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Dúvidas Sobre Questões Jurídicas, Pergunte Aqui!
topic respondeu ao sano de sano em Segurança e Leis
Há possibilidade sim! Basta o julgador reconhecer que a criminalização do cultivo é inconstitucional! -
Dúvidas Sobre Questões Jurídicas, Pergunte Aqui!
topic respondeu ao sano de sano em Segurança e Leis
Facebook é o site mais fácil de se quebrar o sigilo! Mesmo que peça os IPs, o GR tem 15mil acessos únicos diários, vão investigar e processar 15 mil pessoas? Quem não deve não teme! Não sei de pessoas usando o GR para fins de mercancia ou circulação de suas colheitas, por isso acredito que o bom senso de qualquer Autoridade que investigar esse fórum verá que ele é um grande aliado contra a violência.- 2109 replies
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Enquete na TV de Porto Alegre - (0XX)5184010360 opção 1
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Enxugando gelo e sangue Nos últimos dias, a expressão "enxugar gelo" foi usada duas vezes nesta Folha para referir-se à atuação do Estado em relação aos problemas gêmeos das drogas e da criminalidade. O curioso é que ela marca duas avaliações opostas da questão. Em entrevista ao jornal no dia 11, a socióloga Julita Lemgruber diz que a guerra "falida" contra as drogas está ajudando a produzir o caos nos nossos presídios e aumentar a violência ao multiplicar as prisões de pequenos traficantes. "Estamos enxugando gelo", diz. No dia 30 de dezembro, o colega psiquiatra Antônio Geraldo da Silva reconhece em artigo que o governo enxuga gelo no combate às drogas. Seu diagnóstico parece ser o de que falta pulso firme ao Palácio do Planalto para vencer essa guerra. Antes de analisar essa tensão, permita-me contar uma história: não muito tempo antes da legalização da produção e da distribuição de maconha no Uruguai (porte pessoal para consumo já não era crime por lá), eu fui a um bairro da periferia de uma cidade brasileira para orientar ações de saúde mental. Circulando pelo bairro, perguntei a um profissional de saúde que conhecia muito bem a região: "É difícil comprar drogas por aqui?". A resposta: "Não, doutor. O difícil é não comprar. Está tudo liberado aqui". Produz-se, dessa forma, uma situação paradoxal: a maconha, o crack e outras drogas são, ao mesmo tempo, proibidíssimas e completamente liberadas. Essa sobreposição de estados se faz acompanhar de um conjunto nefasto de implicações sociais, penais e sanitárias. Tais consequências são particularmente proeminentes no caso daqueles com maiores riscos: os adolescentes –em especial os pobres. Ainda assim, o rigor me obriga a apontar que, em seu artigo, Antônio Geraldo da Silva se equivoca na interpretação dos dados da Universidade Federal de São Paulo ao afirmar que "37% dos jovens que usam maconha ficam viciados". Na verdade, o estudo citado aponta uma estimativa de que 10% dos adolescentes que usaram maconha no ano anterior à pesquisa sejam dependentes. Da mesma forma, ainda inexistem dados científicos que permitam sustentar a afirmativa de Silva de que o número de usuários de crack "dobra a cada dois anos". No caso da maconha, a proibição suprime benefícios do uso medicinal, reprime quem não quer alimentar a criminalidade plantando a própria erva e impossibilita a existência de controle e conhecimento sobre teores de canabinoides, algo particularmente importante para diminuir riscos e maximizar benefícios. O resultado todos conhecemos: o impacto negativo do consumo de drogas sobe, a pressão sobre o SUS também, a violência relacionada ao comércio de drogas ilícitas idem e a população amedrontada dá força a políticos que prometem ainda mais rigor: mais da suposta solução que é, em última análise, o próprio problema. A tragédia do presídio de Pedrinhas é parte dessa equação, como bem aponta Julita Lemgruber. Quebrar esse círculo vicioso depende, primeiramente, de reconhecer que o cenário atual é insustentável. Depois, é preciso desadjetivar o debate, por assim dizer. Expressões como "droga maldita", "reféns das drogas" e "exército de zumbis" podem ser boas para explorar o medo dos telespectadores nos programas vespertinos e no horário eleitoral gratuito, mas não ajudam a avançar as políticas públicas. Para isso é preciso menos preconceito e mais coragem, como a que demonstraram o Uruguai e os Estados americanos de Colorado e Washington ao decidirem regulamentar sem hipocrisia seus mercados locais de maconha. Essas experiências devem ser avaliadas de forma atenta e desapaixonada no Brasil, em especial neste ano de eleições presidenciais, no qual a tendência dos candidatos é repetir 2010 e endurecer o discurso da repressão na disputa pelo voto conservador. Enquanto diversos países avançam em direção a uma abordagem distinta da fracassada guerra às drogas, seria muito ruim se a sociedade brasileira condenasse a si própria a passar os próximos anos enxugando gelo –e sangue. LUÍS FERNANDO TÓFOLI, médico, doutor pela Universidade de São Paulo, é professor de psiquiatria na Universidade Estadual de Campinas http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/01/1399951-luis-fernando-tofoli-enxugando-gelo-e-sangue.shtml
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Proibicionismo, vem de ré, que aqui é PICA! Todos sabemos quem é o lado certo e da verdade nessa história!
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Surto psicótico de ácido é foda! No link abaixo um relato verosímil de uma situação q presenciei: http://juninho7quadrados.wordpress.com
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O que interessa é que o STF está em recesso!
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Foi o nosso amigo e aliado André Kiepper, que ajuda muito com essas traduções!
