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cuba_libre

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  1. julgamento histórico. e eu posso dizer com orgulho que estive lá. pena não poder ficar até o final. camarada sniperrrrr, REPRESENTOU!!!!!!!!
  2. Mouchoque representou demais!!!! parabens
  3. Bas Nao tem como eu linkar os textos da folha de sp pois o acesso eh restrito a assinantes. Se eu botar o link nao funciona.
  4. Após documentário, FHC é chamado de corajoso a farsante Ex-presidente recebe críticas e elogios por defender a descriminalização de drogas leves, como a maconha "Quebrando o Tabu", que estreou na última sexta, mostra exemplos de políticas que deram certo em outros países ELIANE TRINDADE DE SÃO PAULO O papel de âncora no filme "Quebrando o Tabu", que estreou na última sexta-feira, colocou Fernando Henrique Cardoso na berlinda. Ao defender a descriminalização de drogas leves, como a maconha, o ex-presidente é chamado de farsante a corajoso. Para Anthony Henman, do Conselho Estadual de Entorpecentes e autor do livro "Mama Coca", a participação de FHC no documentário é "importante e corajosa". "Faz tempo que nós que trabalhamos na área estamos em sintonia com a ideia de que mais repressão às drogas não resolve nada", diz Henman. "O filme traz argumentos claros." Entre as opiniões exibidas no filme estão as de outros ex-presidentes como César Gavíria, da Colômbia, e Ernesto Zedillo, do México. Primeiro titular da Secretaria Nacional Antidrogas criada no governo FHC, Walter Maierovitch critica a adesão do antigo chefe à luta que não abraçava no poder. "Fernando Henrique é uma farsa. Ele fez o Brasil atrasar. Como explica que, como presidente, não quis seguir o exemplo de Portugal?", questiona Maierovitch, secretário de FHC entre 1998 e 2000. No longa de Fernando Grostein, o ex-presidente percorre vários países para mostrar experiências exitosas em relação a drogas. Entre elas, a de Portugal, onde o consumo de maconha deixou de ser crime e passou a ser infração administrativa. "Fiquei um ano no governo e não consegui fazer a revolução que Portugal está fazendo", diz o ex-secretário Nacional Antidrogas. "Lá, houve uma redução de 30% no consumo de maconha." O modelo português de adotar a legislação que não criminaliza o uso, mas só o comércio, foi recomendado a países da União Europeia. Em entrevista à Folha, no domingo passado, FHC disse que seu governo foi ambíguo. "Confesso que não tinha a posição que tenho hoje, porque não tinha informação." Já o ex-secretário de Vigilância Sanitária de FHC, Elisaldo Carlini, se surpreendeu com a posição de vanguarda do ex-presidente brasileiro. "Ele era contra o uso não médico da maconha. Era a opinião do presidente e não a do sociólogo. Hoje, Fernando Henrique tem uma visão mais humanista." Para Carlini, "Quebrando o Tabu" serve para acelerar o debate em torno da liberação no Brasil de drogas à base de maconha usadas no tratamento de câncer e Aids. PLATEIA O médico Mauro Veras, 47, que assistiu à estreia, achou que FHC deu credibilidade ao debate. "É hora de mudar a abordagem sobre drogas." Para a advogada Maria Theresa Dias, 80, FHC "usa a cabeça" para defender a ideia que fecha bem o filme. "Queremos paz. Basta de guerra às drogas."
