Ir para conteúdo

sano

Usuário Growroom
  • Total de itens

    7978
  • Registro em

  • Última visita

  • Days Won

    209

Tudo que sano postou

  1. Em Maio deste ano foi realizado o Simpósio Internacional: “Por uma Agência Brasileira da Cannabis Medicinal?” sob minha presidência, contando com a participação de cientistas do Brasil, Canadá, Estados Unidos, Inglaterra e Holanda, representantes brasileiros de vários órgãos públicos, sociedades científicas e numerosa audiência. Após dois dias de intensas discussões foi aprovado por unanimidade um documento recomendando ao Governo Federal a oficialização da criação da Agência Brasileira da Cannabis Medicinal. Esperava uma discussão posterior, científica e acalorada, pois sabia de algumas opiniões contrárias à proposta. Entre estas o parecer do Departamento de Dependência Química da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) cujos representantes compareceram apenas para apresentar seu parecer, ausentando-se totalmente, antes e depois, de todo o restante do simpósio. Esta havendo sim a esperada discussão, veiculada principalmente através da Folha de São Paulo, mas num nível de entristecer. De fato, expressões como – “o dom de iludir”; “Lobby da maconha”; “Maconhabras”; “uma idéia fixa: a legalização das drogas”; “elementos com pretensa respeitabilidade”; “paixão dos lobistas”; “exemplo de indigência intelectual”; “querem maiores facilitações para o consumo”; “travestidos de neurocientistas”; – não se coadunam com a seriedade que deve prevalecer em qualquer discussão científica. Os autores de tais infelizes afirmações certamente não leram a celebre frase de Claude Bernard, o pai da medicina experimental: “em ciência criticar não é sinônimo de denegrir”. Por outro lado, os contrários ao uso medicinal da maconha utilizaram de argumentos inverídicos (para dizer o mínimo) quando tentam criar uma atmosfera de pânico, desviando o foco da atenção (maconha como medicamento). Assim: Legalização da Maconha – O item 6 da carta do Simpósio diz cristalinamente: “o uso clínico dos derivados da Cannabis sativa L ou de seus derivados naturais ou sintéticos não pode ser confundido com o uso recreativo (não-médico) da planta”. Os autores das infelizes frases não leram, portanto, esta resolução. “O uso médico esta longe de receber aprovações de órgãos como a Agência FDA dos EUA”, dizem os autores das afirmativas. Ora, um princípio ativo da maconha, o ∆9-THC, esta aprovado como medicamento por esta Agência desde a década de 1990, sendo o produto Marinol® produzido e utilizado nos Estados Unidos, e exportado para vários países há quase 20 anos. Portanto, os autores de tal afirmativa também não leram nada a respeito. Mas não é só isso, pois a maconha e seus derivados também já têm aprovação para uso médico em países como Canadá, Reino Unido, Holanda e Espanha. A Ministra da Saúde da Espanha chegou a declarar: ao aprovar o seu uso para a Esclerose Múltipla: “O uso terapêutico da cannabis é estudado há anos, por isso existem testes clínicos e evidências científicas de sua utilidade em determinadas doenças” Dizem ainda os autores das frases: “O uso terapêutico da maconha não tem comprovação científica. Se recomendado negaria a busca da ciência... por produtos cada vez mais seguros”. A Dra. Nora Volkow diretora do Instituto Nacional do Abuso de Drogas (NIDA) dos Estados Unidos declarou em Março deste ano a uma revista brasileira “Não existe droga segura”, o que é uma verdade, também para a maconha. Vem daí a necessidade de um médico estudar a relação risco/benefício de qualquer droga que prescreve. Por exemplo, segundo dados do FDA de 1997 a 2005 houve 196 relatos de suspeita de morte coincidente com o uso de antieméticos (uma indicação também aprovada para a maconha). Não houve nenhuma suspeita de morte pelo uso da maconha. Por outro lado a Dra. Valéria declarou também que os canabinóides têm algumas ações terapêuticas úteis como efeito antiemético, aumento do apetite em casos de câncer e AIDS, benefícios analgésicos e em glaucoma. A alegação de que “não precisamos que o Governo Federal crie, por meio de Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD), uma agência para .....a maconhabras” Primeiramente é preciso esclarecer que a SENAD é uma sigla para Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, conforme já aprovado há mais de três anos; portanto, os autores dos artigos na Folha de São Paulo não leram a respeito. É preciso ainda esclarecer que a SENAD não patrocinou e não auxiliou com qualquer quantia a realização do Simpósio. Por outro lado, por se ausentarem de quase todo o simpósio, não sabem que o solicitado na carta foi a “oficialização” à ONU do nome de Agência Nacional da Cannabis Medicinal; conforme enfatizado pelo INCB, órgão da ONU, em 2009. De fato, as leis necessárias para esta criação já foram aprovadas pela Lei 11.343 de 23/08/2006 e seu Decreto regulamentador nº 5.912 de 27/09/2006. “A maconha causa dependência” segundo os autores das frases. Ninguém nega esta propriedade indesejável da maconha, como também ocorre com muitos outros medicamentos. Mais uma vez cabe a análise da relação risco/benefício ao se utilizar os derivados da maconha ou de qualquer outra droga. Teriam os autores da frase opinião semelhante a muitos outros medicamentos que são fortes indutores de dependência como morfina e vários outros opiáceos responsáveis por milhares e milhares de casos desta reação adversa? Pretenderiam eles solicitar proibição de uso clínico destas drogas? “Até hoje há pouco estudos controlados, com amostras pequenas” e “o uso de terapêuticos da maconha não tem comprovação científica...” Muita literatura médica precisaria ser lida para permitir afirmativa tão categórica. Existem já dezenas de livros e centenas de artigos científicos publicados sobre as propriedades medicinais da maconha. Por exemplo, em duas extensas revisões recentes (Journal of Ethnopharmacology 105, 1-25, 2006; Cannabinoids 5 (special issue), 1-21, 2010) mais de uma centena de trabalhos científicos são analisados, a maioria deles demonstrando os efeitos que são negados pelos autores das frases. Estas revisões concluem que: “cannabinóides apresentam um interessante potencial terapêutico, principalmente como analgésicos em dor neuropática, estimulante do apetite em moléstias debilitantes (câncer e AIDS) bem como no tratamento da esclerose múltipla”. Há ainda a salientar que várias sociedades científicas americanas já se posicionaram favoravelmente ao uso médico da maconha tais como: Associação Psiquiátrica Americana, Sociedade de Leucemia e Linfoma dos EUA, American College of Physicians e Associação Médica Americana. Isto sem contar que os Ministérios da Saúde do Canadá, Estados Unidos, Espanha, Dinamarca e Reino Unido já aprovaram o uso medicinal. Segundo os autores das frases os proponentes da Cannabis Medicinal usam a “estratégia de confundir o debate” e “...a confusão fica por conta de a ativistas comprometidos com a causa da legalização” Ora, esta argumentação poderia bem ser utilizada no sentido oposto, como pareceria ser o caso. Sendo totalmente contrário a qualquer uso da maconha investem contra o seu uso medicinal, parecendo tentar convencer o público de que aprovação do uso médico e legalização seriam a mesma coisa, o que esta longe de ser verdadeiro. É bem possível que um forte sentimento ideológico possa estar por trás da confusão armada, o que seria lamentável. Para continuar uma discussão científica minimamente aceitável dever-se-ia por iniciar a leitura de dois artigos publicados neste ano de 2010, em duas das mais serias e respeitáveis revistas científicas do mundo: “Maconha médica e a Lei” (New England Journal of Medicine 362, 1453-1457, 2010) e “Como a Ideologia modela a evidencia e a política: o que conhecemos sobre o uso da maconha e o que deveríamos fazer?” (Addiction 105, 1326-1330, 2010). Realmente, sem ler não é possível continuar este debate! Sugiro que todos façam “o dever de casa”, atualizando o seu conhecimento com as leituras de mais artigos científicos recentes. E. A. Carlini Professor-Titular de Psicofarmacologia – UNIFESP Diretor do CEBRID – Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas Membro Titular do CONED (Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas) Membro do Comitê de Peritos sobre Álcool e Drogas OMS (7º mandato) Ex-membro do Conselho Internacional de Controle de Narcóticos (INCB – ONU) (2002-2007)
  2. Pode acreditar, foi tudo feito pelo COLETIVO, principalmente pelo Rodrigo!
