais 160 milhões fumam maconha. Esse consumo fomenta o mercado produtor, que movimenta US$ 322 bilhões anuais.
  8. CanhamoMAN

    O 'fenômeno' Da Cerveja

    Esportes O 'Fenômeno' da cerveja Fonte O Globo Publicada em 13/04/2009 às 12h47m Quanto mais vejo o que acontece nesse país, mais me pergunto se estou diante de uma comédia ou de algum filme de terror de mau gosto. Não bastasse a nossa tão séria política e aqueles que a fazem, somos ainda bombardeados pelos descalabros de nosso cotidiano, que todos os dias assistimos, vemos ou lemos nos jornais. Os espantos não se esgotam. Há alguns dias, a "surpresa" veio pela TV. Um novo anúncio de bebida, entre tantos outros, nesse mercado de disputa acirrada pelo vício subliminarmente incutido no cidadão. Desculpem a falha, não é vício. Sendo lícito, é hábito. Embora já acostumado a esses anúncios de apologia ao álcool, confesso que fiquei aturdida. Abro aqui um parênteses. Associar o consumo de álcool a jovens bonitos, sarados, saudáveis, sorridentes, dançantes e saltitantes, musas estonteantes, passa uma mensagem sutil. Quem faz parte desse diferenciado grupo bebe. Alguém já viu velho ou pobre fazendo anúncio de cerveja? Alguém já viu gente feia fazendo anúncio de cerveja? Pobre e velho eu nunca vi. Feio só se for famoso, como o Zeca (o do pagodinho), alcoólatra assumido, e agora esse (o do futebolzinho). Vejo, revejo e não acredito. É ele mesmo? Não será um sósia? É mesmo o Ronaldo, o grande Fenômeno? Será possível? Justo nesse momento em que tanto se discute o consumo crescente de álcool, principalmente o aumento de seu uso entre os jovens, momento em que a tal tolerância zero já não é nula como diz o nome, que a lei já não é tão seca e as estatísticas só comprovam isso, é exatamente nesse momento, que esse "Fenômeno", para ser engraçado, por ser alienado ou talvez por estar "necessitado", resolve bater no peito e com um copo de cerveja na mão brada: "Eu sou brahmeiro!". É inconcebível onde pode chegar a ambição, a completa ignorância ou a falta de informação. Esse Fenômeno não veio da elite não, era pobre e bem humilde, que de seu só tinha o talento com a bola. Era brasileiro carecido, sofrido, desfavorecido, esquecido, subnutrido, esses tantos "idos" que o governo e seus fiéis muito se orgulham de estar "erradicando" do Brasil. Ficou rico, mas parece que de pouco lhe serviu. No começo de sua carreira nada sabia, o que se poderia compreender, agora fica evidente que o dinheiro de nada lhe valeu. Ao invés de evoluir, como cidadão e esportista, piorou, desaprendeu. Inúmeras são as campanhas "bem intencionadas" ou politicamente "corretas", "Beba com moderação", "Se for beber não dirija" (ou é ao contrário?), "Se for dirigir não beba". Dá na mesma. São variadas, mas uma resume tudo. "Droga é uma droga" e álcool é uma droga mesmo! Se para o Fenômeno tudo isso passou despercebido, de duas uma, ou ele não gosta de ler ou não assiste televisão. Nesse caso, seus assessores deviam tê-lo alertado, de forma bem clara, que álcool, sendo droga, também mata! Aos que consomem e aos que destes são vítimas. Porque não mostram a esse Fenômeno o que é uma clínica de tratamento de dependentes de álcool e outras drogas? Porque não mostram para onde leva o alcoolismo? Não só ao alcoólatra, mas aos que estão à sua volta, os co-dependentes. Na cara, na lata, verdade nua e crua. Quem sabe assim ele entenderia? Não sei se surtiria efeito, nem estou, com ele ou com a sua saúde, incomodado. Preocupo-me sim que ele saiba, goste ou não, mereça ou não, que é um ídolo de muitos, referência, exemplo copiado, almejado e tão sonhado principalmente por crianças e jovens. Cidadãos em formação que vêem sem restrição um esportista de copo na mão. Uma figura pública, que deveria dar o exemplo. Mas que exemplo? Uma vida conturbada, farras, bebedeiras indisciplina, o tudo posso, o tudo faço porque sou o Fenômeno? Deu mesmo a volta por cima grande Fenômeno? Vitória suada seu Ronaldo? Suada no copo? Que vergonha seu Ronaldo! Ver confirmado nessa propaganda equivocada, que hoje, como quando começou, além do dinheiro nada tem. Pior, ficou mais pobre de espírito de vergonha, de moral e de consciência cidadã. Para ganhar mais dinheiro, compromete sua imagem já tão comprometida. A imagem é sua e cabe a você cuidar dela ou deixá-la se acabar. Mas ainda pior, muito pior que isso, afinal de contas forma opinião, é ver que sua falta de juízo não tem limites não. Gostaria de saber o que acha disso o nosso presidente, cidadão da corintiana nação, parte da nossa, brasileira, fadada à eterna expiação dos que de forma assegurada, não pagam por seus pecados não. Resta esperar, quando tudo parece perdido, que o Fenômeno Ronaldo antes de entrar em campo, pelo menos tenha bebido com moderação.