  5. saiu hoje na folha de sp ------------------------------------- TENDÊNCIAS/DEBATES Legalizar drogas é respeitar escolhas MARCOS FERNANDES G. DA SILVA A legalização diminuiria sensivelmente o tráfico de drogas e a rentabilidade do crime; a política repressiva gera aumento dos lucros O uso de narcóticos é antediluviano, como mostra brilhantemente Richard Davemport-Hines em seu clássico "The Pursuit of Oblivion". Por essa razão, deve-se lidar com esse fato com realismo e sem qualquer preconceito. Fernando Henrique Cardoso, corretamente, defendeu recentemente a liberalização da maconha para consumo próprio, alinhando-se com alguns ex-presidentes latino-americanos e com Mario Vargas Llosa (Nobel de Literatura 2010). Todavia, há que se ter um debate envolvendo todas as drogas. A vida de um viciado e de sua família é um fardo. O consumo delas possui efeitos colaterais, físicos e sociais, é fato. Mas apenas poucos usuários tornam-se viciados, inclusive os de drogas ditas "pesadas". Mesmo assim, a dependência, que psicológica seja, é prejudicial, como no caso das drogas legais. Mas o consumo e a venda de drogas vêm acompanhados de corrupção e violência. A melhor solução para esses problemas talvez seja a legalização dos mercados. Os economistas conservadores Milton Friedman (Nobel, 1976), já falecido, e Garry Becker (também Nobel, 1992) são defensores da legalização do mercado de todas as drogas devido a dois argumentos, um prático e outro ético. O primeiro argumento é que ela diminuiria o crime. Isso é relativo: essa é uma atividade especializada e, portanto, os criminosos migrariam para outros mercados ilegais com a descriminalização. Contudo, os lucros do tráfico são enormes, incentivando essa atividade ilegal mais do que outras. Por exemplo, a cada ano, entram na Europa e nos Estados Unidos algo em torno de mil toneladas de cocaína pura, que rendem uma margem de lucro de 2.000% ao atacadista. A proibição do mercado cria incentivos tortos, e a política repressiva gera o resultado oposto ao almejado: aumento do lucro dos traficantes. O consumo de drogas vai ocorrer de qualquer forma; melhor então que o mercado seja legal. A legalização diminuiria sensivelmente o tráfico de drogas e a rentabilidade do crime. Ela também geraria o benefício da regulação e da arrecadação tributária, cujos recursos seriam usados para combater a demanda no longo prazo, via informação ao consumidor. O segundo argumento está fundamentado em John Stuart Mill, filósofo, lógico e economista clássico inglês. Ninguém tem o direito de violar a liberdade de uma pessoa, nem o Estado: se um indivíduo, com autonomia, vai fazer algo que o prejudique, tanto faz, isso é um direito inviolável dele, desde que as suas ações não causem danos para os outros indivíduos. A legalização do mercado de drogas é um mal, mas menor e necessário. Do ponto de vista moral, contudo, trata-se, nesse caso, de respeitar a autonomia e a liberdade de escolha individuais. MARCOS FERNANDES G. DA SILVA, economista da FGV, é autor dos livros "Ética e Economia", "Economia Política da Corrupção no Brasil" e "Formação Econômica do Brasil: Uma Reinterpretação Contemporânea". E-mail: mfgdasilva@uol.com.br.
  6. FREE SATIVA LOVER!!!!

  7. a comemoração dos pós-marcha foi interrompida pela prisão de um grower aqui no DF, membro do GR, chapa nosso. postando de acordo com o ânimo
  8. Agência Brasil - http://agenciabrasil.ebc.com.br/galeria/2011-06-03/marcha-pela-liberdade-de-expressao (galeria de fotos MT BOAS) http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-06-03/marcha-em-favor-da-descriminalizacao-da-maconha-proibida-vira-movimento-pela-liberdade-de-expressao (bem escrita; falou o numero real de pessoas q rolou!) Ultimo Segundo - http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/manifestantes+acendem+cigarros+durante+marcha+da+maconha+no+df/n1597001281306.html (mostra a galera fumando um #tenso) http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/maconha+vira+pamonha+em+marcha+proibida+pela+justica+em+brasilia/n1597001129329.html (tem 2 videozinhos, tá legal!) G1 - http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2011/06/ativistas-promovem-marcha-da-maconha-no-centro-de-brasilia.html (depoimento q dei antes da marcha) http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2011/06/justica-do-df-barra-marcha-da-maconha-em-brasilia.html (tem uma foto boa do front da marcha) http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1526858-7823-TRIBUNAL+DE+JUSTICA+DO+DF+PROIBE+MARCHA+DA+MACONHA,00.html (reportagem em vídeo) R7 - http://noticias.r7.com/cidades/noticias/justica-proibe-marcha-pela-legalizacao-da-maconha-em-brasilia-20110603.html (tem uma foto boa do cartaz "marcha da pamonha") O Globo - http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/06/03/marcha-da-maconha-no-df-vira-marcha-pela-liberdade-de-expressao-924610083.asp (é a q mais positivou nosso movimento) Uol - http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/925004-marcha-da-maconha-e-proibida-no-df-e-vira-ato-por-liberdade.shtml (curta e direta) Terra - http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5167310-EI8139,00-Apos+decisao+judicial+maconha+vira+pamonha+em+Marcha+do+DF.html (idem) Youtube - http://www.youtube.com/watch?v=NtgYhoxoHpk http://www.youtube.com/watch?v=Rsjp7WbbNKM&feature=BFp&list=WL422014039E1144B2&index=1 (abaixo a repressão, liberem o camarão!) http://www.youtube.com/watch?v=AU11c47-W6s&feature=bf_next&list=WL422014039E1144B2&index=3 (Ei, polícia, maconha é uma delícia!) http://www.youtube.com/watch?v=TdV19Em92lM&feature=bf_next&list=WL422014039E1144B2&index=4 (puta q pariu, 2011 tem censura no Brasil) http://www.youtube.com/watch?v=ddRDx9B8TUE&feature=bf_next&list=WL422014039E1144B2&index=7 (eu... sou maconheiroooo, com mt orgulho... com mt amooooor) (pamonha... pamonha...)
