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Tudo que Percoff postou
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fumar cigarro pode né aff
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carai aprendi mais de religião aqui no growroom do que quando fiz catecismo.kkkkkk ainda bem que hoje sou ateu.
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Achava que na Jamaica era sussa a ganja
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Se a moda pega aqui no Brasil
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Produtores de maconha entram em choque com forças libanesas BEIRUTE, 23 Jul (Reuters) - Agricultores armados com metralhadoras, foguetes lançadores de granadas e morteiros forçaram as tropas do governo libanês a abandonar uma operação para destruir lavouras ilegais de maconha no Vale do Bekaa, nesta segunda-feira, disseram testemunhas. Não houve registro de feridos na troca de tiros, mas dois veículos das forças de segurança foram atingidos por balas, segundo uma testemunha. Durante a guerra civil do Líbano (1975-1990), o fértil Vale do Bekaa produzia anualmente até 1.000 toneladas de resina de maconha e de 30 a 50 toneladas de ópio, usado na produção de heroína. O cultivo foi erradicado como parte de um programa da Organização das Nações Unidas entre 1991 e 1993, mas ressurgiu enquanto as forças de segurança lutam para se impor em todo o instável país. Não há estatísticas confiáveis sobre quanta maconha é produzida no Líbano atualmente. As forças libanesas costumam realizar operações para erradicar cultivos, mas enfrentam resistência de agricultores revoltados, que encontram nessa lavoura lucrativa e de fácil manejo meios de ganhar dinheiro para suas comunidades pobres. Uma fonte do setor da segurança disse que as forças do governo estavam se reagrupando e planejavam uma nova operação para destruir os plantios. http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRSPE86M02L20120723
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O emaranhado da maconha Reprimir, tolerar ou legalizar? Para quem luta contra a dependência, a regulamentação do consumo permitiria enfrentar o mercado da droga, cada vez mais violento. Uma descriminalização real contribuiria para melhorar a saúde pública e a segurança. Mas nem todos pensam assim A legislação helvética sobre a cânabis é clara: o cultivo, o consumo e o comércio são proibidos. Ao mesmo tempo, entretanto, a lei de 1951 prevê uma certa margem de tolerância. O preparo de uma reduzida quantidade de entorpecentes para o consumo pessoal não é sujeito à punição. Esta é uma ambiguidade à qual se acumulam as diferenças do sistema federal. A aplicação da lei nacional cabe aos cantões. Eles devem emitir normas proibitivas e sanções que podem variar de acordo com as realidades locais. “A falta de harmonia entre os cantões pode provocar confusões: não se sabe se a maconha é tolerada ou proibida. É preciso estabelecer regras mais claras”, afirma à swissinfo.ch, Jean-Félix Savary, secretário geral do Grupo Romando para o Estudo da Dependência (Grea) Multa no lugar do juiz O Parlamento deu um passo nesta direção. Câmara e Senado chegaram a um acordo sobre o princípio de multar ao invés de punir penalmente os consumidores de maconha maiores de idade. A posse de até dez gramas vai ser punida com multa entre 100 e 200 francos (sobre o valor ainda existem divergências), como ocorre para as infrações do trânsito. “Passa-se do direito penal ao administrativo e, de certa maneira, pode-de falar de descriminalização, mas a proibição deve continuar”, realça Jean-Felix Savary, para quem o Parlamento teve o mérito de “ ter esclarecido a situação.” A modificação legislativa vai permitir a aplicação de sanções em modo mais homogêneo em toda a Suíça, afirmou no plenário a senadora socialista Liliane Maury Pasquier. Um discurso mais coerente em matéria de prevenção poderá ser feito, acrescentou ela. Por outro lado, para o Partido do Povo Suíço (UDC na sigla em francês), principal partido do país, a punição do consumo com uma simples multa significa dar o primeiro passo rumo à legalização da maconha. Uma descriminalização contrária à vontade popular que, em 2008, rejeitou uma iniciativa nessa direção, ressalta