  9. Marcha da maconha: debate ou baderna? 12h00, 13 de abril de 2009 Fonte: Alagoas 24hs Silvio Teles - É Jornalista Boa parte das minorias sociais e da sociedade civil organizada encontrou nas manifestações públicas um modo de chamar atenção do Governo. “Como nunca na história desse país”, marchas e paradas, que reúnem milhares de pessoas, são usadas como plataformas atrativas do foco discursivo para os anseios desses grupos “não ouvidos”. A Parada do Orgulho Gay, a Marcha dos Sem Terra, as incontáveis manifestações de servidores públicos, de vítimas da violência ou dos indignados com a corrupção, entre outras, difusas em todo território nacional, são expressões legítimas de parcelas sociais que exigem do Estado uma postura positiva de ação ou, no mínimo, de resposta a seus clamores. Consigo, esses atos públicos, trazem a defesa de um direito posto ou, ao menos, a vontade de tê-lo reconhecido legal e efetivamente. Entretanto, um movimento intitulado “Coletivo Marcha da Maconha”, criado em 1999, em Nova Iorque, ativo no Brasil, desde 2002, e que já se encontra organizado em, pelo menos, 14 importantes cidades brasileiras (entre elas Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Porto Alegre, Recife, Fortaleza e João Pessoa) tem suscitado polêmicas discussões. O grupo tem tentado, com pouco sucesso, realizar eventos públicos nos quais há apologia à legalização da maconha, argumentando que o debate sobre essa questão não pode se dar às escuras. Em 2009, os eventos estão programados, nessas 14 cidades, para os dias 02, 03 e 09 de maio, próximos, embora as autoridades já contestem judicialmente suas realizações. Superando o inevitável bate-boca das esquinas, os ideais construídos em defesa da cannabis sativa (não os de legalização da droga), sustentados pelo grupo, vão de encontro à estrutura cultural e religiosa de grande parte da sociedade e aos argumentos legais de agentes do poder público, norteando discussões nos plenários legislativos municipais e estaduais e dando fôlego a acirrados debates nos tribunais. Juridicamente, o atual conflito se dá no choque da previsão da Lei 11.343/06, que criminaliza o induzimento, a instigação ou o auxílio ao uso indevido de droga, além das correlações com a incitação e apologia ao crime, previstas no Código Penal, e o princípio constitucional da “liberdade de expressão e pensamento”, arguido pelos defensores da marcha. Mormente, a justiça tem proibido a realização da marcha, como em 2008, quando nove cidades, das dez que anunciaram o evento, tiveram que cancelá-lo. Não se trata, sinceramente, de tolher a “liberdade de expressão e pensamento” e, sim, de adequá-la ao que é razoável. Marchar pelo reconhecimento da união homossexual pode parecer afronta moral, aos olhos conservadores, mas não é ofensa jurídica. Muito menos, clamar pacificamente pela reforma agrária ou pela “limpeza” nas assembléias legislativas. Pleitear a legalização da maconha também não. Mas, o que se tem visto na “Marcha da Maconha” não é isso: o ato público mais se assemelha a uma reunião de usuários que aproveitam a “autorização” estatal para exibir e consumir seus “baseados” e incitar outros à prática de comportamentos ilícitos desaconselháveis, a exemplo do ocorrido na Paraíba, ano passado, mesmo com a proibição judicial. Trata-se de conduta criminosa que auto-aniquila, por seu caráter ofensivo, qualquer liberdade de expressão e pensamento. Assim, concordando que o uso científico, medicinal ou industrial da maconha tem se mostrado viável, como apontam inúmeras pesquisas, acreditamos que essa discussão deve ser conduzida por órgãos sérios, em tudo, dissociados dos atuais fins ilícitos à que muitos destinam a droga. Não se trata de um debate passional e, sim, técnico e legalista. Já sobre a “Marcha da Maconha”, enquanto não estiver nítido o entendimento da verdadeira bandeira a ser levantada e, principalmente, de como devem agir os participantes desse ato (como fazem outros movimentos sociais), desejamos não vê-la, nem em marcha à ré.