  9. MARCHA DE BRASILIA - EH HOJE!!!!! http://bit.ly/iLQOk1

  10. Gabriela, 22, estudante de biomedicina, Fernando, 21, estudante de psicologia, e Leticia, 20, estudante de arquitetura Batata, cartunista, e Bebel, ativista cannábica
  11. pô mano, uma pena! mas esteja com a mente presente por aqui. grd abs
  12. Tá chegando a hora Marcos Henrique Daniel Violeto, 30, servidor público
  13. é amanhã galera Cabaret, estudante Guaia Monteiro, assistente social
  14. Fernando Henrique será chamado a falar sobre descriminalização do uso de drogas O ex-presidente e sociólogo Fernando Henrique Cardoso será convidado a discutir a descriminalização do uso de drogas na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Apresentado pela senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS), o requerimento foi aprovado pela comissão na reunião desta quarta-feira (1º). Uma segunda proposta aprovada, a pedido do senador Cícero Lucena (PSDB-PB), inclui no debate a ser agendado o deputado Paulo Teixeira (PT-SP). Assim como Fernando Henrique, o deputado também vem se destacando pela defesa de nova estratégia de combate aos entorpecentes. A ideia é retirar da esfera penal o usuário de qualquer droga, descriminalizando o uso e a posse e, assim, esvaziar o poder econômico do tráfico. Em relação à maconha, a ideia é regulamentar o consumo. Fernando Henrique é o apresentador do documentário Quebrando o Tabu, que começa a ser exibido nos cinemas nesta semana. No filme, ele e os ex-presidentes Bill Clinton e Jimmy Carter, dos Estados Unidos; César Gaviria, da Colômbia, além de Ernesto Zedillo, do México, reconhecem que falharam em suas políticas de combate às drogas. O ex-presidente brasileiro também integra a Comissão Global de Políticas sobre Drogas. A entidade, que reúne figuras notáveis de 15 países, lançará nesta quinta-feira (2) um relatório em que será proposta a nova estratégia de enfrentamento das drogas. O documento será entregue a representante da Organização das Nações Unidas (ONU). As posições de Fernando Henrique e de outros especialistas, favoráveis e contrários à descriminalização das drogas, foi também assunto de ampla reportagem no programa Fantástico, no domingo (29). No Senado, diversos senadores repercutiram o assunto nesta semana. A senadora Ana Amélia Lemos fez questão de lembrar que já havia sugerido a vinda de Fernando Henrique para audiência sobre o tema antes da comentada reportagem do Fantástico. Ela é autora de requerimento com o mesmo objetivo aprovado em 10 de maio pela Subcomissão Temporária de Políticas Sociais sobre Dependentes Químicos de Álcool, Crack e Outras Drogas, que funciona no âmbito da CAS e que é presidida pelo senador Wellington Dias (PT-PI). http://www.senado.gov.br/noticias/fernando-henrique-sera-chamado-a-falar-sobre-descriminalizacao-do-uso-de-drogas.aspx
  15. Mônica Bergamo bergamo@folhasp.com.br PEGA LEVE FHC defende em filme a descriminalização de todas as drogas, o acesso controlado a entorpecentes leves e admite até a plantação caseira de maconha no Brasil como forma de combater o tráfico Há três anos, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se juntou a personalidades como os ex-presidentes César Gaviria, da Colômbia, e Ernesto Zedillo, do México, e aos escritores Paulo Coelho e Mario Vargas Lllosa na Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia. Passou a defender a descriminalização do consumo de entorpecentes. E transformou sua "saga" no filme "Quebrando o Tabu", de Fernando Andrade, que estreia na sexta, 3. Visitou 18 cidades da América Latina, EUA e Europa, foi a bares que vendem maconha, viu pessoas se drogarem nas ruas. Mostrou o documentário às netas de 25 anos -que estavam ansiosas para saber, segundo ele, como defenderiam o trabalho "do avô maluco". FHC falou à coluna. Abaixo, um resumo: Folha - O senhor já tem um histórico