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Maconha Medicinal: o que a Pesquisa diz? Em 1999, o Instituto de Medicina (IOM), da Academia Nacional de Ciências (NAS), com financiamento do Congresso, fez a mais extensa revisão de literatura médica sobre a maconha até aquele momento e concluiu que "os dados compilados indicam um potencial valor terapêutico para drogas canabinóides, particularmente para sintomas tais como o alívio da dor, controle de náuseas e vômitos, e estimulação do apetite”. Eles também concluíram que houve "consenso substancial entre os especialistas nas disciplinas relevantes na evidência científica sobre potenciais usos medicinais da maconha".1 Desde aquele tempo, vários outros estudos sobre os benefícios terapêuticos e paliativos da maconha medicinal, bem como alguns dos riscos associados à sua utilização, têm surgido. Abaixo estão algumas das principais descobertas e estudos mais recentes sobre a maconha medicinal e seus derivados; este resumo não é, no entanto, um resumo de toda a literatura científica. Em geral, a pesquisa apoia o relatório do Instituto de Medicina concluindo que a maconha medicinal é segura e eficaz no controle da dor crônica, aliviando náuseas e vômitos associados à quimioterapia, tratando a síndrome de caquexia associada à AIDS, e controlando espasmos musculares devido à esclerose múltipla e epilepsia.2,3 Câncer e Quimioterapia: Estudos sobre maconha e câncer têm focado tanto na capacidade da maconha medicinal de aliviar os sintomas da quimioterapia e o potencial dos canabinóides de reduzir o crescimento de certos tipos de cânceres. Uma revisão de literatura de 2003 concluiu que canabinóides exercem efeitos paliativos em pacientes com câncer ao prevenir náuseas, vômitos e dor e ao estimular o appetite.4 Além de ajudar com os efeitos colaterais do tratamento, vários estudos têm sugerido que os canabinóides podem frear o crescimento e disseminação de muitos tipos de cânceres, incluindo os de pâncreas5, pulmão6, leucemia7, melanoma8, oral9, linfoma10, e outros tipos de câncer.11 Uma proporção significativa de oncologistas apoia a maconha medicinal como uma opção para seus pacientes. Dados levantados de um estudo de amostra aleatória de 1990, antes de qualquer estado ter aprovado o uso medicinal, mostra que 44% dos oncologistas tinham recomendado cannabis para pelo menos alguns de seus pacientes, e um número maior disse que o faria se as leis fossem alteradas. Dos entrevistados que expressaram uma opinião, a maioria (54%) considerou que a cannabis deveria estar disponível por prescrição.12 Esclerose Múltipla: Vários estudos têm demonstrado a eficácia da maconha medicinal e seus derivados na redução da espasticidade e dor em pacientes de esclerose múltipla (EM). Por exemplo, em um estudo randomizado controlado, Rog et al descobriram que o remédio à base de cannabis é eficaz na redução da dor e distúrbios do sono em pacientes com esclerose múltipla com dor neuropática central. Da mesma forma, estudos duplo-cegos randomizados controlados demonstraram melhorias significativas na espasticidade bem como em medidas de deficiência, cognição, humor, sono e fadiga entre pacientes que tomam medicamentos à base de cannabis.14,15 Um estudo de 2004 também descobriu que a cannabis ajudou a aliviar problemas com disfunção urinária em pacientes com esclerose múltipla e melhorou a auto-avaliação do paciente sobre dor, espasticidade e qualidade do sono.16 HIV/AIDS: A maconha medicinal tem sido eficaz no tratamento de ambos sintomas de HIV/AIDS e os efeitos colaterais de alguns dos medicamentos anti-retrovirais usados para tratá-lo. Por exemplo, foi descoberto que a maconha medicinal foi eficaz especialmente no tratamento da dor neuropática, um sintoma comum entre as pessoas que vivem com HIV/AIDS. Em um ensaio clínico randomizado, duplo-cego, Ellis et al encontraram que a proporção de indivíduos que atingiram pelo menos algum alívio da dor foi significativamente maior com cannabis (46%) em comparação com placebo (18%). Os autores notaram que a cannabis fumada foi geralmente bem tolerada.17 Ver também Abrams et al.18 A maconha medicinal também parece ajudar com náuseas e perda de peso entre as pessoas que vivem com HIV/AIDS. Em uma pesquisa com usuários de maconha medicinal HIV positivos de 2005, 93 por cento disseram que a droga ajudou a reduzir náusea e outros sintomas, 56 por cento disseram que sua náusea estava "muito melhor", enquanto 37 por cento disseram que era estava um "pouco melhor".19 Em um ensaio clínico duplo-cego de 2007 publicado em JAIDS, Haney et al descobriram que os fumantes de maconha HIV positivos aumentaram a ingestão calórica diária e o peso corporal com poucos efeitos adversos.20 Finalmente, um estudo recente realizado por pesquisadores no Hospital Monte Sinai sugere que a maconha ou seus derivados têm potencial para inibir um tipo de vírus da imunodeficiência humana (HIV) encontrados na fase final da AIDS. Eles descobriram que os receptores da maconha localizados em células do sistema imunológico - chamados receptores de canabinóides CB1 e CB2 - podem influenciar a propagação do virus.21 Dor: Numerosos estudos têm afirmado os efeitos analgésicos da maconha medicinal. Em sua recente revisão de literatura, Kraft concluiu que, embora as evidências não tenham suportado o uso de maconha para dor aguda, "na dor crônica e espasticidade (dolorosa), um número crescente de estudos randomizados controlados, dulpo-cego, com placebo têm mostrado alguma eficácia dos canabinóides".22 Como sugerido acima, a maconha tem sido especialmente eficaz para a dor neuropática, e um corpo crescente de pesquisas indica que é útil para a dor crônica também.23,24,25,26 Síndrome do intestino irritável e doença de Crohn: Pesquisa recente sugere que a cannabis pode ser útil também para pacientes com síndrome do intestino irritável (SII) ou doença de Crohn. Um estudo de 2012 descobriu que três meses de tratamento com cannabis inalada melhorou as medidas de qualidade de vida, o índice de atividade da doença, e o ganho de peso dos pacientes com SII de longa data.27 Um estudo observacional recente sugere que a cannabis pode ajudar a aliviar a severidade dos sintomas da doença e reduzir a necessidade de outros medicamentos e/ou cirurgia.28 Segurança