  10. - CULTURA Francine dá a entender que gastaria R$ 50 mil em maconha, diz coluna Fonte: Gazeta do Sul 07/04/2009 - 13:40 | Da equipe Portal Via. A BBB Francine está ansiosa para sair da casa do reality show global. Segundo a coluna Outro Canal desta terça-feira publicada no jornal Folha de São Paulo, ela deu a entender, na madrugada de ontem, que gastaria R$ 50 mil do prêmio em maconha. Essas imagens foram exibidas ao vivo pelo canal Multishow, da TV paga. Empate Com relação à votação da final do "BBB 9", a Globo já havia recebido 5 milhões de votos. A disputa estava tecnicamente empatada: Priscila liderava com 34% das preferências e Francine e Max tinham 33% cada um. Em outra ocasião, em conversa com Max, Priscila e Ana Carolina, a ex-miss ABCD já havia insinuado que sente falta da droga no programa: “Me manda um papel de seda que eu posso fazer com qualquer coisa. Com matinho, com graminha”, disse, brincando.
  11. Marcha pela maconha 'Se maconha fosse boa não era chamada de droga' Publicada em 07/04/2009 às 12h10m Artigo do leitor Antônio Machado Lamas Fonte O Globo Maconha é droga e, se fosse boa, não tinha esse nome. As drogas financiam o tráfico e a violência decorrente. Não sou a favor de legalização nenhuma, muito pelo contrário. Sou a favor do maior apenamento para os usuários, maiores responsáveis, em última instância, pelos crimes às custas de seu vício. O excesso de direitos e a ausência de deveres é que tem complicado a vida do bom cidadão. "Mas fumar meu baseadinho, quieto no meu canto, não faz mal a ninguém...". Ledo engano! Sustenta a criminalidade, ofusca a razão maior e cria hábitos ruins numa sociedade para lá de tolerante, cercada de mentiras para manter o vício. Viciado que é preso e tem que trabalhar sem acesso ao vício vai superar a abstinência. Na marra! Marcha pela maconha, marcha da vergonha. Por que o maconheiro não aparece de cara limpa nestas marchas? Porque quando o patrão ver, vai para rua pela falta de confiança! Qual chefe vai expor seu negócio a este risco? E a família? Não vai tolerar a vergonha e o pior... Mas o pior é saber que está pregando o errado. Tem que proibir mesmo! Cadeia neles!
  12. Cidade japonesa planta maconha para enfrentar a crise Fonte:Epoca Negocios Projeto faz uso da Cannabis para tentar estimular a economia local, que pode faturar mais de R$ 25 milhões Plantação de cânhamo, uma variedade da Cannabis que não tem características alucinógenas Com a economia japonesa registrando um recuo de 12,7% entre outubro e dezembro, faz sentido que alguns projetos alternativos possam virar tendência na hora de enfrentar a crise. Na cidade de Kitami, na província de Hokaido, um empresário acredita que a maconha possa promover o crescimento econômico. Hidetaro Funayama, 58 anos, representa um grupo que usa uma área para plantar cânhamo, planta que é da família da Cannabis, mas que não tem o efeito alucinógeno da maconha. A ideia é processar e industrializar o cânhamo para fazer papel, porta-CDs, óleo de cozinha e materiais de construção. A plantação ocupa um terreno mais afastado do centro da cidade, que tem apenas 126 mil habitantes. Funayama começou sua plantação em 2006, depois de visitar a Alemanha, um país mais tolerante em relação ao uso do cânhamo para uso industrial em 2003. Há projetos alemães que escolheram o cânhamo exatamente como material sustentável para decoração e interior de carros de luxo. Desde que Funayama começou seu projeto, agora há pés de Cannabis crescendo ao longo da estrada. Alguns pés chegam a ter quatro metros de altura. A prefeitura de Hokaido reconheceu a região como “especial” para o crescimento de cânhamo para uso industrial em agosto do ano passado, quando a subprefeitura de Kitami enviou um pedido explicando a situação. Um porta-voz da prefeitura de Hokaido admite que é difícil incentivar a plantação, quando o uso de maconha vem crescendo em todo o país. Mas Funayama e seu grupo estão confiantes. “Eu quero desafiar a má impressão que a produção de cânhamo tem em alguns lugares e fazer com que as pessoas parem de pensar apenas nas drogas”, disse. O governo japonês proíbe a importação de pés de Cannabis, a menos que sejam tratadas para que não possam desenvolver o componente alucinógeno. A sub-prefeitura de Tochigi, no leste do Japão, já desenvolveu até uma espécie própria chamada ‘‘Tochigi shiro’’ que produz cânhamo para fazer os cordões dos robes usados pelos monges em rituais da religião Xintoísta. O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar já indiciou que não haveria problema se Hokaido, uma região mais conhecida pelo turismo, também criasse sua própria espécie. Para o grupo liderado por Funayama, o objetivo é plantar mil hectares, o que daria um faturamento anual de um bilhão de ienes, o equivalente a R$ 25,4 milhões. A sub-prefeitura de Kitami está pesquisando agora a possbilidade de usar o cânhamo para purificar o nitrogênio do solo, já que as raízes se aprofundam na terra e a planta cresce muito rápido. Com as autoridades do lado de Kitami, o único problema mesmo é evitar o roubo de plantas por cidadãos incautos que acreditam ser aquela Cannabis a “boa”.
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