com o tema: na campanha para prefeito de São Paulo, em 1985, foi acusado de defender o consumo da maconha. Fernando Henrique Cardoso - Ali foi o uso, pela campanha do Jânio Quadros [que concorria com FHC], de uma entrevista que eu havia dado à revista "Playboy", em que me perguntaram se eu já tinha provado maconha. Eu contei que a única vez que eu vi alguém com maconha foi no bar P. J. Clarke's, em NY. Eu estava com uns primos banqueiros, bastante compostos. Alguém puxou. Achei o cheiro horrível. Me perguntaram: o senhor tragou? Nem sei tragar, nunca traguei nem cigarro. [A resposta de FHC à "Playboy" foi: "Eu dei uma tragada, achei horrível, acho que é porque nem cigarro eu fumo".] E outras drogas? No meu tempo, não tinha esse negócio. Era só lança-perfume no Carnaval. E o senhor cheirou lança? Mas muito pouco. Eu tinha horror dessas coisas. Eu nunca vi cocaína na minha vida. Eu sei que é um pozinho branco, e tal, mas nunca vi. Fui ver gente se drogar agora, na Holanda, fazendo o filme. Claramente, qual é a sua posição sobre as drogas? Eu sou a favor da descriminalização de todas as drogas. Cocaína, heroína? Todas, todas. Uma droga leve, tomada todo dia, faz mal. E uma droga pesada, tomada eventualmente, faz menos mal. Essa distinção é enganosa. Agora, quando eu digo descriminalizar, eu defendo que o consumo não seja mais considerado um crime, que o usuário não passe mais pela polícia, pelo Judiciário e pela cadeia. Mas a sociedade pode manter penas que induzam a pessoa a sair das drogas, frequentando o hospital durante um período, por exemplo, ou fazendo trabalho comunitário. Descriminalizar não é despenalizar. Nem legalizar, dar o direito de se consumir drogas. Os manifestantes da Marcha da Maconha, por exemplo, defendem a legalização, o direito de cada um fumar ou não o seu baseado. Eles defendem não só a legalização, como dizem: "Não faz mal". Eu não digo isso, porque ela faz mal. Agora, não adianta botar o usuário na cadeia. Você vai condená-lo, estigmatizá-lo. E não resolve. O usuário contumaz é um doente. Precisa de tratamento e não de cadeia. Eles podem argumentar: faz mal, mas eu tenho o direito de escolher. Aí é a posição holandesa. Lá você tem o indivíduo como o centro das coisas. Mas a Holanda é um país de formação protestante, capitalista, individualista: "Eu posso decidir por mim. Se eu quiser me matar, eu me mato". Lá, você não tem o nível de violência, de pobreza e de desinformação que tem no Brasil. Legalizar aqui pode significar realmente você alastrar enormemente o uso de drogas, de uma maneira descontrolada. Na Holanda, eles não tentam levar ninguém ao tratamento. Na cultura brasileira, funcionaria mais o modelo adotado por Portugal. Como é em Portugal? Eles descriminalizaram todas as drogas e deram imenso acesso ao tratamento. E como você não tem medo de ir para a cadeia, você procura o hospital. Eles fazem inclusive uma audiência de aconselhamento com o usuário. Portugal está hoje entre os países com a menor expansão do consumo de drogas na Europa Ocidental. Agora, eles combatem o tráfico. O filme diz que nunca existiu um mundo sem drogas. Antropologicamente, é verdade. O que não quer dizer que o mundo seja drogado! Agora, droga zero... Crime zero vai existir? Não vai haver nunca mais adultério? Mesmo no Irã, em que jogam pedra? Mas isso não pode dar o sentido de "então, libera". Se nunca existirá um mundo sem drogas, de que adianta proibí-las e deixá-las, ilegais, sob controle de traficantes? Posso te dizer com franqueza? Vai ter que diminuir o consumo. Como? Motivando, e não prendendo as pessoas. O cigarro foi transformado em um estigma. Não era assim há 20 anos. Tem que tirar o glamour da maconha. Ela pode trazer perturbações graves. Tem que haver campanhas sistemáticas, informação, educação. Os críticos da descriminalização dizem que uma droga leva a outras mais