  3. Estudo preliminar concluiu que maconha reduz a dor crônica A erva, que num pequeno estudo ajudou a reduzir a dor em pacientes com dor crônica / Foto: Arquivo LONDRES - Fumar maconha em cachimbo pode reduzir significativamente a dor crônica em pacientes com nervos danificados, revelou um pequeno estudo feito no Canadá. O experimento, envolvendo 23 participantes, também melhorou o sono e reduziu a ansiedade entre os que fumaram a droga. Em artigo publicado na revista científica Canadian Medical Association Journal, os cientistas disseram que são necessários mais estudos, em larga escala e com a utilização de inaladores. Comentando o trabalho, especialistas britânicos disseram que a melhoria na dor foi relativamente pequena, mas acrescentaram que o trabalho pode ter implicações importantes. Entre 1 e 2% da população sofrem de dor neuropática crônica - dor resultante de problemas de sinalização entre os nervos -, porém há poucos tratamentos disponíveis. Segundo relatos de alguns pacientes que sofrem dessa condição, fumar maconha melhora seus sintomas. Isso levou pesquisadores a investigar se a ingestão de canabinóides - as substâncias químicas presentes na erva cannabis - em forma de pílula poderia produzir o mesmo efeito. A equipe da McGill University, em Montreal, disse, no entanto, que faltam estudos clínicos com pacientes fumantes da erva. Potências Durante o estudo, foram usadas maconhas com três potências diferentes - contendo 2,5%, 6% e 9,4% do ingrediente ativo tetrahidrocanabinol, THC - e placebos. Sob supervisão de enfermeiros, usando cachimbos, os participantes inalaram uma dose única, de 25mg de maconha, três vezes ao dia durante cinco dias. Depois de um intervalo de nove dias, eles repetiram a operação até completar quatro ciclos. Comparados aos pacientes que ingeriram placebos, os participantes que receberam as maiores doses de THC sentiram menos dor, dormiram melhor e sentiram menos ansiedade, concluíram os autores do estudo. O líder da equipe, Mark Ware, disse: - Até onde sabemos, este é o primeiro estudo clínico com pacientes não internados usando maconha fumada de que se tem notícia. Ware disse que estudos de longo prazo, com cannabis mais potentes e usando inaladores especiais que permitem maior controle das dosagens, são necessários para que se obtenha resultados mais precisos e também para que se avalie a segurança do tratamento. Repercussão Segundo o médico Tony Dickenson, do University College of London, vários pacientes com dor crônica dizem se beneficiar da cannabis, mas ele alerta que a automedicação é perigosa. Dickenson notou que a redução da dor revelada pelo estudo foi pequena, mas acha que a droga pode fazer diferença para pacientes com dor crônica que sofrem de insônia e depressão por causa de sua condição. Também valeria a pena investigar se inalar a droga seria mais efetivo do que ingeri-la por via oral, ele acrescentou. - Talvez seja importante encontrar pacientes que respondam particularmente bem (à cannabis) pois é possível que ela não seja adequada para alguns grupos, como pacientes mais idosos. (Os pesquisadores) não conseguiram tantos voluntários quando queriam para os testes e isso demonstra como esse tipo de pesquisa é difícil de realizar", acrescentou. Outro especialista, o neurocientista Peter Shortland, do St Bartholomew's Hospital e da London School of Medicine and Dentistry, ressaltou o fato de que "fumar a droga não produziu os efeitos mentais comumente associados à cannabis de potência total". Para ele, o estudo foi um passo importante e precisa ter continuidade. Matéria
  4. brother Nissin de Nikiti!! Grande rimador! Quero saber quando vai rolar uma batalha só sobre Cannabis! hehehehe
  5. Galera, Vamos deixar esse tópico para o Doc! Nada de perder o foco, estamos aguardando boas noticias para os próximos dias... Quanto ao israelweed, em breve nos reuniremos, onde lhe informarei a sitação juridico/politica no Brasil, para ele elaborar a melhor estratégia conforme suas possibilidades. Assim que tivermos algo mais concreto, iremos ter o tópico próprio. E nesse aqui vamos falar do Doc! Gostaria de saber como esta sendo a recepção pelos amigos quando vcs mostram o trailer e os teasers?
  6. 3.2 !!! Celebrando queimando uma vela do que há de melhor!