a Associação pela Abstinência da Droga. Pela enésima vez, ela alerta em um comunicado, que se subestima o perigo do consumo da cânabis que, na maior parte dos casos, pode estar entre os fatores que desencadeiam as crises existenciais entre os jovens. Um problema de segurança Nos últimos 15 anos, o debate sobre a maconha e as drogas em geral tem sido dominado pelas questões penais relativas ao consumo, revela Svary. “Todas as pesquisas revelam, porém, que a repressão fracassou.” Agora, ao contrário, volta-se a falar de regulamentação do mercado, continua o colaborador do Grea. Ele afirma que a cânabis tornou-se, principalmente, ”um problema de segurança.” O tráfico de maconha “continua sendo um negócio muito lucrativo, que atrai a criminalidade”, escreve a Polícia Federal no seu último relatório. O temor é a fusão do mercado da maconha com o das drogas mais “fortes” (cocaína e heroína), controlado pelas organizações criminosas. Esta evolução causa insegurança na população, sempre mais exposta ao tráfico nos locais públicos e à expansão das redes mafiosas, observa Savary. Se não houver uma reação, o povo corre o risco de abandonar a politica suíça para as drogas, a chamada “ quatro colunas” ( leia na coluna à direita). Velhas receitas e novas soluções Na Suíça, deveria se deixar uma certa margem de manobra aos cantões e municípios para que eles experimentassem soluções administrativas para o problema”, opina Savary. Segundo o secretário geral do Grea, devem ser revistos alguns princípios da velha estratégia do governo federal por uma regulamentação do mercado da cânabis. O projeto de 2001- que acabou sendo enterrado pelo Parlamento - previa, além da descriminalização do consumo, a tolerância a uma certa quantidade de pontos de venda e a insistia, ao mesmo tempo, na prevenção entre os jovens. “Não se trata de abrir uma lojinha de café mas, principalmente, de estabelecer um certo números de regras para aqueles que queiram consumir maconha”, explica Savary. O Instituto de prevenção ao alcoolismo e outras dependências tóxicas aponta a regulamentação do mercado como sendo a melhor solução. “Isso permitiria ao consumidor de comprar legalmente a cânabis e de separar esta última de outras substâncias como a cocaína”, afirma Ségolène Samouiller, porta-voz da Dependência Suíça. Além disso, continua, se a maconha fosse vendida sob controle estatal, poderia se controlar melhor a qualidade do produto em termos do nível de THC ( tetra-hidro-canabinol, o princípio ativo da cânabis, ndr) e de pesticidas. “Trata-se, então, de uma verdadeira politica de saúde pública que tenta reduzir os riscos do consumo.” Clube da maconha Experiências neste sentido estão sendo avaliadas, no momento, nas cidade de Zurique e de Basileia, nas quais os parlamentares irão discutir, nos próximos meses, a proposta de uma distribuição controlada da maconha. “Existem ainda alguns aspectos legais e conceituais que devem ser esclarecidos”, ressalta Katharina Rüegg, da Secretaria de Saúde e Meio Ambiente de Zurique. A Suíça poderia ainda se inspirar em modelos que existem no exterior, afirma Jean-Félix Savary. Ele cita, por exemplo, os clubes de maconha na Espanha e na Bélgica. “São cooperativas em que os sócios podem cultivar uma planta e fumar em locais fechados e conhecidos pela polícia.” A vantagem destas associações de plantadores, continua, é o fato que os consumidores são registrados. Assim, se pode proteger os jovens e adotar programas de prevenção e de redução de riscos. Grégoire Monney, psicólogo no site de informação Stop-cannabis.ch, compartilha este ponto de vista. “O maior perigo poderia ser uma banalização do produto: não se pode dar ao jovem um sinal de normalidade do consumo.” Idealmente, os espaços de consumo deveriam ser também locais de diálogo com os profissionais das dependências, observa. “O risco seria um risco a perda do poder de atração desses lugares”, reconhece Monney. Resultados e não ideologias Projetos desse tipo provocam opiniões divergentes, reconhece Jean Félix Savary. “Aceita-se, na prática, que algumas pessoas maiores de idade possam consumir maconha”. Um ponto sobre o qual não abre mão a associação Abstinência da Droga, é que numerosos jovens renunciam ao consumo devido às severas proibições. Quaisquer que sejam as medidas adotadas, “os resultados devem ser colocados à frente das ideologias”, insiste Savary. Se não for assim, vai ser difícil encontrar soluções eficazes que levem em conta a proteção da saúde e a redução da criminalidade. Luigi Jorio, swissinfo.ch Adaptação: Guilherme Aquino http://www.swissinfo.ch/por/sociedade/O_emaranhado_da_maconha.html?cid=33132346