pesadas. Vamos falar sem hipocrisia: o acesso à maconha é fácil no Brasil. E o elo entre a droga leve e a droga pesada é o traficante. Se você não tem acesso regulado, vai para o traficante. E ele te leva da maconha para outras drogas. E como seria esse acesso? Em vários estados americanos, na Europa, há liberdade de produção em pequena quantidade, doméstica. Cada país tem que encontrar o seu caminho. No Brasil, imagina liberar a plantação caseira? Por exemplo. Descriminaliza e deixa alguma experimentação. Eventualmente, plantação caseira, por aí. Outra coisa: em alguns países da Europa, o governo fornece a droga para o dependente, para evitar o tráfico. Na Holanda, não é permitido se drogar na rua. Você tem locais específicos. Isso poderia acontecer no Brasil. Em SP, na cracolândia, o pessoal se droga na rua, à vontade. É melhor se drogar na rua ou ter um local específico? Isso não é liberar, é tratar como saúde pública. Na Holanda "coffee shops" vendem maconha. Eu fui lá. E experimentou? Não, não. Comigo não tem jeito. Eu não beijo sereia. Quer dizer, às vezes, sim. Mas não de drogas [risos]. A produção de maconha é ilegal na Holanda. Os "coffee shops" são solução meia-bomba. É uma coisa meio hipócrita. Debates sobre costumes são sempre interditados no Brasil. A campanha de 2010 mostrou isso, com o aborto. Eu fui contra aquilo. Esses assuntos não são de campanha eleitoral. E, se você não tiver coragem de ficar sozinho, não é um líder. Mas no Brasil tem uma vantagem: a proposta mais avançada no Congresso sobre drogas é do líder do PT, o deputado Paulo Teixeira. Ele esteve na minha casa, com o Tarso Genro [governador do Rio Grande do Sul], discutindo essa questão. Nossa posição é parecida. Uma parte da sociedade vai ser sempre contra, mas não estamos defendendo coisas irresponsáveis. A droga faz mal, eu sou contra o uso da droga, tem que fazer campanha para reduzir o consumo. Agora, a guerra contra ela fracassou. Tá aumentando o consumo, tá tendo um resultado negativo, tá danificando as pessoas e a sociedade. Vamos ver se tem outros caminhos. No filme, não estamos dando receitas, e sim abrindo os olhos. O senhor vai enviar o filme para Dilma Rousseff. A presidente, no entanto, tem se mostrado fechada a discussões sobre o tema das drogas. É o que dizem. Eu não sei. Não ouvi dela nada. Ela está saindo da campanha eleitoral e tal. Agora [rindo], precisa ver a posição do Lula. Álcool faz mais mal que marijuana. As ideias que o senhor declara hoje jamais foram aplicadas ou mesmo defendidas em seu governo. Naquela época, havia uma enorme pressão americana, sobretudo por causa de Colômbia, Peru e Bolívia, que exportavam pasta de coca. E houve uma certa militarização do problema. Os americanos fizeram a ONU aprovar uma convenção com o objetivo de acabar com as drogas. E fizeram muita pressão para o Brasil participar de um entendimento do ponto de vista militar. Nós nos recusamos. Mas houve cooperação. Nós tínhamos que mostrar que não deixamos de combater as drogas. Então criamos a Senad [secretaria Nacional Antidrogas] com um duplo desafio: como é que diminuímos [as drogas] e como é que não nos amolam com essa questão. Fizemos esforços de erradicação de plantações no quadrilátero da maconha em Pernambuco, por exemplo. Eu acreditava nisso. O problema não era tão violento. Não estava no radar como hoje está. Mas eu confesso que não tinha a posição que hoje eu tenho, porque eu não tinha informação. Meu governo foi isso: ambíguo. FHC DISSE "Eu NUNCA vi cocaína na minha vida. Sei que é um pozinho branco, e tal Vamos falar sem hipocrisia: o acesso à MACONHA é fácil no Brasil.E o elo entre a droga leve e a droga pesada é o TRAFICANTE Em alguns países, o governo FORNECE a droga ao dependente; você tem locais específicos. Isso poderia acontecer no BRASIL"