da Maconha Medicinal: A maconha medicinal é geralmente segura e bem tolerada, porém, como qualquer medicamento, possui alguns riscos. O fumo, de qualquer coisa, pode causar inflamação nos pulmões e deve ser evitado em pacientes com pulmões comprometidos. No entanto, um artigo recente da JAMA baseado em um estudo longitudinal de 20 anos sobre saúde pulmonar sugere que alguns destes riscos podem ter sido exagerados. Os autores concluíram, "maconha pode ter efeitos benéficos no controle da dor, apetite, humor e gestão de outros sintomas crônicos. Nossos resultados sugerem que o uso ocasional de maconha para este ou aquele fim não pode ser associado a conseqüências adversas sobre a função pulmonar".29 Ver também Russo et al.30 Os pacientes também podem evitar muitos dos riscos associados ao fumo usando vaporizados ou formas comestíveis de cannabis. Em comparação com outras medicações, a maconha tem baixa toxicidade e é extremamente segura. Não há nenhum caso conhecido de uma morte por overdose de maconha. Em contraste, uma revisão das mortes do Sistema de Notificação Adversa da FDA entre 1997 (o ano em que o primeiro programa de maconha medicinal começou) e 2005 mostrou 196 mortes por antieméticos (medicamentos para prevenir náuseas e vómitos) e 118 mortes por antiespasmódicos (medicamentos que suprimir espasmos musculares). Analgésicos opiáceos, que são amplamente prescritos, são responsáveis por mais mortes acidentais do que acidentes de trânsito; quase 15.000 pessoas morreram de medicamentos prescritos para a dor só em 2008. Alguns pesquisadores começaram a olhar para a maconha medicinal como um analgésico mais seguro e menos viciante como alternativa para os opióides de prescrição. Por exemplo, em um recente artigo no American Journal os Hospice and Palliative Care, Carter et al clamam pela reclassificação da maconha tanto para melhorar os cuidados paliativos quanto para reduzir a morbidade relacionada com opióides.31 Em uma pesquisa com pacientes de maconha medicinal, Reiman descobriu que 66% tinham usado maconha medicinal como um substituto para outras drogas de prescrição, citando menos efeitos colaterais adversos, melhor gestão dos sintomas, e síndromes de abstinência menos graves. Há algumas evidências que sugerem que a maconha pode exacerbar sintomas psicóticos, especialmente entre adultos jovens e/ou com sinais pré-existentes de psicose.33,34,35 A direção causal da relação entre o uso de maconha e esquizofrenia não foi estabelecida, e não houve aumento da prevalência de esquizofrenia nos últimos 50 anos, apesar do aumento das taxas de uso de maconha na população em geral.36 Potencial Aditivo da Maconha Medicinal e seu Papel no Uso de Outras Drogas: Embora o uso da maconha pode se tornar um problema para alguns, o estudo da Academia Nacional de Ciências de 1999 concluiu que: "poucos usuários de maconha tornam-se dependentes dela... e a dependência de maconha parece ser menos grave do que a dependência de outras drogas".37 De acordo com o Instituto Nacional de Abuso de Drogas apenas cerca de 9 por cento dos que experimentam a maconha se tornam dependentes,38 comparados a 32 por cento dos usuários de tabaco e 15 por cento dos usuários de álcool.39 Além disso, não há nenhuma evidência convincente de que a maconha é uma "porta de entrada". O que a teoria de porta de entrada apresenta como uma explicação causal é uma associação estatística entre as drogas comuns e incomuns. A maconha é a droga ilegal mais popular nos Estados Unidos. Portanto, as pessoas que usaram drogas menos populares, como heroína , cocaína e LSD, são suscetíveis de também terem usado maconha. Alternativas à Maconha Medicinal: Marinol, uma medicação oral que atualmente está disponível sob prescrição médica, não é uma solução viável para muitos pacientes. O Marinol contém 100 por cento de delta-9 THC (contra os 20 por cento de THC encontrados na cannabis natural). A maioria dos pacientes considera que o Marinol é muito sedativo e cria muitos efeitos psicoativos indesejados.40 A pesquisa mostrou também que o Marinol é muitas vezes mal absorvido, e os pacientes queixam-se que a dosagem é difícil de monitorar e controlar.41 Além disso, para pacientes que sofrem de náusea severa e vômitos ou que não conseguem engolir, medicamentos orais muitas vezes não são viáveis. Cannabis fumada ou inalada fornece um sistema eficaz e eficiente para a administração de THC (um dos ingredientes ativos na maconha). Este início rápido de efeitos não só proporciona alívio mais imediato, mas também permite que os pacientes possam titular cuidadosamente a sua dose para aliviar seus sintomas.42 Impacto da Maconha Medicinal no Uso de Drogas em Geral: A pesquisa sugere que o uso global de maconha não aumentaria sob o sistema rigidamente regulado proposto no projeto de lei de Nova York. O relatório da Academia Naciona de Ciências de 1999 constatou que: "Há uma ampla preocupação social de que sancionar o uso medicinal da maconha pode aumentar o seu uso entre a população geral. Neste ponto, não há dados convincentes que justifiquem essa preocupação. Os dados existentes são consistentes com a ideia de que isso não seria um problema se o uso medicinal da maconha fosse regulado tanto quanto outros medicamentos com potencial de abuso... Nenhuma evidência sugere que o uso de opiáceos ou cocaína para fins médicos tem aumentado a percepção de que seu uso ilícito é seguro ou aceitável".43 Desde esse relatório, várias outras análises, incluindo um estudo de 2012 publicado na revista Annals of Epidemiology analisou se aprovar leis de maconha medicinal impacta ou não o uso de maconha na adolescência. Os autores concluíram que as leis da maconha medicinal não tiveram efeitos visíveis sobre o uso da maconha: "Se nossas estimativas sugerem algo, é o de que o relato de uso por adolescentes deve na verdade diminuir após a aprovação de leis de maconha medicinal (p.211)".44 Fonte: http://www.compassionatecareny.org/wp-content/uploads/MMJ-Science.pdf