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Jamaica: polícia faz fogueira com 7 toneladas de maconha A polícia jamaicana apreendeu e fez uma fogueira com quase 7 toneladas de maconha em Kingston, capital do país caribenho. De acordo com a agência de notícias AP a maioria da droga foi apreendida este ano. Ainda segundo informações da agência, as autoridades também destruíram cerca de 35 kg de óleo de haxixe, recolhido durante uma operação na cidade no último sábado. A Jamaica é o maior produtor e exportador de maconha do Caribe. As mudas de maconha são cultivadas principalmente em encostas de montanhas e escondidas entre outras plantações. http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6011026-EI8140,00-Jamaica+policia+faz+fogueira+para+destruir+maconha.html
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Outdoor de campanha para legalização da maconha exibe foto do pastor Pat Robertson A campanha para regulamentação da maconha no estado norte-americano do Colorado, que visa equiparar a droga às bebidas alcóolicas, lançou um outdoor que exibe uma foto do pastor Pat Robertson como apoiador da Emenda 64, proposta que visa tal regulamentação. Localizado da estrada I-70 em Grand Junction, no Colorado, o outdoor digital exibe uma foto de Robesrtosn ao lado da frase “Pat Robertson votaria SIM na 64. E você?”. A associação da imagem do pastor à campanha em favor da legalização da droga é resultado de declarações feitas por ele em março em seu programa “The 700 Club”, quando defendeu legalização da posse de pequenas quantidades de maconha para as pessoas. - Eu só acho que é chocante ver quantos jovens acabam em uma prisão e se transformarem em criminosos violentos, porque estavam em posse de uma quantidade muito pequena de uma substância controlada – afirmou em seu programa o evangelista, que em uma entrevista posterior ao The New York Times defendeu que a maconha deveria ser tratada em uma legislação similar à adotada para o álcool. - Eu realmente acredito que devemos tratar a maconha da mesa forma como tratamos o álcool. Eu nunca usei maconha e eu não pretendo, mas é uma daquelas coisas que eu penso: esta guerra contra as drogas não teve sucesso – afirmou ao jornal. De acordo com o Huffington Post, Betty Aldworth, uma das diretoras da Campanha, afirma que o apoio de um líder evangélico conhecido como Pat Robertson dá muita força para a Emenda 64. A equiparação dos efeitos da maconha ao álcool é um assunto muitas vezes controverso. No Brasil a ideia é fortemente criticada pela coordenadora nacional da campanha contra a legalização da maconha, a psicóloga cristã Marisa Lobo, que em março classificou Pat Robertson como irresponsável por sua postura em favor da legalização. Marisa Lobo afirma que a legalização da droga traria ao Brasil um problema social ainda pior que a situação vivida atualmente com o alcoolismo. Ela ressalta ainda que a maconha causa dependência química e oferece grandes riscos a saúde mental e física do usuário. - Legalizá-la será dar atestado de burrice a nossa geração futura que são a esperança de um mundo melhor, digo isso porque um dos malefícios da maconha é justamente o empobrecimento dos neurônios, a destruição dos neurônicos que são responsáveis por nossa memória – afirmou a psicóloga em uma entrevista ao Guia-me. - Resultados preliminares de uma pesquisa em andamento na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostram que consumidores de maconha têm performance até 30% inferior à de pessoas que não usam a droga em testes relacionados à capacidade de atenção, processamento de informações, abstração, organização de ideias, tomada de decisões e memória – complementou Marisa Lobo, que elencou ainda uma série de malefícios que o uso da droga pode acarretar no usuário. fonte: http://noticias.gospelmais.com.br/outdoor-legalizacao-maconha-exibe-foto-pastor-pat-robertson-39914.html