  16. 31/05/2011 FERNANDO DE BARROS E SILVA O debate das drogas SÃO PAULO - A discussão sobre a descriminalização das drogas e a legalização da maconha não é nova, mas ganha espaço. Isso decorre da percepção crescente de que a abordagem puramente repressiva do problema fracassou. Apesar de alguns juízes, que preferem ver apologia ao crime no direito à livre manifestação, o debate é saudável e mesmo necessário, porque a questão é bastante complexa. "Descriminalizar" e "legalizar" são coisas distintas. Quando Fernando Henrique Cardoso defende a descriminalização das drogas -de todas-, quer dizer que o usuário não deve ser tratado como criminoso, mas como alguém a ser esclarecido e, eventualmente, medicado. Na entrevista a Mônica Bergamo, anteontem, FHC lembrou o exemplo de Portugal: a descriminalização foi acompanhada por uma política de amplo acesso ao tratamento, sem, no entanto, que o governo abdicasse de combater o tráfico. Legalizar é diferente. Significa permitir a produção, a venda e o consumo daquela substância, mesmo que sob certas condições. Devemos sonhar, como na canção de Chico Buarque, com um mundo onde "maconha só se comprava na tabacaria, drogas, na drogaria"? Especialistas respeitáveis contrários à legalização argumentam que a facilitação do acesso fatalmente aumentaria o consumo. E citam o exemplo do alcoolismo. Transferir o problema da esfera criminal para a da saúde pública não é, pois, uma saída mágica, sem subprodutos negativos. O ganho estaria na ruptura do elo entre o baseado e o tráfico, talvez o maior fator de desagregação social e violência extrema nas grandes cidades. Há drogas mais ou menos nocivas, mas nenhuma deixa de fazer mal. À luz das experiências ruinosas da guerra ao tráfico, tendo a pensar que a descriminalização de todas elas e a legalização do uso regulado da maconha apontaria para uma maneira menos hipócrita, mais humana e a médio prazo mais eficaz de lidar com o problema.
  17. cuba_libre

    O Debate Das Drogas

    FERNANDO DE BARROS E SILVA O debate das drogas SÃO PAULO - A discussão sobre a descriminalização das drogas e a legalização da maconha não é nova, mas ganha espaço. Isso decorre da percepção crescente de que a abordagem puramente repressiva do problema fracassou. Apesar de alguns juízes, que preferem ver apologia ao crime no direito à livre manifestação, o debate é saudável e mesmo necessário, porque a questão é bastante complexa. "Descriminalizar" e "legalizar" são coisas distintas. Quando Fernando Henrique Cardoso defende a descriminalização das drogas -de todas-, quer dizer que o usuário não deve ser tratado como criminoso, mas como alguém a ser esclarecido e, eventualmente, medicado. Na entrevista a Mônica Bergamo, anteontem, FHC lembrou o exemplo de Portugal: a descriminalização foi acompanhada por uma política de amplo acesso ao tratamento, sem, no entanto, que o governo abdicasse de combater o tráfico. Legalizar é diferente. Significa permitir a produção, a venda e o consumo daquela substância, mesmo que sob certas condições. Devemos sonhar, como na canção de Chico Buarque, com um mundo onde "maconha só se comprava na tabacaria, drogas, na drogaria"? Especialistas respeitáveis contrários à legalização argumentam que a facilitação do acesso fatalmente aumentaria o consumo. E citam o exemplo do alcoolismo. Transferir o problema da esfera criminal para a da saúde pública não é, pois, uma saída mágica, sem subprodutos negativos. O ganho estaria na ruptura do elo entre o baseado e o tráfico, talvez o maior fator de desagregação social e violência extrema nas grandes cidades. Há drogas mais ou menos nocivas, mas nenhuma deixa de fazer mal. À luz das experiências ruinosas da guerra ao tráfico, tendo a pensar que a descriminalização de todas elas e a legalização do uso regulado da maconha apontaria para uma maneira menos hipócrita, mais humana e a médio prazo mais eficaz de lidar com o problema.