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A legalização da maconha pode ajudar a “salvar o planeta”? Você sabia que a produção de maconha consome muita energia? E, devido à fiscalização intensa – que só cresce -, esse consumo tem aumentado porque o cultivo da planta é feito em ambientes fechados, exigindo cuidados e técnicas especiais como luz artificial, controle de temperatura e ventilação adequada. Por conta dessa parafernália, a ‘indústria clandestina’ não só gasta muito mais energia como, por consequência, também aumenta suas emissões de carbono. Um estudo do Laboratório Nacional de Lawrence Berkeley aponta que a prática é responsável por gastos de aproximadamente 6 bilhões de dólares em energia elétrica e as emissões equivalem ao consumo de três milhões de automóveis. O absurdo é tão grande que até empresários do ramo chegam a afirmar que seu cultivo não é sustentável; basta dar uma olhada nas contas com energia, que chegam a U$ 100 mil por mês. Não bastasse a grande pegada ecológica por conta das emissões, a criminalização da cannabis gera ainda outros impactos ambientais: fazendas irregulares de cultivo geralmente são criadas em áreas de desmatamento ilegal, e causam interferências não monitoradas na fauna e na flora locais, também provocadas pelo uso de pesticidas e agrotóxicos, o que ainda prejudica a saúde de quem consome a planta assim produzida.É importante dizer também que, embora a ilegalidade do uso da planta seja o principal motivo para que o cultivo seja realizado em ambientes fechados, este não é o único motivo para essa prática: com o controle das condições climáticas desse plantio, é possível colher até duas vezes mais cannabis, assim como acontece com alimentos não orgânicos. Vale lembrar que, além de ajudar a “salvar o planeta”, essa planta também pode salvar vidas. Sua aplicação no tratamento de doenças não é novidade e já tem evidências claras de sucesso na luta contra o câncer e no tratamento da paralisia cerebral, casos que noticiamos recentemente no site do Planeta Sustentável. ___________ * De modo geral, a demanda energética aumenta, assim como a população global. Previsões apontam que, até 2040, o aumento deverá ser de cerca de 56%. Quanto mais energia precisamos, mais recursos naturais são necessários para suprir nossas necessidades e mais destruímos o planeta. O melhor caminho, portanto, está logo no primeiro dos três Rs*: é preciso Reduzir o consumo de energia (os outros Rs são Reutilizar e Reciclar). ___________ Fontes: The Guardian e CBS http://info.abril.com.br/noticias/tecnologias-verdes/2014/01/a-legalizacao-da-maconha-pode-ajudar-a-salvar-o-planeta.shtml indoor-cannabis-energy-use.pdf
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Se liberar o sativex não tem como proibir a erva! Vamos exigir isonomia! Já to puto q Dronabinol pode ser receitado...
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14012014-PR-Ipsen-GW-Pharmaceuticals-Sativex-Latin-America-EN.pdf
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Ipsen distribuirá remédio à base de maconha na América Latina O laboratório francês Ipsen e o britânico GW Pharmaceuticals anunciaram nesta terça-feira um acordo para distribuir na América Latina o medicamento Sativex, um derivado da cannabis receitado para aliviar as dores ocasionadas pela esclerose múltipla. O acordo exclui o México e o Caribe, informaram as empresas farmacêuticas em um comunicado. Os direitos concedidos ao Ipsen sobre o Sativex nesta região também cobrem sua futura utilização como tratamento contra a dor para os pacientes que sofrem de câncer."O Ipsen é um sócio ideal com, ao mesmo tempo, uma presença forte na região e uma experiência internacional nos dois âmbitos terapêuticos da neurologia e da oncologia", declarou o diretor-geral da GW Pharmaceuticals, Justin Gover, citado no comunicado. Na França, onde o fármaco foi autorizado no dia 9 de janeiro, a GW Pharmaceuticals concedeu a comercialização do Sativex, prevista não antes de 2015, ao seu sócio europeu, o laboratório espanhol Almirall. Este medicamento, formulado como um spray bucal, já foi aprovado em 24 países, 18 deles europeus. http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/2014/01/ipsen-distribuira-derivado-da-cannabis-na-america-latina.shtml
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Turim, Na Itália, Aprova Comércio Legal De Maconha
topic respondeu ao PianinhoSC de sano em Notícias
Também sou, mas ainda não tirei o passaporte por preguiça mesmo... -
Turim, Na Itália, Aprova Comércio Legal De Maconha
topic respondeu ao PianinhoSC de sano em Notícias
Isso é uma boa notícia! Acho que agora me animo de fazer valer minha cidadania. -
REDUÇÃO DE DANOS Questão das drogas é de regulação na área da saúde Por Konstantin Gerber O Uruguai não revogou leis, apenas aprovou um artigo de lei para que o Estado assuma o controle, a regulação e a distribuição, nos termos que fixar a regulamentação, no âmbito de uma política de redução de danos, em que se informe a população em geral sobre os prejuízos do consumo decannabis, bem como informe sobre a minimização de riscos e danos à população potencialmente consumidora, conforme fixar esta regulamentação. O argumento é da redução de danos, pois o que fez foi possibilitar a chamada separação de mercados, como o fez a Holanda, sendo que no Uruguai a regulação é de jure e na Holanda, de facto, pois no país baixo existe uma orientação de política de saúde de um lado e uma orientação de política criminal de outro, na medida em que não há interesse em se processar criminalmente os usuários, pois assim determina o Ministério Público holandês, o que está dentro da margem de apreciação nacional para lidar com usuários, possibilidade conferida aos Estados pelas próprias convenções da ONU no tema. Ocorre que, na Holanda, a despeito desta descriminalização de facto, desta política criminal e desta tolerância administrativa, o comércio segue ilegal. Será preciso uma avaliação de impacto regulatório da atual lei uruguaia. Se haverá reversão no legislativo ou questionamento no judiciário, isso é uma pergunta a ser feita a analistas uruguaios. O Uruguai já há algum tempo contava com uma política de redução de danos para os abortos praticados, sendo que recentemente este foi legalizado no serviço de saúde. Portanto, é um país com sensibilidade para a questão da saúde pública. E diria mais: é um país com política pública. O que deve ser defendido é a possibilidade de controle de oferta e demanda, o que, apesar da repressão penal, não foi obtido com o atual modelo de fiscalização