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Pedro Abramovay: “Usuário pobre está sendo tratado como traficante” Advogado foi demitido de Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas ao defender penas alternativas para pequenos traficantes | Foto: Ramiro Furquim/Sul21 O advogado Pedro Abramovay foi secretário nacional de Justiça durante o Governo Lula, mas sua atuação chamou atenção do grande público no início do Governo Dilma. Convidado pela presidenta para ocupar a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, ele foi demitido algumas semanas depois, após o jornal O Globo ter publicado uma entrevista na qual ele teria defendido penas alternativas para pequenos traficantes. “Na entrevista eu não usei o termo “pequenos traficantes”, porque não é disto que estamos falando. Estamos falando muito mais de usuários que de traficantes. Não é uma fronteira muito clara, mas estamos falando, sobretudo, de usuários”, explica. Agora, Abramovay continua defendendo mudanças na legislação antidrogas do país à frente do projeto Banco de Injustiças, que tem como objetivo mostrar que muitos usuários têm sido classificados como traficantes e presos equivocadamente. “O usuário pobre está sendo classificado como traficante e isto é uma injustiça brutal”. O Sul21 conversou com o advogado durante o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, realizado em Porto Alegre na semana passada. Abramovay falou sobre vários temas relacionados às drogas, como a proposta de José Mujica, de que o governo uruguaio plante maconha e forneça determinadas quantidades aos usuários. “Estamos em uma política de produção e reprodução da dor e do sofrimento. É uma política que não soluciona nenhum dos problemas que a droga causa” Sul21 – Há organizações, o Banco de Injustiças entre elas, apontando que a nova legislação sobre drogas tem causado uma série de situações injustas. Que situações são estas? Pedro Abramovay – A lei de 2006 disse que não cabe prisão para o consumidor e determinou penas altas para o traficante. Mas como ela não define quem é o consumidor e quem é o traficante, tem uma área cinza entre o consumidor e o traficante – que vai desde o consumidor até a pessoa que, eventualmente, vendeu droga para sustentar seu uso – que passou a ir para a cadeia. Se a gente olhar quem está sendo preso no Brasil hoje, 60% eram réus primários, com pequeníssimas quantidades, estavam sozinhos quando presos e desarmados. Este não é o perfil do traficante, é um perfil muito mais próximo do usuário. Só que são pessoas pobres – 80% destas pessoas só tinha até 1º grau completo. O usuário pobre está sendo classificado como traficante e isto é uma injustiça brutal. "Se a gente olhar quem está sendo preso no Brasil hoje, 60% eram réus primários, com pequenas quantidades, estavam sozinhos quando presos e desarmados. Este não é o perfil do traficante" | Foto: Ramiro Furquim/Sul21 Sul21 – O senhor falou na palestra sobre uma série de arbitrariedades que estariam sendo cometidas em nome da Guerra às Drogas. Como está ocorrendo isto? Pedro Abramovay – A lei de drogas fala que a pessoa tem que esperar o julgamento presa. Então, se você mata alguém, pode esperar em liberdade, mas se você é acusado de tráfico de drogas você tem que ficar preso até ser julgado. O Supremo já disse que isto é inconstitucional, mas muitos juízes continuam descumprindo esta decisão. No Banco de Injustiças, há o caso de uma senhora de 70 anos que foi presa, porque a polícia chegou na casa dela e encontrou crack que era do filho dela. Ela ficou três meses na prisão, porque tinha que aguardar julgamento, até perceberem que não tinha nada a ver com aquilo. Quem devolve este tempo de vida para ela? Ela ficou deprimida, foi internada. Este tipo de injustiça não é pontual. Está acontecendo o tempo inteiro, com pessoas pobres, sobretudo. Estamos em uma política de produção e reprodução da dor e do sofrimento. É uma política que não soluciona nenhum dos problemas que a droga causa, que são muitos, e agrava este problema. A gente precisa sair disto, precisa construir uma política que solucione problemas. Sul21 – Então, quando o senhor deu