    1. Reefer_Madness

      Reefer_Madness

      Ae Sano!!! Parabéns irmão!!!

    2. Lesbian PotHeads
    3. davinci

      davinci

      Parabéns Sano, tu merece irmão!

  7. Bob Dylan introduces The Beatles to Marijuana - August 28, 1964 - http://miud.in/axX

    1. Seamus67

      Seamus67

      existe uma referencia ao evento no filme Im Not There, quando o dylan está na Inglaterra e parece correndo e rolando na grama com quatro carinhos… hehehe… muito bom filme, alias.

  8. Cara, parabéns!! Mandou muito bem!! A policia falar que a razão da lei ser a SAUDE PUBLICA beira a infantilidade má-fé, o Estado ta cagando pra saude publica, agente respira ar envenenado, come alimentos envenenados, agua evenenada.. Mas no final deixou a impressão q é afavor da mundaça! Mas esse pastor falando é brincadeira, mais um a serviço da desinformação e do obscurantismo, e ainda vem querer tirar uma onda de filosofia, momentos ou vida inteira??? hahahahaha e já queimou e experimentou crack??? e ai, tinha alguem de camisa roxa? Essa questão da liberdade individual é ponto fundamental, (imagina proibir o pastor de pregar, passa a ser crime recolher o dizimo, o que ele iria fazer??) Representou!
  9. Fight for your right to party!

  10. Policia pode até intervir em casos de crimes contra o consumidor, tipo se um comerciante vender maconha estragada, ou vender a menores...(assim como vender alimentos estrgados ou bebida para menores)!! fora isso, o assunto não é da policia... Sei bem como pensa a polícia, e por isso mesmo, temos que deixar ela cuidar de crimes de verdade, e não se meter num ciclo economico devidamente regulamentado!
  11. Cara, numa eventual Legalização a questão da Maconha não irá mais ser assunto de polícia! A responsabilidade pela fiscalização será da vigilância sanitária, como acontece com os remédios e demais produtos para consumo! O que o Estado do Rio não tem são condições de continuar nessa guerra! O Gabeira é um covarde, peidão, pipoqueiro...
  12. Eu consigo! Assunto é o que não falta! A programação poderia, contar a história da utilização da erva ao longo da história, envolvendo os diversos usos do canhamo industrial, o uso medicinal, as diversas religiões que têm a Cannabis como sacramento, fora os diversos aspectos culturais que envolvem a Cannabis. Acho q a TV pode ser o próximo passo...
  13. Perdeu meu voto! Por mais que o Cabral seja um ladrão de merda, ele tem peito pra falar q é favor da legalização. Gabeira é bunda mole, a fala dele no doc ficou fraca.. De que adianta combater os "Severinos Cavalcate" e não ter peito pra peitar cesar mala! No mais, o que não é viável é essa guerra burra, se não vai legalizar, vai fazer o q? Continuar levando baile dos bandidos?
  14. Tráfico não! Esse produto não possui os Cannabinoides proscritos! Vai ser como no caso da coleção de canhamo da Osklen, que a policia apreendeu, fez maior alvorosso e no final a sócia da empresa foi absolvida em primeira e segunda instância. Se alguem tiver interesse, eu tenho o pdf da decisão de segunda instancia.
  15. Acho q você vai curtir um livro chamado Espaço Tempo e Alem, do Bob Toben e Fred Alan Wolf...
  16. Sim, ele não foi estadista antes, e não é agora! A mesma covardia q teve em 2002, tem agora!
  17. Ele roeu a corda em 2002 porque foi chantageado com a ameaça de mostrarem que ele tinha uma filha fora do casamento. Isso não o torna menos oportunista agora. No trailer do Cortina de Fumaça tem a frase que ele se justifica, dizendo q em 2002 como politico só pensava em voto, e como estadista pensa na nação.
  18. Pra falar a verdade ele já perdeu. Esse Senador do obscurantismo, da proibição, da intolerância, foi voz vencida nos debates sobre a lei 11.343.
  19. Isso aí! O uso recreativo deve ser tão defendido quanto o uso médico e religioso! Ao ver da minha diversão a proibição da cannabis é tão surreal quanto se me proibissem de entrar no mar e curtir umas ondas!
  20. Eu avisei sobre esse projeto no tópico da audiência pública, assim como, durante a audiência pública eu falei no microfone que esse projeto do Demo ta em andamento... Sinceramente, acho mais facil agente regulamentar a cannabis q ele conseguir voltar com a prisão!
  21. sano