internacional de drogas, pois ao invés de controlar, houve descontrole e aumento do consumo. O monopólio estatal sempre esteve previsto nas Convenções da ONU, ocorre que sempre para fins médicos. A questão está em interpretar a redução de danos, a prescrição facultativa, a terapia de substituição e o consumo supervisionado como medidas de política pública voltados ao direito à saúde do usuário, daí porque a Corte Constitucional Canadense tenha descriminalizado o porte de usuário daquele que procura uma sala de consumo higiênico e supervisionado com informações e encaminhamentos a serviços públicos. A Lei Brasileira prevê a redução de danos, entretanto, sua regulamentação é por meio de portarias do Ministério da Saúde e não um Decreto da presidente. Ademais, existe um artigo de nossa lei que sempre possibilitou a autorização para atividade econômica para fins médicos ou científicos, para além da possibilidade de utilização para fins religiosos de pequenos grupos, como na Resolução do Conad para a ayahuasca (chá do santo daime). Observe que decreto de informação de utilidade pública é uma ferramenta que sempre esteve disponível à presidente brasileira, ocorre que ainda não se consagrou um direito à educação sobre drogas, para uma prevenção que seja tanto primária, aquela para quem não faz uso, quanto para uma prevenção secundária, para aquele que faz uso, não quer ou não consegue parar com o uso, o que poderia ser regulamentado por um Decreto presidencial. A redução de danos é reconhecida em alguns órgãos da ONU, como a Unaids, mas encontra resistências na JIFE, Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes. Passou-se a reconhecer a redução de danos, com o aumento de contaminação de Aids nos usuários de drogas pela falta de prevenção nestes grupos populacionais. O próprio Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime identificou, em relatório de 2008, inúmeras consequências imprevistas na manutenção do atual modelo internacional. Estas consequências imprevistas têm nome: violação internacional de direitos humanos, o que revela um problema na implementação do atual modelo pela própria ONU, pois relatores desta organização já vieram ao Rio de Janeiro para constatar que o modelo de guerra ao crime é contraproducente. O Uruguai pretende consolidar a descriminalização do usuário e melhorar o atendimento de serviço aos chamados usuários problemáticos. O Uruguai pode sustentar que esta medida é mais eficaz para o controle da oferta e da demanda e que é uma utilização médica, por meio de interpretação das Convenções da ONU, pois é, também, forma de combate ao narcotráfico. Caso contrário, terá de fazer como a Bolívia de se retirar da Convenção de 1961 e voltar a assiná-la, porém, nesta oportunidade, com reservas, para que fique claro a nova interpretação deste país, mais consentânea, inclusive, com o direito humano à saúde. Ao invés de se discutir a criação de um tribunal penal internacional do Mercosul, é hora de se debater a cooperação financeira entre os países, não só por conta da crise mundial, mas, sobretudo, por conta da lavagem internacional de ativos. A harmonização legislativa deve ser prioridade no Mercosul e a lei uruguaia sinaliza uma possibilidade para que a América do Sul proponha uma nova política mundial de drogas por meio da Unasul, bem como estabeleça mais cooperação financeira para a criação de um Banco de Desenvolvimento da América do Sul. O narcotráfico acaba com a possibilidade de desenvolvimento e de democracia, pois a um só tempo corrompe o Estado e agrava a situação de quem vive em situações de exclusão e vulnerabilidade social. Estudo da ONU estimou em 400 bilhões de dólares a receita anual da indústria de drogas no mundo, o que corresponde a 8% do comércio mundial. Esse debate é de regulação econômica. É um debate ainda dominado por criminalistas, mais do que hora de constitucionalistas, administrativistas, especialistas em regulação da saúde, especialistas em direitos humanos se pronunciarem sobre o tema, pois a questão passa a ser de regulação na saúde. O ministro da Justiça José Eduardo Cardozo é conhecedor do direito administrativo econômico. Está convidado ao debate. Tirar as drogas da clandestinidade significa discutir, abordar e lidar com a questão sem medo. http://www.conjur.com.br/2014-jan-09/konstantin-gerber-questao-drogas-regulacao-area-saude
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A idéia é essa! Só de imaginar quantas pessoas leram esse texto hoje me faz crer que amanhã será uma dia melhor!
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Neurose Paranóica Esquisofrenica De Um Olavete!
topic respondeu ao supercomunista de sano em Ativismo - Cannabis Livre
Falou tudo, irmão Forester! A Direita nos acusa de sermos cooptados pela Esquerda, e a Esquerda nos acusa de sermos pequenos burgueses de Direita! Isso que quem só lê o fórum não vê como são nossos papos na hora do almoço onde o restaurante todo para ver o debate em nossa mesa. Vamos em frente, para o alto e avante, sempre em busca da luz, como as plantas!- 95 replies
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- comunismo socialismo liberdad
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Neurose Paranóica Esquisofrenica De Um Olavete!
topic respondeu ao supercomunista de sano em Ativismo - Cannabis Livre
A única argumentação é que o jr4ianam tem o mesmo IP do user que abriu o tópico! E o vocabulário é esse, se não gostou volta pros seus outro fóruns!- 95 replies
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Neurose Paranóica Esquisofrenica De Um Olavete!
topic respondeu ao supercomunista de sano em Ativismo - Cannabis Livre
HahahahahahahhHahaha Famoso malandro agulha, toma no buraco, mas não perde a linha! Vai lá, abre outra caixa de sucrilhos!- 95 replies
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Neurose Paranóica Esquisofrenica De Um Olavete!
topic respondeu ao supercomunista de sano em Ativismo - Cannabis Livre
Vem das profundezas da ultradireita e do psedoliberalismo daqueles que crêem que é possível ser livre sabendo que algum humano irmão (ou o planeta, gaia, pachamama...) estão na merda!- 95 replies
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Um dos melhores textos que já li! Expressa tudo que penso!