aquela declaração que gerou polêmica, de que pequenos traficantes deveriam ter penas alternativas, não se referia a pequenos traficantes, mas a pessoas que, muitas vezes, estão sendo acusadas de forma equivocada. Pedro Abramovay – Na entrevista a O Globo eu não usei o termo “pequenos traficantes”, porque não é disto que estamos falando. Estamos falando muito mais de usuários que de traficantes. Não é uma fronteira muito clara, mas estamos falando, sobretudo, de usuários. A gente está, sim, prendendo usuários no Brasil. A gente precisa desarmar o que montamos para nós mesmos. Na visão de Pedro Abramovay, modelo brasileiro retira pessoas da sociedade, as coloca na prisão e as devolve com a pecha de criminosos | Foto: Ramiro Furquim/Sul21 Sul21 – Que efeito traz para estes usuários pobres estarem indo para a cadeia? Pedro Abramovay – Tem uma pesquisa feita em São Paulo que mostra que, destas pessoas que estão indo presas, 62% tinham emprego e 9% tinham estudado. Estamos falando de pessoas produtivas, de alguma maneira, que a gente retira da sociedade, coloca na prisão e devolve para a sociedade com ligação com o crime organizado, com estigma de criminoso, que ninguém vai empregar. Então, a gente pega pessoas que não são criminosas e devolve para a sociedade criminosas. Não me parece um modelo adequado. Sul21 – Quais poderiam ser as penas alternativas? Pedro Abramovay – Podem ser diversas. Tem que dosar a partir de qual seja a conduta. No caso do usuário, o que a gente propõe não é nem que tenha pena alternativa, mas que sejam medidas administrativas, que podem ser desde advertência, frequentar um curso. Podem ser várias medidas, mas que não passem pelo sistema penal, porque o sistema penal impede o tratamento. Quando você diz que alguma coisa é crime, a primeira pessoa que vai olhar o usuário é o policial, não é um médico, não é uma assistente social. Enquanto for o policial, a saúde não entra. Sul21 – As pessoas refutam o tratamento por medo? Pedro Abramovay – Claro, o próprio médico também fica com uma aflição. Ele não é preparado para lidar com criminosos, mas com doentes. “Os indicadores da guerra às drogas são apreensões, prisões, mortes de traficantes. Se não significam que o consumo e a violência estão caindo, não são indicadores de sucesso, mas de fracasso” Sul21 – A comissão de juristas que discutiu o novo Código Penal previu a descriminalização do consumo de drogas. Pedro Abramovay – Acho um grande passo. Mas acho que Portugal ensina para a gente que, além de não criminalizar, tem que ficar muito claro que aquela pessoa não vai para o sistema penal. Não é o juiz que tem que cuidar do usuário. Ninguém é a favor de legalizar passar (um carro) no sinal vermelho, mas ninguém acha que isto tem que ser crime, que o Ministério Público tem que fazer uma denúncia e que um juiz tem que condenar esse infrator. Não é esta a estrutura, é uma estrutura administrativa. O que a gente quer é que a pessoa que seja pega com drogas vá para uma comissão de especialistas que pense qual a melhor alternativa para ela, se uma advertência, uma multa, um tratamento, e construir uma saída, que não seja a saída criminal. Isto para pessoas que sejam pegas com uma quantidade abaixo de um determinado valor fixo, para que não se tenha a possibilidade de se cometer as arbitrariedades que são cometidas hoje – um modelo semelhante ao que é feito em Portugal. Guerra às Drogas fracassou, defende Abramovay: "está se trabalhando muito, gastando muito dinheiro e muita energia para não alcançar os objetivos mais importantes" | Foto: Ramiro Furquim/Sul21 Sul21 – O senhor critica que os resultados da política de drogas sejam mais prisões e apreensões. Por quê? Pedro Abramovay – Uma política consistente de drogas tem que ter como objetivos a redução da violência e acesso à saúde, que as pessoas tenham uma vida mais saudável. Como a repressão e a Guerra às Drogas nunca conseguiram reduzir o consumo nem a violência, os indicadores que se criam são indicadores que não dizem nada. São apreensões, prisões, mortes de traficantes. Se estes indicadores não significam que o consumo e a violência estão caindo, não são indicadores de sucesso, mas de fracasso. Significa que está se trabalhando muito, gastando