  18. TENDÊNCIAS/DEBATES O Supremo Tribunal Federal deve garantir o direito à realização das Marchas da Maconha no país? SIM Debater nas ruas não é crime MAURÍCIO FIORE O julgamento da constitucionalidade das proibições impostas às Marchas da Maconha por alguns tribunais estaduais será um marco do amadurecimento democrático brasileiro. As ações, impetradas em 2009 pela então procuradora-geral da República Deborah Duprat, objetivam a extinção definitiva das censuras à manifestação. A Marcha da Maconha é um movimento pacífico pela legalização da planta Cannabis e ocorre anualmente em mais de 200 cidades em todo o mundo. Sua proibição é uma grave violação aos direitos constitucionais de reunião e de expressão. Em São Paulo, esse ritual autoritário se repete desde 2008: o Ministério Público, por meio de promotores do Grupo de Repressão ao Tráfico de Entorpecentes, pede a proibição da marcha em sua véspera. O Tribunal de Justiça sempre os atendeu e, neste ano, o desembargador Teodomiro Méndez decidiu que a manifestação do último sábado era ilegal a menos de 20 horas do seu início. Os organizadores, como nos outros anos, acataram a decisão judicial e realizaram uma Marcha pela Liberdade de Expressão, na qual as pessoas poderiam se manifestar sem mencionar ou portar qualquer referência à maconha. A ação da Polícia Militar foi ambígua. Primeiro, negociou os termos da marcha e bloqueou o trânsito da avenida. Mas, logo depois que as cerca de mil pessoas saíram do Masp em direção à rua da Consolação, foram surpreendidas, pelas costas, por bombas de gás, balas de borracha e cacetetes. Houve um PM e muitos manifestantes feridos, seis presos e milhares de transeuntes amedrontados com a violência. Como pesquisador do consumo de drogas psicoativas, convivo com a dificuldade de debater publicamente o tema. O tabu e a desinformação são produtos de um século de proibicionismo -um paradigma autoritário, ineficiente e danoso. Recentemente, o debate entre especialistas e políticos sobre modelos alternativos à "guerra às drogas" se fortaleceu. É fundamental que esse debate aconteça também nas ruas e envolva não só os milhões de consumidores de maconha e outras drogas ilegais, mas todos os que se inquietam com a violência e a corrupção geradas pela proibição. Entretanto, na democracia de alguns promotores e juízes, temas como o consumo de maconha só podem ser discutidos em ambientes assépticos e climatizados. Alegam que, quando vão às ruas para manifestar sua discordância, os cidadãos fazem apologia do crime de tráfico, justamente o crime que a marcha busca enfraquecer. Falam também em "indução ao uso de maconha". Seguindo esse raciocínio, os brasileiros que se manifestam pela descriminalização do aborto ou pela instituição da pena de morte deveriam ser proibidos de se reunir, porque estariam incitando a interrupção da gravidez ou o extermínio estatal. Felizmente, não são. A expectativa, agora, é que o STF garanta o direito constitucional dos cidadãos de se manifestar pacificamente pela mudança ou pela manutenção da lei sobre drogas. Isso já ocorre em Marchas da Maconha como as de Porto Alegre, Rio de Janeiro, Recife, Buenos Aires, Berlim, Paris e muitas outras cidades. Na democracia, o convívio com opiniões divergentes é um pressuposto, mesmo que algumas delas nos desagradem. Outro regime? Só perguntando aos skinheads que, no último sábado, aplaudiram entusiasticamente a violência policial. MAURÍCIO FIORE, antropólogo e pesquisador do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos (Neip) e do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap). ------------------------------------------------------------------------ O Supremo Tribunal Federal deve garantir o direito à realização das Marchas da Maconha no país? NÃO Justo equilíbrio entre liberdade e autoridade