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http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2014/01/1396019-novo-mas-nem-tao-admiravel.shtml Novo, mas nem tão admirável SIDARTA RIBEIRO ilustração FRED TOMASELLI RESUMO Neurocientista traça a história do uso de substâncias que estimulam o ser humano a sonhar acordado e examina como a cultura psicodélica influenciou o cinema e a literatura, de Aldous Huxley a William Gibson, criadores que vislumbraram caminhos alternativos para uma civilização centrada no acúmulo. Uma morte preparada para ser um acontecimento global, um episódio deliberadamente público: parece ter sido assim com Aldous Huxley (1894-1963). O escritor inglês agonizava em estágio terminal de câncer quando tomou nas mãos uma caneta e um pedaço de papel. Aquilo que à primeira vista se mostrou uma confusão de rabiscos era um pedido. Uma nota simples, quatro palavras: "LSD intramuscular 100 microgramas". A mulher de Huxley, Laura, olhou para ele e voltou a fitar o papel. Decidiu não aceitar a ajuda de um médico; buscou seringa, agulha e ampola. Aplicou a injeção. Algum tempo depois, repetiu o processo. Ao lado da cama, ela viu as horas passarem. Durante todo o tempo, o autor de "Admirável Mundo Novo" e "As Portas da Percepção" esteve sereno, até que, nas palavras dela, "assumiu um semblante muito belo e morreu". Assim, o decesso de Huxley, com o auxílio da dietilamida do ácido lisérgico, parece ter sido planejado para afirmar a promessa psicodélica de um futuro melhor, tanto na vida quanto na morte. Um futuro hipertecnológico de criatividade máxima a favor da humanidade, utopia neomarxista de tempo livre para fruir a existência na arte, esporte e ciência. Isso tudo a partir de uma substância serotonérgica não-aditiva, apenas sintetizada por humanos, capaz de alterar a consciência de forma contundente mesmo em doses diminutas, mil vezes menores do que as encontradas em compostos alucinógenos produzidos por fungos e vegetais. Todos eles de ação tão poderosa sobre a mente que recebem o nome de enteógenos, aqueles que "manifestam o divino internamente". Os planos de Huxley, no entanto, se frustraram. No mesmo dia, em Dallas, John F. Kennedy seria assassinado, e o ato final lisérgico do escritor inglês daria lugar nas manchetes à comoção nacional, teorias conspiratórias, a imagem de um tiro, mil vezes repetida. Em 1963, ano da morte de Huxley, o uso do LSD, sintetizado em 1938 pelo cientista suíço Albert Hofmann (1906-2008), estava começando a se disseminar. Ainda estava por vir o psicodelismo que culminaria no "Summer of Love", em 1967. Mas a despeito das mudanças nos costumes, imperava a mesma política do último bilhão de anos: a lei da selva, representada naqueles anos por bombas e mais bombas sobre o Mekong. SONHAR ACORDADO A revolução psicodélica vislumbrada por Hofmann e Huxley ainda está por se cumprir. Somos prisioneiros de instintos que vêm de um passado remoto, comportamentos selecionados ao longo de inúmeras gerações, sem os quais nossos ancestrais não teriam sobrevivido e prevalecido: violência para fora do grupo e solidariedade para dentro. Sentir que a vida é luta constante, que somos "nós contra eles", é a base mais antiga de nosso sucesso como espécie. Evoluímos na escassez de tudo, capazes de devorar e extinguir a megafauna do pleistoceno -nem mesmo os mamutes tiveram chance contra os caçadores famélicos que certamente disputaram a pedradas o alimento que escasseava. A guerra, portanto, foi inevitável desde o início dos tempos. Quem não foi brutal, excludente e coercitivo com "os de fora" pereceu. Entretanto, evoluiu ao mesmo tempo um depurado amor ao próximo, com o refinamento da "teoria da mente", isto é, a capacidade de presumir e simular a mente alheia, cerne da empatia que mantém os grupos cooperativos e coesos. Sem tal capacidade empática a espécie tampouco teria sobrevivido. Em paralelo a esses instintos, evoluía nossa capacidade de sonhar. Se todos os mamíferos sonham, foi entre nós, humanos, que a capacidade biológica de remodelar memórias se transformou numa arte mística de acúmulo cultural. De enorme importância na Antiguidade, o vislumbre do amanhã com base no ontem, nas nossas experiências da vigília, tão especialmente propiciada pelos sonhos, deixou nos textos mais arcanos as marcas abundantes da crença em realidades paralelas. Foi só o começo. Quanto tempo terá se passado até que nossos ancestrais desenvolvessem a capacidade de, mesmo despertos, imaginarem o futuro com base no passado, em escala que vai de minutos a décadas? Bem próxima da capacidade de "sonhar dormindo", a capacidade de "sonhar acordado" pode ter surgido como invasão onírica da vigília. Foto Erma Estwick/Cortesia galerias James Cohan (Nova York) e White Cube A obra "Closer" (2009), fotocolagem, acrílico, guache e resina sobre painel de madeira Foi nesse período, regido por uma mentalidade ainda bem diferente da nossa, que deve ter começado a se disseminar culturalmente a ingestão de substâncias químicas para sonhar acordado e "ter clarões". O consumo acidental de extratos vegetais ou animais deu lugar ao experimentalismo dos xamãs, início da medicina. O uso de psicodélicos para vislumbrar mistérios é prática mais antiga do que os ritos secretos de Elêusis. E isso não é tudo. Na hipótese do psicólogo americano Julian Jaynes (1920-1997) sobre a emergência da consciência humana, até 3.000 anos atrás nossos ancestrais eram semelhantes a esquizofrênicos, "autômatos" movidos por necessidades básicas, sem muitas memórias do passado ou planos elaborados para o futuro, mas capazes de ouvir vozes "externas" de comando, elogio ou censura. Há evidências arqueológicas e históricas de que nossos antepassados nessa época eram regidos por certas "vozes dos deuses". Divindades que não eram espíritos desencarnados ou entidades do mundo extrafísico, mas sim lembranças concretas: memórias auditivas das vozes dos reis mortos interpretadas como prova irrefutável de vida após a morte, alucinações vívidas capazes de comandar os atos dos indivíduos