muito dinheiro e muita energia para não alcançar os objetivos mais importantes. Sul21 – O indicador deveria ser, por exemplo, quantas pessoas foram ressocializadas? Pedro Abramovay – Mortes por overdose, quanto é? Em Portugal, ao descriminalizar, despencou o número de mortes por overdose. Este é um indicador de sucesso. As pessoas muitas vezes imaginam que a descriminalização aumenta o consumo, mas foi feita uma pesquisa por um instituto inglês em 21 países que tiveram medidas de flexibilização da legislação. Em nenhum deles aumentou o consumo. Em alguns até caiu. Não se diminuiu o consumo de nenhuma droga ilícita por meio da repressão. A única droga que se conseguiu diminuir o consumo por meio de atitude do Estado foi uma droga lícita: o tabaco. O caso do tabaco mostra que é possível reduzir consumo, mas se faz isto com regulação, não com cadeia. Com a criminalização, todo mundo tem acesso à droga, mas você não consegue tratar ninguém e prende pessoas que não cometeram violência contra ninguém. Sul21 – Num segundo momento, o senhor defende a legalização do comércio, ou o plantio (de cannabis) em casa? Pedro Abramovay – O tema do plantio em casa sem dúvida deve ser discutido. Há experiências bastante bem-sucedidas na Espanha. Acho que temos que debater isto no Brasil. A legalização é algo que nenhum país fez. Eu me sinto mais confortável em falar sobre a descriminalização, que é um modelo que deu certo onde tentaram, do que no modelo de legalização, que nunca ninguém testou. Sul21 – Na Holanda não foi testado? Pedro Abramovay – Na Holanda não é legalizado, porque a venda é permitida em pequenas quantidades, mas a produção não é. Então, os coffee shops compram ilicitamente a droga. Então, é um modelo que tem uma hipocrisia. A impressão que eu tenho é que pior que a atual política (do Brasil) não tem, uma política que não consegue frear o consumo e que causa tantos danos. Tem coisas que claramente já deram certo, como a descriminalização e o cultivo pessoal. Os outros passos têm que ser debatidos com muito cuidado e com atenção às experiências que outros países têm feito. Na Califórnia, por exemplo, se diz que foi regularizada a maconha medicinal, mas existe um milhão de pacientes cadastrados. A pessoa vai na farmácia, compra, e a sociedade californiana não teve nenhum prejuízo com esta medida. A gente tem que ter um debate baseado em dados concretos, na ciência, e não baseado na ideologia, no medo, na raiva – em geral, o tema de drogas é debatido assim. A gente quer debater como quem quer resolver o problema, e não como quem quer fazer barulho, dar a impressão de que está dando uma resposta sem, até agora, ter chegado perto de solucionar o problema. “Até pouco tempo atrás, o tema das drogas no Brasil estava sob a guarda dos militares. Hoje, a Secretaria Nacional de Política sobre Drogas está no Ministério da Justiça. É um avanço extraordinário” Fracasso da política de guerra contra drogas cria necessidade de testar outros mecanismos, defende Pedro Abramovay | Foto: Ramiro Furquim/Sul21 Sul21 – Como o senhor vê a proposta do presidente José Mujica, do Uruguai, de que o Estado plante maconha e de que isto separaria o usuário de maconha das drogas mais pesadas? Pedro Abramovay – Nesta lógica de tanto esgarçamento da atual política é o momento de testar novas coisas, porque insistir no erro a gente sabe que não funciona. O caso do Uruguai tem algumas questões. Primeiro: a gente precisa descriminalizar não só a maconha, mas todas as drogas. Quanto maior efeito da droga sobre a pessoa, mais próxima de um doente esta pessoa vai estar e mais atenção de saúde, e não de prisão, esta pessoa deve ter. Então, não é que a droga mais grave deve ser criminalizada e a mais leve não. A gente não pode tratar nenhum usuário como criminoso. Do ponto de vista da legalização, muitas pessoas dizem que a maconha é a porta de entrada para outras drogas. Tem um estudo neozelandês que afirma isto, mas o próprio autor diz que a maconha é a porta de entrada porque a gente força os jovens a comprarem maconha da mesma pessoa que vende cocaína, que vende crack. Quando você vai no supermercado comprar arroz, você acaba comprando outras coisas. Então, o que torna a maconha uma porta de entrada