CID VIEIRA DE SOUZA FILHO O Tribunal de Justiça de São Paulo e outras cortes estaduais têm proibido a realização da denominada Marcha da Maconha. Os magistrados entendem que "toda tentativa de se fazer uma manifestação no sentido de legalização da maconha não poderá ser tida como mero exercício do direito de expressão ou da livre expressão do pensamento" e que "não se trata de um debate de ideias, mas de uma manifestação de uso público coletivo da maconha". Além de aplicarem a lei, os desembargadores instados pelo Ministério Público -instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado- também buscam, nas decisões judiciais, evitar um mal maior à sociedade e o comprometimento de outros direitos fundamentais, assegurados pela Constituição -como saúde, segurança e moralidade públicas. Certamente, o princípio da liberdade de expressão não assegura proteção unicamente às teses e às ideias amplamente aceitas pela sociedade brasileira; assim como não pode ser visto como um direito absoluto. Por essa razão, as decisões dos Judiciários estaduais têm levado em conta o bem comum a ser alcançado, pelo justo equilíbrio entre liberdade e autoridade. Todos sabemos que atrás das drogas está o narcotráfico, a violência e a degradação humana, especialmente dos jovens, que começam cometendo pequenos delitos para bancar o vício. Portanto a apologia às drogas constitui um efetivo risco à paz social, inconciliável com a cidadania e a ordem pública. Cumpre destacar ainda que as cortes estaduais, em suas decisões de proibir as Marchas da Maconha, além de salvaguardar a ordem social, demonstram que não estão fechando os olhos ao sofrimento de milhares de famílias brasileiras, totalmente impotentes e desamparadas pelo Estado na difícil luta contra as drogas e suas sequelas. Além disso, segundo o posicionamento do Tribunal de Justiça de São Paulo, o denominado evento não constitui apenas um debate de ideias, mas uma manifestação de uso público coletivo de maconha -apologia às drogas-, o que é vedado pelo Código Penal brasileiro. Ocorre cada dia mais cedo a iniciação de pré-adolescentes, de 10 e 11 anos, no uso da maconha e do álcool, portas de entrada para outras substâncias que determinam a dependência física ou psíquica. Pesquisa da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, divulgada em dezembro de 2010, demonstrou que 24,2% dos estudantes do ensino fundamental e do ensino médio já usaram drogas ilícitas ao menos uma vez -houve aumento nos últimos seis anos. Isso sem falar que os nossos jovens estão perdendo a capacidade de estudar por causa das drogas, seja em virtude do álcool ou da maconha. Nesse importante momento de reflexão, é fundamental lembrar que a questão do álcool e das drogas atinge todas as classes sociais e que precisamos realizar um debate sério, com propostas efetivas para solucionar o grave problema, por exemplo, dos usuários e dependentes de drogas dentro das denominadas cracolândias, onde o consumo está totalmente fora de controle. Agora, a palavra final sobre a matéria ficará com o Supremo Tribunal Federal, que terá como missão dirimir possíveis conflitos entre dois ou mais direitos ou garantias fundamentais e decidir se a proteção de valores morais da sociedade prevalece ou não sobre a liberdade individual. CID VIEIRA DE SOUZA FILHO, conselheiro e presidente da Comissão de Estudos sobre Educação e Prevenção de Drogas e Afins da OAB-SP ---------------------------------------------------- quanto mais repressão, mais mídia eh noize
  19. falaê Mandaca! tava de cara ou usou colírio??? uahuuauhauhuauahua :'> :: :'>
  20. FODA MANDACA ARREBENTOU PARCEIRO SEM PALAVRAS ----------------- todo mundo agora vai mandar uma Sandstorm em sua homenagem, que nem a Ice Cool do Boris: HISTORICA
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