    Falácias Contra A Maconha!

    Ronaldo Ramos Laranjeira, professor da Unifesp e coordenador do Instituto Nacional de Políticas sobre Álcool e Drogas, e Ana Cecilia Petta Marques, pesquisadora do mesmo Inpad/CNPQ, atacam a legalização da maconha. O último artigo chama-se “Lobby da maconha” e saiu na Folha. Os argumentos são batidos, mas reúnem as principais deturpações proibicionistas em voga. Elas são citadas abaixo, em itálico, seguidas de meus comentários. 1. “Maconha faz mal”: irrelevante. Toda substância pode causar dano à saúde. Os horrores do câncer, do infarto ou do vício jamais serviriam para proibir legumes tratados com agrotóxicos, frituras ou remédios que provocam dependência. O argumento da saúde pública tem a mesma duração de um copo de cachaça. 2. “Efeito terapêutico não é comprovado”: mentira. Procurem os trabalhos do Dr. Raphael Mechoulam, da Universidade Hebraica de Jerusalém. Depois sigam suas indicações por experiências semelhantes no Canadá, nos EUA e em toda a Europa. Mas, afinal, acadêmicos não deveriam possuir esse tipo de informação? 3. Efeito terapêutico é obrigatório: mentira. A descriminalização da maconha é endossada por inúmeros argumentos, de várias disciplinas. O enfoque no uso medicinal da erva é armadilha retórica para limitar esses argumentos a apenas um, frágil e sujeito a endossos de “autoridades competentes” que têm interesses diretos na questão. Nenhuma substância legalizada precisa ser obrigatoriamente benéfica à saúde. 4. “Droga insegura”: alguém conhece droga segura? Quem leva o assunto a sério sabe que existem dezenas de maneiras de minimizar os danos da cannabis. É possível inalar fumaça fria, gerada por plantas controladas, com baixo teor de resíduos tóxicos. E até saborear bolos de chocolate com cobertura de marshmallow... 5. “Nossa legislação já é liberal”: mentira. É tão repressiva e obsoleta que os brasileiros são impedidos pelo próprio Judiciário de questioná-la publicamente. Ou são imediatamente chamados de lobistas. Se alguém quiser conhecer leis avançadas, procure na Holanda, na Espanha, em Portugal, no Canadá e na Argentina, onde se permite o cultivo doméstico de maconha. 6. “A legalização disseminaria o uso”: mentira. Os governos dos países acima possuem dados bastante claros a respeito, disponíveis aos nobres doutores. Desde a Lei Seca, prevalece uma lógica imutável: o consumo só aumenta onde há proibição. Também a criminalidade, a corrupção policial e a marginalização do usuário. 7. O tal “lobby”: uma tolice conspiratória. Talvez convenha a colunistas irados (como Ruy Castro) ou a governos repressores, mas não parece adequado em manifestações científicas. O único lobby atuando nesse debate é favorável ao equívoco repressivo. Seu misterioso poder de convencimento pode ser aferido pela facilidade com que certos acadêmicos se dispõem a repetir bobagens que não passam no escrutínio mais benevolente. E, já que tocaram no assunto, uma pergunta singela: quanto os laboratórios farmacêuticos deixariam de lucrar com a legalização da maconha? http://guilhermescalzilli.blogspot.com/
×
×
  • Criar Novo...