é o fato de ela ser considerada ilícita. Acho que, de alguma maneira, separar a maconha — que é a droga responsável, de longe, pela maior parte do consumo de drogas ilícitas — é afastar os jovens do crime. Então, acho que tem algum sentido nisto. São experiências, inovações que a gente tem que olhar com calma, avaliar, ter a serenidade de ver quais são os resultados concretos disto, sem nenhum clima de oba-oba e nem de cegueira, como é o clima com que se convive com a política atual. Sul21 – Qual é a visão do senhor sobre a internação compulsória dos dependentes químicos? Pedro Abramovay – Eu não sou médico, mas li muitos artigos científicos sobre isto e vários mostram que a eficiência da internação compulsória é baixíssima, de menos de 10%. É claro que existem situações absolutamente excepcionais – menos de 5% dos casos – em que a pessoa pode ser avaliada como psicopata e não tem juízo sobre a situação e pode se matar, ou matar outra pessoa. Mas estes casos são exceção até no caso do crack. Na grande maioria dos casos, as pessoas têm, sim, total consciência nos momentos de abstinência e podem decidir por tratamento. Quando elas tomam esta decisão, a eficiência do tratamento é muito maior. E o tratamento ambulatorial e a rua têm eficiência muito maior que a internação, porque a relação da droga com a dependência não está na própria substância. O que faz a pessoa se tornar dependente é a relação da pessoa com a droga dentro de uma circunstância social específica. Então, se a pessoa está desempregada, vê naquilo uma muleta para seus problemas ou algo assim, a chance dela se tornar dependente é muito maior. Quando você interna a pessoa, desintoxica ela, mas devolve para o meio que gerou a dependência, ela vai voltar a ser dependente. Por isto é que a maioria dos casos de internação não funciona. Quando você consegue tratar a pessoa no meio em que ela vive e fazer ela lidar com os problemas que levaram à dependência, aí a pessoa consegue sair da tragédia das drogas. "Hoje é possível debater o tema das drogas no Brasil. Antes, qualquer pessoa que levantasse essas questões era tachada de maluca" | Foto: Ramiro Furquim/Sul21 Sul21 – Como o senhor avalia a atual política do Governo Federal na questão de drogas? Pedro Abramovay – Acho que o Governo Federal avançou em várias áreas no tema das drogas. Até pouco tempo atrás, o porta-voz do tema das drogas no Brasil era um general, o tema estava sob a guarda dos militares. Hoje, a Secretaria Nacional de Política sobre Drogas está no Ministério da Justiça e o grande porta-voz do plano tem sido o ministro da Saúde. É um avanço extraordinário que a gente possa ter este olhar sobre o tema e não o olhar de guerra. O Plano de Enfrentamento ao Crack pela primeira vez dá dinheiro para o tratamento ambulatorial, mas também dá dinheiro para a internação, e aí é uma contradição. Claro, há momentos em que você precisa de internação, mas são casos mais raros. Mas como não é o Governo Federal que executa, lá na ponta, nos municípios, você pode transformar o consultório de rua em uma carrocinha de pegar usuários pobres e levar para esconder na internação. Então, a gente tem quer vigiar muito de perto o plano para apoiar o que ele tem de muito positivo, que é incentivar o tratamento de rua, incentivar o olhar de saúde, e não deixar que setores mais conservadores se apropriem deste plano pelo lado da internação compulsória, não respaldada na ciência. Sul21 – Em que pé está o debate sobre drogas neste momento no país? Avançamos? Pedro Abramovay – Acho que pela primeira vez a gente tem o debate aparecendo de maneira séria. Agora, é possível debater o tema. Antigamente, qualquer pessoa que levantasse essas questões era taxada de maluca. Agora, é um tema sério, há grandes personalidades que discutem este tema, apresentam suas propostas. Acho que é um cenário positivo. Ainda está longe de ser um tema discutido sem preconceito, mas acho que a gente pode finalmente discutir o tema com base em dados, em pesquisas, e não só em ideologia e impressões. fonte: http://sul21.com.br/...omo-traficante/
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Esse Magno malta é o que criou a Campanha Maconha Não, como pode um cara desses avaliar algo ????