segundo os preceitos da experiência ao longo dos séculos. Orientados por tais vozes, os faraós -verdadeiros e psicóticos deuses vivos- ordenavam plantar, colher, guerrear, escravizar e sobretudo, notavelmente, erigir colossais montanhas artificiais para nelas habitarem após a morte. Segundo Jaynes, nossa consciência deriva da fusão das vozes dos deuses (passado e futuro) com a voz do autômato (presente), gerando um ego reflexivo que dialoga permanentemente consigo próprio. Não estamos tão distantes dos hominídeos primitivos concebidos por Stanley Kubrick e Arthur C. Clarke em "2001: Uma Odisseia no Espaço". Percorremos em poucos milhões de anos o caminho que vai do Homo ao sapiens sapiens, em bandos cada vez maiores, de dezenas a centenas e logo milhões de pessoas unidas por línguas e bandeiras, em guerras cada vez maiores e piores mas também, é importante dizer, cada vez mais críticas em relação a um mundo em que o instinto de acumulação (de alimento, no princípio) virou cobiça, avareza e usura. CRISE DO PROGRESSO E agora essa novidade: todos. Depois da internet: todos nós. O capitalismo vertiginoso criando as ferramentas para que paz e guerra se generalizem, o poder máximo de um e de todos, potencial para que não reste ninguém "de fora". Todos "dentro" no mesmo planeta, gente, gente e mais gente. A aceleração da história e o paroxismo de tantos absurdos parecem uma alucinação. Pense nos engarrafamentos abomináveis que tomaram de assalto as cidades do Brasil. Serão reais esses cortejos estáticos e metálicos de 50 km em lugar que há tão pouco tempo foi uma aprazível vila à beira rio? Quando será o primeiro engarrafamento que vai durar uma semana inteira? Isso é viver? Pingue o colírio alucinógeno quem souber a resposta. Desequilíbrio é a norma. O modelo econômico é crescer a qualquer custo. Crescer para onde? Para quê? Até quando? Tudo que tocamos vira lixo, embalagens e mais embalagens de coisas cada vez mais efêmeras. Como aceitar as hidrelétricas da Amazônia, pirâmides faraônicas em solo pobre, a maldição do assoreamento dos leitos de rio, conspurcação de flora, fauna e gente? O bulldozer avança para dar às empreiteiras, mineradoras e madeireiras o que elas mais querem. Os guerreiros munduruku, que por séculos se adaptaram como puderam ao homem branco, hoje enfrentam a construção de Belo Monte com o destemor das causas impossíveis, sabendo que as menos midiáticas hidrelétricas do Tapajós são as próximas da lista. Quão perto estamos da traição histórica dos índios do Xingu, 50 anos depois do pacto negociado pelos irmãos Villas Bôas? "Se deixarem suas terras, migrarem para bem longe e se reunirem diversas etnias num parque apenas, bem longe da civilização, aí estarão em paz." Engano? Vamos cimentar a floresta para gerar energia e enviar commodities para a China vender ao mundo mais badulaques e carros descartáveis? O genocídio dos guarani-kaiowá, a morte do rio Xingu. Para que, mesmo? Vivemos uma crise de confiança no progresso. A própria ciência perde lastro ao se pós-modernizar, cada vez mais contaminada pelos conflitos de interesse do mercado. Fármacos vendidos como panaceias pelas maiores empresas do ramo têm sua eficácia questionada, ao mesmo tempo em que se verifica que seus efeitos colaterais foram subestimados por vieses comerciais nos estudos que originalmente firmaram seu valor clínico. O ideário do lucro corrompe a medicina, sem poupar a pesquisa básica que sempre se julgou em torre de marfim. As revistas científicas de máximo prestígio, fiéis da balança na distribuição de recursos, abrigam cada vez mais exageros, sensacionalismos, fraudes e shows midiáticos. Quem se lembra do Dr. Hwang Woo-suk, o barão de Münchhausen coreano que fingiu, em plena capa da revista "Science", clonar células tronco embrionárias humanas? Terá saído pela culatra a popularização da ciência em jornais e revistas, consumidas por leigos como produto embrulhado em marketing na mesma prateleira da fofoca e da novela? O pão e circo das novas arenas esportivas prenuncia a futebolização da pesquisa e a descorporificação da própria vida, pretensão de "libertar o cérebro do corpo". HÍBRIDOS Para entender a doença dessa civilização hipertecnológica é preciso imaginar seu devir. Talvez ninguém tenha antevisto tão claramente os dilemas existenciais e éticos do futuro quanto os escritores Philip K. Dick e William Gibson em seu "cyberpunk", gênero da ficção científica que mescla elementos de história policial, filme noir e prosa pós-moderna. Em seus livros, conceberam não apenas os problemas da interação com máquinas que imitam pessoas -que remetem aos capciosos robôs asimovianos ou ao ardiloso computador Hal 9000 criado por Clarke e Kubrick-, mas também questões que envolvem o que podemos chamar de pessoas-máquina, híbridas em percepção, ação e sobretudo afeto. Seres meio carne, meio plástico, misturas de fios e nervos que documentam seu entorno com olhos que tudo filmam e repassam para redes de usuários em tempo real. Não falta muito para isso, com câmeras de vigilância em cada esquina, celulares onipresentes e óculos Google. O fim dos segredos seria a premissa para o fim da violência, como imaginou Wim Wenders em seu "O Fim da Violência" (1997)? Ou nos tornaremos apenas e cada vez mais decrépitos "voyeurs" da dor e do prazer alheios, peões em sociedades de vigilância e controle, reféns da "transparência" e do monitoramento constante do governo, indivíduos e corporações? Em "Neuromancer" [trad. Fábio Fernandes, ed. Aleph, R$ 44, 312 págs.], de Gibson, uma máquina consciente controla uma poderosa corporação a serviço de velhos plutocratas, mantidos em animação suspensa e despertados periodicamente apenas para dar diretrizes e logo serem novamente submetidos à criopreservação, a fim de envelhecer o menos possível. No mundo real, o controle de moléculas como as telomerases, que regulam o envelhecimento celular, aponta para um futuro em que mesmo pessoas muito idosas poderão habitar corpos novos. Pessoas transgênicas cuja idade não se revelará nos traços externos -uma