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Jardineiro é detido por cultivar pés de maconha Policiais militares da Rotam pertencentes à 6ª Companhia de Missões Especiais (Ciamesp) apreenderam pés de maconha em residência. As apreensões aconteceram quando, após receberem uma denúncia anônima de que um jovem estava cultivando Canabis sativa, planta conhecida popularmente como “maconha”, em uma residência, eles foram até um imóvel no bairro Morumbi. Ao chegarem à residência, eles abordaram um jovem de 17 anos. Nesse momento, os policiais conversaram com a mãe do suspeito e, após realizarem buscas no interior da casa, encontraram dois vasos contendo pés de maconha, além de algumas folhas da mesma planta que estavam no quarto e uma bucha da droga, que estava pronta para o consumo. Os militares questionaram a mãe do acusado, que disse que ele é jardineiro e há alguns dias estava cultivando a planta. Os vasos foram apreendidos e levados, juntamente com o adolescente, para a delegacia e apresentados ao delegado de plantão. (JC) fonte: http://www.jornaldeuberaba.com.br/?MENU=CadernoA&SUBMENU=Policia&CODIGO=45068 Parabens a Policia de Minas por ter acabado com o trafico na cidade. Sarcasmo mode on
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Mais de 200 mil pés de maconha são destruídos no Sertão Mais de 200 mil pés de maconha foram erradicados e incinerados nessa quinta-feira (19), em vários municípios do Sertão de Pernambuco. Em Santa Maria da Boa Vista, cerca de 110 mil mudas da erva foram incineradas na Fazenda Muquém. O agricultor Jadilson Dias Carvalho, 33 anos, foi preso nesta plantação um dia antes da operação ser realizada. Já em Orocó, foram mais de 39 mil pés erradicados na Ilha do Tabuleiro e cerca de 21 mil na Fazenda Tapera, ambas na zona rural do município. Também no município foram apreendidos 2,4 kg de maconha pronta para o consumo. Mais 36 mil pés da droga também foram destruídos na Fazenda Jatobá I, zona rural de Cabrobó. A polícia continua as investigações para prender os responsáveis pelas plantações fonte http://ne10.uol.com.br/canal/interior/sertao/noticia/2012/07/20/mais-de-200-mil-pes-de-maconha-sao-destruidos-no-sertao-355855.php
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Morgan Freeman chama de "estúpida" lei que proíbe maconha nos EUA O ator Morgan Freeman, que vive atualmente o personagem Lucius Fox em "Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge", falou ao site The Daily Beast que acha "estúpida" a lei que criminaliza o uso da maconha nos Estados Unidos. Para ele, a lei só criminaliza "pessoas que não são ligadas a atividades criminosas". "Marijuana! A lei que temos é a mais estúpida possível, por conta do histórico que temos. Você não pode fazer com que as pessoas parem de fazer algo que elas querem fazer, então parem de fazer isso ser ilegal. Eles só estão criminalizando pessoas que não são ligadas a atividades criminosas. Estamos gastando zilhões para lutar por algo que não vamos ganhar! Poderíamos ganhar zilhões, era só legalizarem e cobrarem imposto por isso, como fazem com as bebidas", opinou. O ator também contou à publicação que é favorável ao casamento gay. "Cresci no Sul mas comecei a dançar depois que saí da Força Aérea e, aos 20, e estudando dança, você tem gays à sua volta o tempo todo. Você tem que conhecê-los e mudar de opinião!", disse. Recentemente, Freeman doou US$ 1 milhão à campanha de reeleição de Barack Obama. Sobre isso, ele disse nesta quarta-feira (18) que Obama havia feito "um trabalho memorável em tempos difíceis". "Ele encerrou os conflitos no Iraque, fez reformas sensíveis em Wall Street, salvou a indústria automobilística e protegeu o sistema de saúde norte-americano. Ele fez nossa nação ser mais tolerante e colocou mulheres impressionantes na Suprema Corte." Freeman está, atualmente, participando das filmando "Oblivion", longa de ficção científica que tem a participação de Tom Cruise. "Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge" estreia no Brasil em 27 de julho. fonte http://celebridades.uol.com.br/noticias/redacao/2012/07/19/morgan-freeman-chama-de-estupida-lei-que-proibe-maconha-nos-eua.htm
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E tem gente que paga 6x1 num prensado, aff vamo planta meu povo
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aff aqui no DF ja peguei varias vezes =] por 4x1 ate 5x1 .... esses hidroponicos (sic) tudo termo que traficante aprendeu um dia desses.... aff mae. BORA PLANTAR MEU POVO.
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GO STF GO!!!!!!
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e por que não regulamentar? santa ignorância onu
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ah vá!!!!
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Magic Flight Box - Vaporizador Portátil
topic respondeu ao Chofer de Taxi de Percoff em Cannabis e a Saúde
Realmente melhora mesmo, tirei do meu agora ficou muito melhor de usar o brinquedinho -
ó duvida cruel qual eu germino Great White Shark, The Church ou Lemon Skunk? Ter grow micro é assim 1 por vez.kkk
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Site Banco De Injustiças... Alguem Querendo Esconder O Jogo...
topic respondeu ao higpopreturn de Percoff em Segurança e Leis
mano isso por que o governo usa software aberto e o windows detecta como ameaça. -
La onde o vento faz a curva impera a lei do cão. Com certeza esse juiz ai ta envolvido em muitas maracutaias