extensão da lógica de seleção artificial que serve de base à agricultura e pecuária atuais. Nesse percurso que coisifica os seres, respiramos uma atmosfera de crescente massificação ideológica, necessária à sustentação de tamanha desigualdade de oportunidades. Catadupas de dinheiro gasto em campanhas eleitorais, pesquisas qualitativas orientando o governo, a versão mais importante do que o fato. Do outro lado, rizomas, gretas no muro, resistência ninja e "leaks" de toda ordem. O "cyberpunk" é nossa Cassandra e com suas visões apocalípticas teremos que lidar. Os "black blocs" anticapitalistas hoje encaram a concretude da violência e o perigo que isso encerra, pois o Estado tem a violência em seu DNA. A videogamização do mundo já permite matar de longe como se fosse brincadeira. Em breve, a polícia não vai mais enfrentar o conflito social, vão mandar drones. E os adolescentes do outro lado da trincheira terão ainda mais razões para se revoltar. Precisamos encarar os fatos: não haverá paz enquanto não houver piso e teto para a riqueza. Por que alguém quer ser bilionário? A ganância é uma doença, persistência perversa do instinto da acumulação quando ele já se tornou obsoleto e deletério. A atitude antes prudente mas agora patológica do "quanto mais melhor", levando à pulsão de acumulação infinita, pode destruir a espécie ou criar espécies diferentes de humanos: os ricos e os pobres. Desde a revolução verde de sementes e fertilizantes, há cerca de meio século, já existem condições técnicas para que se distribua comida para todos. Deveria ser o fim da guerra, início da era em que os instintos da acumulação e da violência já não são adaptativos. Mesmo assim, os mais ricos continuam a querer acumular. E ficam honestamente ofendidos quando isso é questionado. Somos vítimas de um conflito de instintos: a acumulação abusiva contra o redentor amor ao próximo. É justamente nessa disjuntiva que o tema dos psicodélicos recobra sua atualidade. De um lado, como antecipado por Philip K. Dick, o problema do proibicionismo. O cidadão comum vive na mais espessa ignorância no que diz respeito aos efeitos, doses e grupos de risco das drogas consideradas ilícitas, sem falar no pesadelo permanente da criminalização e do castigo, certamente a causa maior da paranoia por parte dos usuários. O mercado negro retratado por Dick em "Minority Report" antecipa o medo e a insalubridade como consequências lógicas do proibicionismo. E isso não é tudo, pois a multifacetação psicodélica da consciência se mescla à identidade incerta da internet. O "scrambler suit" descrito no livro "O Homem Duplo", traje capaz de mudar completamente a aparência de uma pessoa, metaforiza um momento em que a própria identidade é conjectura, em que viver é cada vez mais complexo e sobretudo impreciso. Em "Total Recall", as memórias são simplesmente implantadas. Em "Blade Runner", não há como saber se as lembranças correspondem aos fatos. DESCOBERTAS A neurociência constata que a percepção é relativa. A realidade é construída, presumida e fugidia. O futuro distópico de guerra, lixo e desigualdade antevisto por Dick, em que as drogas servem apenas ao entorpecimento da razão, é o abismo com que nos deparamos, encurralados por nossos piores instintos. Mas existe outro caminho, uma rota para a qual a meditação, a respiração e os psicodélicos parecem ser chaves mestras. De origem milenar, estas chaves encontram na neurociência já a partir dos anos 1960 um espaço fértil para novas descobertas, através da combinação de autoexperimentação com imagens concomitantes da atividade cerebral. Introspecção é a senha. Se a física quântica pode chegar a revelar algo essencial sobre a consciência, a viagem às profundezas da mente pode revelar algo fundamental sobre o universo, o tempo, a matéria e a sociedade. A psiconáutica -navegação da mente- está mais viva do que nunca, agregando valor às ideias mais transformadoras. Steve Jobs, atribuiu sua criatividade ao LSD. O prêmio Nobel Kary Mullis, inventor da reação em cadeia da polimerase, que revolucionou a genética e a medicina, também conferiu à experiência com o LSD a sua melhor inspiração. Os benefícios terapêuticos dos psicodélicos são cada vez mais evidentes no tratamento do trauma, dos estados terminais e do abuso de substâncias aditivas, mas também são notáveis quando aplicados a problemas como a depressão. Nos EUA, epicentro do proibicionismo, os militares do Pentágono se interessam pelo MDMA -princípio ativo do ecstasy, serotonérgico como o LSD- para tratar as dores psíquicas de seus veteranos de guerra. Aquilo que tantos psicoterapeutas praticavam na década de 60 de modo heurístico vem se confirmando em sólidas publicações científicas. Hofmann e Huxley tinham razão, os psicodélicos são um inestimável patrimônio da humanidade. As promessas desse novo olhar são a evolução de uma nova ética social em tempos de abundância, a desrepressão da libido e o respeito a todas as formas de loucura, menos àquelas que oprimem. Poderiam os psicodélicos fazer os ricos se desapegarem do excesso de riqueza? Provavelmente. Vale a pena sonhar com isso: todos nós humanos em harmonia conectada de pulsões criativas, alforriados do trabalho mecânico pelas máquinas, não libertos do corpo, mas libertos no corpo, não mais predadores universais da criação, mas hiperlúcid@s guardas-parque de Gaia. Futuro que a Deus pertence, para a sétima geração depois de nós. Quem não entender que pingue mais uma gota. SIDARTA RIBEIRO, 42, professor titular de neurociência da UFRN. FRED TOMASELLI, 57, é artista plástico americano, um dos principais nomes da arte psicodélica na atualidade. Abre hoje uma exposição de suas obras no Modern Art Museum de Fort Worth, no Texas (EUA).
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Neurose Paranóica Esquisofrenica De Um Olavete!
topic respondeu ao supercomunista de sano em Ativismo - Cannabis Livre
Aqui falamos de Maconha, deixa pra discutir poltica nesses outros fóruns que você frequenta!- 95 replies
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